Neste capítulo são apresentadas algumas considerações finais resultantes de uma reflexão sobre o estudo desenvolvido. Pretendeu-se com este trabalho inventariar e caracterizar aspectos geológicos da região de Canelas (Arouca) numa perspectiva didáctico-patrimonial.
A área seleccionada revelou a existência de sítios geológicos que manifestaram elevado interesse do ponto de vista: litológico, mineralógico, paleontológico, estrutural, histórico e patrimonial. O levantamento geológico permitiu identificar e caracterizar esses sítios. Esta região oferece um potencial significativo, susceptível de ser utilizado em saídas de campo para alunos de diferentes níveis de ensino, podendo mesmo ser explorada no âmbito da formação inicial e contínua de professores e, para o público em geral, em actividades integradas na Geologia de Verão integrada no programa Ciência Viva, no geoturismo e turismo na Natureza.
O itinerário proposto neste trabalho é apenas umas das diversas possibilidades de percursos geológicos que é possível efectuar na região de Canelas. Os locais seleccionados para a saída de campo revelaram possuir características que levam a uma aprendizagem efectiva, com a compreensão dos fenómenos e processos geológicos. Apresentam um potencial significativo relativamente ao Património Geológico, tal como muitos outros locais do concelho de Arouca. A região da “Pedreira do Valério”, em Canelas, é uma das mais importantes jazidas fossilíferas do Ordovícico Médio do SW europeu, com a ocorrência de exemplares de trilobites únicos, de grandes dimensões.
O trabalho de campo no ensino das Geociências reveste-se de grande importância, principalmente quando o aluno assume um papel activo (modelo de raiz construtivista) e se aposta na problematização dos conhecimentos.
O guião que foi desenvolvido para os alunos do 7º ano de escolaridade pretende ser uma ferramenta que permita auxiliar na construção de algumas competências essenciais definidas para o 3º ciclo do ensino básico e, ainda, no desenvolvimento de algumas competências específicas nas orientações curriculares desse nível de ensino. A análise das respostas da ficha de avaliação formativa e do preenchimento dos guias de campo recolhidos mostrou que a maioria dos alunos beneficiaram com esta actividade, tendo adquirido os conteúdos e competências pretendidos, isto é, a maioria dos objectivos delineados para a saída de campo foi atingida. Esta actividade demonstrou ser uma excelente motivação para o ensino da Geologia em alunos tão novos.
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Em situações futuras de trabalho de campo há aspectos a melhorar, se possível. As saídas devem realizar-se com um menor número de participantes, talvez apenas uma turma de cada vez e, os objectivos delineados para cada paragem devem ser menos ambiciosos, pelo menos para o nível de ensino em causa. As tarefas a realizar devem adaptar-se ao nível de ensino dos alunos e realizar-se em pequenos grupos de trabalho. Seria interessante testar esta actividade com alunos de nível de ensino mais avançado, por exemplo de 11º ano de Biologia e Geologia ou 12º ano de Geologia.
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ANEXO 1
(GUIA DE CAMPO DOS ALUNOS)
AGRUPAMENTOVERTICALDEESCOLASDECASTELODEPAIVA ESCOLA E.B.2,3 DE CASTELO DE PAIVA
DISCIPLINA: CIÊNCIAS NATURAIS 7º ANO