• Nenhum resultado encontrado

No setor de sorvetes e sobremesas congeladas, um dos problemas enfrentados é a concorrência. Neste sentido, a empresa pesquisada tem buscado meios para que os seus preços de vendas se mantenham competitivos e os produtos com a mesma qualidade.

A empresa pesquisada utilizava para o lançamento ou relançamento dos seus produtos, o custeio padrão como método de apuração do custo, direcionando todos os custos para o produto e somente no final deste processo que se calculava o preço de venda. Esse processo é muito comum em algumas empresas, mas na empresa pesquisada, inviabilizava alguns projetos

O enfoque principal deste trabalho conforme o objetivo geral, foi otimizar a estrutura de custos para viabilizar o relançamento de uma linha de produtos. Para isso, utilizou-se a GEC que abordou, de maneira especial, o custeio-alvo, com seus princípios e a forma pela qual o processo de implantação deste artefato, em uma linha de pote de sorvetes de pote de 1 litro.

Uma vez definido o custo-alvo como principal ferramenta para a otimização da estrutura de custos, os esforços foram focados na solução, para viabilizar o relançamento da linha de sorvetes de pote de 1 litro.

Para sequência desta pesquisa, três fases foram realizadas no processo do custeio-alvo: 1) Estabelecimento do custo máximo admissível; 2) Determinação do custo-alvo e 3) Processo de eliminação ou, se necessário, aumento do custo-alvo.

No primeiro passo realizado, foi o estabelecimento do custo máximo admissível, para isso foi necessário conhecer o preço alvo e a margem alvo.

Para o preço alvo, a empresa posicionou o preço de venda dos seus clientes para o consumidor final, em 20% abaixo do preço do seu principal concorrente, este posicionamento de mercado é utilizado como estratégia comercial.

Com relação a margem alvo, foi necessário a demonstração de resultado de modo inverso, uma vez que apenas a margem operacional líquida era conhecida. Neste estudo, a diretoria não permitiria o relançamento do produto com margem operacional líquida inferior a 10%, comparada ao preço de venda bruto.

Nesse sentido, foi possível estabelecer o custo máximo admissível, que é a diferença entre o preço alvo e a margem alvo.

Para o segundo passo realizado que foi a determinação do custo-alvo, os esforços foram concentrados em estruturar o custo estimado para que ele ficasse igual ou abaixo do máximo permitido, a fim de não comprometer a margem alvo desejada. Para isso foi necessário a EDP, para levantar os custos reais de mão de obra direta e indireta, o material aplicado direto ou indireto e os gastos gerais de fabricação.

Uma vez calculado o custo estimado, foi possível determinar o custo-alvo que é a diferença entre o custo estimado e o custo máximo admissível.

Neste sentido, como o resultado apresentado do custo-alvo foi maior do que o esperado pela empresa, foi necessário iniciar o terceiro passo deste trabalho, que foi a eliminar ou otimizar o máximo de custo possível para viabilizar o relançamento da linha de produto.

No terceiro passo, iniciou o processo de otimização ou eliminação dos custos, utilizando o conhecimento das áreas envolvidas.

Para a eliminação do custo estimado calculado, sem alterar a qualidade, as pessoas envolvidas na análise dos materiais utilizados nesta linha de produto decidiram que os fornecedores de materiais não seriam, a princípio, questionados quanto a seus custos. A Indústria tem a preocupação de colocar em seus produtos materiais de qualidade e, para tanto, possui fornecedores de confiança.

Neste sentido, a MOD e o CIF não foram alvo da otimização ou eliminação desta linha de produto, porque já foram objetos de redução no passado.

Assim, o foco para otimizar o custo estimado foi na revisão da estrutura dos materiais diretamente aplicado nesta linha de produto, para que o custo máximo admissível fosse alcançado ou aproximado. Foi considerado apenais os materiais diretamente aplicados, por representarem mais de 60% da totalidade dos custos.

Considerando que o custo máximo admissível não tinha sido alcançado no primeiro momento, foi possível, por meio da aplicação da revisão da estrutura de custos, otimizá-la, para decompor o produto em atributos/funções e eliminar o custo- alvo, chegando assim muito próximo ao custo máximo admissível.

Depois de todo o processo realizado, pode-se dizer que os princípios do custeio-alvo podem ser aplicados em indústrias de sorvetes para otimizar a estrutura de custos e viabilizar o seu lançamento ou relançamento.

Pode-se considerar como uma limitação teórica a utilização apenas da técnica do custeio-alvo como a teoria central do estudo. Entretanto o objetivo foi explorar esta teoria em uma pesquisa-ação numa indústria de sorvetes, tendo em vista sua relevância para estudos em que o preço de venda é determinante para a composição do custo. Também é considerada como uma limitação do estudo, a não realização da pesquisa de mercado, para levantar informações sobre as necessidades e os desejos dos consumidores, e assim, definir o mercado e o nicho onde a empresa irá atuar.

Uma limitação significativa foi considerar, para efeito da otimização da estrutura de custos, apenas os materiais diretamente aplicados e a não aplicação da técnica do custeio-alvo para o CIF e a mão de obra diretamente ou indiretamente aplicada.

Ainda como limitação, foi considerar a técnica do custeio-alvo apenas para a linha de potes de sorvetes de 1 litro econômica, para atender as classes C, D e E, e a não aplicação da técnica para a linha de potes de sorvetes de 1 litro premium, que visa atender os públicos A, B e uma minoria do público C.

De modo geral, este estudo aprofundou de forma sensível os conceitos empregados relacionados à otimização da estrutura de custos, para viabilização do relançamento de uma linha de produtos, em uma Indústria de sorvetes. Outros estudos ainda são necessários para que esta teoria seja consolidada devido ao fato de ser relativamente recente e pela falta de estudos empíricos referentes à mesma.

A partir deste estudo, sugere-se outros estudos mais aprofundados utilizando a otimização da estrutura de custos, para viabilização do lançamento ou relançamento de produtos. Nesta pesquisa, a otimização da estrutura de custos se mostrou como uma opção estratégica bastante adequada para a indústria de sorvetes pesquisada e assim, podendo ser utilizada em futuras pesquisas realizadas em outros ramos de atividades.

Também se julga relevante a realização de estudos adicionais que analisem de forma mais aprofundada a viabilidade de se desenvolver de forma mais

adequada e planejada o processo de custeio na empresa pesquisada. Justifica-se então, uma pesquisa de viabilidade para implementação da otimização da estrutura de custos para as demais linhas de produtos na empresa pesquisada e ainda, a implementação do custo-alvo na empresa como um todo.

REFERÊNCIAS

ABIS, Associação Brasileira das Industrias e do Setor de Sorvetes. Estatística.

Disponível em: <

http://www.abis.com.br/estatistica_producaoeconsumodesorvetesnobrasil.html > acesso em maio de 2016.

ALMEIDA, Lauro Brito de; GARCIA, Regis. A possível inadequação do Custeio Meta pós-estágio de engenharia e desenvolvimento de produtos: uma evidência empírica. Revista de Estudos Contábeis. v. 2, n. 2, p. 3-20, 2011.

ANSARI, Shahid L., BELL, Jan E. e CAM-I Target Cost Core Group. Target Costing: The Next Frontier in Strategic Cost Management. Chicago, IL: Irwin Professional Publishing, 1997.

BALBINOT, Patrícia. Gestão de custos e formação do preço de venda em uma lanchonete no município de Sarandi/RS. 2014. 101 f. Monografia (Bacharel em Ciências Contábeis) – Universidade de Passo Fundo, Sarandi, 2014.

BERTUCCI, Carlos E. Custeio-alvo na Industria Brasileira de Auto Peças. Sao Paulo, 2008. Dissertação (Mestrado em Controladoria e Contabilidade) – Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo, São Paulo, 2008.

BRASIL. Lei 6.374, de 01.03.1989. Dispõe sobre o Regulamento do Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação - RICMS, aprovado pelo Decreto 45.490, de 30.11.2000.

______. Portaria CAT nº 92, de 30.08.2016 - DOE SP de 31.08.2016. Dispõe sobre a divulgação dos valores para base de cálculo da substituição tributária de sorvetes e acessórios. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 31 ago. 2016. Disponível em <http://www.jusbrasil.com.br/diarios/DOSP/2016/08/31> acesso em: 14 nov. 2016. BUTSCHER, Stephan A. et al. Market-Driven - Product Development - Using Target Costing to Optimize Products and Prices. Marketing Management Journal. USA. Summer. p.48-53. 2000.

CAMACHO, R. R. Custeio-alvo em serviços hospitalares: um estudo sob o enfoque da gestão estratégica de custos. São Paulo, 2004. 166 f. Dissertação (Mestrado em

Controladoria e Contabilidade) – Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo, São Paulo, 2004.

CAMACHO, Reinaldo Rodrigues; ROCHA, Wellington. Custeio-alvo em serviços hospitalares um estudo sob o enfoque da Gestão Estratégica de Custos. Rev. Cont. Fin. v. 19, n. 47, p. 19-30, 2008.

CAMACHO, Reinaldo Rodrigues; ROCHA, Wellington. Custeio-alvo: uma abordagem conceitual e utilitarista. Rev. Enf. Ref. Cont. v. 26, n. 3, p. 28-38, 2007.

CHURCHILL JR., G.A. Marketing research: methodological foundations. Chicago: The Dryden Press, 1987

CLARK, K.B.; CHEW, W.B.; FUJIMOTO, T. Product Development in the World Auto Industry - Comments and Discussion. Brookings Papers on Economic Activity. Washington, 1987. p.729-81.

CLARK, K. B.; WHEELWRINGHT, S. C. Managing new product and process development: text and cases. New York: Free Pres, 1993.

COMITÊ DE PRONUNCIAMENTO CONTÁBEIS – CPC 26 (R1) – Apresentação das Demonstrações Contábeis. Brasilia, 02 de dezembro de 2011. Disponível em: < http://www.cpc.org.br/CPC/Documentos-

Emitidos/Pronunciamentos/Pronunciamento?Id=57> Acesso em: 14 nov. 2016. COOPER, Robin; SLAGMULDER, Regine. Target costing and value engineering. Portland, OR: Productivity Press, 1997.

COOPER, R.G.; EDGETT, S.J.; KLEINSCHMIDT, E.J. Optimizing the Stage-Gate Process: What Best Practices Companies Are Doing – Part II. Research Technology Management 45, 6, Nov-Dec 2002, p.43-9.

CRUZ, Cássia Vanessa Olak Alves; ROCHA, Wellington. Custeio-alvo: reflexões sobre definições, finalidades e procedimentos. Revista Contemporânea de Contabilidade. v. 1, n. 10, p. 31-51, 2008.

DE MORO, Wellington Joaquim. O custeio-alvo como metodologia para definição e controle dos custos de produtos em desenvolvimento: o caso da indústria automobilística brasileira. 2003. 139 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia de Produção) – Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2003.

FREITAS, Thiago Antonio Pacanaro Andrade. Muito Prazer! Target Costing... Congresso USP Controladoria e Contabilidade. 2004.

GARCÍA, M. (2003) “La Gerencia Estratégica de Costos y la Generación de Valor en las Empresas”. Comunicação apresentada no VIII Congreso del Instituto Internacional de Costos, Noviembre, Uruguay.

GAVIRA, M.; FERRO, A.F.P.; ROHRICH, S.S.; QUADROS, R. Gestão da Inovação Tecnológica: Uma Análise da Aplicação do Funil de Inovação em uma Organização de Bens de Consumo. Revista de Administração Mackenzie. Vol. 8, N.1, 2007, p. 77-107.

GIL, Antonio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. São Paulo: Atlas, 1999.

GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2008.

GOMES, Amanda de Matos Cerqueira; COLAUTO, Romualdo Douglas; MOREIRA, Rafael de Lacerda. Target Costing como instrumento estratégico para a formação do preço de venda na produção por encomenda: o caso de uma indústria de plásticos moldados. Revista del Instituto Internacional de Costos. n. 5, p. 213-233, 2009. HANSEN, D. R.; MOWEN, M. M.. Cost management: accounting and control. 3 ed. Ohio: South-Western College Publishing, 2000.

HANSEN, J. E. Aplicação do custeio-alvo em cursos de pós-graduação lato sensu: um estudo sob o enfoque da gestão estratégica de custos. São Paulo, 2002. Dissertação (Mestrado em Controladoria e Contabilidade) – Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo, 2002.

HORNGREN, Charles T.; FOSTER, George; DATAR, Srikant. Contabilidade de custos, uma abordagem gerencial 11. ed. São Paulo: Prentice Hall, 2004

IBE - FGV, Institute Business Education – Fundação Getulio Vargas. Sazonalidade

no mercado de sorvetes. Disponível em: <

http://www.ibe.edu.br/diversificacao-do-portfolio-e-saida-para-driblar-a-sazonalidade-

do-mercado-de-sorvetes/ >

IOB – Informações Objetivas. Produtividade – qualidade na empresa moderna – como desenvolver produtividade, lucratividade e rentabilidade. Coleção Empresarial. Eduardo Bonetti. São Paulo: IOB, 1999.

JACOBSEN, Paulo. Otimização de custos e recursos – como desenvolver um programa de produtividade e qualidade. 3. ed. Rio de Janeiro: COP, 1993.

JOHNSON, H. T.; KAPLAN, R. S.. Relevance lost: the rise and fall of management accounting. Boston: Harvard Business Scholl Press,1991.

JORDAN, H.; NEVES, J.; RODRIGUES, J. (2002) “O Controle de Gestão ao Serviço da Estratégia e dos Gestores”, Áreas Editora, Lisboa.

LACERDA FILHO, Luiz; ANTONELLI, Gilberto Clóvis. Análise de custos de produção em uma sorveteria: estudo de caso. Revista Produção Industrial & Serviços. v. 1, n. 1, p. 60-73, 2014.

LEITE, J. (2000) “Contabilidade de Gestão Contingencial: Uma Perspectiva Estratégica”. Comunicação apresentada no VIII Congresso de Contabilidade e Auditoria, Maio, Aveiro.

LEMOS JUNIOR, Luis Carlos; COLAUTO, Romualdo Douglas. Target Costing e custeio direto em instituição confessional de ensino: uma aplicação no curso de graduação em administração. Revista Espacios. v. 34, n. 1, 2013.

LIMA, Helena Mara Oliveira; BRANDÃO, Isac de Freitas. Uma análise comparativa da aplicação dos métodos de custeio tradicionais e do ABC (Activity Based Cost) em uma empresa de pequeno porte de produção de sorvetes. XVI Congresso Brasileiro de Custos. Fortaleza, 2009.

LINHARES, Robson de Souza. O Target Costing aplicado a uma empresa do setor frigorífico no Espirito Santo. Congresso Brasileiro de Custos X, Guarapari, 2003. MARINHO, S. (1999) “Utilização do Conceito da Gestão Estratégica de Custos Dentro do Balanced Scorecard”. Dissertação de Mestrado. Universidade Federal de Santa Catarina. Brasil.

MASSUDA, J.; MARTÍNS, V.; REIS, E. (2003) “O Ambiente Empresarial e a Gestão Estratégica de Custos”. Comunicação apresentada no VIII Congreso del Instituto Internacional de Costos, Noviembre, Uruguay.

MIGUEL, José. Projeto de Implantação de Industria de Sorvete. 2010. 84 f. Projeto. Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2010.

MONDEN, Y. Sistemas de redução de custos: custo-alvo e custo kaizen. Porto Alegre: Bookman, 1999.

ONO, Koki; JUNIOR ROBLES, Antonio. Utilização do Target Costing e de outras técnicas de custeio: um estudo exploratório em municípios de Santa Catarina. Revista Contabilidade & Finanças. Edição especial, p. 65-78, 2004.

PADILHA, Gisele Rech. Boas Práticas de fabricação em indústria de gelados comestíveis como pré-requisito para implantação do sistema APPCC. 2011. 65 f. Monografia (Tecnologia em Alimentos) – Instituto Federal do Rio Grande do Sul, Bento Gonçalves, 2011.

PETER, Maria da Glória Arraes; ARAUJO, Maria das Graças Arraes; ABREU, Cláudia Buhamra. Target Costing: A utilização do Método do Custeio-Alvona precificação de produtos novos. Abepro – Enegep, 2001.

PRATES, Glaucia Aparecida. Métodos de Custeio – Alvo (Target Costing) e Kaizen (Kaizen Costing) apoiado por QFD (Quality Function Deployment) como ferramentas para redução de custos no desenvolvimento de produtos e na produção. Nucleus. v. 11, n. 1, p. 7-20, 2014.

ROCHA, Welington. MARTINS, Eric Aversari. Custeio-alvo (target costing). V Congresso Brasileiro de Gestão Estratégica de Custos. p. 1098-1114, Fortaleza, 1998.

ROCHA, W.; MARTINS, E. A. Custeio-Alvo (“Target Costing”). Revista Brasileira de Custos, São Leopoldo, v. 1, n. 1, p.83-94, 1º semestre, 1999.

ROGERS, D.M.A. The challenge of fifth generation R&D. Research Technology Management. Arlington, Jul/Aug 1996. Vol. 39, Num. 4, p. 33.

SAKURAI, M. Gerenciamento integrado de custos. São Paulo: Atlas, 1997.

SCARPIN, J. E. “Target Costing” e sua utilização como mecanismo de formação de preços para novos produtos. Londrina, 2000. Dissertação (Mestrado em Contabilidade) – Universidade Norte do Paraná.

SILVA, C. (1999) “Gestão Estratégica de Custos: O Custo Meta na Cadeia de Valor”, Revista FAE, 2(2): 17-26.

SOARES, Fernando Rui Moraes. O Custo-alvo Ferramenta de Gestão Estratégica. 2009. 77 f. Tese (Mestrado em Contabilidade) – Universidade do Porto, Porto, 2009. SHANK, J. K.. Analyzing technology investments – from NPV to Strategic Cost Management (SCM). Management Accounting Research. v. 7, 1996. p. 185-197. SHANK, J.; GOVINDARAJAN, V. (1997) “A Revolução dos Custos: Como Reinventar e Redefinir sua Estratégia de Custos para Vencer em Mercados Crescentemente Competitivos”, Editora Campus, Brasil.

SLAVOV, T. N. B (2013). Gestão estratégica de custos: uma contribuição para a construção de sua estrutura conceitual. Tese de Doutorado, Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade, Universidade de São Paulo, São Paulo. SUPERHIPER. São Paulo, Ano 41, n. 474, dez/2015. Disponível em <http://abrasnet.com.br/edicoes-anteriores/Main.php?MagID=7&MagNo=170>

acesso em 16 nov. 2016.

TALIANI, E. (2002) “Gestión Estratégica de Costes”, Boletín AECA, 60: 49-51. THIOLLENT, Michel. Metodologia da pesquisa - ação. 2. ed. São Paulo: Cortez, 1986.

TOMAIN, L. F.; ANDRADE, H. V. Caracterização da etapa de homogeneização como um ponto crítico de controle na fabricação de gelados comestíveis. Cadernos de Pós- Graduação da FAZU. v. 1, 2011.

WONG, M. (1996) “Strategic Cost Management”, Management Accounting, 74(4): 30-31.

Anexo 1 – Regulamento técnico para fixação de identidade e qualidade de gelados comestíveis, preparados, pós para o preparo e bases para gelados comestíveis

Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br

Consulta Pública nº 28, de 01 de junho de 2000

A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária no uso da atribuição que lhe confere o art.11, inciso IV, do Regulamento da ANVS aprovado pelo Decreto 3.029, de 16 de abril de 1999, c/c o § 1o do Art. 95 do Regimento Interno aprovado pela Resolução nº1, de 26 de abril de 1999, em reunião realizada em 31 de maio de 2000, considerando a necessidade de constante aperfeiçoamento das ações de controle sanitário na área de alimentos, visando a proteção à saúde da população; considerando a necessidade de fixar a identidade e as características mínimas de qualidade a que devem obedecer os Gelados Comestíveis, Preparados, Pós para o Preparo e Bases para Gelados Comestíveis, adota a seguinte Consulta Pública e eu, Diretor-Presidente, determino a sua publicação:

Art. 1o Fica aberto, a contar da data de publicação desta Consulta Pública, o prazo de 40 (quarenta) dias para que sejam apresentadas críticas e sugestões relativas à proposta de Regulamento Técnico para a Fixação de Identidade e Qualidade de Gelados Comestíveis, Preparados, Pós para o Preparo e Bases para Gelados Comestíveis, em Anexo.

Art. 2o Informar que as sugestões deverão ser encaminhadas por escrito para o seguinte endereço: "Agência Nacional de Vigilância Sanitária, SEPN 515, Bloco "B", Ed. Ômega, 3o andar, Asa Norte, Brasília, DF, CEP 70.770-502 ou Fax: (0XX61)448-1127 ou E-mail: diali@saude.gov.br".

Art. 3o Findo o prazo estipulado no Art.1o, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária articular- se-á com os órgãos e entidades envolvidos e aqueles que tenham apresentado interesse na matéria para que indiquem representantes nas discussões posteriores, visando a consolidação do texto final.

Gonzalo Vecina Neto

ANEXO Regulamento Técnico para Fixação de Identidade e Qualidade de Gelados Comestíveis, Preparados, Pós para o Preparo e Bases para Gelados Comestíveis

1.

ALCANCE

1.1. Objetivo: fixar a identidade e as características mínimas de qualidade a que devem obedecer os Gelados Comestíveis, pré-embalados ou não, Preparados, Pós para o Preparo e Bases para Gelados Comestíveis.

1.2. Âmbito de Aplicação: aplica-se aos Gelados Comestíveis, Preparados, Pós para o Preparo e Bases para Gelados Comestíveis, conforme definido no item 2.1.

2. DESCRIÇÃO 2.1. Definições

2.1.1. Gelados Comestíveis: são produtos alimentícios obtidos a partir de uma emulsão de gorduras e proteínas, com ou sem adição de outros ingredientes e substâncias, ou de uma mistura de água, açúcares e outros ingredientes e substâncias que tenham sido submetidas ao congelamento, em condições tais que garantam a conservação do produto no estado congelado ou parcialmente congelado, durante a armazenagem, o transporte e a entrega ao consumo, classificados conforme o item 2.2.

2.1.2. Preparados para Gelados Comestíveis: são os produtos líquidos que contém todos os ingredientes necessários em quantidades tais que, quando submetidos ao congelamento, o alimento resultante obedeça a uma das classificações previstas no item 2.2.

2.1.3. Pós para o Preparo de Gelados Comestíveis: são os produtos constituídos por uma mistura de pós de vários ingredientes e aditivos, destinados ao preparo de gelados comestíveis pela adição de água e ou leite, que resultem em um produto que atenda a uma das classificações previstas no item 2.2.

2.1.4. Bases para Gelados Comestíveis: são os produtos constituídos de estabilizantes e ou emulsionantes e espessantes, podendo conter outros aditivos e ingredientes necessários à obtenção de um produto que atenda a uma das classificações previstas no item 2.2., mediante a adição de água e/ou leite e outros ingredientes necessários à obtenção do produto final. 2.2. Classificação

2.2.1.Quanto a composição básica, conforme prevista na Tabela 1:

2.2.1. 1.Sorvetes de creme: são os produtos elaborados basicamente com leite e ou derivados lácteos e ou gorduras comestíveis, conforme previstos na Tabela 1, podendo ser adicionado de outros ingredientes alimentares.

2.2.1.2.Sorvetes de leite: são os produtos elaborados basicamente com leite e ou derivados lácteos conforme previstos na Tabela 1, podendo ser adicionados de outros ingredientes alimentares.

2.2.1.3.Sorvetes: são os produtos elaborados basicamente com leite e ou derivados lácteos e ou outras matérias-primas alimentares e nos quais os teores de gordura e ou proteína são total ou parcialmente de origem não láctea, conforme previstos na Tabela 1, podendo ser adicionados de outros ingredientes alimentares.

2.2.1.4.Sherbets: são os produtos elaborados basicamente com leite e ou derivados lácteos e ou outras matérias-primas alimentares e que contém apenas uma pequena proporção de gorduras e proteínas as quais podem ser total ou parcialmente de origem não láctea, conforme previstos na Tabela 1, podendo ser adicionados de outros ingredientes alimentares.

2.2.1.5.Gelados de Frutas ou Sorbets: são produtos elaborados basicamente com polpas, sucos ou pedaços de frutas e açúcares conforme previstos na Tabela 1, podendo ser adicionados de outros ingredientes alimentares.

2.2.1.6.Gelados: são os produtos elaborados basicamente com açúcares, podendo ou não

Documentos relacionados