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4 OUTROS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS PARA A

4.1 Método Reorganização Neurológica

Segundo Padovan (1984), não se atém a nenhuma técnica milagrosa, é

uma resposta orgânica do indivíduo.

Quando se vai ensinar o sistema nervoso central, o ensino deve ser

perfeito, sincrônico - “é fazer” (saber fazer o exercício), não ficar em cima da

dificuldade e sim do que consegue fazer, anteceder, pois a criança desenvolve-

se espontaneamente.

O educador “não deve ter pena”, nunca, procurando com confiança fazer

com que acreditem, em si mesmo, senão só traz prejuízo, não se deve inventar

subterfúgios para enganar o educando, procurando, com respeito, transmitir

para o aluno tranqüilidade, sem angústia, sempre anotando os progressos.

Na área da alfabetização, todo o processo motor do indivíduo, o andar

vem padronizado desde o útero materno, levando até os 7 anos para se

completar, adquirir postura correta e ereta, estabelecendo a lateralidade, a fala

e a linguagem, pois depende do Sistema Nervoso Central, e o processo de

andar prepara a linguagem.

A afasia relacionada à área de Brocarth, apresenta dificuldades no

comando do corpo cruzado. Na lesão do lado direito, o hemiplégico, não perde

a fala, não canta, pois perde o ritmo, apresenta gagueira, mas não gaguejam

pedagógicas, deste método, os verbos inseridos nos cartões de leitura são na

cor vermelha.

O processo de falar, também se inicia quando o indivíduo nasce, e dos 7

a 14 anos, apresenta o maior fluxo da linguagem, sendo de extrema

importância todo o tipo de comunicação: linguagem oral, musical, morse, ou

por computador. Nesta fase utilizam-se nas atividades, os substantivos na cor

verde.

A fala depende do sistema nervoso central, e os versos tem algo com a

espiritualidade, com a arte, fazendo da linguagem um substrato do

pensamento, as poesias clássicas, com muita rima; com ritmo, nesta fase seus

desenhos são sempre espontâneos, aprecia histórias todos os dias, dando

ênfase aos “contos de fadas” até aos 7 anos, depois, até aos 14 anos, pode-se

utilizar “fábulas”, pois estabelece defeitos no homem sem conotação moral.

Nesta fase, o educando assimila lendas de santo, heróis, o Velho Testamento,

mitologia greco-romana, e história atual, pois é importante recapitular com o

aluno a História da Humanidade.

No processo de pensar não se fixa só em formular conceitos, o qual vai

completar-se até aos 21 anos. O sujeito afetado por deficiência mental, nesta

fase do pensar adquire o domínio da imagem de si mesmo, aprende a dizer “eu

para si mesmo”, e além de reconhecer o “eu”, o aluno expressa o pensamento,

por imitação, adaptação ao meio ambiente, e na aprendizagem com os animais

domésticos ou com o homem, aprende o que é do seu ambiente. (Verificar

complementos sobre o assunto nos anexos 10.7).

Ressalta-se que na fase da alfabetização utilizam-se os adjetivos na cor

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4.1.1 Observações Concernentes a Este Método

a) Os reeducadores podem ser todo e qualquer adulto, na busca do

“homem como um todo”, é necessário conhecer o padrão cruzado

para aplicar os exercícios. Aos 3 anos de idade a criança atravessa a

fase do “eu para si mesmo”.

b) No autismo a criança não diz “eu para si mesmo”, apresenta uma

lesão sensorial no processo neurológico que afeta todos os sentidos,

não reconhece a si nem o outro, não fala os conectivos, pois o

processo não se completou adequadamente. Apresenta auto-

estímulo corporal ou com os objetos.

c) A pessoa afetada pela Paralisia Cerebral apresenta uma lesão

motora que na maioria das vezes afeta o lado esquerdo com

hemiplegia do lado direito. Nas sinapses que não se completam, as

causas são difíceis de serem determinadas. Se os neuro

transmissores apresentam-se desorganizados nas áreas corticais,

através dos exercícios da reorganização neuro-funcional pode-se

reorganizar perifericamente o sistema nervoso com a freqüência,

intensidade e duração, potencializando os seus efeitos positivos.

d) As pessoas que apresentam enurese, ou no caso das pessoas

disléxicas, ou que tem dificuldades para rastejar, necessita-se

trabalhar sempre com o impulso que antecede o movimento.

e) Nos casos dos hiperativos, por mais que se procure agradar não

resolve. Apresentam dificuldade em compreender a necessidade de

concentração. Na reorganização neurofuncional os estímulos

emocionais e os que são afetados pelo sistema nervoso central

(neuro orgânico), ou na influência do meio ambiente.

g) Nos descontroles de urina e fezes, o hipotálamo regula os

hormônios. É necessário o amadurecimento e a busca dos

problemas emocionais, pois se não apresenta melhora cria-se uma

doença física.

h) Os pés desenvolvem-se com exercícios nas articulações, no osso

femural e nos tornozelos até mesmo os joanetes melhoram com os

estímulos.

i) No caso de medo de altura, trabalha-se com o sistema vestibular e

os exercícios com os mesmos devem ser realizados com rede,

cadeira, bem devagar.

j) Para a coluna, fazer a terapia nos dedos das mãos e dos pés para

melhorar a coluna.

k) É importante anotar as dificuldades e os progressos. É relevante a

supervisão com paciente.

I) As técnicas motoras da reorganização neurológica com o método

Bobatt, “não fazem mal”.

m) Nas dificuldades graves é onde mais se nota os efeitos mais

positivos.

n) Nas pessoas ditas normais, os exercícios fortalecem como um todo.

o) Rudolf Steiner (1981) estudou e atendia principalmente os casos de

dislexia, que afetam os processos da leitura e da escrita.

p) O emérito estudioso Gleen Doman (1980, p. 377), na sua obra:

“Como ensinar seu bebê a ler”, ensina que através dos estímulos,

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q) Temple Fay (1955) é considerado o pai da Reorganização

Neurológica.

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