• Nenhum resultado encontrado

Este estudo resultou na comprovação de que as técnicas espectroscópicas podem ser uma forma alternativa aplicável e rápida para analisar parâmetros de qualidade em laranjas intactas. Sendo que cada técnica mostrou maior adequabilidade para uma determinada análise de qualidade.

A aplicabilidade das técnicas espectroscópica de NIR e MIR para determinar vitamina C, ácido cítrico e açúcares em laranjas intactas foi avaliada. Assim como, o desempenho de calibração e de predição dos modelos PLS desenvolvidos com diferentes regiões do espectro. Em relação à determinação de açúcares, a técnica de NIR não resultou em modelos precisos. Já a utilização de MIR para a predição de sacarose, glicose e açúcares totais apresentaram baixos erros de predição 11,69, 7,79 e 24,28 (g L-1) e coeficientes de correlação de forte a moderado.

A partir dos resultados obtidos pode ser apontado que as técnicas de NIR e MIR mostraram-se métodos adequados para determinação de vitamina C e ácido cítrico em laranjas intactas. A técnica de MIR apresentou resultado mais preciso, representado por menores valores de RMSEP e correlações mais fortes para vitamina C e para ácido cítrico.

A aplicação das técnicas de NIR, MIR e RMN na determinação de SST, pH e massa fresca foi e mostrou-se uma possível alternativa na análise de qualidade de laranjas sem que seja necessária a destruição das amostras. Os modelos PLS desenvolvidos para estes parâmetros resultaram em alta correlação e valores de erros baixos.

81 Cada uma das técnicas se mostrou mais apropriada a um parâmetro distinto. Para determinar o teor de sólidos solúveis a aplicação de NIR se mostrou mais adequada (RMSEP = 0,74 °BRIX e r = 0,75), para pH o modelo com menor RMSEP (0,20) e maior correlação (0,86) foi aquele construído com o MIR e para a determinação de massa fresca a RMN se mostrou mais adequada com RMSEP de 21,41 gramas e r de 0,82 .

82

Referências

1. IBGE. Levantamento sistemático de produção agrícola [Internet]. 2013. Available from: www . ibge . gov . br

2. FAO. Faostat Agriculture Data [Internet]. Food and Agriculture Organization. 2015 [cited 2015 Jan 10]. Available from: http://faostat.fao.org

3. USDA. United States Departament of Agriculture [Internet]. 2015 [cited 2015 Dec 10]. Available from: http://www.usda.gov

4. Neves MF et al. O Retrato da Citricultura Brasileira. [Internet]. Ribeirão

Preto; 2010. Available from:

http://www.citrusbr.com/download/biblioteca/Apresentacao_Marcos_Fa va_evento_valor.pdf

5. Swingle WT. The Botany of Citrus and Its Wild Relatives. In: 2a ed. Berckley: University of California; 1967. p. 190–430.

6. IAC. CITROS: principais informações e recomendações de cultivo. 2005;

7. Chitarra MIF, Chitarra AB. Pós-colheita de frutas e hortaliças: fisiologia e manuseio. 2a EDIÇÃO. Lavras: FAEPE, editor. 2005; 2005. 783 p. 8. Spoto MFH, Regiano-D’arce MAB, Oetterer M. Fundamentos de

ciência e tecnologia de alimentos. 1a ed. Barueri: Manole; 2006.

9. Ramalho ASTM. QUALIDADE A SER UTILIZADO COMO PADRÃO NA CADEIA DE COMERCIALIZAÇÃO DE LARANJA PÊRA Citrus sinensis L . Osbeck. [Dissertação] Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ); 2005.

83 10. Nelson DL, Cox M. Lehninger – Princípios de Bioquímica. 3a ed. São

Paulo: Sarvier; 2002. 1009 p.

11. CitrusBR. Associação nacional dos exportadores de sucos cítricos [Internet]. 2016 [cited 2016 Feb 11]. Available from: http://www.citrusbr.com/laranjaesuco/?ins=16

12. Yahia EM, Organelas-Paz J, Gonzales-Aguiar GA. Nutricional and health-promoting properties of tropical and sub-tropical fruits. In: Postharvest biology and technology of tropical and subtropical fruits. 3a ed. Cambridge: Woodhead Publishing Limited; 2011.

13. Kelebek H, Selli S, Canbas SA, Carabaroglu T. HPLC determination of organic acids, sugars, phenolic compositions and antioxidant capacity of orange juice and orange wine made from a Turkish cv. Kozan. Microchem J. Elsevier B.V.; 2009;91(2):187–92.

14. Cayela Sánchez JA. Citrus Internal Quality Predictions by NIR Spectroscopy. Glob Sci Books. 2008;(1):77–82.

15. Sun D-W, Huang Y, Rasco BA, Cavinato AG. Infrared Spectroscopy Food Qual Anal Control. 2009;355–75.

16. Huang H, Yu H, Xu H, Ying Y. Near infrared spectroscopy for on/in-line monitoring of quality in foods and beverages: A review. J Food Eng. 2008;87(3):303–13.

17. Coates J. Vibrational spectroscopy: Instrumentation for infrared and Raman spectroscopy. 2a ed. Analytical Instrumentation Handbook. 1997.

84

18. Dufour É. Principles of Infrared Spectroscopy. Infrared Spectrosc Food Qual Anal Control. 2009;

19. Rodriguez-SaonaL et al. Fourier Transform Infrared (FTIR) Spectroscopy. Infrared Spectroscopy for Food Quality Analysis and Control. 2009. 145-178 p.

20. De Oliveira GA, De Castilhos, Renard CMGCF, Bureau S. Comparison of NIR and MIR spectroscopic methods for determination of individual sugars, organic acids and carotenoids in passion fruit. Food Res Int. Elsevier B.V.; 2014 Jun;60:154–62.

21. Skoog DA, West DM, F.J. H, Crouch SR. Fundamentos de Química Analítica. 8a ed. Norte-Americana, Thomson Learning SP, editor. 2006.

22. Skoog DA. Princípios de Análise Instrumental. 5a ed. Bookman, editor. 2002.

23. Pavia DL, Kris GS, Lampman GM, Vyvyan JR. Introdução à espectroscopia. 1a ed. Cengage Learning; 2010. 716 p.

24. De Oliveira GA. DETERMINAÇÃO DE PARÂMETROS DE QUALIDADE DO MARACUJÁ (Passiflora edulis f. Flavicarpa) POR ESPECTROSCOPIA MID E NIR E CALIBRAÇÃO MULTIVARIADA. [Dissertação] Universidade Federal do Paraná; 2014.

25. Nicolai BM, Beullens K, Bobelyn E, Peirs A, Saeys W, Theron KI, et al. Nondestructive measurement of fruit and vegetable quality by means of NIR spectroscopy: A review. Postharvest Biol Technol. 2007 Nov;46(2):99–118.

85 26. Bellon-Maurel V, McBratney A. Near-infrared (NIR) and mid-infrared (MIR) spectroscopic techniques for assessing the amount of carbon stock in soils – Critical review and research perspectives. Soil Biol Biochem. 2011 Jul;43(7):1398–410.

27. Holl JM. Basic Atomic and Molecular Spectroscopy. Cambridge: Royal Society of Chemistry; 2002.

28. Ciurczak EW, Burns DA. Handbook of near-infrared analysis. 3a ed. New York: CRC Press Taylor & Francis Group; 2007. 189-205 p. 29. Betemps DL, Fachinello JC, Galarça SP, Machado NP, REMORINI D,

Massai R, et al. Espectroscopia do visível e infra-vermelho próximo para estimar sólidos solúveis e firmeza de polpa em função da época de colheita em pêssegos. Semina Ciências Agrárias. 2014 Jun 23;35(3):1257.

30. Kawano S, Fujiwara T. Determination Content in Satsuma Mandarin Near Infrared (NIR) Transmittance. J Japanese Soc Hortic Sci. 1993;62(2):465–70.

31. Guthrie JA, Walsh KB, Reid DJ, Liebenberg CJ. Assessment of internal quality attributes of mandarin fruit. 1. NIR calibration model development. Aust J Agric Res. 2005;56(4):405.

32. Gómez AH, He Y, Pereira AG. Non-destructive measurement of acidity, soluble solids and firmness of Satsuma mandarin using Vis/NIR-spectroscopy techniques. J Food Eng. 2006 Nov;77(2):313–9. 33. Shiroma-Kian C, De Nardo T, Halim Y, Francis D, Rodriguez-Saona L.

86

contents in tomato juice by infrared spectroscopy. J Agric Food Chem. 2009 Feb 25;57(4):1105–12.

34. Ferreira DS. Aplicação de espectroscopia no infravermelho e análise multivariada para previsão de parâmetros de qualidade em soja e quinoa.[Tese] Universidade Estadual de Campinas; 2013.

35. Correa A C. Avaliação do uso de espectroscopia no infravermelho para controle e garantia da qualidade da mistura biodiesel/diesel usando cartas de controle multivariadas.[Monografia] Universidade Federal do Rio Grande do Sul; 2012.

36. Dos Santos CAT, Lopo M, Páscoa RNMJ, Lopes JA. A review on the applications of portable near-infrared spectrometers in the agro-food industry. Appl Spectrosc. 2013 Nov;67(11):1215–33.

37. Brás L. P., Bernadino S. A., Lopes J. A., & Menezes JC. Multiblock PLS as an proach to compare and combine NIR and MIR spectra in calibrations of soybean flour. Chemom Intell Lab Syst. 2005;75:91–9. 38. Duarte IF, Barros A, Delgadillo I, Almeida C, Gil AM. Application of

FTIR spectroscopy for quantification of sugars in mango juice as a function of ripening. J Agric Food Chem. 2002;50:3104–11.

39. Snyder AB, Sweeney CF, Rodriguez-Saona LE, Giusti MM. Rapid authentication of concord juice concentration in a grape juice blend using Fourier-Transform infrared spectroscopy and chemometric analysis. Food Chem [Internet]. 2014 Mar;147:295–301. Available from: http://linkinghub.elsevier.com/retrieve/pii/S0308814613014052

87 40. Macedo PS. APLICAÇÃO DE IMAGENS DIGITAIS E TÉCNICAS ESPECTROANALÍTICAS COMBINADAS COM QUIMIOMETRIA PARA DETECÇÃO E QUANTIFICAÇÃO DE ADULTERAÇÃO EM LEITE BOVINO. [Tese] Universidade Federal de São Carlos (UFSCar); 2013.

41. Allendorf M, Subramanian A, Rodriguez-Saona L. Application of a Handheld Portable Mid-Infrared Sensor for Monitoring Oil Oxidative Stability. J Am Oil Chem Soc [Internet]. 2012 Jan 2;89(1):79–88. Available from: http://link.springer.com/10.1007/s11746-011-1894-9 42. Rubio-Diaz DE, FrancisS DM, Rodriguez-Saona LE. External

calibration models for the measurement of tomato carotenoids by infrared spectroscopy. J Food Compos Anal. Elsevier Inc.; 2011 Feb;24(1):121–6.

43. Cadavid AS. Multicomponent Quality Control Analysis for the Tomato Industry Using Portable Mid-Infrared (MIR) Spectroscopy THESIS. The Ohio State University; 2014.

44. Tipler PA, Llewellwn RA. Física moderna. 3a ed. LTC R de janeiro:, editor. 2006. 515 p.

45. Gil VMS. Ressonância magnética nuclear: fundamentos, métodos e aplicações. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian; 1987. 1012 p. 46. Santos PM. Desenvolvimento da técnica de precessão livre no estado

estacionário para aumento da razão sinal ruído em espectros de RMN de alta resolução. [Dissertação] INSTITUTO DE QUÍMICA DE SÃO CARLOS. 2009.

88

47. Santos MDS. Desenvolvimento de Métodos de RMN para Controle de Qualidade de Produtos Farmacêuticos e Agrícolas. [Tese] Universidade de São Paulo; 2014.

48. Pereira FMV, Carvalho ADS, Cabeça LF, Colnago LA. Classification of intact fresh plums according to sweetness using time-domain nuclear magnetic resonance and chemometrics. Microchem J [Internet]. Elsevier B.V.; 2013;108:14–7. Available from: http://dx.doi.org/10.1016/j.microc.2012.12.003

49. Flores DWM, Colnago LA, Ferreira MD, Spoto MHF. Prediction of Orange juice sensorial attributes from intact fruits by TD-NMR. Microchem J. 2016;128:113–7.

50. Flores DWM. Sistemas não invasivos para classificação de laranjas por meio de parâmetros físico-químicos. [Dissertação] Universidade de São Paulo Escola Superior de Agricultura “ Luiz de Queiroz ”; 2015. 51. Nicolai BM, Defraeye T, De Ketelaere B, Herremans E, Hertog

MLATM, Saeys W, et al. Nondestructive measurement of fruit and vegetable quality. Annual review of food science and technology. 2014. 285-312 p.

52. Lavine BK. Chemometrics. Anal Chem. 1998 Jun;70(12):209–28. 53. Romía MB, Bernárdez MA. Infrared Spectroscopy for Food Quality

Analysis and Control. Infrared Spectroscopy for Food Quality Analysis and Control. 2009. 51-82 p.

54. Geladi P, Kowalski BR. Partial least-squares regression: a tutorial. Anal Chim Acta. 1986;185:1–17.

89 55. Beebe KR, Randy JP, Seasholtz MB. Chemometrics: A practical guide.

New York; 1998.

56. Varella CAA. Análise Multivariada Aplicada as Ciências Agrárias: Análise de componentes principais. Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ); 2008.

Documentos relacionados