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de muitas formas. Para finalizar esta seção, buscou-se nas bases Science

Direct, Wiley Online Libray, Emerald e Scopus trabalhos relacionados

com os termos “Kabbalah and Knowledge Management” ou “Judaism and Knowledge Management” e “Kabbalah and Knowledge Engineering” ou “Judaism and Knowledge Engineering” nos períodos de 2000 a 2015. Foram encontrados apenas quatro artigos relacionados a gestão e dois relacionados a engenharia. Esses trabalhos estão detalhados a seguir. Na gestão, a contribuição da Kabbalah está mais voltada aos trabalhos sobre gestão e liderança com contribuições gerais, • Lopez-Nicolas (2010)-

[Criação] • Leonardi, Bastos (2011)- [Aquisição e Compartilhamento] • Song, Yoon, Yoon (2011)-

[Criação] • Pozo (2005) [Aquisição] • Hautalaa, Jauhiainen (2014) [Criação] • Nilsen (2014)[Criação/Gestão] • Lyles (2014) ; Ma (2009) [Criação] • Reid (2014) [Criação e Colaboração] • Michailova (2014) [Compartilhamento] • Manral (2011)-[Geração de ideias] • Sallán, Et al (2012);Wang, Ellenger (2012); Lämsä (2008)-[Criação e Gestão] • Miller (2011)- [Compartilhamento) • Sankowska (2013)- [Criação e Transferência]

• Zhang, Zhao (2012)-[Criação]

Socialização Externalização

Combinação

e na engenharia a kabbalah foi descrita numa pesquisa sobre engenharia de ontologias, e noutra com uma aplicação com lógica fuzzy.

Kahane (2012) analisa o conceito religioso “Tikkun Olam” do misticismo judaico, que significa “reparação do mundo” que se refere a uma ideia, as vezes consciente, as vezes inconsciente que conduz a uma ação de mudar o mundo a sua volta. O “Tikkun Olam” surgiu no período rabínico e contribuiu para dar novos significados a Kabbalah no período medieval. Abrange as dimensões morais e espirituais da vida na ação social e na busca da justiça social. O conceito tem sido utilizado como fonte de sabedoria prática para a gestão e ensino de administração, em Israel. A própria ciência e inovação tecnológica têm sido consideradas uma forte expressão do “Tikkun Olam”. Na inovação, este conceito enfatiza o interesse de nutrir construções alternativas que visem desafiar o mundo como ele é, fornecendo incentivos nos currículos escolares, promovendo visões alternativas para desafiar a realidade, encontrando maneiras inteligentes para quebrar as regras existentes.

Quatro, Waldman, Galvin (2007) propõem quatro domínios (Analítico, Conceitual, Emocional e Espiritual) para desenvolvimento de líderes holísticos. A motivação em pesquisar o domínio espiritual é devido a intenção de recuperar níveis de confiança perdidos na sociedade atual, mais especificamente no munda da gestão empresarial. Apesar da resistência, por parte dos líderes que desenvolvem programas de liderança, em abarcar a ideia do domínio espiritual, alguns conceitos doutrinários (Kabbalah, Islamismo, Budismo, Cristianismo) foram levantados para justificar a importância deste domínio. Por exemplo, a kabbalah traz contribuições com a ideia de que as pessoas precisam tomar consciência do universo de crenças que criam para si e procurar abrir este campo para preocupar-se mais com o outro e a evolução do outro, estabelecendo fortes relações de aprendizagem.

Bloch (2005) abarca conceitos da complexidade, caos, e dinâmica não linear para compor uma perspectiva teórica de desenvolvimento de carreira, apresentando-a como uma entidade complexa adaptativa, compreendendo a entidade humana como um fractal. As entidades complexas adaptativas apresentam algumas características, como: autopoiesis; abertas a intercâmbios; fractais; dependência sensível; atratores que limitam o crescimento; e espiritualidade que foram aplicadas ao desenvolvimento de carreiras. A busca pela unidade é a essência de todas as crenças espirituais e é expressa em muitas religiões. A contribuição dada pelo judaísmo é de que ao se tentar chegar à imagem divina, por meio de orações, é preciso saber que o todo está dentro do uno, assim como um fractal que repete

suas formas dentro de formas. A imagem divina esta dentro de cada um. No desenvolvimento de carreiras, esta ideia é utilizada para compreender que quando se almeja conhecer algo, é porque aquele algo já está enraizado no indivíduo, basta iniciar a busca.

Kriger e Seng (2005), também comparam a visão de mundo de cinco religiões (Islamismo, Cristianismo, Judaísmo, Hinduísmo e Budismo) para reestruturar as bases teóricas da Teoria da Liderança Contingencial, identificando semelhanças e diferenças e explorando as implicações desses modelos para uma liderança organizacional, num campo cada vez mais incerto da economia global. Os autores propuseram um modelo integrativo de liderança organizacional inspirado no significado interior. E é no Judaísmo que algumas contribuições são identificadas: líder professor questionador-consulente (Abraão); liderança feita com tomada de decisão com significado; validada com teste de perseverança; unicidade como visão de centro; tem como fonte de sabedoria a Torá; manifestação do divino ou do espírito por meio do relâmpago; e tem como base da liderança moral o Mishná, texto que contém 610 regras para ter comportamento correto.

Quanto aos trabalhos relacionados à engenharia, Burstein e Negoita (2013) utilizam a representação da árvore sefirótica para auxiliar na engenharia de ontologias. A Árvore da Vida kabbalística é um modelo de representação geral para qualquer domínio de conhecimento e também um sistema de conceitos e relações entre si (ontologia). As ontologias, na engenharia, geralmente são estáticas e representam o conhecimento de forma ramificada hierarquicamente. Desta forma, os autores desenvolvem um modelo de ontologia Kabbalístico, cuja vantagem está em utilizar a arquitetura padronizada da Árvore da Vida, onde cada conceito será representado por uma árvore possibilitando modelar conhecimentos tácitos e explícitos daquele domínio e relacionando com outras árvores. Enquanto que na engenharia de ontologias, cada domínio tem um tipo diferente de arquitetura. Tal modelo surgiu da necessidade de introduzir uma forma conceitual holística nos processos reducionistas da engenharia.

Burstein, Negoita e Kranz (2014) afirmam que no campo dos Conjuntos Fuzzy e Lógica Fuzzy, ainda há a necessidade de um quadro estrutural semântico integrativo que reflita a subjetividade da natureza humana complexa e que possa avaliar o conhecimento complexo que ambos os campos se destinam a representar. Neste sentido, os autores propõem uma lógica modal da Kabbalah como um framework estrutural para teoria da Lógica Fuzzy e Conjuntos Fuzzy pós-modernos, incorpora três níveis existentes na Árvore da Vida – cognitivo, emocional,

comportamental e ação física, representando a hierarquia ideal da subjetividade humana. Com esta proposta é possível incluir níveis lógicos multimodais aos modelos semânticos (cognitivos, emocionais e comportamentais) em formato fractal.