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Conclusões sobre o Modelo e Fundamentação Empírica e Pesquisa Qualitativa utilizada

Capítulo VII Conclusões e Implicações Gerais

7.2 Conclusões sobre o Modelo e Fundamentação Empírica e Pesquisa Qualitativa utilizada

sobre o quotidiano das marcas nas redes sociais, complementando-se com todos os esforços de comunicarem da melhor forma com os seus clientes, sempre com o auxílio da prestação de serviços da agência de comunicação contratada, neste caso a LK Comunicação, em Braga, senti a necessidade de dar resposta a uma pergunta que se foi colocando aquando da junção de todas as memórias e aprendizagens: “qual a importância dos social media para a Comunicação das Empresas?”. Através desta surgiram, ainda, algumas subquestões de pesquisa, como: “o digital implicou mudanças ao nível da relação das empresas com os seus públicos? Que mudanças”; “Que implicações têm as redes sociais na comunicação estratégica das empresas?” e “De que forma a gestão estratégica de marca se adequa ao meio online?”, pelo que o objetivo do presente trabalho foi sempre o de, através das experiências profissionais vivenciadas, e da leitura de vários artigos e outras referências bibliográficas, dar-lhes respostas concretas e que possam, até, vir a ajudar as várias marcas, que hoje ainda não utilizam os social media como parte integrante da sua estratégia de comunicação, a perceberem como podem tirar partido de uma estratégia digital, conhecendo os seus consumidores e os seus hábitos neste meio.

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Aquando do início da elaboração do presente relatório foram vários os blogues e páginas digitais em que se encontraram opiniões e sugestões sobre os meios de comunicação online, a vida das marcas no mundo digital e a perspetiva e atitudes dos consumidores. Contudo, quando analisados mais do ponto de vista das empresas/marcas ainda há muito pouca informação disponível e testemunhos reais. Os estudos sobre as boas práticas e sugestões de como estas se devem adaptar ao mundo online são bastantes, mas uma coisa são os livros e outra coisa é a prática e a experiência real. Mas conciliando com a minha experiência em estágio, daquilo que testemunhei e pude trabalhar com diversos tipos de empresas, com estudos e artigos encontrados ao longo do relatório todas as subquestões foram sendo respondidas.

Verificando-se que quanto às mudanças implicadas ao nível da relação das empresas com os seus públicos, estas foram inúmeras, desde a adaptação a um meio de comunicação totalmente novo e em constante mudança ao conhecimento de um novo consumidor, mais presente e ativo. E, além disso, estas mudanças relacionaram-se diretamente com as estratégias de comunicação, pelo que as marcas tiveram que reformular (caso tivessem) o seu planeamento de comunicação tradicional, adaptando-o à possibilidade (se existisse necessidade) de acrescentar uma estratégia digital. Contudo, é importante realçar que não existem dois planeamentos de comunicação, mas sim apenas um que contempla a comunicação tradicional com a digital. Quando se decide comunicar digitalmente, é importante saber quais as redes sociais mais acertadas aos públicos-alvo em questão, quais os conteúdos que lhes interessam, a periocidade de comunicação (normalmente 2 a 3 vezes por semana, 1 vez no dia), respondendo assim a uma subquestão subjacente sobre se “estar presente em todos os canais de social media é benéfico para as empresas?”. Não é, sem dúvida. Porque existem já inúmeras redes sociais, que se caracterizam por variadas características únicas, e que se destinam a diferentes utilizadores, dependendo de fatores como: idade, sexo, gostos/preferências, profissões, etnias, objetivos de relacionamento, entre outros.

Assim, as marcas não devem apostar em comunicar em todas (pelo que é quase impossível), de forma a não desperdiçar nem tempo nem recursos, mas sim naquelas em que os grupos dos consumidores estão mais presentes. Esta aposta implica assim estudo prévio sobre as redes disponíveis e uma investigação aprofundada sobre os seus consumidores (gostos, desejos, motivos de compra, hábitos de pesquisas, redes frequentadas). Só depois é que devem decidir onde e como apostar. Já começam a ser algumas as marcas que utilizam as várias ferramentas

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de publicidade que as redes sociais disponibilizam, sendo para já a mais usual o Facebook, para que as ajudem a impulsionar os conteúdos disponibilizados e atingir de forma mais correta e eficaz o público seguidor.

O inter-relacionamento entre as diferentes redes sociais já começa, também, a ser possível. Acontece, já, muito entre o Facebook e o Instagram, o que é benéfico para as marcas. Podem complementar conteúdos entre as duas redes sociais e ajudar o consumidor a “circular” pelas suas páginas de forma mais rápida.

Todas estas respostas foram também sendo encontradas e verificadas através das entrevistas realizadas. A pesquisa qualitativa foi uma ajuda muito positiva para o encontro de variadas respostas e esclarecimentos, até, de algumas dúvidas. O primeiro grupo de inquiridos, pessoas representantes ou funcionários de uma marca/empresa, foi muito importante para a pesquisa, pois são pessoas que estão do lado das marcas e por isso sabem, quase em primeira pessoa, as reais necessidades, desejos e esforços que as empresas, hoje, estão dispostas a fazer para conseguirem comunicar da melhor forma com os clientes. São testemunhos reais e opiniões baseadas na sua experiência quotidiana e nas ações que a marca que representam teve que tomar aquando do aparecimento e evolução do mundo digital.

Já o segundo grupo de inquiridos foi importante por outras razões, pois são pessoas com variadas experiências ao nível da comunicação e que lidam todos os dias com as principais necessidades das marcas/empresas. Conhecem a fundo o mundo das redes sociais, estão informados sobre as evoluções que aparecem todos os dias e o seu quotidiano é ajudar os seus clientes a comunicarem da melhor forma possível seja tradicional ou digitalmente. Conseguem, por isso, ver um outro lado da comunicação e ajudar as marcas a adaptarem as suas necessidades aos recursos existentes. Além disso, têm um papel ativo na pesquisa de novas soluções, o que permite ajudar os seus clientes a estarem sempre um passo à frente dos concorrentes visto que se conseguem adaptar, normalmente, e acompanhar a evolução das redes sociais.

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