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A Consciência do Grupo Familiar

A Consciência do Grupo Familiar

Além de sermos filhos, parceiros e talvez pais, partilhamos um destino comum com relacionamentos mais distantes — o que quer que aconteça a um membro de nosso grupo familiar, para bem ou para mal, nos afeta e afeta também os outros. Junto com a nossa família, formamos uma associação cujo destino é comum.

O Vento do Destino

Num grupo de terapia, um homem contou que, em criança, sentado no alto de um morro, contemplava sua aldeia sendo atacada e destruída por vizinhos de outra religião. Falou do ódio que sentira por aqueles homens, alguns dos quais conhecia e estimava. Pensou então: “Como eu me sentiria se tivesse nascido numa daquelas famílias? Se um vento desviasse minha alma umas poucas centenas de metros e eu penetrasse no ventre de uma daquelas mães, e não da minha? Nesse caso, agora eu estaria cheio de orgulho pela vitória, como eles, e não de dor e ódio, como estou — eles seriam amados e nós odiados.

O curso da vida desse menino foi influenciado pelos ventos do destino, não pelo que fez ou deixou de fazer, mas pelo fato de pertencer a uma família e não a outra.

Os vínculos, no grupo familiar, estendem-se também ao longo do tempo e das distâncias, de sorte que: os membros da família estão ligados a outros que já morreram há muito tempo ou foram para longe.

Libero Minha Avó

Uma mulher de 42 anos contou que fora abandonada pela mãe e criada pelos avós. Como resultado de seu trabalho no grupo de terapia, ela sentiu forte ligação íntima com a mãe pela primeira vez na vida. A noite, depois da sessão, a mãe telefonou-lhe para informar que sua avó morrera de repente, mais ou menos na hora em que ela estava reunida com o grupo. A mulher se convenceu de que, ao estabelecer uma conexão íntima com a mãe, liberara a avó para morrer em paz.

A psicoterapia sistêmica está cheia de histórias parecidas sobre eventos relacionados no tempo — mesmo quando os mecanismos que os associam escapem a toda tentativa de explicação.

Sou Seu Filho

Um jovem pai perdeu a esposa e o filho num acidente trágico. Anos depois, uma segunda mulher engravidou dele; com medo de que o mesmo sucedesse a ela e ao filho, abandonou-os. Passados onze anos, num grupo de terapia, confessou que sentia profundo remorso e o desejo de conhecer o filho. O líder do grupo aconselhou-lhe paciência e ele nada fez.

Passada uma semana, recebeu uma carta: “Querido Ray, meu nome é Daniel. Sou seu filho. Tenho 11 anos de idade. Gosto de skate e de futebol. Gostaria de conhecê-lo logo.”

As ordens sistêmicas que permitem ao amor florescer nas famílias são muito difíceis de se definir com precisão. Elas apresentam muito mais flexibilidade do que as normas sociais ou morais, inventadas por sociedades ou pessoas para serem obedecidas à risca. Elas são diferentes também das regras de um jogo, que podem ser modificadas de acordo com as circunstâncias ou o capricho. As ordens simplesmente estão aí. O amor exige o que exige, imune ao desejo das pessoas de que suas exigências sejam outras. Não se pode infringir a ordem como se infringe uma lei; mas as Ordens do Amor podem, e o fazem, castigar pessoas que insistem em ignorá-las. Se não agirmos segundo as exigências do amor, ele se enfraquece e morre, mas não sem pleitear compensação por tamanha negligência.

limitadora, essa submissão ampara a vida e a liberdade. E como nadar num rio que nos arrasta: se acompanhamos a corrente, ficamos livres para manobrar de um lado para o outro.

Estejam vivos ou não, os seguintes elementos integram o sistema familiar: • os filhos

• os pais e seus irmãos

• os avós e, às vezes, um ou mais bisavós

• quaisquer outros que se afastaram para dar lugar a alguém no sistema; por exemplo, um ex-parceiro ou ex-amante de um dos pais ou avós — mesmo que separado, divorciado ou falecido — e ainda uma pessoa que beneficiou um membro da família com a sua perda, infortúnio, partida ou morte.

A Mercearia

Uma mulher estava com dificuldades para pôr sua vida em ordem. Na constelação familiar, descobriu-se que seus pais haviam comprado uma pequena mercearia de um casal já idoso. Esse casal planejara transferir o negócio para o filho, que, no entanto, morrera. Embora o rapaz não fosse parente da mulher, de alguma forma pertencia ao seu sistema familiar porque ela, indiretamente, lucrara com sua morte. Nunca o vira, mas estava ligada a ele. Quando o rapaz foi incluído na constelação, a mulher acalmou-se. Reconhecer a importância de sua morte teve efeito positivo sobre ela, que logo começou a fazer na vida as mudanças há tanto tempo desejadas.

A ORGANIZAÇÃO DOS GRUPOS FAMILIARES

Como vimos, o amor floresce nos nossos relacionamentos quando o vínculo, o equilíbrio entre o dar e o receber, e a boa ordem são mantidos. Isso também se aplica à família ampliada. Entretanto, cinco dinâmicas adicionais condicionam o sucesso do amor nos sistemas familiares: (1) respeito ao direito de participação, (2) manutenção da integridade do sistema, (3) submissão à hierarquia de acordo com o tempo, (4) aceitação da ordem de precedência entre os sistemas e (5) sujeição às limitações de tempo.

Respeito ao Direito de Participação

As pessoas podem continuar a afetar os outros membros mesmo quando são evitadas pela família, excluídas de participação e às vezes até esquecidas. Na medida em que influenciam algum membro do grupo, conscientemente ou não, ainda são membros do sistema familiar; mas quem não influencia outro membro, de modo visível ou oculto, já não é membro do sistema. A participação não depende das decisões ou crenças da família: depende apenas dos efeitos.

Todos os membros, no sistema, têm igual direito à participação e nenhum pode negar ao outro o seu lugar. O sistema familiar se rompe quando um membro diz a outro: “Tenho o direito de participar, mas você não.” Isso sucede, por exemplo, se os membros apagam da memória alguém que sofreu, fez um sacrifício ou cometeu uma falta — talvez uma irmã que morreu na infância ou um tio que enlouqueceu. Os membros de uma família se sentem naturalmente tentados a excluir os que cometeram um crime, envergonharam a família ou violaram-lhe os valores; mas a exclusão de qualquer membro é perniciosa para os que apareceram mais tarde no sistema, independentemente de qual tenha sido a justificativa original.

As constelações familiares de pessoas com sérios problemas psicológicos e físicos muitas vezes trazem à tona esses atos de exclusão. Embora esses pacientes não se deem conta das conexões, eles reproduzem em suas vidas o destino da pessoa alijada ou esquecida. Os membros podem esquecer os excluídos, mas o sistema nunca os “desmembra”. A exclusão de pessoas que têm direito de participação é a dinâmica mais comum de ruptura do sistema familiar.

Manutenção da Integridade

todos os que pertencem ao círculo familiar têm um lugar de honra em seus corações. Pessoas que só se ocupam de si mesmas e de sua própria felicidade não sentem essa plenitude. Sempre que um membro da família consegue restaurar no seu coração um excluído, a diferença é prontamente sen- tida. As imagens internas da família e do eu ficam mais completas e a pessoa de fato se sente mais integrada.

O Amante de Minha Mãe

Todos os representantes relataram inquietude e irritação quando uma mulher montou a constelação de sua família. Então, o primeiro amante de sua mãe, falecido muito jovem, foi acrescentado, bem como a primeira esposa de seu pai, a quem ele abandonara quando iniciou o caso com a mãe da mulher. Depois da inclusão dessas duas pessoas, os representantes imediatamente se acalmaram. Quando tomou o seu lugar na constelação, a mulher descreveu uma sensação de “abertura” no peito e um profundo sentimento de “correção”. Nos dias seguintes, comunicou uma mudança na experiência de si mesma, como se houvesse crescido e alcançado a paz.

Essa sensação de “abertura” no corpo é típica das pessoas que estão restaurando um membro excluído do círculo familiar. Nosso senso do eu muda quando o excluído é levado de volta à consciência. Os sistemas são totalidades; e as pessoas, num sistema de relacionamento, só se sentem integradas quando o sistema inteiro está representado nelas.

Submissão à Hierarquia Dentro de um Sistema

As leis autoevidentes e naturais do ser e do tempo aplicam-se também aos sistemas familiares. O ser é limitado pelo tempo: o mais antigo vem antes do mais novo. O tempo atribui sequência e estrutura ao ser. Nos sistemas de relacionamento, isso significa que quem entra no sistema primeiro tem certa precedência sobre os que entram depois. Os pais entram no relacionamento antes dos filhos, o primogênito, antes do segundo filho, e assim por diante. Isso estabelece uma hierarquia natural dentro da família, que precisa ser respeitada.

Nas famílias desorganizadas, um membro mais jovem frequentemente quebra a hierarquia, assumindo a responsabilidade, a função, o privilégio ou a culpa de um membro mais velho. Um exemplo disso é o filho que sofre pelos erros do pai ou tenta ser melhor marido que ele para sua própria mãe. Os mais jovens que agridem a hierarquia do tempo, assumindo as funções e responsabilidades dos mais velhos, muitas vezes reagem, de modo inconsciente, com tendências à autodestruição e ao fracasso. Uma vez que as violações da ordem de precedência são motivadas pelo amor, os que se enredam nessa dinâmica nunca reconhecem sua culpa. Essas violações contribuem em muito para as tragédias familiares: por exemplo, casos de suicídio ou doença mental psicogenética, e ainda casos de crime cometido por pessoa mais jovem.

As ordens de precedência no tempo, que sustentam o amor numa família, complicam-se ainda mais quando duas famílias preexistentes se associam. Se os parceiros trazem filhos de casamentos anteriores para um novo relacionamento, o amor de um pelo outro não tem precedência sobre o amor por esses filhos. Em famílias assim, o amor bem-sucedido usualmente requer que o vínculo anterior com os filhos se sobreponha ao amor recente de um parceiro pelo outro; segue-se sua união como homem e mulher numa parceria de iguais; e, finalmente, o vínculo a quaisquer filhos que venham a gerar.

Não devemos aplicar essa norma com muita rigidez. Contudo, inúmeros problemas ocorrem em segundos casamentos quando um dos novos parceiros sente ciúmes dos filhos anteriores do cônjuge; ou seja, quando quer que o novo amor tenha prioridade sobre o amor antigo entre os filhos e seu pai.

Amo-o Por Ser Fiel à Sua Filha

Um casal resolveu divorciar-se e a filha ficou com a mãe. O homem, que não queria mais filhos, casou-se com uma mulher que também não os queria. Anos depois, a primeira esposa faleceu subitamente e a filha foi morar com o pai e a madrasta.

precedência. O homem, por sua vez, sentia-se dividido filha e o amor pela esposa.

Um dia, depois de uma discussão em que o casal chegara a examinar a hipótese de separação, a mulher foi visitar um amigo que a ajudou a compreender as implicações sistêmicas do caso. Nessa mesma noite, ela disse ao marido: “Quando considero o amor que você sente pela sua filha e pela sua primeira esposa, percebo como você é fiel. Amo-o ainda mais por isso."

Assim se expressou uma mulher ao iniciar um segundo relacionamento: “Eu não poderia amar um homem que não respeitasse o amor que eu sinto pelo meu filho.”

Aceitação da Ordem de Precedência Entre Diferentes Sistemas

A ordem de precedência entre dois sistemas de relacionamento é diferente da ordem de precedência dentro de um sistema de relacionamento. Aqui, o sistema novo tem prioridade sobre o antigo. Quando, por exemplo, o casal forma uma família, esse novo sistema se sobrepõe às famílias de origem, assim como o segundo casamento se sobrepõe ao primeiro.

A experiência mostra que, quando as famílias não seguem a ordem de precedência entre sistemas, acabam encontrando dificuldades. Se o amor de um casal jovem por seus pais continua a impor-se a seu amor mútuo, ocorrem distúrbios na ordem de precedência, que tem de ser preservada caso esse relacionamento deva sobreviver.

As segundas parcerias apresentam complicações especiais. O segundo sistema tem de impor-se ao primeiro para que a nova família logre êxito. Entretanto, se um dos parceiros traz um filho do relacionamento anterior, o amor por ele deverá impor-se ao vínculo com o novo parceiro. Os casais se defrontam com problemas quando o novo parceiro exige precedência sobre o filho de relacionamento anterior ou quando pleiteia da criança o amor que pertence ao pai natural dela. Se na vigência de um relacionamento a pessoa tem um filho com um estranho, a parceria quase sempre já chegou ao fim. Isso significa que, se a mulher tiver um filho com outro homem na vigência de seu casamento, formará com ele um novo sistema. Pela regra, ela deveria abandonar a primeira família e ir para junto do novo parceiro. Se preferir ficar com o marido, o único lugar seguro para o filho adulterino será junto ao pai natural.

A precedência do novo sistema sobre o anterior exige também do homem que tiver filho com outra mulher, durante a vigência do casamento, o abandono da família e a união com a nova mulher e o filho. Não obstante, terá de continuar sustentando a primeira esposa e os filhos desse relacionamento. Em situações como essa, os primeiros parceiros e filhos pagam um preço muito al- to, mas a experiência mostra que quaisquer outras soluções resultam em profundo sofrimento para todos os envolvidos.

Os sistemas familiares reagem intensamente ao nascimento de um filho. Sujeição às Limitações de Tempo

Embora seja necessário que todos os membros de uma família tenham seus lugares e sejam “restaurados”, a família pode esquecer o passado no devido tempo.

O Urso Polar

Um urso polar vivia num circo. Em sua jaula, não podia sequer virar-se: mal dava dois passos para a frente e dois para trás.

O dono do circo cedeu-o a um zoológico, onde ele conquistou, enfim, amplo espaço para se movimentar. Mas continuou a dar apenas dois passos para a frente e dois para trás.

Um dos outros ursos perguntou-lhe: “Por que faz isso?”

E ele respondeu: “Porque vivi muito tempo dentro de uma jaula.”

Vida e morte são inseparáveis, como lembrar e esquecer, passado e futuro. O reconhecimento de que toda vida, cedo ou tarde, chega ao fim ajuda os membros da família a perceber o que deve ou não ser feito em cada situação.

Há, no seio das famílias, forte tendência a apegar-se a coisas do passado, a lembranças de experiências boas e más. Quando os membros se agarram a algo que deveriam esquecer, o passado escraviza-os e continua a imiscuir-se negativamente no presente. Uma vez que o velho não pode fenecer, o novo encontra dificuldade em firmar-se. E preciso rígida disciplina para sair desse emaranhamento sistêmico e permitir que o que tem de terminar termine. Todos os membros da família devem desvencilhar-se de alguma coisa, positiva ou negativa, tão logo cesse seu efeito benéfico.

Como uma Viúva Atiçou a Curiosidade dos Filhos

Uma mulher ficou viúva ainda jovem. Ela amava o marido e não queria deixá-lo descansar em paz. Resolveu não procurar outro parceiro, mas não conseguia gozar a vida. Viveu com os filhos até eles saírem de casa e depois voltou ao lar que partilhara com o marido, onde se pôs a pensar nele dia e noite. Tornou-se uma mulher amarga e deprimida.

Longe dos filhos, não tinha vida própria. Mesmo os filhos não ficavam alegres ao visitá-la, embora se sentissem culpados quando não a visitavam. Divididos entre o aborrecimento de visitá-la e a culpa por deixá-la só, passaram a evitar a mãe. Ela ficou ainda mais deprimida e amarga.

Com a ajuda de um amigo, ela compreendeu que o apego ao passado estava destruindo o amor entre ela e os filhos. Foi para um retiro de idosos, fez novos amigos, criou novos interesses e, aos poucos, deixou que o passado ficasse no passado. Por algum tempo, quase se esqueceu dos filhos adultos. Eles ficaram intrigados a respeito de sua nova vida e, logo, não conseguiram resistir à curiosidade e ao desejo de visitá-la.

É bom esquecer o que passou e deixar que o futuro venha como vier. Todas as folhas de uma árvore são modeladas de acordo com o mesmo padrão, mas cada uma é diferente. No outono, passam a ser amarelas, vermelhas ou douradas e, depois, caem. Na primavera, folhas diferentes modeladas pelo mesmo padrão básico emergem em tons suaves de verde. Eis o segredo dessa dinâmica sistêmica. A mudança é constante; as folhas se enfraquecem e caem, mas a árvore permanece. Mais tarde morrerá, mas a floresta continuará ali. Apegar-se a folhas caídas pode lisonjear a memória, mas não ajuda a árvore. Assim também, os membros da família nascem e morrem; e agarrar-se ao que foi bom ou mau inibe o fluxo natural da vida.

O Homem Que Não Percebeu Que a Guerra Acabara

No período terrível depois da Guerra dos Trinta Anos, as pessoas começaram lentamente a abandonar as florestas onde haviam se escondido e a reconstruir suas casas ou fazendas. Voltaram a semear os campos e a cuidar dos poucos animais sobreviventes. Um ano depois, puderam fazer a primeira colheita em paz — os animais haviam se multiplicado e as pessoas comemoravam.

No fim da aldeia, havia uma casa abandonada. Às vezes, de passagem, as pessoas julgavam ouvir barulho lá dentro, mas tinham muito que fazer para ir averiguar.

Uma noite, um cão ferido sentou-se ganindo diante da casa deserta. Um pedaço de argamassa desprendeu-se da parede e uma pedra caiu. Uma mão surgiu pela pequena abertura, agarrou o cãozinho e puxou-o para dentro. De fato, vivia lá alguém que não percebera a volta da paz ao mundo exterior.

Essa pessoa abraçou o pequeno animal e sentiu-lhe o doce calor. O bichinho adormeceu. A pessoa então espiou pela abertura, viu as estrelas distantes no céu e respirou o ar fresco da noite.

Logo os primeiros raios do sol tingiam o horizonte, um galo cantou e o cãozinho despertou. A pessoa compreendeu que o animal pertencia a seus companheiros e permitiu que saísse pela abertura, enquanto o seguia com os olhos.

Quando o sol já estava alto, algumas crianças se aproximaram, uma delas trazendo uma suculenta maçã vermelha. Notaram a abertura, olharam para dentro e viram o homem dormindo tranquilamente.

Para ele, um simples vislumbre da liberdade fora o bastante.

intuitivamente, perceber como funcionam as ordens sistêmicas mais amplas; porém, as soluções muitas vezes são surpreendentes e nada parecidas com o que desejávamos ou esperávamos. Por isso, como membros de uma família, enganamos a nós mesmos quando julgamos poder determinar o curso do destino. Por mais que pensemos o contrário, temos de nos sujeitar ao futuro, seja ele qual for — pois, embora às vezes consigamos influenciá-lo, não conseguimos determiná-lo.

O Veredito

Um homem rico morreu e foi bater à porta do céu. São Pedro abriu e perguntou o que ele queria. O homem rico disse: “Quero um quarto de primeira classe com boa vista da Terra, meus pratos favoritos e o jornal do dia.”

São Pedro hesitou, mas o ricaço era durão. Assim, deu de ombros e levou- o para um quarto de primeira classe, com boa vista da Terra, onde não lhe faltaram os pratos favoritos nem o jornal do dia. Ele disse ao homem: “Bem, eis o que você queria. Volto dentro de mil anos.” Saiu e trancou a porta.

Decorridos os mil anos, São Pedro voltou e espiou o quarto pelo buraco da fechadura. “Ei-lo finalmente”, desabafou o homem. “O céu é terrível!”

São Pedro abanou tristemente a cabeça. “Está enganado”, disse por fim, “o senhor escolheu o inferno.”

COMPLICAÇÕES EM GRUPOS FAMILIARES

Os membros da família não sentem as agressões às ordens ocultas do grupo familiar como

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