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Conclusões

No documento Plano de negócios : PIXOM (páginas 115-119)

A realização deste plano de negócios consistiu no desenvolvimento da marca PIXOM como forma de expansão da DIGITALAB. Como referido, o plano de negócios inicialmente foi elaborado para a participação no concurso do Prémio do Jovem Empreendedor e posteriormente adaptado a outros contextos e fins. Em primeiro lugar, foi necessária uma exaustiva revisão de literatura de modo a reunir informações acerca das temáticas centrais da marca, do que ela é – o crescimento nas PME – e no que ela se pretende lançar – e-commerce. Posteriormente elaborou-se a metodologia que suportaria toda a análise e permitisse o desenvolvimento estratégico, sendo o modelo de plano de negócios o mais adequado para expor a marca nesta fase inicial. Nesta fase, a empresa apenas pretende lançar-se no mercado europeu devido à incapacidade em vender para outros mercados por falta de poder negocial com empresas de logística. Assim, a análise do mercado subjacente apenas refletiu o mercado português por ser o país de localização da marca, e o europeu por ser a sua envolvente mais próxima. O mercado português encontra-se em fase de instabilidade como consequência da crise económica instaurada, porém segundo as projeções já foi iniciada a fase de recuperação que tenderá a melhorar ao longo dos anos. No entanto, o panorama ao nível europeu é significativamente mais estável em alguns países, sendo que é no mercado externo que se localiza a maior percentagem de público-alvo do target definido.

No que diz respeito à estratégia definida, esta tem por base uma marca com identidade própria, que procura desenvolver um novo conceito aliado às novas tecnologias de rapid

prototiping, em que o carácter de inovação e exclusividade presente nos produtos, no

processo de fabricação, bem como na forma como o e-commerce está desenhado tornam-na única. Através das três formas de aquisição dos produtos pretende oferecer uma montra de produtos exclusivos (finais) e dar a possibilidade de o cliente participar no desenvolvimento dos seus produtos através da customização e, principalmente, incentivá-lo à co-criação. A qualidade é uma questão muito importante para a marca, sendo que esta tem sérias preocupações neste sentido, não só na própria produção dos produtos, como na escolha de fornecedores que ofereçam matérias-primas certificadas, parceiros com elevada qualidade e reputação no mercado, e com prestadores de serviços, nomeadamente de entregas que assegurem a chegada do produto ao cliente nas devidas condições e no tempo determinado. Visto que o cliente paga não só pelo produto mas por todo o ambiente de excelência e

exclusividade que é criado à volta da marca, o PIXOM pretende atingir pessoas pertencentes às classes A/B, com idades compreendidas entre os 18-55 anos, com facilidade de acesso à internet, que estejam no território comunitário e que demonstrem interesse por este tipo de produtos.

Como forma de divulgação para chegar a estas pessoas, aposta numa forte estratégia de

marketing, que vai desde a simples divulgação no site do PIXOM e da DIGITALAB,

dinamização no Facebook, presença em várias feiras nacionais e internacionais na área de

design e de impressão 3D, evento de lançamento da marca, no “boca-a-boca” junto do núcleo

de influências, até à participação em concursos de empreendedorismo e criatividade.

Atualmente o PIXOM ainda só participou no Lisboa Design Show e no Festival In, com protótipos. Contudo o feedback por parte de todos os participantes foi bastante positivo. O evento de lançamento da marca decorreu no mês de Dezembro de 2013, em Lisboa, especificamente no Hotel Fonte Cruz localizado na Avenida da Liberdade, onde apenas dois dos produtos da coleção Turn On foram apresentados no seu formato final. Estiveram presentes aproximadamente duzentas pessoas que partilharam a sua opinião acerca da marca, daqui resultaram vendas excecionais no valor de 370,99€.

Alguns dos concursos referidos já iniciaram as suas fases de seleção, sendo que o panorama é o seguinte:

 Prémio do Jovem Empreendedor – projeto está na terceira e última fase do concurso, não se sabe quando termina;

 Acredita Portugal – projeto passou à quinta etapa do concurso, são sete etapas e os resultados finais são anunciados no dia 6 de Junho de 2014;

 Prémio Indústrias Criativas – em fase de elaboração da candidatura, até 14 de Março de 2014;

 Projetos Originais Portugueses – em fase de elaboração da candidatura, de 3 de Março a 13 de Abril de 2014.

O sucesso nos concursos seria uma mais-valia no lançamento da marca, visto que a fase inicial do projeto carece de um investimento avultado que facilmente seria suprimido com os prémios. O investimento é necessário tendo em conta que a marca necessita de vários tipos de

recursos, como aumentar a sua estrutura ao nível dos recursos humanos, com a integração de um arquiteto, em 2014, e de um multi-manager e um designer de produto, em 2015; constante aposta em I&D para melhoria de todo o processo de fabricação e criação de novas matérias- -primas; aquisição de matérias-primas certificadas, iniciando-se com o cartão, cortiça, derivados de plásticos (ABS, PLA e Polimida) e acrílicos; os gastos normais associados às atividades empresariais (FSE); aquisição de duas máquinas impressora 3D e CNC, para ter capacidade de produção interna; compra de um automóvel, devido à necessidade de constantes deslocações entre o norte, onde se localiza a sede e o centro de produção interna e externa, e o centro, os escritórios.

Como forma de sustentar todas as estratégias definidas, realizou-se a análise económico- -financeira, efetuada à viabilidade do projeto integrado na realidade da empresa – com o PIXOM inserido na DIGITALAB. Tornou-se claro que o projeto da marca é viável dentro da lógica empresarial, devido aos seguintes motivos: os ativos fixos são comuns; os investimentos a realizar, embora predominantemente associados ao PIXOM geram sinergias para as outras áreas; e a estrutura de pessoal mínima para garantir a sustentabilidade da marca é a mesma da empresa, uma vez que as funções são transversais. Para além disso, os dados proforma de 2013 apontam adicionalmente para a necessidade de endividamento no curto prazo, face aos custos que a mesma já teve e apenas faturou 370€ neste ano na atividade relacionada com o PIXOM.

Os valores previsionais apresentados têm como base estimativas conservadoras, sustentadas na carteira de encomendas que a empresa já conseguiu assegurar. Sublinhe-se que qualquer alteração na carteira de encomendas reduz significativamente o Payback Period, aumentando o VAL, sendo possível que tal aconteça visto que a perspetiva adotada foi conservadora. Numa avaliação financeira, com base nos valores previsionais, apresenta um VAL de 59.895,42€, uma TIR de 19,44% e um Payback Period de 13 anos. Sendo que o Payback

Period não é o melhor indicador, neste caso, para avaliar o retorno do projeto na empresa,

dado que este está integrado na mesma e para além disso estão contemplados investimentos recorrentes. Assim, conclui-se que o projeto integrado na empresa, numa análise de viabilidade, é economicamente e financeiramente sustentável e justifica o endividamento, uma vez que os lucros do PIXOM vão ultrapassar os das outras áreas de atividade já existentes. Dado que o projeto é transversal à empresa no seu todo, não faria sentido uma análise individualizada.

Em suma, após o trabalho realizado, é recomendável que o projeto seja efetivamente executado, na medida em que, apesar do cenário de incerteza e dos riscos associados à instabilidade de Portugal e da concorrência presente principalmente no mercado externo, através das estratégias definidas e dos indicadores financeiros e económicos e de todos os mapas de suporte analisados, indicam que a empresa é economicamente viável.

No documento Plano de negócios : PIXOM (páginas 115-119)

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