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CONCLUSÕES E SUGESTÕES PARA FUTUROS TRABALHOS

A realização deste trabalho possibilitou uma reflexão sobre a necessidade de uma metodologia mais dinâmica e interativa, uma aprendizagem como atividade contínua. Têm-se a utilização da própria prática como objeto de reflexão e de aprimoramento na construção de conhecimentos.

Os estudos de casos presentes neste trabalho procurou demonstrar como o ensino diferenciado de uma disciplina considerada difícil e complicada como a matemática pode auxiliar no desenvolvimento dos alunos, principalmente aqueles que apresentam dificuldades de aprendizagem.

Segundo Elizabete (1995), as dificuldades e ou problemas de aprendizagem, "referem-se a situações difíceis enfrentadas pela criança normal e pela criança com um desvio do quadro normal mas com expectativas de aprendizagem a longo prazo".

A lei que exige que um aluno deva estar na terça ou quarta série em determinada idade, não está registrada em nenhum documento que se conheça, o que existe, são salas que, muitas vezes são formadas por alunos que apresentam ritmos diferenciados, dificultando o acompanhamento de determinados conteúdos, danificando assim, o desenvolvimento no processo de ensino-aprendizagem.

A matemática auxilia no processo de construção do conhecimento e consequentemente na aprendizagem, o que a torna imprescindível para o aluno, sua dinâmica relacionada com o dia a dia faz com que haja uma exploração maior na construção de conceitos que aperfeiçoam o desenvolvimento cognitivo do aluno. Para os alunos que apresentam maiores dificuldades em abstrair as situações problemas que a disciplina exige, recomenda-se uma metodologia diferenciada, onde, o professor, se possível irá determinar um atendimento individualizado na própria sala, sem colocar o aluno em situação constrangedora.

"A educação matemática atualmente tem se preocupado muito com as contribuições possíveis de serem dadas pela Matemática na formação integral do cidadão, pois o pensamento matemático é uma construção humana que se desenvolve dentro de um contexto histórico-social". (Educação matemática, 1998, p.11).

A citação que vêm a seguir substancia a relação da disciplina em questão com a realidade do contexto do aluno.

"Jamais imaginei resolver uma situação do dia-a-dia através de um conteúdo matemático. A gente pensa que matemática só serve para fazer exercícios e provas na escola. ARGH !" (LUZIA RAMOS, 1993). Nos dias de hoje, ainda existem pessoas que tem esse pensamento sobre a matemática, mas para mudar este pensamento, exige-se a mediação e a experiência do professor, peça fundamental para a construção de uma nova escola.

A Educação de uma nova escola, exige um novo professor, alguns professores continuam cobrando memorizações de fatos e um aprendizagem mecânica, fazendo destes alunos, depósitos de signos sem significados, sem relações primordiais com seu contexto.

A mediação do professor é fundamental para que não ocorra apenas uma aprendizagem mecânica e sim uma reflexão sobre o que se está aprendendo, mediar não é dar a resposta, é conduzir ao raciocínio de maneira segura e dinâmica, motivando o aluno, construindo com ele a evolução de seu aprendizado em todos os momentos de dificuldades.

A construção do conhecimento exige novas metodologias e ambientes diferenciados de aprendizagem, pois, cada sala é formada por um grupo heterogêneo de alunos. O ensino tradicional não atende as dificuldades que alguns alunos apresentam, fazendo emergir a necessidade de uma educação, onde o aprender a aprender faça parte do cotidiano dos alunos e professores.

A mudança da metodologia tem um papel de coadjuvante na transformação do processo de ensino-aprendizagem. Ainda não se pode mudar o currículo ou as exigências dos vestibulares, então, há a necessidade da elaboração de aulas diferenciadas de matemática para desconsiderar que essa disciplina faça parte de um processo ao mesmo tempo condicionante e árduo, tornando- a mais proveitosa e eficaz.

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