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Considera-se relevante que a abordagem dos aspectos teóricos e

práticos relacionados à Educação Especial necessitam ser debatidos e

aprofundados, conjuntamente com as pessoas afetadas pela DM, com suas

famílias, com as Associações em Níveis Nacional e Internacional, além das

participações efetivas dos Sistemas Públicos e Privados de Ensino,

concomitantemente com a educação Regular e Especial, no contexto da Lei de

Diretrizes e Bases da Educação (LDB), Lei n° 9.394/96 ora vigente no país.

Esta abordagem complementa o que comprovamos em estudos e

trabalhos práticos anteriores afirmando-se que em relação ao posicionamento

das famílias é necessário ressaltar que somente alguns pais participam

efetivamente, das necessidades educativas especiais de seus filhos, pois a

grande maioria deixa a cargo dos educadores, das mais variadas áreas, as

responsabilidades, principalmente da educação básica e, concomitantemente

os reforços diários de aprendizagem formal, que os filhos afetados por DM

tanto necessitam, desassumindo a paternidade e maternidade responsável,

lembrando ainda que nosso país detém um dos maiores índices de mães que

se encontram sozinhas na educação e formação destes filhos “especiais”, em

tomo de 80 por cento da população acima citada.

As famílias necessitam compreender que os nossos governos nos níveis

Federal, Estadual e Municipal, ainda investem insuficientemente em Educação,

entendendo por Educação os aspectos de informação e formação humana,

fatores indispensáveis, para que os filhos sejam atendidos por profissionais

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Espera-se que este profissional qualificado, para atuar na área da

Educação Especial, seja reconhecido em seu valor como educador

especializado correspondendo-lhe salário compatível com a sua formação,

possibilitando-lhe acesso profissional na atuação junto aos alunos “especiais”,

nas diversas modalidades de ensino.

Belli (1997) em artigo citado sobre a Pedagogia: do Analogismo a

Prática, afirma que o pedagogo é hoje não apenas aquele que faz um curso

superior de educação, mas aquele do qual trata da Ciência da Educação.

Fragmentada em muitos aspectos a educação busca seu referencial. É

neste contexto que se permite visualizar a formação dos educadores. A

formação em Pedagogia não diz respeito só ao especialista mas também aos

outros profissionais da educação, como os professores. Em sua essência a

Educação é uma ciência relacionada ao homem nos seus diversos segmentos

sociais.

Ser pedagogo é estar atento às mudanças existentes nos diversos

campos do conhecimento e elaborar esse conhecimento de forma significativa,

contextualizando sua prática. Os especialistas em Educação Especial e os

Educadores - Pedagogos - são os promotores da qualidade da Educação que

está intimamente relacionada com o desempenho humano. O fato é que o

Homem necessita passar pela Escola para poder de forma mais articulada

responder ao seu papel dentro da sociedade. Os pedagogos são então o

alicerce das estruturas educacionais, uma vez que respondem pelas mudanças

que ocorrem em seu interior.

É necessário ser claro que o Pedagogo não é um “trabalhador da

educação” e sim um “profissional da educação”.

Profissional este, que atua como mediador, educador e instrutor,

Envolvem todos os seus pares nos diversos campos, econômico, social,

político, entre outros, das quais direta ou indiretamente a escola participa.

Pedagogo é, assim, hoje, não somente mais um educador, e sim um

cientista educacional em constante processo de mudança para melhor

compreender seu objeto de estudo: “O homem e seu papel nas diversas

estruturas sociais”.

Evidencia-se o rebaixamento da auto-estima dos professores, desde os

rótulos-pejorativos utilizados no Brasil, por exemplo a designação,

“professorinha”, constantemente veiculada na mídia, áudio e principalmente

televisiva, o que não ocorre com as terminologias na palavra escrita ou oral,

por exemplo com o “medicozinho”, o “advogadozinho”, o “bancariozinho”, o

“empresariozinho” todos são relatados com a designação na linguagem de

padrão normal.

Outra questão perversa relacionada aos educadores brasileiros, é a

excessiva carga horária - de até 3 turnos diários de trabalho - que se sentem

obrigados a cumprir devido ao neoliberalismo e a globalização aliada a precária

situação econômica vigente no Brasil.

Com o sistema de Educação Inclusiva, orientado pela Carta de

Salamanca e garantido legalmente pela Lei de Diretrizes e Bases (LDB) tem

gerado angustiantes tensões emocionais e até mesmo atitudes estressantes,

nos profissionais da Educação Especial no Paraná e no Brasil. (Complementar

informações nos anexos 10.8 e 10.9).

Considera-se que se abrem novas oportunidades de empregabilidade

para este contingente humano - profissionais da Educação Especial - detentor

de significativos saberes, que comparativamente são desconhecidos pelos

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Os profissionais da Educação Especial, são necessários para dar

suporte aos atendimentos clínicos e pedagógicos, nos berçários, nas creches,

nos jardins de infância, nos pré-escolares, e escolas do Ensino Fundamental

Público e Privado, que cada vez mais, frente a demanda da inclusão tem

ofertado ou concordado em disponibilizar vagas para pessoas com

necessidades educativas especiais. Os atendimentos clínicos com as equipes

multidisciplinares necessitam dos conhecimentos do profissional da Educação

Especial, como exemplo há duas décadas passadas o neuropediatra Guerchon

(1980), ao retomar da Europa, onde intensificara os estudos neurológicos,

afirmou que: “O(a) professor(a) que atua na prática pedagógica da Educação

Especial é o único profissional de toda equipe multidisciplinar, que conhece

profundamente as ações e reações dos alunos “especiais” e que nenhum

trabalho relacionado a este educando, pode dispensar o papel de suma

importância deste profissional que alia os saberes teóricos e práticos.

Inclusive também o Hospital de Clínicas da Universidade Federal do

Paraná, tem um programa de atendimento pedagógico, entre outras áreas

multidisciplinares que fornecem subsídios educacionais para os pacientes em

tratamento hospitalar.

Então, podem abrir-se as possibilidades empregatícias para este

contingente educacional em escolas inclusivas, para o atendimento

especializado ou reforço pedagógico, sempre necessário PADM, pois é uma

inverdade que todas as pessoas “especiais” acompanham os processos

pedagógicos do Sistema Regular de Ensino e que o(a) professor(a) oferece

atendimento adequado para 30 alunos e que com a inclusão de alunos

especiais, consiga dar toda a atenção que este aluno merece e em tese

pedagógicos.

Ressalva-se que a autora em momento algum, seja na teoria ou na

prática tem idéias contrárias à inclusão, mas que reflete sobre os fatos práticos

e reais de uma sala de aula. Nas teorias inclusivas são fatos passíveis de

acontecer, mas que na prática pedagógica a inclusão mostra-se diferente, e

ainda com muitas problemáticas inseridas neste contexto.

Antunes (1998, p. 63) afirma que

O professor é o novo marinheiro dos tempos que chegam. No momento em que se descobre as verdades das inteligências múltiplas e se configuram o novo papel da educação, centrada em um aluno a ser descoberto em sua extrema singularidade, emerge como mais importante profissional do século, todos os que tem o extremo privilégio de fazer surgir, deste novo aluno, um novo ser humano. Ser professor, hoje, é ser vítima de uma profissão difícil e mal compreendida, contudo com a extrema nobreza e dignidade daqueles que tem o privilégio único de anunciar os novos tempos.

Ainda haverá mercado de trabalho para todo este contingente com

habilidades inúmeras vezes desconhecidas pelo governo Federal, Estadual ou

Municipal, pois o professor da Educação Especial detém conhecimentos,

metodologias e recursos técnicos que em geral os educadores e os burocratas

do Sistema Regular de Ensino desconhecem?

É necessário investir na Educação Brasileira, para que a nossa

sociedade, torne-se mais capacitada para reconhecer a existência e as

capacitações de pessoas afetadas pela DM, por conseqüência as

possibilidades de integração e inclusão dos mesmos nas escolas, nos

esportes, nos trabalhos, no lazer e na sociedade brasileira em geral. Esta

busca da integração e da inclusão, só se dará a contento, se o padrão

educacional nacional, tiver como objetivos a evolução deste grande e

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Alguns setores, destacam-se pelo trabalho grandioso, que fazem, a

saber:

a) as Associações de Pais e Amigos dos Excepcionais em todo o

território nacional;

b) as Associações ligadas à Síndrome de Down, como um exemplo, a

Associação Reviver Down, de Curitiba;

c) as Universidades que desenvolvem trabalhos de pesquisas, projetos,

congressos, seminários e encontros reforçando o trabalho das

Associações, como exemplo a Universidade Tuiuti do Paraná, a

Universidade Federal do Paraná, a Pontifícia Universidade Católica

do Paraná, èm Curitiba, e no Estado de Santa Catarina a Associação

Catarinense de Ensino em Joinville, a Universidade Federal de Santa

Catarina em Florianópolis e a Universidade do Vale do Itajaí (Univali)

em Itajaí;

d) os cursos de graduação, pós-graduação e a grande busca do

Mestrado em Educação Especial, que proporcionam conhecimentos

e o saber técnico-metodológico atualizado, desde a Prevenção, o

Nascimento, a Educação, o Trabalho e a Qualidade de Vida na

Terceira Idade, para as pessoas que desenvolvem trabalhos e

atendimentos com nossos filhos e alunos com Síndrome de Down, a

exemplos, no Paraná, da Universidade Tuiuti do Paraná, a Pontifícia

Universidade Católica do Paraná e a Universidade Federal do

demonstrar as capacidades e as orientações às pessoas com DM;

f) pais e mães que buscam o conhecimento, a integração e a inclusão,

conscientes das dificuldades, mas acreditando nas pessoas afetadas

pela eficiência Mental e nas suas potencialidades, nas áreas

Ritmo de

Aprendizagem

Psicomotricidade

Sujeito” P.A.D.M

Particularidades

Particularidades

/ ^ É s t í m u l o s ^

— •Ambientais

'

Familiares/Pessoai

v

«Perceptivos

>

V < Ç o g nitivo^.X^

Inserção

*

Sistema Regular

v de Ensino? ^

Mediadores

Burocratas da

.Educação”^/

ESCOLARIDADE DAS PESSOAS COM NECESSIDADES

EDUCATIVAS ESPECIAIS

f

Inserção

( Sistema Educação)

V .

Especial?

^

^ --- —

/ Continuidade? \

Inserção no Sistema

Regular de Ensino?

\ Re-inserção? y

/ Continuidade? \

Inserção no Sistema

Educação Especial?

\ Re-inserção? y

Adequação/Sistema?

Distúrbios Comportamentais?

Si-Outro-Meio Ambiente?

Controle/Descontrole/Emoções?/

•Satisfação/Depressão?

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