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Por tudo que foi exposto nesta disserta, conclui-se:

1. O SPF foi criado a partir de uma legislação criminal de urgência, consubstanciada na Lei nº. 10.792/03, como resposta ao extravasamento da violência extramuros comandada por organizações criminosas de dentro dos presídios, reformando parcialmente o sistema penitenciário brasileiro, com vistas a redirecionar as finalidades do encarceramento e reforçar a função de incapacitação do preso através da adoção do isolamento celular. 2. A execução penal federal caracteriza-se como uma atuação em modalidades diversas do

padrão por razões de peculiaridades que caracterizam determinados condenados e as consequentes valorações sobre sua personalidade, baseada essencialmente na representação de periculosidade do condenado, que justifica a tomada de decisão, mitigando os direitos e as garantias previstas em lei.

3. Os presídios federais foram inspirados nos estabelecimentos supermaxes dos Estados Unidos, prisões que redimensionaram a forma de encarcerar com a finalidade de neutralizar o condenado e que formam um dos traços do fim do welfarismo penal, predominante naquele país entre as décadas de 50 e 70, o qual partia do axioma básico de que medidas penais devem, sempre que possível, se materializar mais em intervenções reabilitadoras que na punição meramente retributiva.

4. No Brasil, as políticas de welfare foram inauguradas oficialmente com a Lei de Execução Penal, de 1984, embora o país nunca tenha vivenciado a sua implementação prática. Os elementos recentes do declínio de tais políticas podem ser traduzidos a partir do aumento da população carcerária, da criação do RDD e do SPF.

5. A proteção dos direitos e das garantias dos presos encontra-se relacionada com os modelos de execução penal (administrativista, misto e jurisdicional) e com os sistemas processuais (inquisitório e acusatório), a partir dos quais se pode definir o espaço destinado à jurisdição na execução da pena.

6. A experiência histórica demonstrou que uma concepção puramente administrativa da execução penal enseja o arbítrio, traço marcante de instituições totais, de modo que a busca por uma maior humanização do cárcere fez com que se estabelecesse a necessidade de um estatuto jurídico do preso, capaz de ser tutelado judicialmente, assegurando-se o caráter jurisdicional da execução da pena. O sistema adotado pela Constituição e pela LEP é o jurisdicional.

7. Não se torna crível um sistema misto, pois as características dos sistemas, como a dos paradigmas e dos tipos ideais, são a sua identificação com princípios unificadores. Deles apenas se aproximam tendências opostas, mas sem a fusão sistemática ou paradigmática. Isso não impede que tenhamos notas de um sistema no interior de outro que se contrapõem, mas estas não descaracterizam a matriz original do modelo.

8. Apesar de a Lei de Execução Penal (LEP) ter estabelecido a jurisdicionalização do cumprimento da pena, criando instrumentos para a tutela dos direitos e das garantias do apenado, essa responsabilidade pelo controle de eventuais arbítrios e excessos vem sendo atenuada pelo Judiciário sob o argumento da necessidade de manutenção da ordem, materializada pelo conjunto de signos da disciplina e da segurança.

9. A jurisdicionalização da execução pode ser avaliada por duas óticas: quantitativa e qualitativa. A primeira representa a garantia de um sistema de justiça capaz de ter estrutura para assegurar a apreciação, a fiscalização e o acompanhamento do cumprimento da pena, enquanto o aspecto qualitativo, principal foco deste estudo, trata do conteúdo produzido pelo Poder Judiciário através das suas decisões, as quais podem refletir uma postura inquisitiva ou acusatória.

10. A Constituição de 1988, além de ratificar a jurisdicionalização da execução penal no Brasil, inaugurou um modelo acusatório para o processo penal pátrio, no qual o processo deve ser público; o magistrado imparcial e equidistante das partes; a gestão da prova deve estar a cargo das partes; a atividades de julgar e acusar deverão estar encarregadas a pessoas distintas; e o contraditório e a ampla defesa devem ser assegurados em todas as etapas processuais. Todas essas características acusatórias se estendem ao cumprimento da pena, não obstante subsista, no ordenamento infraconstitucional, inúmeras leis de caráter inquisitivo no âmbito da execução penal.

11. Um convívio minimamente civilizado com o cárcere na atualidade exigem dois compromissos: 1) a humanização da pena, através de mecanismos que mitiguem os efeitos da prisionização; e 2) a limitação do poder punitivo do Estado, mediante o cumprimento rigoroso das garantias processuais e do cumprimento da Constituição. Esses objetivos se tornam possíveis por meio da adoção de uma instrumentalidade garantista, traduzida em um modelo normativo de direito, técnica de tutela idônea a minimizar a violência e a maximizar a liberdade, estabelecendo-se, sob a ótica jurídica, como um sistema de vínculo impostos à função punitiva do Estado em garantia dos direitos dos cidadãos, através da legalidade em sentido estrito.

12. O garantismo apresenta-se como um modelo limite, apenas tendencialmente e jamais plenamente satisfatível, tornando possível identificar graus de garantismo.

13. O princípio da legalidade é a nota essencial do Estado de Direito e do sistema acusatório- garantista no campo da execução penal, porquanto é da essência do seu conceito subordinar-se à Constituição e fundar-se na legalidade democrática.

14. A vagueza das hipóteses de inclusão do preso previstas na Lei nº. 11.671/08 acarreta violação ao princípio da legalidade estrita, vulnerando a ampla defesa (BRASIL, 1988, art. 5º, LV) dada a grande discricionariedade conferida às autoridades de segurança pública e aos juízes para definirem o perfil do apenado passível de inclusão no Sistema Federal. 15. Relatórios de inteligência policial somente serão elementos suficientes para aferir a

hipótese de inclusão prevista no art. 3º, I do Decreto nº. 6.877/09 (BRASIL, 2009a), se forem instruídos com peças do inquérito policial (auto de prisão em flagrante, auto de indiciamento, outros elementos de prova constantes do inquérito) ou da ação penal (denúncia, decisão que decretou a prisão cautelar etc.) que corroborem a alegação de que o preso exerce função de liderança em organização criminosa, de forma a assegurar a ampla defesa e o contraditório.

16. A aplicação da hipótese de inclusão prevista no art. 3º, III do Decreto nº. 6.877/09 (BRASIL, 2009a) somente pode ser aplicada caso demonstrado que a aplicação do RDD no estado de origem não se mostrou suficiente para atingir o seu fim ou, uma vez incluído no RDD, o estado de origem não disponha de vagas nesse regime.

17. O conflito de competência previsto na Lei nº. 11.671/08 viola o sistema acusatório, pois traduz instrumento que funciona materialmente como recurso, manejado indevidamente pelo Juízo da origem, alçado à condição de parte, acarretando a violação da imparcialidade do magistrado, concorrendo para a política de segurança pública de que se torna protagonista ao impugnar a decisão do Juízo Federal e ao sustentar perante o STJ a presença de periculosidade do preso, capaz de remetê-lo ao cárcere federal de segurança máxima, função cuja vocação constitucional recai sobre o órgão do Ministério Público.

18. O uso do conflito de competência para impugnar a decisão que nega a inclusão do preso no SPF viola o art. 5º, LV da Constituição (BRASIL, 1988), visto que o procedimento no STJ não prevê a participação da defesa, apesar de o incidente tratar sobre o mérito acerca do cabimento da inclusão do preso, que está sendo formalmente acusado de ser perigoso. 19. O entendimento jurisprudencial dominante no STJ no sentido de que não cabe ao Juízo

Federal discutir as razões do Juízo Estadual, quando solicita a transferência de preso para estabelecimento prisional de segurança máxima, assim como quando requer a renovação

do prazo de permanência. Porquanto, o Juízo Estadual é o único habilitado a declarar a excepcionalidade da medida, pois viola a garantia processual do duplo juízo de admissibilidade previsto na Lei nº. 11.671/08, reduzindo o Juízo Federal a uma função meramente homologatória e restringindo a proteção dos direitos e das garantias dos presos, mormente a ampla defesa e o contraditório.

20. A postura da prevalência do Juízo Estadual sobre o Juízo Federal esvazia a possibilidade de o STJ firmar decisões com parâmetros para controle das inclusões, adotando uma posição quase sempre protocolar, na qual apenas afirma que o Juízo Federal não deve adentrar no mérito dos motivos da inclusão, ratificando o que foi decidido pelo Juízo da origem.

21. A jurisprudência do STJ acarreta a preponderância do Juízo da origem, tornando assimétrica a situação do preso, visto que para o Estado de origem sempre será interessante manter o preso longe do local da condenação. A autoridade requerente ou o próprio Juízo originário são partes interessadas na manutenção do preso no SPF, dado que têm presente só a sua realidade e a sua necessidade, ao passo que esse interesse local deveria ser mediado pela análise do juiz responsável pelo estabelecimento prisional federal, visto que está em constante contato com o funcionamento do presídio e tem uma expertise no trato com esse perfil de preso, por ser inerente à função exercida no SPF.

22. A vedação em abstrato à progressão de regime e ao livramento condicional ao preso recolhido em presídio federal, conforme prevê a jurisprudência do STJ, viola a garantia do juiz natural, dado que suprime do Juízo Federal o exercício da sua jurisdição na execução penal, a despeito do art. 4º, §1º da Lei nº. 11.671/08 (BRASIL, 2008a).

23. A admissão do uso do conflito de competência para impugnar a decisão que concedeu progressão de regime ou livramento condicional, como têm entendido o STJ e o STF, viola o princípio do devido processo legal, operando espécie de “recurso per saltum”, atingindo a garantia do juiz natural, do contraditório e da ampla defesa.

24. A vedação à progressão e ao livramento condicional viola o princípio da legalidade (BRASIL, 1988, art. 5º, XLVI), dado que inexiste qualquer dispositivo legal que interdite o acesso dos presos recolhidos no SPF a tais direitos.

25. O princípio da individualização da pena é igualmente violado pela vedação em abstrato à progressão e ao livramento condicional, pois configura regime integralmente fechado, o qual já foi declarado inconstitucional pelo STF no caso dos crimes hediondos.

26. A permanência prolongada e indefinida de presos no SPF, nos termos aplicados atualmente, viola o princípio da humanidade das penas, consagrado na Constituição Federal e no direito

internacional dos direitos humanos, em especial as Regras Mínimas da ONU para o Tratamento do Preso (Regras de Mandela), que proíbe o confinamento solitário indefinido, dado que o tempo de permanência de apenados nos presídios federais pode ser renovado sem limite de tempo, permanecendo custodiados em cela individual durante 22 horas diárias sem contato humano significativo indefinidamente.

27. Portanto, o microssistema de normas que regulam o SPF é marcadamente inquisitivo, violando diversos direitos e garantias dos presos, nos moldes pontuados anteriormente, tornando possível concluir que a execução penal federal funciona com baixo grau de garantismo. Este patamar é aferível a partir da análise da legislação, que prevê mecanismos que violam o sistema constitucional acusatório-garantista, a exemplo do conflito de competência. Porém, o traço inquisitivo também é reforçado pelo Poder Judiciário, que tem funcionado como instância de legitimação das violações apontadas.

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