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1. REPERTÓRIO AVALIADO

1.3 Considerações Finais do Primeiro Capítulo

Neste primeiro capítulo, se apresentou autores, que falam sobre a ênfase na técnica instrumental e o empobrecimento da expressividade, referindo-se ao sentimento na interpretação de uma obra, quando se dá maior importância ao fim que ao processo de se chegar até ele. Num modelo tradicional de ensino de piano em modalidade presencial, normalmente, foca-se no produto final como o mais importante e também se percebeu aí a falta de um programa de repertório adequado para um público específico que não seja infantil, com utilização de um mesmo programa para

qualquer faixa etária. No capítulo, destacou-se, ainda, a popularidade dos teclados eletrônicos e as tecnologias que podem ser usadas para uma facilitação no processo de aprendizagem, como destaque a internet. Numa proposta mais contemporânea, têm-se a quebra de alguns paradigmas, provocada pelo ensino coletivo, ensino à distância, abordagem multimodal, musicalização de adultos, juntamente com a aprendizagem de Teclado como instrumento acompanhador através de leitura de partitura, leitura de cifras, improvisação de acompanhamento e arranjos. Tais aspectos se referem ao que foi aplicado e abordado no PROLICENMUS, no decorrer dos seus nove semestres.

Retomando-se os percursos do repertório proposto nos sete semestres em que foi mais intensamente trabalhada a prática no instrumento (lembrando que o primeiro foi teórico, por falta de instrumentos musicais nos polos, e que o último foi centrado na preparação do Recital de Formatura), este, inicialmente, contava com uma quantidade maior de peças com tamanhos menores, o que possibilitou se ter um resultado de performance mais rápido, que na segunda metade do curso. Nesta segunda metade, peças maiores e mais trabalhosas foram propostas e muitos alunos tiveram suas dificuldades individuais. A proposição de exercícios técnicos teve sua parcela de contribuição para o crescimento das habilidades técnicas. Em se dando voltas num espiral, peças em que inicialmente alunos mostravam dificuldades e não eram capazes de executar, eram retomadas em semestres posteriores nos pontos de níveis mais baixos das N2. Percebeu-se, que se focou inicialmente muito na leitura de partitura, mesmo nas peças populares e de acompanhamento com a exigência na execução da escrita desse acompanhamento, desfavorecendo de certa forma o desenvolvimento da execução de ouvido. Percebida essa dificuldade, no último semestre, se propôs um trabalho de arranjo de microcanções, em que se buscava um

feedback dos conteúdos abordados, durante todo o curso e uma naturalidade na

prática de ouvido com o trabalho de encadeamentos em tonalidades diversas. Nesse momento final do curso, confirmou-se que os alunos aptos ao egresso, isso é, que correspondiam às habilidades necessárias a isso, manifestaram conhecimentos e habilidades enfatizadas durante todo o curso. Em outras palavras, nada estava sendo cobrado, que não tivesse sido oferecido para estudos desde o início; e os alunos mais próximos do perfil do egresso eram aqueles que tinham seguido as orientações dadas, desde o início do curso.

Com respeito ao formato e às cobranças das provas realizadas, no primeiro semestre, com a ausência dos instrumentos musicais no polo, esta teve um formato diferenciado dos demais. Tal formato de prova foi apoiado em uma moldura para as questões, compondo-se de exemplos de áudio e de vídeo variáveis, para identificação de exemplos condizentes com a questão, mas diferentes para cada polo, evitando eventuais riscos de cola e estimulando as trocas de materiais de referência. Nos semestres II a VIII, o formato das provas N2, todas sempre realizadas nos polos, teve evoluções que favoreceram uma avaliação individual mais fidedigna. Tais provas possuíam repertório em três níveis diferentes de dificuldade, consequentemente, resultando também em conceitos diferentes, correlacionando-os ao grau de dificuldade em que o aluno optava ou conseguia realizar satisfatoriamente. Esses níveis, a partir do semestre III se constituíram em C1, C2, B1, B2, A1 e A2, e em alguns semestres um dos dois pontos de cada nível foi sorteado e em outros semestres, sem tal exigência. Os critérios de avaliação também foram ficando mais explícitos, a cada semestre, mesmo estes sendo cobrado inicialmente de uma forma menos exigente, mas mostrando ao aluno a forma em que deveria realizar sua performance nas gravações das N2. Nessas cobranças naturais em aclive de dificuldades, alguns alunos, por motivos diversos, foram desligados do curso, sendo por desistência e reprovações, pois não correspondiam às habilidades exigidas.

2 RESULTADOS DE AVALIAÇÃO

Este segundo capítulo busca atender ao Objetivo Específico 2: Tabelar e analisar o histórico de rendimento musical instrumental – Teclado, obtido pelos alunos, ao longo do percurso do curso desenhado pelas avaliações N2, no PROLICENMUS.Também é tratado neste capítulo a relação de conceitos atribuídos pela UFRGS e como isso se deu em relação às notas colocadas nas planilhas de avaliação N2, que eram convertidas automaticamente em conceitos A, B, C, D, FF e NI. Ante o exposto, nessa forma de conversão em que números e letras se correspondiam, o professor da ID tinha total autonomia para concordar com o resultado dessa forma automática ou ainda, mediante o perfil e rendimento do aluno, modificar seu conceito. Estão descritos também, aqui, os três conceitos semestrais que geravam o conceito final – N1, N2, N3, com seus objetivos, procedimentos e focos específicos –, mas como enfoque desta pesquisa, teremos a N2. No decorrer deste capítulo, é apresentada a sistematização desses conceitos de modo geral e um mapeamento dos conceitos N2 obtidos pelos alunos, em Teclado.

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