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Capítulo VII Conclusões e Implicações Gerais

7.1 Conclusões Gerais

“Neste mundo apressado de hoje, quando precisamos de informação, queremos encontrar textos curtos, precisos e que nos dêem prazer de ler. Escrever textos informativos de leitura agradável exige bons conhecimentos das relações entre o leitor e o texto, pelo menos até onde alcançam estudos de psicolinguística e sociolinguística, nesse campo” (Elena & Otilia, 2006, p. 10). Mas atualmente o acesso à informação é cada vez mais rápido e fácil, contudo é importante ter em atenção que no mundo digital todos podemos opinar, criar e partilhar conteúdos o que faz com que nem toda a informação que nos aparece numa pesquisa seja fidedigna e totalmente correta. “As novas tecnologias de processamento e transmissão de dados aumentam [assim] a utilidade da informação, possibilitam uma proliferação massiva de soluções personalizados e alteram a própria natureza do relacionamento interpessoal. Na Era da Informação assistimos a uma rápida emancipação dos consumidores e à revitalização das respetivas personalidades, quase totalmente esbatidas pelo Marketing de Massas característico da Era Industrial. O cliente navega agora ao sabor dos próprios interesses, sulcando o seu próprio rumo e não as rotas por outros traçadas” (Rodrigues, 2002, p. 24).

Assim, e posto tudo o que foi referido, “a Internet permite a todos comunicar com todos instantaneamente e muitas empresas estão a usar esta capacidade para criar novos negócios, bem como para reduzir os custos dos negócios atuais” (Rodrigues, 2002:, p. 30). E desta crescente evolução nas formas de comunicar e de relacionar, tem-se verificado um grande desenvolvimento no fenómeno social media. Estes são, por isso, hoje em dia, canais nos quais “as marcas tiveram que aprender a comunicar, quer tenham presenças ativas ou não. Das redes sociais aos blogs, um novo conjunto de canais veio permitir às empresas e organizações alcançar um conjunto de objetivos, que vão do suporte ao cliente à geração de leads, participando em conjunto de funcionalidades com os consumidores num novo tipo de conversação” (Marketing Portugal, 2014)198. É, por isso, visível, cada vez mais, que “as redes

sociais influenciam tanto a difusão de inovações quanto a propagação da informação e do conhecimento que oportuniza o desenvolvimento de inovações. A literatura permite-nos inferir que as redes sociais são recursos importantes para a inovação, em virtude de manterem canais e fluxos de informação em que a confiança e o respeito entre atores os aproximam e os levam

198 Marketing Portugal (2014). As redes sociais em 2015. Disponível em: http://www.marketingportugal.pt/artigos/marketing-digital/as-redes- sociais-em-2015

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ao compartilhamento de informações que incidem no conhecimento detido por eles, modificando-o ou ampliando-o. (…) As interações, que movimentam as redes, são representadas por relações sociais, económicas, de trabalho, etc., que, essencialmente, possibilitam o compartilhamento de informação e de conhecimento. Dependendo dos interesses que movimentam as interações na rede, esta pode ser seccionada em grupos que geralmente são profícuos para a própria rede, isto por mobilizarem atores que estejam envolvidos com uma temática específica. Favorecem, igualmente, ligações entre atores com o poder de direcionar os fluxos de informação a indivíduos que partilham de interesses comuns, proporcionando maiores condições para a inovação” (Maria Tomaél et. al, 2005, p. 102)199.

Perante isto, e segundo um artigo da revista Super Interessante (2013)200, “esta nova capacidade

de livre expressão e livre-trânsito de informação deu origem à rica paisagem virtual que hoje conhecemos. Considere o número de websites que alguma vez visitou, os emails todos que já enviou e todos os artigos que já leu online, todos os factos de que soube e todas as ficções que encontrou e descartou. Considere todas as relações estabelecidas, todas as viagens planeadas, todos os trabalhos que encontrou e todos os sonhos nascidos, alimentados e concretizados através desta plataforma. Considere também o que a ausência de controlo hierárquico permite: as vigarices online, as campanhas de intimidação, os websites de grupos de ódio e os chat- rooms de terroristas. É assim a Internet: o maior espaço sem lei do mundo”. E foram realmente estes os conhecimentos que tive oportunidade de vivenciar e aprender ao longo dos três meses de estágio na LK Comunicação.

Hoje não é possível viver sem Internet, sem estar conectado quase 24 horas por dia com os outros, estejam longe ou perto, conheçamos pessoal ou apenas virtualmente. E o mesmo acontece com as marcas, já não é possível não estarem online, não comunicarem com os seus consumidores quase todos os dias, com novidades, curiosidades e/ou até informações, levando- lhes a onde quer que estejam tudo o que precisam de saber sobre a sua marca. E esta é uma grande vantagem para as marcas, de hoje, conseguirem atrair os consumidores de acordo especificamente com aquilo que desejam, conseguem conhecê-los, perceber as suas necessidades e direcionar um conteúdo diretamente para si. Já são inúmeras as redes sociais que as marcas hoje têm que contemplar na sua comunicação digital, mas uma coisa aprendi

199 Maria Tomaél et. al. (2005) Das redes sociais à inovação. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/ci/v34n2/28559.pdf/ 200 Super Interessante (2013). A Nova Era Digital. Disponível em:

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também é importante saberem selecionar, não é necessário estar em todas, apenas naquelas em que estão os seus públicos-alvo. E é, muitas vezes, com esse papel que aparecem as agências de comunicação. Como referiu o entrevistado F (uma pessoa que trabalha diariamente em comunicação), “as agências de comunicação são um megafone visto serem elas as responsáveis por ampliar a voz do cliente. O nosso papel é propagar uma dada mensagem e eu acredito que sem este tipo de serviços, a mensagem do cliente (seja o seu produto ou serviços) está numa hemisfério de solidão e silêncio. É como uma pessoa estar a falar sozinha para quatro paredes. Nós funcionamos como um condutor da mensagem, mas não basta transportá- la: como a transportamos é o que faz toda a diferença”.

Mas e como descreve Vasco Marques (2014, p. 333), “será que termina aqui esta viagem? Um ciclo do currículo, sim. Mas tal como numa espiral crescente, serão necessários mais ciclos para ir aprofundado cada vez mais e ir evoluindo neste mundo digital que está em constante mudança”.

7.2 Conclusões sobre o Modelo e Fundamentação Empírica e Pesquisa Qualitativa utilizada

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