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Com base nos dados apresentados observa-se que o uso de imagens durante o processo de letramento de crianças surdas favorece a interação com os pares, assim como o desenvolvimento da narrativa. Mas, para que o uso das imagens seja favorável à aprendizagem estas devem ser utilizadas de maneira que não sejam vistas apenas como um recurso, mas necessárias à educação de surdos e ouvintes.

Foi possível perceber durante a realização do trabalho que a leitura de imagens não acontece de maneira natural, mas, direcionada pelo professor que deve saber o que está propondo em matéria de interpretação da imagem, o que contribuirá para a construção de conhecimento do aluno.

A interdisciplinaridade na escola é altamente importante, devido ao fato que a disciplina de artes ainda é desvalorizada perante as outras disciplinas, o trabalho conjunto com arte educadores tende a favorecer uma boa escolha e uso das imagens.

Nas salas de aula deve haver uma seleção dos ilustradores e autores de textos infantis que possam favorecer a criatividade das crianças. O contato com obras de arte, ida a museus, por exemplo, facilitaria as escolhas do professor.

O uso de diferentes tipos de arte também favorece a interação e o conhecimento dos alunos, diferentes gêneros textuais, imagens, filmes, teatro, são exemplos de recursos valiosos para a arte e que podem ser usados para diversificar as aulas.

Apesar de existir a necessidade de utilizar com mais frequência e coerência as imagens, esse uso deve ser criterioso para ser eficaz no processo de aprendizagem.

Hoje, com acesso fácil à internet, se utiliza imagens que podem influenciar de forma negativa o processo de criação dos alunos, portanto, é preciso que os educadores busquem conhecimento teórico e prático sobre arte e educação. O entendimento sobre a importância de se fazer um bom uso das imagens é crucial e determinante, os educadores precisam refletir sobre o papel e uso da imagem na educação.

Os alunos também podem ser incentivados a levar para a sala de aula imagens que façam parte do seu cotidiano, os professores podem utilizá-las na criação de atividades que chamem a atenção desses alunos.

Nesta pesquisa foi possível observar a escolha das imagens feita pelas professoras, tanto a professora surda quanto a professora ouvinte buscavam imagens do cotidiano das crianças, para que elas pudessem fazer uma melhor relação com o conteúdo a ser trabalhado em sala de aula. As duas professoras mostraram entender a necessidade do uso das imagens no processo de aprendizagem dos alunos e o faziam de forma corriqueira.

Essas imagens eram retiradas principalmente da internet, baseadas nos conhecimentos das professoras, em relação ao tipo de imagem ideal, tamanho, resolução e objetivo.

A partir dos desenhos expostos nesse trabalho podemos refletir sobre a necessidade de as crianças poderem desenhar com mais frequência em sala de aula, e explorar os recursos da área de artes, serem incentivadas a criar, a se divertir e a utilizarem as imagens e desenhos como forma de comunicação

É preciso pensar a escrita como autônoma da fala e somente como grafocêntrica. A criatividade das crianças deve ser sempre levada em conta e o adulto será mediador de todo o processo de criação.

Alunos surdos, em processo de aquisição de linguagem, fazem uso com frequência do desenho como forma de comunicação e expressão do pensamento.

Foi possível observar durante a pesquisa uma forte tendência das crianças em descrever as imagens utilizadas nas atividades, sem ter relação umas com as outras, não se fazendo a construção de um texto. A partir desses achados podemos refletir sobre a importância do domínio da leitura para todos os sujeitos. A leitura permite um vasto entendimento de mundo, as crianças devem ser expostas aos livros desde cedo, para que criem um vínculo com o mundo das palavras e aprendam a ler e interpretar os textos, ou seja, que sejam efetivamente letradas.

O fato de elas ainda não terem fluência na língua de sinais faz com que a interação seja prejudicada por conta de restrição de vocabulário. As crianças tendem a fazer apontamentos e até mesmo usar do desenho para se fazer entender. Com isso pode-se perceber o quanto uma língua comum é importante dentro de um grupo. As crianças da pesquisa estão em processo de aquisição desta língua.

Sendo o uso de imagens o objeto de estudo desse trabalho, retoma-se a necessidade de estudar as imagens como texto, pensando que elas estão presentes no nosso dia-a-dia, seja através de placas, propagandas ou desenhos. A imagem muitas vezes preenche as lacunas dos textos escritos, favorecendo o nosso imaginário e criando a linguagem não verbal.

Com base nos dados da pesquisa pode-se dizer que as crianças não estavam alfabetizadas, pensando que a alfabetização só é contemplada quando se tem as habilidades adquiridas em leitura, escrita e as quatro operações matemáticas. O processo de letramento também não estava todo estabelecido.

A escola em que foi realizada a pesquisa conta com a interação surdo/ surdo diariamente, o que muito contribui para a aquisição de LS. E se utiliza continuamente da imagem na interação com professores e com os pares na construção de conhecimento.

A interação com as crianças permitiu verificar o quanto uma língua comum a um grupo é importante, e o quanto a falta dela traz prejuízos em relação à socialização, comunicação e à aprendizagem. Foi possível perceber como as crianças usam as imagens e o quanto elas ainda as descrevem, sem construir uma narrativa.

A importância de se trabalhar com instrumentos que possibilitem ao sujeito se tornar letrado é de suma importância, já que a participação na sociedade é direito e dever de todos os cidadãos. O ser social a partir das vivências do dia a dia tem a possibilidade de interagir, refletir e opinar frente à sua comunidade, família e outros grupos de convivência.

O letramento visual deve ser incentivado nas salas de aula, especialmente com alunos surdos, pois eles significam a imagem de um jeito próprio com base na experiência visual que adquirem, favorecendo o processo de aprendizagem.

Pretende-se com essa pesquisa abrir diálogos para que outros profissionais da educação possam refletir sobre as práticas do ensino básico para a criança surda, repensando o uso efetivo da imagem e o significado do letramento visual na educação de surdos e ouvintes.

A realização desse estudo nos mostra o quão necessário é o estudo sobre as imagens, para que esse uso possa ser efetivo, possibilitando que as crianças surdas tornem-se letradas.

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7 APÊNDICE

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TCLE)

Questões de letramento: uma experiência com crianças surdas em um centro de atendimento educacional especializado

Pesquisadora responsável: Karina Vieira dos Reis Número do CAAE: 32213414.6.0000.5404

Você está sendo convidado a participar como voluntário de um estudo. Este documento, chamado Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, visa assegurar seus direitos como participante e é elaborado em duas vias, uma que deverá ficar com você e outra com o pesquisador.

Por favor, leia com atenção e calma, aproveitando para esclarecer suas dúvidas. Se houver perguntas antes ou mesmo depois de assiná-lo, você poderá esclarecê-las com o pesquisador. Se preferir, pode levar para casa e consultar seus familiares ou outras pessoas antes de decidir participar. Se você não quiser participar ou retirar sua autorização, a qualquer momento, não haverá nenhum tipo de penalização ou prejuízo.

Justificativa e objetivos:

Diante das dificuldades encontradas no processo de escolarização de alunos surdos inseridos na rede regular de ensino, faz-se pertinente buscar respostas para as dúvidas que cercam o ensino/aprendizagem, mais especificamente o processo de alfabetização/letramento dessas crianças.

Este estudo tem como objetivo investigar sobre o uso de imagens (desenhos, figuras) no processo de letramento de crianças surdas do centro de atendimento educacional especializado no município de Poços de Caldas, Minas Gerais.

Procedimentos:

Participando do estudo seu filho será convidado a fazer parte das atividades de leitura e escrita desenvolvidas em sala de aula. Serão atividades de interação em grupo no decorrer dos atendimentos já realizados com as crianças no Centro Municipal de Atendimento Educacional Especializado, as quais serão observadas e filmadas pelo pesquisador.

Desconfortos e riscos:

Durante as atividades que serão desenvolvidas nos atendimentos em grupo não se prevê nenhum risco ou desconforto, pois os alunos estarão inseridos em um contexto já conhecido por eles. Caso haja algum desconforto em relação às filmagens a criança poderá ser retirada da atividade.

Benefícios:

Os benefícios referentes à pesquisa consistem em encontrar novos caminhos para o processo de alfabetização/letramento de surdos. Para os alunos será uma oportunidade de participar de atividades diferenciadas e prazerosas para um efetivo letramento.

Sigilo e privacidade:

Você tem a garantia de que a identidade do seu filho (a) será mantida em sigilo e nenhuma informação será dada a outras pessoas que não façam parte da equipe de pesquisadores. Na divulgação dos resultados desse estudo, seu nome não será citado.

Ressarcimento:

A participação é totalmente voluntária e estará isenta de despesas. Cabe informar que o(a) senhor(a) responsável pela criança não terá benefício direto com esse estudo, mas poderá colaborar para os resultados acadêmicos da pesquisa. A pesquisa será realizada durante a rotina do participante que frequenta os atendimentos no Centro de Atendimento Educacional Especializado, nas quartas-feira.

Armazenamento de material:

As filmagens e registros das observações serão armazenados no Centro de

Estudos e Pesquisas em Reabilitação “Prof. Dr. Gabriel Porto” – CEPRE/FCM/Unicamp, por tempo indeterminado, por se caracterizar como material permanente da instituição.

Contato:

Em caso de dúvidas sobre o estudo, você poderá entrar em contato com os pesquisadores Karina Vieira dos Reis e Zilda Maria Gesueli Oliveira da Paz, pelo telefone (19) 3521-8805, no Centro de Estudos e Pesquisas em Reabilitação (Cepre), localizado no endereço rua Tessália Vieira de Camargo, 126 – Cidade Universitária, Campinas, São Paulo. Ou pelo e-mail:

kavieirareis@gmail.com.

Em caso de denúncias ou reclamações sobre sua participação e sobre questões éticas do estudo, você pode entrar em contato com a secretaria do Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da UNICAMP: Rua: Tessália Vieira de Camargo, 126; CEP 13083-887 Campinas – SP; telefone (19) 3521-8936; fax (19) 3521-7187; e-mail: cep@fcm.unicamp.br.

( ) Autorizo meu filho(a) a participar das gravações de imagens durante os atendimentos.

( ) Não autorizo meu filho(a) a participar das gravações de imagens durante os atendimentos.

Consentimento livre e esclarecido:

Após ter sido esclarecido sobre a natureza da pesquisa, seus objetivos, métodos, benefícios previstos, potenciais riscos e o incômodo que esta possa acarretar, aceito participar:

Nome do(a) participante:

(Assinatura do participante ou nome e assinatura do seu responsável LEGAL)

Responsabilidade do Pesquisador:

Asseguro ter cumprido as exigências da resolução 466/2012 CNS/MS e complementares na elaboração do protocolo e na obtenção deste Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Asseguro, também, ter explicado e fornecido uma cópia deste documento ao participante. Informo que o estudo foi aprovado pelo CEP perante o qual o projeto foi apresentado. Comprometo-me a utilizar o material e os dados obtidos nesta pesquisa exclusivamente para as finalidades previstas neste documento ou conforme o consentimento dado pelo participante.

Data:

/ / .

8 ANEXOS ANEXO 1:

Eric desenhando

Daiane desenhando

ANEXO 2:

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