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O contexto familiar é dinâmico e interdependente. Seu funcionamento ao longo do tempo reflete a capacidade que os indivíduos têm de se adaptar aos desafios e limitações do ambiente social e aos eventos dos cursos de vida individual, familiar e societal.

Na atualidade, há maior diversidade e a fluidez nas configurações familiares e no funcionamento das famílias de modo geral, e das famílias com membros idosos em particular. Apesar da heterogeneidade dos arranjos familiares, em todo o mundo, os idosos têm na família o locus por excelência para convivência e cuidado. Estes beneficiam seu bem-estar psicológico, sua saúde e a continuidade do seu desenvolvimento na última fase do seu curso de vida. Também beneficiam a continuidade da família como instituição social responsável pela socialização e pela proteção aos seus membros mais jovens e pelos cuidados dedicados aos seus membros mais velhos. A solidariedade entre as gerações é um princípio basilar da vida social e a família é seu mais forte motor.

Há escassez de dados brasileiros sobre o funcionamento de famílias com idosos, levando em conta as condições de saúde física e psicológica destes últimos. Não estão disponíveis dados de pesquisa realizadas com populações residentes em regiões com nível de desenvolvimento

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socioeconômico baixo e intermediário e suas demandas especificas sobre a estrutura e a dinâmica da família com membros idosos.

A ampliação de conhecimentos sobre como se dá a adaptação dos idosos dentro das famílias de que fazem parte tem potencial para beneficiar várias áreas de pesquisa e de atuação profissional. A teorização sobre o desenvolvimento humano e sobre a família nos anos avançados pode ser favorecida, assim como as teorias sobre a sociologia da família, a demografia e a epidemiologia. As políticas públicas e as intervenções em saúde e em proteção social podem auferir ganhos da ampliação dos conhecimentos sobre as necessidades e as expectativas dos idosos e de suas famílias e, com eles, expandir os atuais limites de sua atuação. A psicologia clínica e a psicologia da família podem derivar sugestões úteis à intervenções que tenham como foco a melhoria da qualidade de vida subjetiva e da autorregulação cognitivo-emocional dos idosos que vivem nos diversos arranjos familiares propiciados pelas atuais condições de convivência entre as gerações.

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UM ESTUDO SOBRE A CONFIGURAÇÃO E O FUNCIONAMENTO DE FAMÍLIAS COM IDOSOS QUE APRESENTAM DIFERENTES CONDIÇÕES PSICOLÓGICAS E

DE SAÚDE: CONTEXTO, OBJETIVOS E MÉTODO

O presente estudo faz parte da pesquisa “Desenvolvimento familiar e o idoso: rede de suporte social, dinâmica familiar e a convivência intergeracional”, destinado a investigar o funcionamento de famílias com idosos e sua rede de suporte informal e formal. O estudo foi realizado com base em amostra probabilística representativa dos domicílios com idosos cadastrados na Unidade Básica de Saúde (UBS) CENTROSAJ do município de Santo Antônio de Jesus – BA. O contexto da pesquisa, os objetivos da tese e a metodologia empregada serão descritas a seguir.

1. O CONTEXTO

O município de Santo Antônio de Jesus – BA é localizado no Recôncavo Baiano e, de acordo com dados do IBGE 2010, tem população total de 90.985 habitantes, área de unidade territorial de 261.348 Km² e densidade demográfica de 348,14 hab/km². Situa-se às margens da rodovia BR 101. Dista 187 km da capital, Salvador, por via terrestre, e 90 km por via marítima (BRASIL, 2011).

As condições socioeconômicas desta localidade da região do Nordeste brasileiro inclui um Produto Interno Bruto (PIB) per capta de R$ 8.142,94 e Índice de Desenvolvimento Humano (IDH-M) de 0,7, considerado alto (dados sobre IDH: PNUD, 2010; sobre o PIB per capta: IBGE, 2008). O comércio e o serviço tornaram-se a principal forma de economia a partir da

década de 1970, quando houve uma migração da população rural para a cidade, sendo que sua estrutura setorial está distribuída da seguinte forma: 5,62% para agropecuária, 21,30% para indústria e 73,08% para serviços e comércio.

No que tange ao setor saúde, o município de Santo Antonio de Jesus exerce um papel importante, pois nucleia a microrregião leste do Estado da Bahia, que é sede da 4ª DIRES

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(Diretorias Regionais de Saúde). Conforme explicitado no Plano Diretor de Regionalização da Assistência à Saúde, versão 2002, o Estado da Bahia foi subdividido em sete macrorregiões de saúde, que correspondem a grandes áreas com características físicas e socioeconômicas relativamente peculiares. A região Nordeste do Estado da Bahia compreende o litoral norte e o recôncavo, onde está localizada a Região Metropolitana de Salvador. Nela estão situados cento e um municípios distribuídos por dez micro regiões, com uma população total de 5.265.302 habitantes, que representam cerca de 39,8% da população do Estado (BAHIA, 2004).

A cidade de Santo Antônio de Jesus conta com 20 unidades de saúde na zona urbana, sendo a Unidade Básica de Saúde (UBS) CENTROSAJ a maior do município, localizada no bairro Centro. Segundo os dados do SIAB (Sistema de Informação da Atenção Básica) 2010, estão cadastradas 2.754 famílias que somam 9.234 pessoas, sendo 1344 idosos, o que representa 14,5% dos cadastradas nessa UBS, segundo a faixa etária. Dentro da zona urbana da cidade, o CENTROSAJ tem a maior concentração de idosos, totalizando 16,8% das pessoas com idade igual ou superior a 60 anos cadastradas nas 20 Unidades Básicas de Saúde (UBS) da zona urbana da cidade (n=7983).

2. OBJETIVOS

Foi estabelecido como objetivo geral o cumprimento do seguinte propósito de pesquisa: tomando-se como base autorrelatos dos idosos, investigar a configuração familiar (tipo de arranjo familiar, chefia familiar e contribuição dos idosos para o sustento da família) e o funcionamento familiar (satisfação com os relacionamentos familiares e clima familiar), considerando-se o gênero, a idade, as condições psicológicas indicadas por depressão e ansiedade e as condições de saúde indicadas por desempenho funcional, por número de doenças, sinais e sintomas e pelo envolvimento social dos idosos.

O estudo estabeleceu os seguintes objetivos específicos:

1. Analisar relações entre a configuração familiar, o gênero, a idade e as condições psicológicas e de saúde dos idosos.

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2. Verificar relações entre a satisfação com os relacionamentos familiares, o gênero, a idade, as condições psicológicas e de saúde dos idosos e a configuração familiar.

3. Identificar relações entre o clima familiar, o gênero, a idade, as condições psicológicas e as condições de saúde dos idosos e a configuração familiar.

4. Estudar relações entre as características dos idosos em termos de idade, gênero, condições de saúde física e psicológica e a configuração familiar, sua satisfação com os relacionamentos familiares e sua percepção sobre o clima familiar.

3. MÉTODO

Procedimentos de recrutamento

Com a ajuda de agentes comunitários de saúde treinados, foram feitos a identificação e o arrolamento dos domicílios com idosos localizados em todas as 21 micro-áreas da região da zona urbana abarcadas pela UBS CENTRSAJ do município de Santo Antônio de Jesus. Dentre os domicílios com idosos identificados, foram sorteados 134 (referente ao quantitativo total de idosos em relação à população atendida pela UBS, para um nível de confiança de 90% e para um erro amostral de 5%) para efeito de recrutamento. Duzentos e sete domicílios com idosos foram visitados por entrevistadores treinados na abordagem dos idosos e na aplicação dos instrumentos da pesquisa. Dentre esses 207, sete (3,4%) não cumpriam um ou mais critérios de elegibilidade.

Os critérios de elegibilidade para participação dos idosos na pesquisa foram os seguintes: 1. Ter idade igual ou superior a 60 anos.

2. Ter residência permanente na subárea de saúde e no domicilio familiar. 3. Aceitar participar da pesquisa após tomar conhecimento do processo.

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Os critérios de exclusão aplicados por ocasião do recrutamento foram os seguintes: 1. Déficit auditivo ou visual grave.

2. Dificuldades de expressão verbal. 3. Dificuldades de compreensão.

4. Confusão mental e desorientação temporal e espacial. 5. Estar temporária ou permanentemente acamado.

6. Apresentar estado de saúde física que impossibilitasse a participação na pesquisa. Quando os endereços não eram encontrados, ou quando os idosos não eram localizados por motivos de viagem, falecimento, doença, internação ou mudança de endereço, ou ainda, quando não atendiam aos critérios de elegibilidade, exclusão e inclusão, buscava-se outro endereço na mesma rua. Esse outro endereço era indicado pelo agente comunitário de saúde ou por pessoas residentes na micro-área.

O critério de inclusão na amostra baseou-se no desempenho dos idosos no Mini-Exame do Estado Mental (MEEM) (FOLSTEIN, FOLSTEIN, MCHUGH, 1975; BERTOLUCCI et. al., 1994), um teste de rastreio de demências comumente usado em estudos populacionais. Foram adotadas as notas de corte apresentadas por Brucki et al (2003) para cada faixa de escolaridade menos um desvio padrão. As notas de corte são: 17 para os analfabetos, 22 para idosos com escolaridade entre 1 e 4 anos; 24 para os com escolaridade entre 5 e 8 anos e 26 para os que

tinham 9 anos ou mais de escolaridade. O teste contem 30 itens pertencentes aos domínios orientação temporal e espacial, memória, cálculo, linguagem e praxias e é de rápida aplicação (7 a 12 minutos). Sua aplicação foi o primeiro procedimento da fase de entrevista que se seguiu imediatamente ao recrutamento dos idosos nos domicílios, como será explicado mais adiante.

No mesmo domicílio, poderia haver mais de um idoso. Quando mais de um manifestava interesse em participar, a escolha era feita com base na maior pontuação obtida no MEEM. Aos idosos que não preenchiam o critério de inclusão pela pontuação no MEEM era explicado que alguns participantes iriam ser submetidos a uma entrevista mais longa e outros a uma entrevista mais curta, porque isso fazia parte do planejamento. Sessenta e seis dentre os 200

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idosos (31,9%) pontuaram abaixo da nota de corte no MEEM. A amostra final foi constituída por 134 idosos.

Caracterização demográfica e socioeconômica dos idosos participantes

A Tabela 1 a seguir apresenta os dados sobre a amostra obtida no estudo (n=134), segundo as variáveis demográficas (gênero, faixa etária, cor, status conjugal) e socioeconômicas (escolaridade, renda familiar, trabalho e aposentadoria, propriedade da residência).

Tabela 1: Distribuição das variáveis sociodemográficas da amostra do Estudo Configuração e

funcionamento de famílias com idosos que apresentam diferentes condições psicológicas e de saúde. Idosos, Santo Antônio de Jesus-BA, 2011.

Variáveis Categorias N % Gênero Masculino Feminino 30 104 22,4 77,6 Grupos de idade 60-74 75+ 89 45 66,4 33,6

Estado civil Solteiro

Casado Viúvo Divorciado 15 46 61 12 11,2 34,3 45,5 9,0

Cor ou raça Branca

Negra Parda Amarela 40 40 52 02 29,9 29,9 38,8 1,5

Trabalho Sim: Atividade informal

Sim: Atividade formal Não 20 07 107 14,9 5,2 79,9 Aposentadoria ou Pensão Aposentado: Sim

Pensionista: Sim Não 101 20 13 75,4 14,9 9,7 Escolaridade Analfabeto

Ensino Fundamental incompleto Ensino Fundamental completo Ensino médio incompleto Ensino médio completo Superior 47 67 07 06 04 03 35,1 50,0 5,2 4,5 3,0 2,2 Propriedade da residência Sim

Não 107 27 79,9 20,1 Renda familiar (em faixas de SM) 1.0-2.0 SM 2.1-4.0 SM 4.1-8.0 SM >8 SM 101 28 03 02 75,4 20,9 2,2 1,5

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Aspectos éticos

A pesquisa “Desenvolvimento familiar e o idoso: rede de suporte social, dinâmica familiar e a convivência intergeracional”, foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade Maria Milza - FAMAM localizada no município de Cruz das Almas – Bahia (protocolo no. 034/2011). Desta forma, este estudo está de acordo com o preconizado pela Resolução nº. 196/96, que objetiva assegurar os direitos e deveres referentes à comunidade científica, aos sujeitos da pesquisa e ao Estado.

Os participantes foram informados acerca dos objetivos da pesquisa e sobre o direito à opção individual de participar ou não e foram certificados sobre o sigilo que seria mantido em relação aos seus dados individuais e à sua identidade. Após a resposta afirmativa em participar, era solicitado que cada idoso assinasse um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), de acordo com as diretrizes da resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde (CNS), do Ministério da Saúde do Brasil. Foram explicados os benefícios que a pesquisa trará para o esclarecimento dos fatores que podem interferir positivamente ou negativamente na qualidade de vida de idosos e a forma como a pesquisa aconteceria, visando a salvaguardar os direitos dos sujeitos envolvidos. O Termo de Consentimento Livre e Esclarecido foi redigido em duas vias, uma entregue aos participantes e a segunda arquivada pelos pesquisadores. Esse documento informava o nome do coordenador da pesquisa e oferecia um numero para contato em caso de duvida e um numero do comitê de ética da universidade, para eventuais reclamações. Ao fim da coleta dos dados, os instrumentos respondidos foram guardados em um envelope sob a responsabilidade dos pesquisadores.

Procedimentos de coleta de dados

Logo depois da assinatura do TCLE e antes da aplicação do MEEM, o entrevistador solicitava ao idoso que ambos se dirigissem a um local da casa que pudesse proporcionar maior privacidade e tranquilidade e onde não ocorressem interrupções devido à passagem de pessoas ou ao ruído do telefone e de outros equipamentos. Uma vez localizado esse local e uma vez

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acomodados ele e o idoso, pedia licença para começar a entrevista, que, como dito acima, incluía a aplicação do MEEM.

A coleta de dados durou de duas a três visitas de duas horas cada uma, em média, dependendo da disposição de cada idoso. Optou-se por este procedimento porque a avaliação proposta neste estudo é extensa, mas também era fundamental que todos os instrumentos fossem respondidos adequadamente para o cumprimento dos objetivos propostos e para que os idosos não se cansassem.

Variáveis e instrumentos

Os entrevistadores compareceram às sessões de coleta de dados de posse de um formulário impresso com as questões, caneta, formulário de registro e crachá com sua fotografia e com o logotipo da Universidade. No Quadro 3 são apresentadas as variáveis e os instrumentos utilizados, selecionados para o presente estudo:

Quadro 3: Variáveis e instrumentos. Estudo Configuração e funcionamento de famílias com

idosos que apresentam diferentes condições psicológicas e de saúde. Idosos, Santo Antônio de Jesus-BA, 2011.

Variáveis de interesse Instrumentos Sociodemográficas

Idade e sexo.

Questionário de informações sociodemográficas. Anexo 1

Configuração familiar

Arranjo de moradia, chefia familiar, contribuição do idoso para o sustento da família.

Questionário com itens de resposta estruturada pelo pesquisador.

Anexo 1

Condições de saúde

Número de doenças autorrelatadas que, segundo o idoso, foram diagnosticadas pelo médico no último ano; problemas de saúde autorrelatados no último ano.

Independência funcional para ABVDs

6 itens para ABVDs com três possibilidades de respostas de autorrelato sobre ajuda necessária para: banho, vestir- se, toalete, transferência, controle esfincteriano e alimentação (nenhuma ajuda, ajuda parcial ou ajuda total).

Questionário de doenças e de sinais e sintomas auto-relatados (NERI; GUARIENTO, 2011). Anexo 2 INDEX de Independência nas Atividades de Vida Diária de Katz (KATZ et al, 1963; LINO et al, 2008). Anexo 3

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Continuação do Quadro 3

Independência funcional para AIVDs

7 itens para AIVDs com três possibilidades de respostas de autorrelato sobre ajuda necessária para: telefonar, usar transportes, compras, cozinhar, serviços domésticos, uso de medicação, manejo de dinheiro- nenhuma, parcial ou total.

Envolvimento social (participação em atividades físicas, em centro de convivência, na comunidade e religiosas).

Escala de Lawton (LAWTON; BRODY, 1969; BRITO; NUNES; YUASO, 2007). Anexo 4

Questionário com itens de resposta estruturada pelo pesquisador.

Anexo 1

Status cognitivo

Teste de rastreamento e permite uma avaliação global do funcionamento cognitivo. É composto por uma avaliação objetiva da orientação, memória, cálculo, linguagem e praxias mediante 30 itens.

Mini-Exame do Estado Mental

(FOLSTEIN, FOLSTEIN,

MCHUGH, 1975; BERTOLUCCI et. al., 1994; BRUCKI et. al., 2003). Anexo 5

Condições Psicológicas

Sintomas depressivos

15 perguntas objetivas (sim ou não) a respeito de como o idoso tinha se sentido durante a última semana. Pontuação entre 0 e 5 se considera normal, 6 a 10 indica depressão leve e 11 a 15 depressão severa.

Ansiedade

21 questões sobre como o indivíduo tem se sentido na última semana, expressas em sintomas comuns de ansiedade. Cada questão apresenta quatro possíveis respostas, e a que se assemelha mais com o estado mental do indivíduo deve ser sinalizada. Pontuação entre 11 e 19 se considera ansiedade leve, de 20 a 30, moderado e de 31 a 63 grave.

Escala de Depressão Geriátrica – GDS (YESAVAGE et al, 1983; ALMEIDA; ALMEIDA, 1999). Anexo 6

Inventário de ansiedade de Beck - BAI (CUNHA, 2001). Utilização restrita aos psicólogos e por isso não foi anexado no trabalho.

Funcionamento Familiar

Satisfação com os relacionamentos familiares

Satisfação com os domínios: adaptação, companheirismo, desenvolvimento, afetividade e capacidade resolutiva. São cinco questões avaliadas de 0 (nunca), 1 (algumas vezes) ou 2 (sempre). O escore de 0 a 4 indica elevada disfunção familiar, 5 e 6 moderada disfunção familiar e 7 a 10 boa funcionalidade familiar.

Clima familiar*

22 itens avaliados em uma escala de 5 pontos (1= de jeito nenhum; 2=pouco; 3=mais ou menos; 4=muito; 5=completamente) relativos a quatro fatores: apoio, coesão (vínculo emocional existente entre os membros da família), conflito (relação agressiva e conflituosa existente entre os membros da família) e hierarquia (nível de controle e poder no sistema familiar).

APGAR de Família (SMILKSTEIN, 1978; BRASIL, 2006).

Anexo 7

Inventário do clima familiar – ICF (TEODORO, 2006). Anexo 8

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A medida de clima familiar não foi criada para avaliar especificamente as relações familiares de idosos. Como a grande parte das escalas de avaliação familiar, ele focaliza a criança e o adolescente. No entanto, justifica-se a escolha desse pela escassez de escalas adequadas para a população idosa, as quais sejam capazes de avaliar o sistema familiar de forma mais minuciosa. Ou seja, foram priorizadas as características: tamanho, simplicidade e facilidade de aplicação.

4. ANÁLISE DE DADOS

Os dados foram submetidos à análise estatística com a utilização do programa SPSS (Statistical Package for Social Sciences®), versão 12.0. Foram feitas tabelas de frequência das variáveis categóricas e estatísticas descritivas das variáveis numéricas. Com o objetivo de estudar o perfil da amostra, foram feitas análises de conglomerados (Cluster Analysis) mediante o método da partição, considerando a formação de três agrupamentos. A análise comparativa da composição dos conglomerados obtidos foi feita mediante os testes qui- quadrado e Exato de Fisher. Estes testes foram feitos com auxílio do pacote estatístico The SAS System for Windows (Statistical Analysis Sustem), versão 9.2. O nível de significância adotado para todos os testes foi de 5%.

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