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AGENDA PÚBLICA E A IMPLEMENTAÇÃO DO NOVO CÓDIGO AMBIENTAL NO MUNICÍPIO DE BELFORD ROXO/RJ

7 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A reflexão acerca do case ocorrido no município de Belford Roxo nos remete à importância do quanto devemos analisar todo e qualquer conteúdo exibido nos veículos de comunicação. Checar as suas fontes e principalmente como buscar o posicionamento de ambas as partes mencionadas nas matérias divulgadas faz-se necessário antes de formar qualquer opinião acerca do noticiado, pois sabemos que a imprensa, que por vezes é colaborativa é a mesma que poderá vir a desconstruir um processo ou gerar o caos.

Nosso objetivo neste trabalho não foi abordar quaisquer interesses obscuros imputados na referida matéria veiculada, mas chamamos atenção da importância em sempre questionar o que a mídia nos transmite, pois nitidamente foi percebido o desgaste gerado e formação de uma imagem muito negativa da cidade e dos agentes públicos envolvidos. Ao mesmo tempo vimos que todo este acontecimento serviu para despertar no atual governo da cidade um interesse ainda maior em desenvolver e implementar um pacote de políticas públicas ambientais, como resposta ao “ataque” sofrido pela mídia.

Por fim, ao desenvolver este trabalho percebemos o quanto as políticas públicas e o governo sofrem interferências diretas e indiretas mediadas pelos veículos de comunicação em massa. Podemos considerar que o fracasso de alguns governantes ocorre justamente por contrariarem ou menosprezarem demandas midiáticas que quase sempre são a voz da população. Por outro lado, já os gestores públicos que possuem esta sensibilidade em acompanhar as tendências da sociedade, relacionando os acontecimentos midiáticos

AGENDA PÚBLICA E A IMPLEMENTAÇÃO DO NOVO Flávio Francisco Gonçalves CÓDIGO AMBIENTAL NO MUNICÍPIO DE BELFORD ROXO/RJ Mércia Ferreira de Souza

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relevantes incluindo-os em suas pautas de governo com a devida prioridade, possivelmente estarão fadados a uma gestão bem-sucedida.

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____________________ Submetido em: 26/09/2019 Aprovado em: 01/10/2019

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A (IN)EXISTÊNCIA DE POLÍTICAS PÚBLICAS PARA AS MULHERES NA BAIXADA

FLUMINENSE (RJ)

Dalton Rodrigues Franco Doutor em Ciência Política pela Universidade Federal Fluminense (UFF), RJ, Brasil Coordenador do Laboratório John Rawls (LJR) daltonfranco@gmail.com

Gustavo H. M. Pereira Graduando em direito pela Universidade Estácio de Sá, RJ, Brasil, Integrante do LJR gustavo.menezesp@gmail.com

Marta Catarina F. da Silva Graduanda em direito pela Universidade Estácio de Sá, RJ, Brasil, Integrante do LJR martacferreira25@gmail.com

Pedro César S. Oliveira Graduando em direito e bolsista PIBIC pelo Centro Universitário de Santa Fé do Sul, SP, Brasil Bolsista Santander Graduação (2018/2019), colaborador do LJR pedro.cesar@outlook.com

RESUMO

O presente artigo busca examinar as Leis Orgânicas dos Municípios da Baixada Fluminense, região do Estado do Rio de Janeiro formada por trezes municípios, com o marco teórico fixado nos dois princípios da justiça de John Rawls. Atenta-se para a proteção da minoria majoritária, mulher, como passivo social carente de potenciais políticas públicas para efetivação dos direitos formais já dispostos na Constituição da República de 1988. Sendo assim, a pesquisa apresenta de que maneira as cidades se comportam quanto a quantidade e qualidade, através do método da leitura comparada, extraindo e analisando as tutelas destinadas à proteção das cidadãs, entendendo que as leis locais poderão oferecer um grau de compreensão de como o problema da injustiça é internalizado pelas cidades. Conclui-se que os Municípios não atentam de maneira uniforme e satisfatória às contingências sociais, possuindo baixo grau na captação e consagração das necessidades sui generis da mulher.

Palavras-Chave: Cidade. Lei Orgânica. Baixada Fluminense.

THE (IN)EXISTENCE OF PUBLIC POLICIES FOR WOMEN IN BAIXADA FLUMINENSE ON RIO DE