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CAPÍTULO V. CONSIDERAÇÕES FINAIS, LIMITAÇÕES E RECOMENDAÇÕES

5.1. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Após a elaboração do trabalho de investigação, da revisão de literatura, da recolha de dados, da análise e interpretação dos resultados, apresentam-se nesta secção as considerações finais, limitação do estudo e linhas de investigação futura. A realização deste trabalho foi responder a uma exigência acadêmica para a obtenção do grau de mestre. Não obstante, tentamos, a partir da sua realização, colher benefícios que nos orientem no percurso de melhoria continua na instituição objeto de estudo.

Nos serviços de saúde no Brasil, nos deparamos cada vez mais com a necessidade de implementação de uma gestão de qualidade eficaz, capaz de satisfazer as necessidades dos cidadãos, utentes ou clientes. Tal explica, a escolha do tema e da instituição de saúde em estudo nesta dissertação de mestrado.

O Hospital Santa Joana, possui o selo da qualidade da JCI. Selo este presente em apenas 44 serviços de saúde em todo o Brasil. Sendo este, o primeiro a nível norte e nordeste. Fato este que prova que tal instituição possui serviços de qualidade e capaz de atender as necessidades tanto dos seus clientes, como dos seus colaboradores. Esta dissertação teve como objetivo principal o estudo e avaliação dos indicadores avaliados nesta instituição, fazendo uma análise fidedigna do processo de evolução no serviço, relacionado a gestão da qualidade apos acreditação da JCI.

Como houve a oportunidade e autorização da direção executiva da instituição para ter acesso ao banco de dados desta, foi feito um trabalho comparativo para avaliar o crescimento e a busca da excelência no que tange a qualidade e segurança dos serviços.

Foram avaliados 11 (onze) indicadores e no que se refere a qualidade, pode-se concluir que todos estes, hoje existentes e mensalmente avaliados pelo sector da gestão da qualidade, estão em processo de melhoria e busca de excelência.

Destarte os resultados apresentados foram no geral positivos, pois até os que possuíram resultados inferiores as metas pre-estabelecidas, estão em processo de melhora continua e progressiva.

De forma sintética apresenta-se as conclusões do estudo de acordo com cada indicador avaliado.

5.1.1. ADEQUAÇÃO AO PROTOCOLO DE DUPLA CHECAGEM NO PROCESSO DE HEMOTRANSFUSÃO

Em relação a este indicador pode-se conclui que o mesmo encontra-se em evolução, alcançando por diversos meses a meta proposta. Sendo assim, consideramos que este encontra-se em busca da excelência. Nos dois anos estudados (2013 e 2014), o acumulado anual foi praticamente o mesmo, chegando muito perto da meta de 95%. O indicador continua em período de melhorias com planos de ação e ações corretivas constantes, de acordo com a gestora responsável Magaly Maia.

5.1.2. ADEQUAÇÃO AO PROTOCOLO DE QUEDA

No indicador “ Porcentagem de adequação ao protocolo de queda”, as linhas de tendência dos dois anos estudados (2013 e 2014), são crescentes, havendo melhoria no ano de 2014 de quase 10%.

A gestora responsável, Magaly Maia, afirma que o indicador está em plena evolução e que ações corretivas e planos de ação são constantes. Porém a maior dificuldade encontrada por ela é a a falha dos acompanhantes de pacientes internados em transmitir na troca de plantão as informações recebidas sobre o protocolo.

5.1.3. ADEQUAÇÃO ÀS PRECAUÇÕES E ISOLAMENTO

Pode-se concluir que este indicador é bastante crescente, pois apresentou uma melhora em 2014 de 12,98%, porém ainda não alcançando a meta no que diz respeito a acumulado anual.

5.1.4. ADESÃO AO FLUXO DE ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS

Neste indicador, entre o ano de 2013 e 2014, houve uma melhora de 2,41%. Este indicador encontra-se bem próximo a atingir a meta estabelecida que é de 100% e que em 2014 chegou a 95,10%.

A gestora responsável pelo indicador informou que foram 3 (três) as ações corretivas para melhoramento do indicador. O acompanhamento pela gerente de segurança

assistencial das falhas recorrentes por profissional de enfermagem relacionadas ao indicador de resultado, a revisão deste fluxo, subtraindo etapas que não geram impacto na qualidade da assistência e que foi criado grupo de melhoria para análise e tratamento das não conformidades junto ao operacional. Porém, a maior dificuldade encontradas para o crescimento da linha de tendência e a manutenção da meta, foram falhas na adesão ao fluxo de administração de medicamentos.

5.1.5. NÃO CONFORMIDADES (NC) COM PRAZO DE RESOLUÇÃO (>72H) EXTRAPOLADO

Este indicador, apesar de esta longe da meta, houve uma melhora bastante significativa entre os anos de 2013 e 2014. O que mostra que continua em processo de melhoria continua e progressiva com o passar dos meses.

As principais mudanças neste indicador, no ano de 2014, foi a analise de causa raiz; formação de um comitê para acompanhamento do indicador, avaliando as não conformidades encontradas e os principais motivos e o tratamento das anomalias.

5.1.6. ÚLCERA POR PRESSÃO

Neste indicador houve uma caída da linha de tendência entre o ano de 2013 e 2014. Porém a gestora responsável justifica esta queda, pelos pacientes com restrições à mudança de decúbito e/ou os que não aderem à mudança de decúbito.

Desta forma, há muitos planos de ação para alcançar a meta:

 Incluso no formulário para realização do observacional o cumprimento dos cuidados propostos para pacientes de alto risco com análise imediata da auditora com a gestora da unidade das não conformidades encontradas;

 Implementado um campo no formulário destinado à evidência das informações aos enfermeiros gestores das unidades de internamento sobre as não conformidades encontradas em busca ativa no processo de dupla checagem;

 Auxílio e acompanhamento das análises e tratamentos das causas dos casos novos de UPP pelo setor de qualidade (Planejamento e Gestão) junto aos gestores da unidade.

5.1.7. OCORRÊNCIA DE BACTEREMIA RELACIONADA A CATETER VENOSO CENTRAL (CVC)

Quanto a este indicador, não há muito o que comentar, pois nos dois anos este encontra-se dentro da meta estabelecida, o que acarreta dizer que o indicador encontra-se em excelência de resultados.

5.1.8. META 1 - TÉCNICOS DE ENFERMAGEM QUE CHECAM OS DOIS IDENTIFICADORES NO PACIENTE ANTES DE ADMINISTRAR A MEDICAÇÃO A Meta 1, encontra-se em processo de crescimento, assim com resultados positivos com o passar dos meses, estando bem próximo da meta estabelecida.

Foram realizadas várias mudanças como a implementação da pulseira de identificação no paciente com menos informação (Nome e Serviço de arquivo médico e estatística (SAME)), facilitando a conferência na hora de medicar, implantado suporte de prontuário para apoio durante a medicação com informativo sobre a Meta 1 para lembrar os colaboradores e foi reestruturado a etiqueta para identificar as medicações. Esta foi uma medida bastante eficaz e que acarretou em melhorias do indicador.

5.1.9. META 2 - REGISTRO NO PRONTUÁRIO DE COMUNICAÇÃO DOS RESULTADOS DE EXAMES LABORATORIAIS COM LIMITES CRÍTICOS

Mesmo estando com a linha decrescente em 2014, o acumulado anual foi melhor. Onde em 2013 houve um acumulado anual de 62,59%, já em 2014 foi de 76,95%, uma melhora significativa, rumo a meta de 100% .

5.1.10. OCORRÊNCIAS DE INFECÇÕES URINÁRIAS ASSOCIADAS A SONDA VESICAL DE DEMORA (SVD)

No comparativo anual entre 2013 e 2014, pode-se concluir que houve uma melhora substancial e gradativa entre os dois anos. No ano de 2013 o acumulado anual ficou em 5,4, já em 2014 caiu para 1,0. Bem próximo a meta que é de 0,0.

Alguns fatores influenciaram para a melhora do indicador, como:

 Foi aplicado “Bundle” de SVD sistemática, que consiste em: indicação de uso da SVD, fixação correta da SVD, bolsa coletora abaixo da bexiga e volume de urina abaixo de 2/3 o nível da bolsa;

 Sempre ao analisar os casos de infecção, a utilização da SVD mostrava-se com uso desnecessário ou tempo prolongado, a equipe entendeu que havia necessidade de rever a indicação.

5.1.11. Flebites

Conclui-se que este indicador houve melhora gradativa com o passar dos meses. Chegando bem próximo da meta estabelecida de 0,20.

Foi justificado que uma análise quanto ao número de flebites ocorridas na instituição em 2013 foi detectado que 81,6% apresentaram características químicas, tendo como agentes as drogas com PH ácido ou alcalino. Sendo assim, a recomendação dos farmacêuticos foi incluída no manual dos farmacêuticos considerando a diluição em solutos de 50 a 100 ml , assim como o tempo de infusão com a variação entre 30 minutos à 1 hora , não obstante há pacientes que têm contraindicação de aumento de volume circulante

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