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Teoria do Currículo: Pós- Pós-Crítica

CONHECENDO A TEORIA QUEER

Teve origem nos Estados Unidos, em meados da década de 1980, a partir das áreas de estudos gay, lésbicos e feministas, tendo alcançado notoriedade a partir de fins do século passado. Fortemente influenciada pela obra de Michel Foucault, a teoria queer aprofunda nas críticas feministas à ideia de que o gênero é parte essencial do ser individual e as investigações de estudos gays/lésbicos sobre o constructo social relativo à natureza dos actos sexuais e das identidades de gênero. Enquanto os estudos gays/lésbicos se centravam na análise das classificações de “natural” ou “contra-natura” em relação aos comportamentos homossexuais, expande o âmbito da análise para abranger todos os tipos de actividade sexual e de identidade classificados como “normativos” ou “desviantes”. O autor acrescenta ainda que surgiu com um currículo que pretendia pressionar ao limite os conhecimentos pertencentes ao currículo dominante, pois acreditava que desta forma seria possível explorar aquilo que ainda não foi construído fechado o ciclo da pedagogia crítica que dá lugar à pedagogia pós crítica, que desconfiava dos impulsos de emancipação, que na sua perspectiva continha o desejo de controle e domínio do conhecimento moderno, o pós-estruturalismo surge com a finalidade de criticar o currículo fazendo uma pergunta muito representativa daquilo que pretende tratar:

“onde, quando, por quem foram eles inventados?” na qual pretendia provocar a reflexão das divisões curriculares para as diferentes áreas do conhecimento, bem como na forma como é visto o sujeito dito

Fundamentos e Currículo da Educação de Jovens e Adultos

autônomo, racional, centrado e unitário.

Fonte: Disponível em: http://psicogenero.blogspot.com/2011/04/mais-definicoes-em-transito-teoria.html. Acesso em: 10 jun. 2011.

As teorias pós-críticas pretendem produzir uma análise mais vasta sobre o currículo, que não se resume às meras relações econômicas do capitalismo e à centralização no Estado, mas que consiste na existência de vários centros de poder que o influenciam e que se encontram dispersos na sociedade. Exemplos disso são os meios de comunicação de massa que promovem a diversidade cultural, que integram os processos de dominação centrados na raça, na etnia, no gênero e na sexualidade. Estas teorias enaltecem o currículo como um importante meio formativo dos cidadãos que, apesar de não promover o seu processo de emancipação, molda a sua identidade e serve de caminho orientador na sua formação ao longo da vida, pois o currículo não é nem inocente nem neutro em relação aos diversos poderes.

Apesar de possuírem perspectivas diferentes sobre o currículo, ambas as teorias tanto a crítica como a pós-crítica, mostram que é uma questão de saber, identidade e poder. Estas teorias passam uma forte mensagem de que os professores não devem ficar alheios a estas discussões curriculares, pois devem ser conhecedores das implicações inerentes a temática e, se possível, deverão, acima de tudo, assumir um compromisso ético para com os seus alunos e para com a sociedade.

Abaixo, a Figura 3 mostra os conceitos mais usados nesta teoria.

Figura 3 - Teoria Pós-Crítica

Fonte: Baseado em Silva (2002, p. 17).

Apesar de possu-írem perspectivas diferentes sobre o currículo, ambas

as teorias tanto a crítica como

a pós-crítica, mostram que é uma questão de saber, identidade

e poder.

O Currículo na Educação de Jovens e Adultos Capítulo 3

Os principais conceitos usados na Teoria Pós-Crítica serão aprofundados no último capítulo deste caderno de estudos. Se você quiser ampliar seus conhecimentos a cerca das teorias do Currículo, vale à pena conferir os livros indicados a seguir.

Atividade de Estudos:

1) Dentre os vários aspectos que compõem a teoria curricular tradicional, podemos dizer que a didática instrumental está interessada na racionalização do ensino, no uso de técnicas mais eficazes. Como é definido o professor nesta teoria?

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2) Na obra de Tadeu da Silva (2002), o autor escreve que o currículo tradicional se divide em algumas partes. Quais seriam elas e o que caracteriza cada uma delas?

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3) O que promoviam as teorias tradicionais de acordo com as teorias críticas?

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4) As teorias pós-críticas pretendem produzir uma análise mais vasta sobre o currículo, que não se resume às meras relações econômicas do capitalismo. Qual é(são) o(s) outro(s) aspecto(s) envolvido(s) nesta análise?

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Fundamentos e Currículo da Educação de Jovens e Adultos

Vamos aprender mais sobre currículo? Então, busque essas obras apresentadas na sequencia e se inteire do assunto:

GOODSON, I. Currículo: teoria e história. Petrópolis: Vozes, 1995.

MOURA, Tânia Maria de Melo. Educação de Jovens e Adultos:

currículo, trabalho docente, práticas de alfabetização e letramento.

Maceió: UFAL, 2008.

SACRISTAN, Gimeno. Currículo e Diversidade Cultural. Petrópolis:

Vozes, 1997.

TADEU DA SILVA, Tomaz. Documentos de Identidade. Belo Horizonte: Autêntica, 2002

Além de livros, há vários textos teóricos na internet que discutem sobre o currículo, acesse, leia e aprofunde os seus conhecimentos:

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-73 302000000400004

http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0102-46982007000100011

&script=sci_arttext

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-24 782005000100012

http://pt.scribd.com/doc/520266/TEORIAS-SOBRE-CURRICULO http://www.slideshare.net/lucilapesce/teorias-de-currculo-das-tradicionais-s-crticas

O Currículo na Educação de Jovens e Adultos Capítulo 3

Sinopse:

É um filme classificado como gênero Drama.

O filme é baseado em uma história real, estrelado pela atriz Hillary Swank, que vive a personagem da professora “Erin Gruwell”. A história se passa por volta do ano de 1992, no qual a cidade de Los Angeles vive uma verdadeira guerra nos seus bairros mais pobres, causada por gangues que são movidas pelas tensões raciais.

Algumas Considerações

As normas metodológicas e as estratégias a serem privilegiadas na educação devem levar em consideração o incentivo ao estudo individualizado para a memorização de regras básicas e procedimentos técnicos do campo de estudo.

Esses elementos caracterizam aquela teoria conhecida como Teoria Tradicional de Currículo. Assim, a base de produção taylorista/fordista pode ser identificada também no contexto educacional, sobretudo, no domínio da teoria curricular tradicional.

As propostas curriculares desta base correspondem às demandas educacionais por meio de uma ação pedagógica que atenda a divisão social e técnica do trabalho, delimitada pelas fronteiras entre as ações intelectuais e instrumentais presentes no sistema produtivo: privilegie ora a racionalidade formal, ora a racionalidade técnica, centrando o trabalho educacional nos conteúdos e nas atividades; esteja baseada em uma proposta curricular distribuída em disciplinas do conhecimento, com conteúdos organizados de forma sequencial.

Dentre os vários aspectos que compõem a teoria curricular tradicional, podemos dizer que a didática instrumental está interessada na racionalização do ensino, no uso de técnicas mais eficazes, em o professor é um executor do planejamento (tecnicismo).

As teorias críticas consideravam as teorias tradicionais como promotoras da aceitação, da desigualdade social, da reprodução social e da letargia intelectual.

Em oposição, acreditavam num currículo que permitisse compreender o que este faz, que promovesse o pensamento crítico através do questionamento e outra transformação do indivíduo, diferente daquela que era imposta pelas teorias tradicionais.

Fundamentos e Currículo da Educação de Jovens e Adultos

As teorias pós-críticas surgem após as teorias críticas, abordadas anteriormente, e estão centradas na multiculturalidade do currículo, na qual a cultura dominante reparte o predomínio e difunde-se com manifestações culturais oriundas dos meios de comunicação de massa, que se têm revelado “um dos mais poderosos instrumentos de homogeneização”. De acordo com Tadeu da Silva (2002), o multiculturalismo desencadeou diferentes visões sobre o currículo ao insurgir fortes críticas por parte dos grupos dominados, como os negros, os homossexuais e as mulheres que reivindicavam a participação da sua cultura no currículo universitário.

Assim, num perspectiva humanista, o currículo integrou ideias de tolerância, respeito e convivência harmoniosa entre as culturas, colocadas permanentemente em questão. Para harmonizar as relações entre os diversos grupos sociais e culturais, estas teorias pós-críticas sugeriram valores universais: que se valorizassem às diferentes culturas dos diferentes grupos sociais.

Referências

APPLE, Michael W. Política Cultural e Educação. São Paulo: Cortez, 2000.

BOURDIEU, Pierre. A Reprodução. Petrópolis: Vozes, 1998.

GOODSON, I. Currículo: teoria e história. Petrópolis: Vozes, 1995.

MOURA, Tânia Maria de Melo. Educação de Jovens e Adultos: currículo, trabalho docente, práticas de alfabetização e letramento. Maceió: UFAL, 2008.

SACRISTÁN, Gimeno. Currículo e Diversidade Cultural. Petrópolis: Vozes, 1997.

SILVA, Tomaz Tadeu da. Documentos de Identidade. Belo Horizonte: Autêntica, 2002.

C APÍTULO 4