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Assistência Social da Política Nacional de Assistência Social

VII Conferência Estadual de

Assistência Social 2007 Efetivação do Plano Decenal no âmbito do estado: Compromissos e Responsabilidades para assegurar Proteção

Social pelo Sistema Único de Assistência Social – SUAS

VIII Conferência Estadual de

Assistência Social 2009 Participação e Controle Social no Sistema Único de Assistência Social – SUAS. IX Conferência Estadual de

Assistência Social 2011 Consolidação do Sistema Único de Assistência Social e da Valorização dos Trabalhadores Fonte: Relatórios do Ceas-CE.

Essas conferências estão afinadas às temáticas das Conferências Nacionais com exceção da III Conferência Estadual de Assistência Social que não foi realizada em 1999, por imposição do Presidente Fernando Henrique Cardoso, somente vindo a ser realizada em dezembro de 2001 com o tema: Política de Assistência Social:

Uma trajetória de avanços e desafios. Durante a Conferência, foram discutidos temas como articulação entre as políticas sociais, elaboração do plano de assistência social, regulamentação dos Benefícios Eventuais e Continuados, Relação entre os Conselhos e as Comissões Bipartites e Tripartites, fortalecimento dos fóruns de defesa da assistência social, fontes de financiamento e orçamento destinado para a assistência social, financiamento indireto via renúncia fiscal, entre outros.

O trabalho do Ceas-CE se fundamenta por meio de um Planejamento Estratégico para cada gestão. Os planejamentos estratégicos do Ceas-CE norteiam toda a atuação no período referente. Suas apreciações se manifestam por meio de resoluções quando sua prerrogativa tiver caráter deliberativo.

A resolução é uma forma de expressar as decisões e deliberações tomadas pelos conselheiros que são encaminhadas ao gestor (coordenador da política de assistência social no estado) e publicada no Diário Oficial do Estado (DOE).

É pertinente destacar os avanços obtidos na política de assistência social e que foram respaldados pelo Ceas-CE ao longo de sua existência, como a aprovação da proposta orçamentária do fundo estadual de assistência social (Feas); ampliação

das articulações com os conselhos estaduais de assistência social; participação com condição de convidado das reuniões plenárias da Comissão Intergestores Bipartites – CIB-CE; participação com membro efetivo da comissão do conselho consultivo de políticas de inclusão social - fundo estadual de combate à pobreza (Fecop); participação do fórum nacional dos conselhos estaduais de assistência social (Fonaceas); socialização com os CMAS dos relatórios de gestão do Ceas-CE; realização do planejamento estratégico ; elaboração de instrumentais para subsidiar as ações dos CMAS; representação dos usuários no Ceas-CE; Governo do Estado por meio da Lei N° 14.210 de 25 de setembro de 2008 – disponibiliza ao conselheiro da sociedade civil recurso para custeio de despesa com deslocamento, passagem e manutenção quando no exercício de sua função em outros locais; disponibilização de vale transporte para conselheiros da sociedade civil que residem na capital e região metropolitana;disponibilização do carro para transporta um conselheiro usuário portador de deficiência física; capacitação Introdutória para os novos conselheiros do Ceas-CE; aquisição de equipamentos para o Ceas-CE: telão, notebook, data show, aparelho, central de ar para sala de reuniões e dependências do Ceas-CE; realização de reunião descentralizada com os conselhos municipais de assistência social para discutir a adequação das Leis Municipais. Mesmo assim, continuam a fazer parte dos desafios ampliar o debate sobre a questão do controle social, buscando identificar estratégias que possam criar novos mecanismos e instrumentos de intervenção nos espaços públicos; assessorar nos conselhos municipais de assistência social in loco; estabelecer um fluxo de informações permanente com os CMAS; monitorar as deliberações das Conferências (metas e estratégias) em cada nível de gestão; investir na capacitação sistemática de forma que a dimensão técnica ganhe condições necessárias para o avanço na construção metodológica e processos que qualifiquem a fiscalização e avaliação das ações; dar continuidade no Boletim Informativo do Ceas-CE, criado em 1997; apoiar e incentivar novas iniciativas para a criação de espaços de controle social, de forma que contemplem com prioridade a participação dos usuários dos programas, projetos, serviços e benefícios socioassistenciais; realizar de forma mais intensa o controle social da rede socioassistenciais pública e privada. Para finalizar, entende- se que as dificuldades destacadas nesta reflexão devem servir de parâmetros para iniciar um processo avaliativo na questão do controle social.

Nesse contexto de avanços e desafios, o controle social precisa ser reiteradamente valorizado e incentivado para que, de fato e de direito, os Conselhos de Assistência Social possam “ser canais de participação e de instrumentos institucionais que favoreçam o protagonismo da sociedade nos assuntos de interesse público” (MARTINS apud CAMPOS, 2006, p. 13).

Os Conselhos Municipais de Assistência Social (CMAS) são órgãos permanentes de deliberação colegiada, vinculados à estrutura dos órgãos da administração pública responsável pela coordenação da Política Municipal de Assistência Social, cujos membros, nomeados pelo gestor municipal, têm mandato de dois anos, permitida uma única recondução por igual período.

Os CMAS, em conformidade com os princípios e diretrizes da Loas, têm como objetivos básicos acompanhar a execução da política de assistência social, apreciar e aprovar a proposta orçamentária, em consonância com as diretrizes das conferências nacionais, estaduais e municipais, de acordo com seu âmbito de atuação, mediante leis específicas.

Como suporte para análise do perfil dos conselhos municipais de assistência social, procuramos conhecer as leis municipais que, em conformidade com a Loas, possibilitaram a criação do CMAS nos dois municípios que elegemos como objeto de análise, na presente dissertação, Fortaleza e Horizonte. Nesse sentido, apresentamos em seguida um resumo dessas leis, considerando que os dois, não obstante metrópole e cidade de pequeno porte, apresentam diferenças formais, têm o mesmo conteúdo no que se refere a definição, objetivos, princípios e diretrizes de atuação, atribuições e competências do CMAS propostos pela Lei Orgânica de Assistência Social.

3.4.2 Conselho Municipal de Assistência Social de Fortaleza

O Conselho Municipal de Assistência Social de Fortaleza (CMAS de Fortaleza) foi instituído pela Lei N° 7.945, de 15 de agosto de 1996, em consonância com a Lei Federal Nº 8.742 de 7 de dezembro de 1993 e ao longo de sua trajetória foi atendendo aos novos ditames da Política de Assistência Social (PNAS), NOB/Suas e NOB/RH/Suas. Em 1998 a Lei de criação do CMAS foi alterada pela Lei Nº 8.196, de

23 de setembro de 1998, define seus objetivos e princípios, redefine as competências, altera o número de membros conselheiros para 20 e que as decisões do CMAS seria por meio de resoluções; sua estrutura é constituída: plenária, mesa diretora, secretário, comissões permanentes, secretaria executiva, tendo o presidente do CMAS à prerrogativa do voto de qualidade. Em 1999 foi alterada conforme a Lei N° 8.404, de 24 de dezembro do mesmo ano, que modifica a composição, altera a mesa diretora (presidente, vice-presidente e secretário executivo), e havendo empate nas deliberações em plenária, cabe ao presidente o voto de qualidade. E, por último, foi realizada uma nova alteração por meio da Lei N° 9405, de 18 de julho de 2008, que redefine as competências, modifica composição, prazo de nomeação para trinta e a secretária executiva será remunerado.

O CMAS de Fortaleza encontra-se, vinculado à Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas), sendo de responsabilidade de esta prover as condições necessárias à manutenção dessa instância de deliberação com o intuito de os conselheiros realizarem as suas competências.

Seu colegiado é paritário. A representação governamental é indicada pelos titulares das pastas, e a sociedade civil escolhido em uma assembleia geral e conta com auxilio do Fórum Estadual de Assistência Social (Foeas), uma vez que o Fórum Municipal de Assistência Social encontra-se desativado.

O Conselho Municipal de Assistência Social é composto por 20 membros titulares e respectivos suplentes, sendo 10 representantes do Poder Público (Secretaria Municipal de Assistência Social, Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Habitafor, Secretaria de Direitos Humanos, Secretarias Regionais I, II, III, IV, V e VI). Os representantes do poder público são de livre escolha do chefe do Poder Executivo. Os 10 representantes da sociedade civil são: Instituto de Juventude Contemporânea, Centro de Desenvolvimento Infantil (CDI), Frente de Assistência à Criança Carente, Associação Comunitária do Parque Jerusalém, Associação Cearense Pró-Idosos (Acepi), Federação de Entidades de Bairros e Favelas de Fortaleza (FBFF), União dos Moradores do Jardim Iracema, Conselho de Entidades Populares do Bairro João XXIII e Adjacências (Cepa), Centro de Capacitação e Assessoria da Mulher – Elo Feminista, Associação Jovem Feliz, Conselho Regional de Psicologia – 11ª Região (CRP-11), Associação Cearense de

Terapeutas Ocupacionais (Acto), Conselho Regional de Serviço Social (Cress – 3ª REGIÃO), Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional 6ª região (Crefito 6ª REGIÃO), usuários das SER I, II, III, IV, V, VI.

Os representantes da sociedade civil são eleitos em assembleias gerais, especialmente convocadas para esse fim, agregando entidades e organizações de assistência social, trabalhadores e usuários vinculados a programas, projetos, serviços e benefícios de assistência social no âmbito do município de Fortaleza. Vale ressaltar que previamente as entidades e organizações são mobilizadas e as que respondem à convocação é habilitado.

O mandato dos conselheiros é de dois anos, sendo permitida uma única recondução por igual período, desde que escolhidos em assembleia geral. Os conselheiros são nomeados por ato do chefe do Poder Executivo, no prazo de 30 dias após o recebimento da lista nominal dos representantes da sociedade civil.

Os conselheiros não são remunerados por suas atividades, sendo considerados agentes públicos porque têm poder de decisão nos assuntos de interesse público.

O Conselho Municipal de Assistência Social funciona regularmente por meio de reuniões ordinárias mensais, com horários e datas fixadas em calendário preestabelecido e, extraordinariamente, sempre que convocado pelo presidente e/ou por 2/3 (dois terços) de seus membros conselheiros.

Segundo o artigo 9º da Lei Nº 9.405, de 18 de julho de 2008, que alterar a Lei de criação do CMAS, as decisões/deliberações do Conselho são consubstanciadas por meio de resoluções, “homologadas pela titular da Secretaria Municipal de Assistência Social” e publicadas no Diário Oficial do Município.

De acordo com a Lei Nº 8196, de 23 de setembro de 1998, que altera a lei de criação do CMAS, em seu artigo 9º fica expresso que o Conselho Municipal de Assistência Social contará com uma Mesa Diretora composta de Presidente, Vice- Presidente, Secretário, cujos membros serão escolhidos pelo voto da maioria absoluta dos seus componentes, em sessão plenária convocadas para tal fim. Registramos no quadro abaixo as mesas diretoras do CMAS desde sua criação:

Quadro 2 – Mesas diretoras do CMAS em sua trajetóriade 1997 a 2012.

MESA

DIRETORA PERIODO PRESIDENTE/