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Ao iniciar este trabalho, tinha como fundamental apontar como a noção de ciclo do carbono era abordada no ENEM – esta que é sem dúvida a mais importante avaliação do nosso país – porém, ao me aprofundar e dedicar inúmeras leituras ao assunto pude perceber o quão complexo e dinâmico é o estudo dos ciclos naturais (chamados de bioquímicos ou biogeoquimicos) e principalmente no contexto do funcionamento do sistema terrestre. Se neste contexto as significações sobre o ciclo do carbono já são demasiadamente complexas, como geógrafa não poderia deixar de lado a presença (intervenção), e a relação do humano como o meio natural. Cerceando todo este contexto temos ainda que considerar o contexto histórico- social em que esses sentidos se inserem no momento do de grandes debates em torno de temas como o aquecimento global/mudanças climáticas. Que tem sido eixo norteador de discussões e estudos inúmeros, onde informações e dados se colocam sem apresentar definições e certezas,promovendo discussões e possibilitando a formação de inúmeros sentidos sobre o tema.

Pretendi então, com o presente trabalho, possibilitar aos educadores uma nova perspectiva de inclusão de seus alunos no estudo das mudanças climáticas e aquecimento global através da utilização do ciclo do carbono, que é um importante elemento no funcionamento do sistema global terrestre, e também amplamente abordado nas contínuas avaliações propostas por diferentes meios.

Dissertar concluindo sobre um assunto tão diverso e controverso como é o ciclo do carbono e o aquecimento global foi no mínimo delicado, já que o assunto não possui um único sentido e conclusões entre os meios científicos e acadêmicos. Posto isso é evidente e óbvio que não encontraremos tal consenso também em currículos, imagens, representações e avaliações que estejam ligados ao tema.

O que busquei problematizar foi o fato de que dentre inúmeras representações e possibilidades de abordagens do assunto, na maioria das vezes UM único sentido é escolhido e trabalhado, sendo esta escolha trazida por livros didáticos e mídia e efetivamente reproduzido pela maior avaliação nacional do país o ENEM, que traz o carbono (muitas vezes nem sequer relacionando-o ao seu ciclo) como o grande ―vilão‖ das mudanças climáticas. Mudanças essas

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que seriam ―causadas‖ somente pela ―intervenção‖ humana, apagando a significação da complexidade que envolve questões que remetem ao planeta e à nossa relação com ele, a longa história do nosso planeta em seu gigante tempo de formação e transformação constantes que já produziu diferentes eras, períodos gerando oscilações de temperatura (e das oscilações de carbono nestes períodos), em que a Terra experimentou tanto aquecimentos como o resfriamentos. É preciso entender o homem neste processo, e não apagando-o.

Ter analisado o ENEM, cuja relação estabeleci como aluna (quando efetuei o exame após a conclusão do ensino médio) e, depois como docente, e agora como docente/pesquisadora, me permitiu dar visibilidade a sentidos e ―escolhas‖ produzidas a partir de enunciados, perguntas, alternativas de respostas, que em muitas ocasiões traziam consigo um discurso e uma abordagem direcionada do ciclo do carbono. Pude compreender que nessas questões estão colocadas os discursos de diversos atores, e algumas dessas colocações se sobrepõem a outras, que em muitas vezes são silenciadas.

Em nossas primeiras observações pudemos notar que para o ENEM a Terra passa por um aquecimento causado pela emissão antrópica, ou seja, as mudanças do clima na Terra ocorrem diretamente por intervenção humana, principalmente no meio natural, através da utilização de combustíveis fósseis e liberação de gases de efeito estufa – principalmente CO2 -. Deste modo

como a idéia que vem sendo usada, e trabalhada em questões de avaliação como o ENEM, reforça uma concepção de mudança ambiental como resultado de um único fator, (idéia também muito trabalhada pela mídia), numa relação causa e efeito simples, apagando a concepção da Terra como um sistema integrado, em que ciclos variam naturalmente dentro de uma concepção de tempo muito maior do que a da presença humana em nosso planeta.

As interpretações sobre a temática das Mudanças Climáticas Globais estão presentes no ENEM e consequentemente entram na escola, por exemplo, pelos professores em suas práticas de sala de aula ao abordarem as questões nas atividades didáticas.

(ZIMMERMMAN, 2008) Pode-se notar, entre outras coisas, que o discurso produzido pelo ENEM sobre as Mudanças Climáticas Globais é produto de uma interpretação que enfatiza aspectos voltados ao aumento da temperatura e a catástrofes que estariam ocorrendo em várias partes do planeta, dando ênfase

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somente para o discurso relacionado à manutenção e preservação da vida, principalmente humana, na Terra, as quais são notícias geralmente veiculadas pela mídia.

O discurso apresentado por esse exame direciona somente um sentido e coloca-o como se fosse o único possível, silenciando a questão da pluralidade de perspectivas de considerar essa temática. Diante disso, buscamos colocar em discussão os limites do discurso único, sentido único, dando margem para a polissemia, os múltiplos dizeres, valorizando outras possibilidades pedagógicas, da multiplicidade de sentidos, reforçando a necessidade de refletir sobre uma educação que coloque o aluno/leitor diante das alternativas possíveis sobre um determinado assunto, deixando aparecer a idéia da leitura e versão da realidade.

(GALVÃO, 2010, p.79)

Observamos claramente que falta aos alunos e aos avaliadores, pensar os componentes da Terra – assim como a presença humana – como parte de um sistema maior e complexo onde nem sempre o ser humano é origem de ―interferências‖ e modificações.

O desconhecimento da dinâmica dos sistemas e ciclos responsáveis pela vida na Terra e o consumismo exacerbado levam a desastres ecológicos que precisam ser entendidos em suas raízes. As tecnologias modernas não substituem e nem eliminam o papel da natureza na vida humana, pelo contrário, podem acelerar a destruição de seus recursos

(BRASIL.,2000, p.24)

É sabido e evidente que o homem tem modificado paisagens, processos e o meio natural através da exploração e utilização de recursos como nunca visto antes, durante o tempo histórico, para saber disso, basta a mídia. Mas cabe também propiciar na escola a reflexão de que mudanças já estão em curso mesmo que não as percebemos. E se estas alterações ―humanas‖ podem realmente provocar mudanças em um sistema tão amplo e complexo como o da Terra. E se somos capazes de tal modificação até que ponto ela vai? Como estudar este fenômeno?

É de extrema importância inserir a temática das Mudanças Climáticas Globais no contexto escolar apresentando as controvérsias relacionadas, a multiplicidade de sentidos, pois abre espaço para que os cidadãos tomem parte em discussões científicas que envolvam argumentação e tomada de decisão, levando em conta que as controvérsias e incertezas sobre as possíveis causas

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e efeitos do fenômeno conhecido como Aquecimento Global ainda são pouco divulgadas, mas precisam chegar à sala de aula (VIEIRA e BAZZO, 2007).

Algumas conclusões são possíveis, frente ao obtido com este estudo:

 Apesar dos PCN‘s e curriculuns proporem uma abordagem que privilegie o estudo da Terra em sua totalidade, o que seria favorecido com uma abordagem sistemática, essa instrução não é refletida em muitos materiais didáticos e posteriormente no ENEM, onde os processos terrestres ainda se encontram particionados;

 A relação dos sentidos produzida através do ciclo do carbono com a perspectiva epistemológica das geociências, incluindo abordagem sistêmica, evidenciaria outras possibilidades de sentidos,

 O ENEM tende a relacionar o ciclo do carbono com efeitos catastróficos do aquecimento global, referenciando que este atual ―desequilibrio‖ na concentração de carbono seria causado pelo homem.

 Em relação às habilidades que foram avaliadas no conjunto de questões que abordam a temática, pode-se verificar que há uma frequência de escolhas e uso. Outras habilidades seriam necessárias para se compreender essa temática sob um ponto de vista geocientífico, que não estão listadas pelo ENEM.

 A visão divulgada e estudada nas escolas – e posteriormente cobrada em avaliações - é ainda, predominantemente Biológica, ligada aos ciclos das matérias, sendo praticamente inexistente uma abordagem que relacione o assunto a outros conhecimentos e disciplinas.

Por que divulgar somente uma possibilidade quando o crescimento e o desenvolvimento científico a ser trabalhado com os alunos trazem tantos sentidos e questionamentos em uma única questão?

É possível um problema com uma única solução quando nos vemos diante de inúmeras variáveis que compõe o funcionamento do nosso planeta? Como elaborar uma avaliação que envolva efetivamente o pensamento científico e as várias possibilidades? São reflexões que permearam este trabalho e que permanecem mesmo após sua conclusão.

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