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Este estudo teve como objetivo investigar as características consideradas desejáveis no professor para atuar na educação de alunos com altas habilidades/superdotação. A pesquisa também caracterizou a formação desejável em um docente para atender alunos com altas habilidades/superdotação, comparou as opiniões dos participantes no que diz respeito às características apontadas como desejáveis nos referidos docentes e identificou as concepções dos participantes sobre altas habilidades/superdotação. As principais conclusões que emergiram deste estudo foram:

1. Para atuar na área de altas habilidades/superdotação, é necessário que o professor tenha formação específica.

2. A formação específica para docentes de alunos com altas habilidades/superdotação deve incluir em sua proposta pedagógica teorias sobre o tema, informações sobre comportamentos típicos de alunos superdotados e estágios para observação e regência em instituições que ofereçam atendimento especial a estes alunos.

3. No que diz respeito à formação desejável em um professor de alunos com altas habilidades/superdotação, foram apontadas a formação continuada, currículo da graduação adaptado ao tema e pós-graduação na área, tendo sido a primeira mais citada pelos participantes.

4. As características desejáveis em docentes de alunos com altas habilidades/superdotação são relacionadas a atributos de personalidade e aspectos sociais, emocionais e profissionais.

5. Embora a listagem de características relacionadas a aspectos profissionais tenha sido mais extensa, os atributos de personalidade e aspectos sociais e emocionais foram quantitativamente mais citados.

6. Não foram observadas diferenças expressivas entre docentes do curso de Pedagogia e das séries iniciais do Ensino Fundamental com relação às suas ideias sobre as características desejáveis em professores para atuar na educação de alunos com altas habilidades/superdotação.

7. Os professores apresentaram distintas concepções sobre altas habilidades/superdotação, sendo que muitas delas se assemelham às propostas por teóricos da área.

8. As concepções sobre altas habilidades/superdotação apresentadas pelos participantes, de maneira geral, se aproximam daquelas da literatura utilizada como referência para este estudo. Contudo, notou-se falta de informações sobre como aplicar a teoria na prática, além de distintas ideias errôneas em relação ao tema.

Implicações Educacionais

O presente estudo constatou que há grandes desafios a serem superados para que o atendimento especial a alunos com altas habilidades/superdotação aconteça de forma expressiva no país, a começar pela formação do professor, a base de todo o processo. Sabe-se que a educação inclusiva no Brasil ainda passa por um processo de estruturação, entretanto no caso de altas habilidades/superdotação a situação parece ser ainda mais delicada.

Ao constatar que os docentes têm informações limitadas a respeito do assunto, paralelamente a ideias errôneas, é necessário e urgente que as políticas públicas educacionais proponham a formação de educadores para atuar na área de altas habilidades/superdotação. Para Freitas (2006), ter professores com formação específica é construir o alicerce da inclusão escolar. Segundo o autor, a qualificação profissional deve incluir informações que desenvolvam as competências adequadas para essa atuação, associadas a um contexto educacional com equipe integrada e condições adequadas de trabalho.

O estudo sinaliza a necessidade de uma reflexão a respeito da estrutura pedagógica e curricular por parte das instituições de ensino que oferecem formação específica a docentes para atuar na área de altas habilidades/superdotação. É desejável que, nesta formação, sejam incluídas teorias sobre o tema, informações sobre comportamentos típicos de alunos superdotados e, se possível, estágios para observação e regência em instituições que oferecem atendimento especial de boa qualidade a estes alunos. O estágio é proposto sob forma condicional, pois sabe-se que, no Brasil, existem poucas instituições com este atendimento já estruturado, o que dificulta a implementação de estágios in loco.

Ainda com relação à formação de docentes de alunos com altas habilidades/superdotação, o estudo também sugere que as características desejáveis nesses professores sejam também incluídas na proposta curricular dos cursos específicos na área. É interessante que o profissional, ao passar pelo processo de formação, conheça as características que refletem o perfil desejável neste docente, como os apontados anteriormente.

Espera-se que a pesquisa possa contribuir com propostas para enriquecer a estrutura curricular de cursos de formação para docentes de alunos com altas habilidades/superdotação. Contudo, ressalta-se a necessidade de novas pesquisas sobre o tema aqui investigado, para que outras sugestões sejam também oferecidas a instituições de ensino que disponibilizam cursos de formação para estes professores.

Outra questão importante diz respeito às concepções dos docentes sobre altas habilidades/superdotação. Os conceitos definidos pelos participantes, acompanhados de ideias errôneas, apontam a relevância de se repensar a formação docente ainda na graduação. Delou (2007) ressalta que há progressos em relação a legislações que respaldam os direitos educacionais dos alunos com altas habilidades, entretanto, observa-se no país, um número reduzido de profissionais capacitados para este atendimento.

Neste sentido, sugere-se:

1. A inclusão do tema altas habilidades/superdotação na proposta curricular dos cursos de licenciatura.

2. A inserção de temas referentes às características desejáveis em docentes de alunos com altas habilidades/superdotação na formação de professores para a referida área.

3. A multiplicação de Salas de Recursos para alunos com altas habilidades/superdotação por todos os municípios brasileiros, acompanhada de treinamento para os professores.

4. A parceria de universidades com Secretarias de Educação para capacitar profissionais no exercício da docência em Salas de Recursos para alunos com altas habilidades/superdotação.

5. O incentivo a pesquisas sobre características de docentes e formação de professores para alunos com altas habilidades/superdotação por parte das universidades públicas e particulares, entre outros temas.

6. A criação de grupos de pesquisa sobre altas habilidades/superdotação no ambiente escolar, constituídos por docentes da educação superior e da educação básica.

Implicações para Futuras Pesquisas

O estudo traz contribuições significativas por abordar questões pouco pesquisadas no Brasil na área de altas habilidades/superdotação. Uma inovação do estudo foi caracterizar a formação desejável em docentes para atuar na referida área, bem como oferecer sugestões de

proposta curricular para estruturar os respectivos cursos de formação. Com base na pesquisa realizada, algumas sugestões para futuras pesquisas:

1. Coletar dados junto a universidades que oferecem cursos de formação na área de altas habilidades, objetivando identificar os itens da proposta curricular nessa modalidade de cursos e ainda se a mesma inclui o tópico “características desejáveis em professores.”

2. Realizar um estudo comparativo com docentes que atuam em classes regulares e os que atuam em Salas de Recursos para alunos com altas habilidades, a respeito de características desejáveis em docentes de alunos com altas habilidades/superdotação.

3. Investigar a percepção de professores e alunos que, respectivamente, trabalham e participam de programas especiais para alunos com altas habilidades, sobre as características mais desejáveis em docentes para atuar nesta área.

4. Investigar, junto a docentes em geral, se os atributos de personalidades e aspectos sociais, emocionais são mais importantes que os aspectos relacionados a competências profissionais no que se refere às características mais desejáveis em docentes de alunos com altas habilidades.

5. Pesquisar as concepções de estudantes de cursos de licenciatura e seus respectivos professores sobre a importância de incluir, na ementa dos referidos cursos, temas referentes à educação de alunos com altas habilidades/superdotação.

6. Investigar a percepção de professores em geral a respeito de características desejáveis em docentes de Salas de Recursos para alunos com altas habilidades/superdotação e daqueles da classe regular, identificando possíveis diferenças nas características apontadas.

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ANEXO I

ROTEIRO DE ENTREVISTA

1ª PARTE

Seção I – Identificação do Participante Horário de início: ______________________ Horário de término: ____________________ I. Dados pessoais: 1. Gênero a. ( ) Masculino b. ( ) Feminino 2. Idade _________________ 3. Formação acadêmica:

a. ( ) Nível médio – curso: _____________________________________________________ b. ( ) Superior incompleto – curso: ______________________________________________ c. ( ) Superior completo – curso: ________________________________________________ d. ( ) Especialização incompleta – curso: _________________________________________ e. ( ) Especialização concluída – curso: __________________________________________ f. ( ) Mestrado incompleto – área: _____________________________________________ g. ( ) Mestrado concluído – área: ______________________________________________ h. ( ) Doutorado incompleto – área: ____________________________________________ i. ( ) Doutorado completo – área: _______________________________________________

II. Regência

1. Área de atuação

Ensino Fundamental:

( ) 2º ano __________________________________________________________________ ( ) 3º ano __________________________________________________________________ ( ) 4º ano __________________________________________________________________ ( ) 5º ano __________________________________________________________________ Tempo de experiência docente no Ensino Fundamental: ______________________________

Ensino Superior

( ) Curso de Pedagogia

Tempo de experiência docente no Ensino Superior: __________________________________

2ª PARTE

Seção II – Concepções de altas habilidades/superdotação, características de professores e formação profissional

1. O que você entende por altas habilidades/superdotação?

2. Em sua opinião, os alunos com altas habilidades/superdotação devem ter uma educação diferenciada? Justifique a sua resposta.

3. O(a) senhor(a) considera que o professor, para atuar na educação de alunos com altas habilidades/superdotação, deve ter também altas habilidades?

4. Você considera que, para um professor atuar na educação de alunos com altas habilidades/superdotação necessita de uma formação específica? Em caso afirmativo, qual seria a formação mais adequada para este profissional?

5. Quais características, em sua opinião, deve apresentar um professor para atuar na educação de alunos com altas habilidades/superdotação?

ANEXO II

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Características Desejáveis em Professores de Alunos com Altas Habilidades/Superdotação

Eu, _________________________________________________________, abaixo-assinado, dou meu consentimento livre e esclarecido para participar como voluntário(a) do projeto de pesquisa supracitado, sob a responsabilidade da pesquisadora Alexandra da Costa Souza, mestranda do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Educação, da Universidade Católica de Brasília.

Assinando este Termo de Consentimento, estou ciente de que:

1. O objetivo dessa pesquisa é investigar as características desejáveis em professores de alunos com altas habilidades/superdotação.

2. Para coleta de dados será utilizada uma entrevista semi-estruturada, as quais serão gravadas em áudio e o conteúdo das gravações transcritos na íntegra.

3. Obtive todas as informações necessárias para poder decidir conscientemente sobre a minha participação na referida pesquisa.

4. Estou livre para interromper a qualquer momento minha participação na pesquisa. 5. Meus dados pessoais serão mantidos em sigilo e os resultados gerais obtidos na pesquisa serão utilizados apenas para alcançar os objetivos do trabalho, expostos acima, incluída sua publicação na literatura científica especializada.

6. Poderei entrar em contato com a responsável pelo estudo, mestranda Alexandra da Costa Souza Martins, caso julgue necessário, pelo telefone (61) 36372591.

Data: ________________________

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