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No intuito de se precaver e fazer sua parte na busca de uma economia de mercado mais sustentável, as empresas têm implantado estratégias de gestão balizadas em critérios de sustentabilidade que permitam a maximização dos lucros, sem que, com isso, venham a incorrer em danos sociais e ambientais irreversíveis e custosos, situação extremamente acompanhada e verificada no contexto atual, no qual a implantação de índices e organismos específicos para este fim têm se tornado cada vez mais comum, como é o caso do índice ISE da BM&FBOVESPA e do Global Reporting Initiative.

Esses danos – que foram causados principalmente pela ação do homem e para os quais os governos muitas vezes não possuem solução satisfatória –, podem trazer consequências globais, não só do ponto de vista econômico-financeiro, como também de imagem corporativa, que atingem tanto as empresas de cunho privado, quanto as públicas.

No Brasil, o Governo Federal, com a intenção de acompanhar e mitigar fatores de risco da sustentabilidade de suas estatais, emitiu o Decreto nº 8.945/2016, que regulamenta a Lei nº 13.303/2016, conhecida como Lei das Estatais, que dispõe, no seu parágrafo 2º do Art. 44, acerca da obrigatoriedade de as empresas estatais adotarem práticas de sustentabilidade ambiental e de Responsabilidade Social Corporativa – RSC.

Nesse sentido, a presente pesquisa teve por objetivo avaliar o desempenho empresarial das Companhias Docas brasileiras em relação aos aspectos que permeiam a sustentabilidade empresarial, contribuindo para a identificação dos fatores ligados à temática em relação aos portos públicos no Brasil. Para tanto, foram identificados indicadores de sustentabilidade para as Companhias Docas, empresas que administram os portos públicos no Brasil que integram uma área de extrema importância do ponto de vista logístico, além do que, prestam serviço de interesse nacional, na medida em que contribuem para a pesquisa acadêmica sobre portos.

Os portos públicos encontram-se em áreas de grande fragilidade ambiental, como beira- mar ou beira-rio, sendo, portanto, empresas que possuem uma considerável importância do ponto de vista social e ambiental. Do ponto de vista econômico-financeiro são empresas que fomentam e viabilizam o comércio regional, haja vista que mais de 80% das mercadorias importadas e exportadas no país passam pelos portos.

Portanto, a tríade da sustentabilidade que fundamentou o estudo ora realizado pautou- se nesses três aspectos de grande importância para as empresas portuárias: ambiental; social e econômico-financeiro. Para tanto, foi construído um sistema de indicadores de modo a evidenciar a situação da eficiência dos portos nessas três dimensões.

Assim, foram coletados dados de 29 indicadores para o período de 2012 a 2015, sendo 11 ambientais, 8 sociais e 10 econômico-financeiros, que foram escolhidos de acordo com a disponibilidade de dados nos sítios e relatórios que as Companhias Docas publicam anualmente. Foi atribuído peso aos indicadores segundo a percepção dos especialistas administrativos-financeiros das Companhias Docas, através de um questionário objetivo e de fácil entendimento, no qual os gestores escolheram o critério de importância de cada variável. A consistência interna do instrumento se mostrou satisfatoriamente obtida pelo Alpha de

Cronbach (0,9416).

Na etapa da análise multicritério, fez-se a escolha do método PROMETHEE II, por ser um método que vem sendo amplamente utilizado, principalmente no âmbito internacional e figura-se como uma boa opção para a avaliação de desempenho, proporcionando o ordenamento geral das Companhias Docas analisadas.

Os resultados apresentados revelam que as Companhias Docas que possuem os melhores resultados do ponto de vista social e ambiental, CDP e CDC, encontram-se em uma situação econômico-financeira mediana, apresentando ROA, ROE e ME negativos para o último ano analisado. Por outro lado, as empresas que se posicionaram nas piores colocações em relação às questões sociais, CODESA e CODERN, tiveram uma piora nos indicadores econômico-financeiros. Tal fato demonstra que um melhor desempenho socioambiental não necessariamente está relacionado a um bom desempenho econômico-financeiro e vice-versa. Autores como Rufino et al (2014) argumentam que não há como afirmar, de forma decisiva, que a sustentabilidade influencia os indicadores econômico-financeiros, o que se coaduna com os achados da pesquisa.

Para os fluxos gerais dos indicadores sociais, percebeu-se que estão abaixo dos do enfoque ambiental, o que indica que esses aspectos possuem maior relevância que aqueles. Presume-se que o baixo quantitativo de indicadores do aspecto social tenha reflexo no resultado, o que vai ao encontro do disposto por Valenzuela-Venegas, Salgado e Díaz-Alvarado (2016).

Observou-se que a maior parte das Companhias Docas apresentaram desempenhos muito oscilantes quanto aos aspectos investigados. Essa grande variabilidade sugere que, considerando os enfoques ambiental, social e econômico-financeiro, as empresas portuárias não possuem gestão focada na sustentabilidade empresarial.

Dessa forma, considerando os achados da presente pesquisa, percebe-se que grandes esforços serão necessários por parte do governo, reguladores, gestores, colaboradores e usuários para que as Companhias Docas possam, verdadeiramente, tornar sustentáveis os portos que administram, de forma que o planejamento estratégico das companhias seja concebido

considerando um amplo conjunto de fatores voltados à sustentabilidade (Belinky, 2016), que permitam um melhoramento da situação apontada no estudo ora realizado. Assim, a presente pesquisa teve como foco possibilitar uma visão da sustentabilidade empresarial juntos aos portos públicos, possibilitando uma maior adequação da realidade destas companhias ao disposto na Lei 13.303/16 que visa, de forma clara, que haja uma maior sustentabilidade nas empresas pertencentes ao Governo Federal.

O estudo apresenta limitações quanto ao quantitativo de indicadores sociais em função da indisponibilidade de dados de dois deles que foram inicialmente propostos, o que contribuiu para a ocorrência de índex desbalanceados, o que pode ter influência sobre a análise dos resultados.

Como sugestão para trabalhos futuros, indica-se a utilização de mais parâmetros acerca da vertente social, bem como a replicação junto aos portos privados brasileiros, de forma a evidenciar se a mudança na tipologia da empresa, pública ou privada, influencia na sustentabilidade empresarial existente.

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APÊNDICE A – INDICADORES DE SUSTENTABILIDADE DO MODELO: CARACTERÍSTICAS

DIMENSÃO AMBIENTAL

Nome do Indicador: Consumo de Materiais Reciclados e Matérias Primas. SIGLA: CMR.

Fórmula ou pergunta: A empresa opta pela compra de produtos reciclados?

Objetivo ou significado: Averiguar se a empresa opta pela compra de produtos sustentáveis. Parâmetro: maximizar.

Autor: Adaptado de Docekalová e Kocmanová (2016).

Fonte de coleta do dado: requerida a informação através do sítio de acesso a informação. Forma de utilização do indicador: as autoras propõem que seja quantificado o percentual de

materiais e matérias primas reciclados em comparação com o total geral de materiais e matérias primas consumidos no ano. Haja vista que essa informação não estava disponível em nenhuma das empresas analisadas, mas que estas declaram se fazem opção ou não pela compra de produtos e materiais reciclados, o indicador foi alterado para averiguar se as Docas fazem opção pela compra de produtos sustentáveis. Possíveis respostas: sim ou não.

Nome do Indicador: Implantação do Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos. SIGLA: IGRS.

Fórmula ou pergunta: Há programa de gerenciamento de resíduos sólidos?

Objetivo ou significado: Observar se na companhia existe gerenciamento dos resíduos sólidos. Parâmetro: maximizar.

Autor: Adaptado de Docekalová e Kocmanová (2016).

Fonte de coleta do dado: requerida a informação através do sítio de acesso a informação. Forma de utilização do indicador: este indicador tem como proposta a mensuração da

produção de resíduos pela empresa. Haja vista que esse quantitativo não é contabilizado por nenhuma das companhias, adaptou-se o indicador para que se observe se na companhia existe programa de gerenciamento de resíduos sólidos implantado por cada empresa observada.

Nome do Indicador: Processos Decorrentes de Infrações Ambientais SIGLA: PDIA

Fórmula ou pergunta: Existem multas ou processos decorrentes de infrações ambientais? Objetivo ou significado: identificar se as companhias estão sendo autuadas pela ANVISA

acerca de irregularidades relacionadas ao meio ambiente.

Parâmetro: minimizar. Autor: Callado (2010).

Fonte de coleta do dado: consulta realizada no portal da Agência de Vigilância Sanitária –

ANVISA.

Forma de utilização do indicador: o indicador objetiva mensurar se as Companhias Docas

estão sendo autuadas por irregularidades ambientais, apresentando o quantitativo de infrações.

Nome do Indicador: Licenciamento Ambiental. SIGLA: LA.

Fórmula ou pergunta: qual é a situação atual do Licenciamento Ambiental do porto? Objetivo ou significado: identificar o porto possui Licença de Operação válida e vigente. Parâmetro: maximizar.

Autor: ANTAQ

Forma de utilização do indicador: conforme o estágio de licenciamento do porto, são dadas

notas de N5 (O porto possui licença de operação válida e vigente), N4 (O porto ainda não possui Licença de Operação, mas existe processo de licenciamento para regularização, a Autoridade portuária já entregou ao órgão ambiental licenciador o estudo ambiental exigido e atualmente aguarda manifestação do mesmo), N3 (O porto ainda não possui Licença de Operação, mas existe processo de licenciamento para regularização, a Autoridade portuária já publicou o edital para contratação de consultoria que irá elaborar o estudo ambiental exigido pelo órgão ambiental licenciador. Também se enquadram os portos que já contrataram empresa de consultoria e os estudos ambientais já estejam sendo elaborados), N2 [O porto ainda não possui Licença de Operação, não entregou o estudo ambiental ao órgão ambiental licenciador e não publicou o edital para a contratação de empresa de consultoria, porém apresenta o termo de adesão ao Programa Federal de Apoio à Regularização e Gestão Ambiental Portuária - PRGAP (Portaria Interministerial MMA/SEP/PR nº425, de 26 de Outubro de 2011)] e N1 (O porto não possui Licença de Operação e a Autoridade Portuária não desenvolve ações para promover a sua regularização).

Nome do Indicador: Auditoria Ambiental. SIGLA: AuA.

Fórmula ou pergunta: qual a situação atual da Auditoria Ambiental do porto?

Objetivo ou significado: identificar se está sendo realizada auditoria ambiental no porto. Parâmetro: maximizar.

Autor: ANTAQ.

Fonte de coleta do dado: sítio da ANTAQ.

Forma de utilização do indicador: conforme a realização de auditorias ambientais no porto,

são dadas notas de N3 (A auditoria ambiental foi realizada até dois anos atrás), N2 (A auditoria ambiental foi realizada há mais de dois anos atrás) e N1 (Nunca foi realizada auditoria ambiental).

Nome do Indicador: Prevenção de Riscos. SIGLA: PR.

Fórmula ou pergunta: quantos planos foram elaborados e implementados no porto em relação

à prevenção de riscos e atendimento a emergência?

Objetivo ou significado: identificar se há planejamento para prevenção de situações de risco. Parâmetro: maximizar.

Autor: ANTAQ.

Fonte de coleta do dado: sítio da ANTAQ

Forma de utilização do indicador: são dadas notas de N5 (Todas as cinco opções: Plano de

Emergência individual - PEI, Plano de Área, Plano de Controle de Emergência - PCE, Plano de Ajuda Mútua - PAM e Programa de Prevenção de Riscos Ambientais – PPRA), N4 (Atende

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