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4 A ATUAÇÃO DO ASSISTENTE SOCIAL NOS SERVIÇOS DE

4.2 Conhecendo os sujeitos da pesquisa

Do total de 11 profissionais entrevistados, 73% são do sexo feminino e 27% do sexo masculino, destes 64% são médico(a)s , 9% enfermeiro(a)s, 9% farmaceutico(a)s, 9% dentistas e 9% psicólogo(a)s, o maior percentual para o sexo feminino justifica-se pelo fato de na área de saúde ainda existir a ideia do cuidar, papel historicamente atribuído a mulher, com predominância, sobretudo, em profissões majoritariamente femininas, como é o caso da enfermagem e da psicologia, conforme mostram os gráficos 1 e 2.

Gráfico 1: Sexo dos Entrevistados

Fonte: Pesquisa de campo junto a profissionais do SAE e CTA municipiais. Ano: 2011

Gráfico 2: Formação Profissional dos Entrevistados

Fonte: Pesquisa de campo junto a profissionais do SAE e CTA municipiais. Ano: 2011

Destes, 91% possuem pelo menos uma pós-graduação e apenas 9% não são pós-graduados. Dos pós-graduados 20% têm mais de um tipo de pós- graduação, tendo 03 profissionais, Residência em Saúde, 01 Clinica Médica, 07 especialização e 01mestrado, conforme nos revelam os gráficos 03 e o quadro02 apresentados abaixo.

27% 73% Masculino Feminino 64% 9% 9% 9% 9%

Gráfico 3: Profissionais que possuem pós-graduação

Fonte: Pesquisa de campo junto a profissionais do SAE e CTA municipiais. Ano: 2011

Quadro 02: Nível de Pós-Graduação dos Entrevistados

Nível da Pós-Graduação Total

Residência 03

Clinica Médica 01

Especialização 07

Mestrado 01

Fonte: Pesquisa de campo junto a profissionais do SAE e CTA municipiais. Ano: 2011

Os resultados apresentados acima confirmam um dado identificado por Souza (2009), em sua análise sobre o trabalho em saúde,no qual a autora ressalta que este setor apresenta os melhores perfis de qualificação dentre as ocupações, respondendo aos mecanismos de proteção legal do exercício das profissões e exigências técnicas requeridas pelos conselhos profissionais. Consideramos que pelos investimentos que são feitos para combate do HIV/Aids através de acordos com organismos internacionais e pela complexidade da epidemiaa preocupação dos profissionais empregados nestes serviços com a sua qualificação profissional seja mais intensa, buscando os mesmos se pós-graduar, seja em sua área de atuação e/ou em áreas afins, de forma a melhor desempenhar suas funções.

O tempo de formação acadêmica dos profissionais entrevistados é bastante variado, tendo a maioria, 45%, entre 21 a 27 anos de formação profissional, 27% entre 30 e 36 anos, 18% entre 6 a 13 anos e 9% mais de36 anos, como explicita o Gráfico 4.

91% 9%

Gráfico 4: Tempo de Formação Profissional

Pesquisa de campo junto a profissionais do SAE e CTA municipiais. Ano: 2011

Considerando que quase metade destes profissionais (45%), têm mais de 20 anos de formação acadêmica, pressupõem-se que os serviços de efrentamento ao HIV/Aids em Campina Grande-PB, contam com profissionais dententores de uma significativa trajetória profissional na saúde pública.

O tempo de atuação em HIV/Aids também é variado, 45% dos entrevistados estão há cerca de 17 a 23 anos trabalhado no enfrentamento da doença, 36% de 3 a 8 anos e 18% de 10 a 15 anos, conforme o Gráficos 5.

Gráfico 5: Tempo de Atuação em HIV/Aids

Fonte: Pesquisa de campo junto a profissionais do SAE e CTA municipiais. Ano: 2011

Quanto ao tempo de trabalho nos serviços pesquisados, a maioria (64%), respondeu que está alí acerca de 7 a 10 anos, 18% de 1 a 5 anos e 18% a mais de 10 anos. O maior percentual atribuído ao intervalo de 7 a

18% 45% 27% 9% 6 a 13 21 a 27 30 a 36 Mais de 36 36% 18% 45% 3 a 8 10 a 15 17 a 23

10anos, demonstra que neste setor não ocorre, como em outros da saúde pública, transitoriedade de profissionais, pensamos que este fato ocorre pela questão da formação exigida, pois são poucos os médicos no contexto atual que querem enveredar para a área da infectologia, essa assertiva é ao mesmo tempo um ganho para as pessoas que vivem com HIV/Aids, pela possibilidade do estabelecimento de vínculo entre usuários e profissionais, já que esses pacientes jamais deixarão de frequentar esses serviços, garantindo um atendimento contínuo e humanizado. Tais dados são apresentados no Gráfico 6.

Gráfico 6: Tempo de Atuação no Serviço Pesquisado

Fonte: Pesquisa de campo junto a profissionais do SAE e CTA municipiais. Ano: 2011

Outra questão importante que queremos ressaltar é o tipo de vínvculo empregatício estabelecido entre estes profissionais e as instituições estudadas, pois 73% dos profissionais afirmam serem cedidos por instituições de ensino, a exemplo da UFCG e da FACISA, que fazem parceria com o município, 18% afirmaram serem contratados pela prefeitura municipal de Campina Grande-PB e apenas 9% foram admitidos por concurso público. O que traz à tona a necessidade da realização de um cocncurso público para esta área de atuação, tendo em vista que, se tratando da idade dos profissionais muitos se encontram em uma faixa-etária próxima do processo de aposetadoria (36%) tendo entre 53 e 63 anos, enquanto 55% têm entre 42 a 52 e apenas 18% têm entre 31 a 41 anos, como pode ser visualizado nos gráficos 7 e 8 que se seguem.

18%

64% 18%

Gráfico 7: Tipo de Vínculo dos Entrevistados

Fonte: Pesquisa de campo junto a profissionais do SAE e CTA municipiais. Ano: 2011

Gráfico 8: Idade dos Entrevistados

Fonte: Pesquisa de campo junto a profissionais do SAE e CTA municipiais. Ano: 2011

Deste modo, considerando o perfil dos profissionais entrevistados podemos afirmar que as pessoas que procuram os serviços direcionados especificamente ao enfrentamento do HIV/Aids em Campina Grande-PB, contam com o apoio de profissionais capacitados e com uma larga experiência em saúde pública direcionada a área de infectologia e, sobretudo, com tempo considerável de atuação nos serviços pesquisados, possibilitando um atendimento humanizado e de qualidade. Entendemos que os anos de experiência em trabalho multidisciplinar nas equipes pesquisadas, nas quais estão inseridos os assistentes sociais, possibilitaram que os profissionais entrevistados fizessem considerações significativas sobre a atuação do assistente social no enfrentamento do HIV/Aids.

9%

18% 73%

Conurso Público Contrato Cedido por Instituição de Ensino

18%

55% 36%

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