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“(…) a identidade não existe, é uma procura infinita.” Mia Couto (1998)76

Na partilha do sensível, feito canhão de proa, pièce de résistance à reificação, à coisificação do indivíduo, contra a indecência dos que enriquecem à custa de tudo, a escritura coutiana, nascida entre fronteiras – na luta contra o passado colonial e os vivas da independência –, tendo o mar índico e a varanda do frangipani como ponto de mestiças confluências, cria verdes utopias, esperanças no amanhã, faz sonhar.

Iniciou-se esta dissertação pela demonstração da importância da imprensa como espaço de configuração do sistema literário moçambicano, graças à proximidade existente entre a literatura e o jornalismo. Dos empreendimentos levados a cabo, no início do século XX, pelos irmãos João e José Albasini, notadamente O Africano e depois O Brado africano, vimos desenhar-se, conforme nos assegura o crítico moçambicano Francisco Noa (1996), o panorama idiossincrático da afirmação cultural e artística do intelectual moçambicano, apesar do antagonismo imposto pelo Estado Novo e pelo peso da tradição oral.

Certamente, o uso da língua portuguesa em coexistência com algumas outras línguas locais, como o ronga – landim –, o zulu e o bitonga, possibilitaram a circulação das primeiras manifestações literárias, o surgimento de um público leitor e daí, a consolidação de um sistema literário em Moçambique.

Nessa trajetória, percebemos que o contato estabelecido com os escritores brasileiros, escreventes de “uma literatura errada, num português açucarado, mais

dançável, mais a jeito de ser nosso”, conforme afirmado pelos escritores

moçambicanos José Craveirinha e Mia Couto, tornou-se essencial, mola propulsora do processo de constituição de uma identidade nacional. Certamente um “morrer

para nascer de novo”, verdade poética que salta dos versos coutianos e se

concretiza numa língua toda suja de chão. Da nossa brasilidade permanentemente

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buscada, lições para a moçambicanidade. Do jeito deles, como fora/é o nosso. Em seguida, de modo conciso, quase breve, demonstramos como o poeta- romancista, viajante de identidades, tradutor de silêncios, tecelão de sonhos, Mia Couto, deixando-se levar pelo sonho de um Moçambique livre – a despeito de sua experiência nas fileiras da Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO) – opta pela literatura e, letra e voz, performaticamente, a transformará em pièce de

resistance, canhão de proa, em sua luta contínua contra à reificação do sujeito e à

coisificação do indivíduo. Tudo vazado em língua portuguesa, ratificando, assim, uma posição que já se desenhava nos primórdios da história da literatura moçambicana, quando ela se mostrava, assim como a árvore frangipani e os seus cheiros mestiços, possibilidade de fronteira para o início do sonho-nação.

Como sabemos, no Moçambique contemporâneo, o uso da língua portuguesa como oficial se faz, voz e letra, pela incorporação de palavras oriundas das outras línguas que compõem o seu mosaico linguístico: cerca de 25 línguas nativas, além do urdu e do gujarati usadas pela comunidade asiática. A língua é portuguesa, sim, porém feita de cores, sons e sabores moçambicanos. Na escrita do romance AVF, por exemplo, ela se faz, num ritual mestiço, polifônico, de sotaques de chão,

atravessada pelos provérbios, ditos, desditos, narrativas míticas, brincriações,

passaporte para um tempo novo, em processo permanente de construção.

Se um flamingo, no seu último voo, reza a lenda, carrega o sol, empurrando o dia para outros aléns e, assim garante, pelos gritos de galos, uma nova manhã balão, tal como cantam os poetas daqui e de lá, nossa intenção de pesquisa era demonstrar o nascimento de uma literatura e, dentro dela, feito representação, sob a mediação da linguagem, uma nação se constituindo, se (re)inventando na escrit(ur)a política de Mia Couto.

Assim, do pórtico de uma profética epígrafe, tendo o mar índico e a varanda frangipani como lugar de partida e chegada, fronteira, andorinha, andorinhas, passageiros frequentes, em súbitas cintilações e milbrilhos, sempre retornam experimentadas de sonhos e verdes utopias. E se, na contemporaneidade, toda fronteira traz em si a possibilidade de alcançar outras margens, de certo modo, esse é o entre lugar onde todos nos encontramos.

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Imagens em meio eletrônico:

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