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Abertura: Luis Caetano, diretor da Fundação Perseu Abramo; Jonas Paulo, coordenador do NAPP-NE; Ideli Salvati, conselheira do SNAI/

PT; Wilson Cardoso, presidente da FECBahia.

Avanços dos consórcios a partir da legislação implementada pelo governo Lula e a evolução na Região Nordeste dos consórcios inter-municipais e multifinalitários em diversas áreas e o Consórcio Inte-restadual – Consórcio Nordeste, este também com grande impacto na política nacional.

A situação hoje é de desmonte destas conquistas do Comitê de Ar-ticulação Federativa e o Consórcio Nordeste vai na contramão deste desmonte.

Palestra: A importância dos consórcios públicos para o desen-volvimento do Nordeste

Wellington Dias (governador do Piauí e presidente do Consórcio Nordeste)

– O Consórcio Nordeste é importante para demonstrar a força na união dos estados do nordeste e desenvolver diversas ações:

– Relação internacional – representação de 57 milhões de pessoas (população do nordeste brasileiro) gera mais interesse e poder de negociação. A exemplo da recepção por chefes de Estado e líderes do parlamento europeu nas viagens. Algo raro com a ida de apenas um governador.

– Câmara Temática da Infraestrutura – Produtos que precisam chegar do mundo para o nordeste, sem precisar passar por outras regiões primeiro, para isso discute-se estruturar os aeroportos de Fortaleza,

Recife e Salvador, integrado com os demais. Rede aeroviária nor-deste integrada com o Brasil para passageiros e cargas do nornor-deste para o mundo.

– EmbrAtur Nordeste – Divulgar não apenas um estado, mas todo o Nordeste: Litoral, “Serras Nordeste”, calendário de eventos (carna-val, junino, romarias etc.), gastronomia, cultura, cinema (“Hollywood Nordeste”).

– Rede de comunicação nordeste – integração Brasil e mundo.

– Câmara setorial de meio ambiente já implantado. Atento ao com-promisso com o acordo de Paris.

– Comitê Científico e o Monitora Covid, que se espalhou para o Brasil. Não apenas para a pandemia de Covid-19, mas a ciência articulada dos estados para atuar em todas as áreas.

– Nordestes Conectado – todos os municípios com fibr Modela-gem em PPP.

– Energias limpas, gás.

– Agricultura familiar para a produção de alimentos saudáveis, ca-prinos, mel etc.

– O Agronegócio deve se beneficiar com o contrato para abastecer o mundo árabe de carne.

– Câmara setorial de Saúde deve organizar, por meio da ciência e academia, redes para apoiar as políticas de saúde no Nordeste.

– Educação Nordeste – vencer o analfabetismo, alcançar um ofí-cio e oportunizar graduação, pós-graduação e enviar estudantes para o mundo.

– Segurança Nordeste – unidade de inteligência instalada em For-taleza. Devem ser criados: a força de segurança do nordeste e o cinturão de proteção das fronteiras, limitando inibindo ao acesso de armas, drogas etc.

– Social Nordeste – Exemplo do Fundo Social no Rio Grande do Nor-te, da governadora Fátima Bezerra.

– O Consórcio Nordeste possui 18 câmaras temáticas em atividades pensando no Nordeste do futuro. O jovem de hoje não conhece o Brasil antes do Lula. Eles se formaram, mas estão desassistidos para o início profissional. Por isso, a importância do Plano Nordeste 2030 que será lançado. A sua execução dependerá da integração dos estados, municípios, legislativos e da rede de pessoas que con-tribuirão com as câmaras do consórcio. As Políticas do Nordeste podem ser parâmetro para o Brasil. A exemplo dos prêmios das PPP do Piauí em várias áreas.

Principais temas

– Os consórcios são hoje uma das principais ferramentas para os municípios executarem suas políticas públicas com qualidade, eco-nomia de escala, racionalidade de recursos, união de competências, cooperação e compartilhamento de serviços.

– Há grande variedade das áreas de atuação dos consórcios. Os exemplos das experiências apresentadas nas mesas foram: desen-volvimento urbano e territorial, desendesen-volvimento econômico e re-gional, desenvolvimento institucional, educação, saúde, assistência e inclusão social, direitos humanos, segurança pública, manutenção de estradas, maquinário agrícola, resíduos sólidos, titulação de terra, serviço de inspeção municipal (SIM), assistência técnica e extensão rural, recursos hídricos e gestão ambiental.

– A importância de o governo estadual induzir e estabelecer parceria com os municípios para a implantação e evolução dos consórcios públicos. Além de fortalecer as suas próprias ações.

– A tendência da multifinalidade dos consórcios, além da importância da regionalização baseada no conceito de território e o envolvimento da sociedade civil organizada na gestão.

– O avanço dos estados do nordeste na superação dos lixões por meio dos consórcios públicos, em especial, nos estados do Ceará, Sergipe e Alagoas, para além do aterro e alcance da gestão integrada.

– É importante estabelecer parcerias com Ministério Público (trabalho, meio ambiente etc.).

– O ICMS Ecológico implementado pelos estados pode ser desti-nado aos consórcios de tratamento de resíduo e gestão ambiental.

– Principais desafios dos consórcios: envolvimento do gestor públi-co, capacitação técnica e alinhamento da classe política (prefeitos e vereadores). Nos de resíduo, ainda há a questão da educação am-biental e inserção dos catadores.

– Na Bahia, ganha destaque o amadurecimento das políticas para a agricultura familiar com os consórcios. Com investimentos na ordem de 1,5 bilhão de reais nos últimos 6 anos, os consórcios apoiam com a regularização fundiária, regularização sanitária, as-sistência técnica e extensão rural. Os consórcios são importantes parceiros para o estado alcançar as suas metas.

– Estratégia de alguns estados do nordeste em montar consórcios multifinalitários para os diversos temas, mas deixar a saúde com um consórcio específico pela complexidade do tema e a energia técnica e burocrática exigida.

– Os melhores números do NE com relação à pandemia é fruto das ações cooperadas dos governadores e das orientações do comitê científico do consórcio nordeste.

– A experiência de sucesso dos consórcios de saúde do Ceará já se expandiu para a Bahia e deve alcançar outros estados. O modelo visa preencher a lacuna entre a atenção primaria e terciária por meio do atendimento com especialistas e exames laboratoriais existentes nas policlínicas e Centros de Especialidades Odontológicas (CEO).

– Na pandemia, os consórcios do nordeste e o Consórcio Nordeste foram exemplos na luta por remédios, oxigênio, kit intubação, vaci-na etc. Baseando-se vaci-na prática democrática e vaci-na ciência. Contra os desmandos do governo federal. A cooperação entre os prefeitos e os governadores ajudou a evitar a transmissão entre os municípios, na discussão conjunta dos decretos e protocolos, na implantação articulada regionalmente do distanciamento social, independente das questões políticas partidárias.

– Modelo das policlínicas no NE promoveu grande avanço na aten-ção da média complexidade, mas há a necessidade de ampliar para outros temas da saúde como a urgência e emergência, sAmu, hospi-tais regionais, CAPs, contratação de profissionais etc.

– O Consórcio NE, diante do negacionismo, foi quem ditou o en-frentamento da pandemia. Trazendo a ciência, o apoio à Coronavac, o direito à Sputinik no STF com 39,6 milhões de doses. As câma-ras temáticas se desdobraram em diversas ações: enfrentamento da fome, estratégia de desenvolvimento, ampliação das infovias, plano de educação, conectividade, segurança pública entre outras.

Depois do golpe, o Consórcio Nordeste atualiza as ações progres-sistas para o desenvolvimento do país. Diferente do Sul e Sudeste, que acham que houve uma paralisia das nossas ações pós-golpe, os governadores, os movimentos sociais, os consórcios do Nordes-te deram um salto nesta organização. Sendo necessário agora criar a Rede de Consórcios do Nordeste.

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