• Nenhum resultado encontrado

CONSIDERAÇÕES FINAIS

No documento Marta Nascimento Moreira.pdf (páginas 144-155)

Quando já não somos capazes de mudar uma situação, somos desafiados a mudar a nós mesmos.

(Frankl, 2001)

Esta pesquisa abordou um assunto complexo, emergente na sociedade contemporânea. O objetivo não foi o de esgotar o tema, mas de levantar questionamentos importantes acerca da Reprodução Assistida Post-Mortem inserindo a Psicologia no diálogo com outros campos da ciência que tomam a frente das discussões.

Quando é proposto estudar um assunto ainda não muito explorado, correm-se riscos. Um deles é o de reduzir o fenômeno a uma explicação. A proposta não era de explicar, mas de apresentar sua complexidade sem chegar a uma conclusão única, ficando evidente a necessidade de outras pesquisas da área que venham a contribuir para a compreensão das implicações subjetivas da criogenia do material genético de um ente querido congelado e seu percurso durante o processo de luto e de decisão.

Inicialmente, as leituras sobre ética, bioética e aspectos jurídicos foram buscadas para compreender o entorno da reprodução assistida post-mortem, o que proporcionou a percepção de um campo emaranhado de dilemas e conflitos fomentando a necessidade de alçar voo nos aspectos psicológicos do assunto. Questões como é ético utilizar o material genético de uma

pessoa falecida para conceber um filho seu?; A legislação do país permite a realização deste procedimento?; O falecido tem voz após sua morte?; Que direitos essa criança terá? Tem direito o sobrevivente de privar esta criança de se desenvolver sem o pai ou mãe?; deram margem para outros questionamentos como: que motivações levam uma pessoa a querer ter

um filho de uma pessoa que faleceu? A quê esta decisão corresponde com a dor vivida pela perda? Que lugar (psicológico) esta criança irá ocupar na vida do enlutado? A serviço do quê ou de quem estará essa criança? Para a Psicologia, era preciso transcender as dualidades provocadas pelos dilemas e ir além, alcançar o tempo subjetivo de uma decisão, os vínculos, as perdas, o luto, sem perder de vista o contexto cultural, histórico, legal, político, econômico que se vive. Como a psicologia pode se inserir e contribuir neste processo?

A possibilidade de dar voz a uma viúva que vivencia esta situação possibilita a diferenciação das discussões que ocorrem no entorno deste tema e, ainda, proporciona reflexões sobre a viúva acerca de seu luto e sua decisão. Foi possível perceber que a decisão

da viúva sobre o que fazer com o sêmen congelado do cônjuge estava relacionado ao seu processo de luto, juntamente com a construção de uma nova identidade. É preciso abrir mão da pessoa que era (com o falecido) para sentir-se a pessoa que é agora (sem o falecido). Tal processo é sofrido, requer tempo e esforços, o que ratifica a necessidade de compreensão da clínica de fertilização que mantêm o material congelado acerca dessas dificuldades, sem pressionar o enlutado a uma decisão.

Neste processo, a escolha pela RAPM faz parte da construção de um significado acerca da perda, faz parte do caminho para a elaboração do luto. Neste contexto, mecanismos de defesa de negação podem ser utilizados como uma maneira de proteger-se do sofrimento que a nova realidade provoca no enlutado, dando espaço para a reprodução assistida ocorrer em função de uma dor, solidão, sofrimento. Isto evidencia a importância de um acompanhamento psicológico durante o processo de decisão da viúva, para que as questões psicossociais subjacentes deste contexto possam ser cuidadas e integradas, havendo uma ponderação acerca dos riscos e benefícios que são obtidos com a escolha.

Discussões acerca de ser delimitado um tempo mínimo para que a reprodução assistida após a morte do cônjuge possa ocorrer foram destacadas neste trabalho a partir da opinião de alguns autores. É importante questionar: para quê a delimitação deste tempo? Esta pesquisa mostra o quanto o tempo real (tempo jurídico) é diferente do tempo psíquico e, por isso, a estipulação de um tempo mínimo para que a RAPM possa ocorrer se faz importante no momento que o enlutado é acompanhado em seu processo de luto e decisão, com o intuito de integrar aspectos da dor da perda e a escolha por ter um filho, visto que esta decisão pode mudar durante o processo de luto. É importante também que discussões acerca da parentalidade sejam aproximadas do enlutado, pois pode ocorrer de os aspectos relacionados ao ser mãe e ser pai naquelas circunstâncias serem esquecidos. Também a informação sobre as questões práticas e legais da reprodução assistida post-mortem precisam ser esclarecidas para o indivíduo neste processo.

Este tempo pode fazer diferença para alguns, mas também pode não ser funcional em casos como o tratado neste estudo, em que a idade do enlutado oferece um fator de risco que ameaça a realização do projeto parental, diante da diminuição da capacidade reprodutiva da mulher. É importante ficar atento a estas questões, bem como a rede de apoio que o enlutado possui para enfrentar a monoparentalidade.

Da mesma maneira que se fala sobre o tempo mínimo para que a reprodução assistida possa ocorrer, pode-se questionar acerca de um tempo para descartar o material genético criopreservado. Ficou evidente neste estudo que o ato de se desfazer do material genético do

cônjuge falecido está relacionado ao vínculo existente entre ambos, sobrevivente e falecido, apesar da ausência física. Assim, o ato de manter ou não o material genético do ente querido falecido funciona como um indicador da vivência do processo de luto. Desta forma, a delimitação de um tempo para que esta decisão seja tomada torna-se um complicador quando não corresponde ao desejo do enlutado e suas percepções de lealdade ao falecido, podendo ser um fator de risco no processo de luto.

Pode-se perceber que estamos tratando de um assunto complexo, inseguro pois não se sabe onde vai chegar. São as revoluções de cunho político, social, econômico do desenvolvimento da ciência, da tecnologia, das biotecnologias causando mudanças em diversas dimensões do humano. A Reprodução Assistida Post-Mortem é uma demanda da sociedade contemporânea e a decisão sobre o que fazer com o material genético criopreservado de um ente querido caracteriza-se como expressão de uma subjetividade imersa nesse novo mundo. A princípio, pode causar estranhamentos, fazendo a sociedade, de um modo geral, sustentar discussões de acordo com as concepções e valores de um mundo que se torna “antigo”, diante da velocidade em que as mudanças ocorrem, dando margem à sentimentos de incerteza, insegurança, falta de credibilidade, pelo próprio desconhecimento acerca das consequências e riscos destas transformações. A RAPM é um novo campo da vida do homem pós-moderno, o que exige uma flexibilidade da sociedade para refletir, questionar e, quem sabe, mudar as concepções e valores acerca da concepção de um filho, família, casamento, reprodução que são diferentes daqueles idealizados e conhecidos.

REFERÊNCIAS

ARIES, P. História social da criança e da família. Rio de Janeiro: Zahar, 1981.

AINSWORTH, M. et al. Patterns of attachment: a psychological study of the strange

situation. Hillsdale: Erlbaum, 1978.

BAHADUR, G. Posthumous assisted reproduction (PAR): cancer patients, potential cases, counselling and consent. Human Reproduction, v. 11, n. 12, p. 2573-2575, 1996.

______. Ethical challenges in reproductive medicine: posthumous reproduction. International

Congress Series, v. 1266, p. 295-302, 2004.

______. Death and conception. Human Reproduction, v.17, n.10, p. 2769–2775, 2002. BARDIN, L. (1977) Análise de conteúdo. Lisboa: Edições, 2003.

BARTHOLOMEW, K.; HOROWITZ, L. M. Attachment styles among young adults: a test of a four-category model. Journal of Personality and Social Psychology, v.61, n.2, p. 226-244, 1991.

BATZER, F.; HURWITZ, J.; CAPLAN, A. Postmortem parenthood and the need for a protocol with posthumous sperm procurement. Fertility and Sterility, v. 79, n. 6, June, p. 1263-1270, 2003.

BERMAN, W. H. ; SPERLING, M. B. The structure and function of adult attachment. In: BERMAN, W.H; SPERLING, M. B. (Eds.). Attachment in adults: clinical and developmental

perspectives. New York: The Guilford Press, 1994, Cap.1, p. 3-25.

BERTHOUD, C. M. E. Re-significando a parentalidade: desafio para toda uma vida. Tese (Doutorado em Psicologia Clínica) – Pontifícia Universidade Católica de São Paulo – PUC/SP, São Paulo, 2000.

BIFULCO, V. A. Psico-oncologia: apoio emocional para o paciente, a família e a equipe no enfrentamento do câncer. In: BIFULCO, V. A. et al. Câncer: uma visão multiprofissional. São Paulo: Minha editora, 2010.

BOWLBY, J. Uma base segura: Aplicações clínicas da teoria do apego. Porto Alegre: Artes Médicas, 1989.

______. (1969) Apego e perda – apego: a natureza do vínculo. 3ª. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2002. v. 1.

______. (1973) Apego e perda - separação: angústia e raiva. São Paulo: Martins Fontes, 2004a. v. 2.

______. (1973) Apego e perda - perda: tristeza e depressão. São Paulo: Martins Fontes, 2004b. v. 3.

______. Formação e rompimento dos laços afetivos. Tradução Álvaro Cabral. 4ª ed. São Paulo: Martins Fontes, 2006.

BRAGA, M. G. R.; AMAZONAS, M. C. L. A. Família: maternidade e procriação assistida.

Psicologia em Estudo, Maringá, v. 10, n. 1, p. 11-18, jan./abr. 2005.

BRASIL. Código Civil. Lei nº 10.406, de 10 de Janeiro de 2002. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/L10406.htm>. Acesso em: 04/06/2012. BRASIL, Ministério da Saúde, Conselho Nacional de Saúde: Sobre pesquisas envolvendo seres humanos, Resolução nº 196/96. Brasília – DF, 1996.

BRAUN, M.; BAIDER, L. Souvenir children: death and rebirth. Journal of Clinical

Oncology, v. 25, n. 34, p. 5525-5527, 2007.

BROMBERG, M. H. P. F. A Psicoterapia em situações de perdas e luto. Campinas: Livro Pleno, 2000.

CARDIN, V.; CAMILO, A. Dos aspectos controvertidos da reprodução assistida post mortem. Revista de Ciências Jurídicas - UEM, Maringá, v.7, n.1, p.119-138, jan./jun. 2009. CARDOSO, L. F. O direito sucessório nas fecundações artificiais post-mortem. Monografia (Trabalho de Conclusão de Curso em Direito) - Universidade Comunitária da Região de

Chapecó, Unochapecó, SC. 2010. Disponível em:

<http://www.unochapeco.edu.br/static/data/portal/downloads/934.pdf>. Acesso em: 9/06/2012.

CARTER, B.; MCGOLDRICK, M. As Mudanças no Ciclo de Vida Familiar: uma estrutura

para a terapia familiar. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2008, Cap. 1, p.7-60.

CASTELLOTTI, D.; CAMBIAGHI, A. S. Preservação da fertilidade em pacientes com câncer. Revista Brasileira de Hematologia e Hemoterapia, São Paulo, n.5, v. 30, p. 406-410, 2008.

CAVAGNA, F. Tratamento da infertilidade – reprodução assistida. In: MELAMED, R. M. et

al. Psicologia e reprodução humana assistida: uma abordagem multidisciplinar. São Paulo: Santos Editora, 2009, p.8-15.

CAVALCANTE, E.; CAVAGNA, M. Fatores de risco e prevenção da infertilidade. In: MELAMED, R. M.; et al. Psicologia e reprodução humana assistida: uma abordagem

multidisciplinar. São Paulo: Santos Editora, 2009, p. 3-7.

CHIZZOTTI, A. Pesquisa qualitativa em ciências humanas e sociais. Petrópolis, RJ: Vozes, 2006.

COLLINS, R. Posthumous reproduction and the presumption against consent in cases of death caused by sudden trauma. Journal of Medicine and Philosophy, v. 30, p. 431–442, 2005.

CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA. Resolução 1.957/10, de 15 de dezembro de 2010. Disponível em: <http://www.portalmedico.org.br/resolucoes/cfm/2010/1957_2010.htm>. Acesso em: 21/01/2011.

CORRÊA, M. C. D. V. Ética e reprodução assistida: a medicalização do desejo de filhos.

Revista Bioética, Brasília, v. 9, n. 2, p. 71-82, 2001.

CORRÊA, M. V. O admirável Projeto Genoma Humano. PHYSIS: Rev. Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 12, n.2, p. 277-299, jul./dez. 2002.

CHRYSSOVERGIS, F. A inseminação artificial post mortem e o reflexo da prática no direito

das sucessões. Monografia (Trabalho de Conclusão de Curso em Direito) - Universidade Federal de Santa Catarina, Santa Catarina, 2000.

DENZIN, N.; LINCOLN, Y. O planejamento da pesquisa qualitativa: teorias e abordagens. Porto Alegre: Artmed, 2008.

DINIZ, D.; GUILHEM, D. O que é Bioética? São Paulo: Brasiliense, 2005.

DOSTAL, J.; UTRATA, R.; LOYKA, S. et al. Post-mortem sperm retrieval in new European Union countries: case report. Human Reproduction, v.20, n.8, p. 2359–2361, 2005.

FEENEY, J.; NOLLER, P. Adult Attachment. Thousand Oaks: Sage Series on Close Relationships, 1996.

FERRAZ, A. C. B. Reprodução humana assistida e suas consequências nas relações de

família. Curitiba: Juruá Editoras, 2009, p. 2-55.

FERDINANDI, M.; CASALI, N. A personalidade do embrião e do nascituro e as implicações jurídicas da reprodução humana assistida no direito brasileiro. Revista jurídica Cesumar, Maringá, v.7, n.1, p. 97-117, jan/jun. 2007.

FIELD, N. P. Whether to relinquish or maintain a bond with the deceased. In: STROEBE, M. et al. Handbook of bereavement research and practice: advances in theory and intervention. Washington: American Psychological Association, 2008, p. 133-162.

FONSECA, J. P. Luto antecipatório: as experiências pessoais, familiares e sociais diante de

uma morte anunciada. São Paulo: Livro Pleno, 2004.

FRALEY, R. C.; SHAVER, P. R. Adult romantic attachment: theoretical developments, emerging controversies, and unanswered questions. Review of General Psychology, v. 4, n. 2, p. 132-154, 2000.

FRANCO, F. L.; OLIVEIRA, J. S. O nascituro e o início da vida. Revista Jurídica Cesumar, Maringá, v. 7, n. 1, p. 241-249, jan./jun. 2007.

FRANCO, M. H. P. (org.) Formação e rompimento de vínculos: o dilema das perdas na

______. Trabalho com pessoas enlutadas. In: CARVALHO, V. et al. (Org.). Temas em psico-

oncologia. São Paulo: Summus, 2008, p. 398-402.

FREITAS, T. R. O uso de argumentos sobre verdade e esperança em campos científicos

controversos: um estudo sobre a veiculação de pesquisas com células-tronco na mídia.

Dissertação (Mestrado em Psicologia Social) – Pontifícia Universidade Católica de São Paulo – PUCSP, São Paulo. 2010.

GASPAROTTO, B.; RIBEIRO, V. Filiação e Biodireito: uma análise da reprodução humana assistida heteróloga sob a ótica do código civil. In: CONGRESSO NACIONAL DO CONPEDI, 17., 2008, Brasília. Anais... Brasília: UFES, 2008.

GIDDENS, A. Mundo em descontrole: o que a globalização está fazendo de nós?. Rio de Janeiro: Record, 2010.

HAZAN, C.; SHAVER, P. Romantic love conceptualized as an attachment process. Journal

of Personality and Social Psychology, v.52, n.3, p. 511-524, 1987.

HIRONAKA, G, M, F, N. As inovações biotecnológicas e o direito das sucessões. Revista

Direitos Culturais, Rio Grande do Sul, v.2, n.3, p. 63-72, dez, 2007.

HOLMES, T. H.; RAHE, R. H. The Social Readjustment Rating Scale. Journal of

Psychosomatic Research, v. 11, p. 213-218, 1967.

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). Comunicação

Social, 12 de novembro de 2010. Disponível em:

<http://www.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/noticia_visualiza.php?id_noticia=1753>, Acesso em 7 de março de 2011.

IMBER-BLACK, E. Os rituais e o Processo de Elaboração. In: WALSH, F.; MCGOLDRICK, M (Org). Morte na Família: Sobrevivendo às Perdas. São Paulo: ArtMed, 1998, p. 229-245. KLASS, D.; SILVERMAN, P. R.; NICKMAN, S. L. Continuing Bonds: New Understandings

of Grief. New York: Routledge, 1996.

KREUZER, H.; MASSEY, A. Engenharia Genética e Biotecnologia. Cap. 1. Porto Alegre: ArtMed, 2002, p. 17-46.

LANDAU, R. Posthumous sperm retrieval for the purpose of later insemination or IVF in Israel: an ethical and psychosocial critique. Human Reproduction, v.19, n.9, p. 1952-1956, 2004.

LOBB, E.; JANSON, L. J. K.; AOUN, S. M. et al. Predictors of complicated grief: a systematic review of empirical studies. Death Studies, v.34, p. 673–698, 2010.

LOPES, H. P. Gerar/ter um filho: o processo de reprodução assistida como inclusão de terceiros. In: MACEDO, R. M. S. Terapia familiar no brasil na última década. São Paulo: Roca, 2008, p. 212-220.

MACEDO, R. M. A família do ponto de vista psicológico: lugar seguro para crescer? Cad.

Pesq., São Paulo, n. 91, p.62-68, nov., 1994.

MAKUCH, M. Y. Gênero e reprodução assistida: novas fases e velhas questões. In: MELAMED, R. M. M.; QUAYLE, J. (Org.). Psicologia em reprodução assistida:

experiências brasileiras. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2006, p. 21-33.

MARCELINO, B. R. Aspectos éticos e jurídicos da reprodução assistida. Monografia (Trabalho de conclusão de curso em Direito) - Centro Universitário “Eurípides de Marília” – UNIVEM, Marília. 2007.

MAZORRA, L. A construção de significados atribuídos à morte de um ente querido e o

processo de luto. Tese (Doutorado em Psicologia Clínica) – Pontifícia Universidade Católica de São Paulo – PUCSP, São Paulo. 2009.

MIKULINCER, M.; SHAVER, P.R. A model of attachment – system functioning and dynamics in adulthood. In: MIKULINCER, M.; SHAVER, P. R. Attachment in adulthood:

structure, dynamics, and change. New York: The Guilford Press, 2007, Cap. 2, p. 29-50. MINAYO, M. C. S. Ciência, técnica e arte: o desafio da Pesquisa Social. In: MINAYO, M. C. S. (Org.). Pesquisa Social: teoria, método e criatividade. Rio de Janeiro: Vozes, 2002.

MORAIS, M. M. A legitimidade sucessória dos filhos havidos por técnicas de reprodução

assistida post-mortem. Monografia (Trabalho de conclusão de curso em Direito) - Universidade de Brasília, Brasília. 2011.

MOSER, A. Biotecnologia e Bioética: para onde vamos?. Rio de Janeiro: Vozes, 2004, p. 17- 305.

OLIVEIRA, F. Engenharia genética: o sétimo dia da criação. São Paulo: Moderna, Cap. 1, p.10-31; Cap. 5, p.82-95; Cap. 12, p. 202-216, 2004a.

OLIVEIRA, E. Sucessão legítima à luz do novo código civil. Revista CEJ, Brasília, n. 27, 57- 63, out./dez. 2004b.

PACKMAN, W.; HORSLEY, H.; DAVIES, B.; KRAMER, R. Sibling bereavement and continuing bonds. Death Studies, v. 30, p. 817–841, 2006.

PARKES, C. M. Health after bereavement: a controlled study of young boston widows and widowers. Psychosomatic Medicine, v. 34, n. 5, p.449-461, 1972.

PARKES, C. M. Luto: estudos sobre a perda na vida adulta. Tradução Maria Helena p. Franco Bromberg. São Paulo: Summus, 1998.

______. Amor e perda: as raízes do luto e suas complicações. Tradução Maria Helena Pereira Franco. São Paulo: Summus, 2009.

PASQUALOTTO, F. F.; PASQUALOTTO, E. B. Congelamento de espermatozoides para pacientes com câncer e a reprodução assistida. Revista Brasileira de Medicina, v. 66, n. 7, p. 194-199, 2009.

PENNINGS, G. et al. ESHRE Task Force on Ethics and Law 11: posthumous assisted reproduction. Human Reproduction, v.21, n.12, p. 3050–3053, 2006.

PESSINI, L. Bioética: um grito por dignidade de viver. São Paulo: Paulinas, 2006, p. 38-55. PESSINI, L; BARCHIFONTAINE, C. P. Problemas atuais de bioética. São Paulo: Centro Universitário São Camilo; Loyola, 2010, Cap. II, p. 293-333.

PINCUS, L. A família e a morte: como enfrentar o luto. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1989. QUAYLE, J. Uma nova família? desafios para a psicologia na contemporaneidade. In: MELAMED, R. M. M.; QUAYLE, J. (Org.). Psicologia em reprodução assistida:

experiências brasileiras. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2006, p. 11-17.

RAZIEL, A. et al. Using sperm posthumously: national guidelines versus practice. Fertility

and Sterility,v. 94, n. 3, aug. 2010.

RIFKIN, J. O século da biotecnologia: a valorização dos genes e a reconstrução do mundo. São Paulo: Makron books, 1999.

ROBERTSON, J. Cancer and fertility: ethical and legal challenges. Journal of the National

Cancer Institute Monograph, n. 34, p. 104-106, 2005.

ROLLAND, J. S. Ajudando famílias com perdas antecipadas. In: WALSH, F.; MCGOLDRICK, M. Morte na família: sobrevivendo às perdas. Porto Alegre: ArtMed, 1998, p. 166-186.

ROLLAND, J. S. Doença crônica e o ciclo de vida familiar. In: CARTER, B. et al.. As

mudanças no ciclo de vida familiar: uma estrutura para terapia familiar. Porto Alegre: ArtMed, 2008, p. 373-391.

SAMANI, R. et al. Posthumous assisted reproduction from islamic perspective. International

Journal of Fertility and Sterility, v. 2, n. 2, p. 96-100, aug./sep. 2008.

SANTOS, N. B.; NUNES, L. N. B. Os reflexos jurídicos da reprodução humana assistida heteróloga e post-mortem. Revista do Instituto de Pesquisas e Estudos, São Paulo, v. 41, n. 48, p. 253-278, jul./dez. 2007.

SANTOS, S. R. B. O amor em movimento: casamento e mudança no apego. Dissertação (Mestrado em Psicologia Clínica) – Pontifícia Universidade Católica de São Paulo – PUC-SP, São Paulo. 2000.

SCHOVER, L. R. et al. Having children after cancer. Cancer, v. 86, n. 4, p. 697-709, 1999. SCHOVER, L. R. et al. Knowledge and experience regarding cancer, infertility, and sperm banking in younger male survivors. Journal of Clinical Oncology, v. 20, n. 7, p. 1880-1889, 2002a.

______. Oncologist’s attitudes and practices regarding banking sperm before cancer treatment. Journal of Clinical Oncology, v. 20, n.7, p. 1890-1897, 2002b.

SCHUFFNER, A. et al. Criopreservação de gametas – uma esperança para pacientes com câncer. Revista Brasileira de Cancerologia, v. 50, n. 2, p.117-120, 2004.

SEGER-JACOB, L. Estresse na gênese e no tratamento da infertilidade. In: MELAMED, R. M. M.; QUAYLE, J. (Org.). Psicologia em reprodução assistida: Experiências Brasileiras. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2006, p. 121-148.

SEGRE, M.; SCHRAMM, F. R. Quem tem medo das (bio)tecnologias de reprodução

assistida? Bioética, Brasília, v. 9, n. 2, p. 43-56, 2001.

SIEGLER, R. Is posthumous semen retrieval ethically permissible? Journal of Medical

Ethics, v.28, p. 299–303, 2002.

SOUZA, R.M.; RAMIRES, V.R.R. amor, casamento, família, divórcio... e depois, segundo as

crianças. São Paulo: Summus, 2006.

STRONG, C.; GINGRICH, J.; KUTTEH, W. Ethics of postmortem sperm retrieval: ethics of sperm retrieval after death or persistent vegetative state. Human Reproduction, v. 15 , n. 4, p. 739-745, 2000.

STROEBE, M.; SCHUT, H. The dual process model of coping with bereavement: rationale and description. Death studies, v. 23, p. 197-224, 1999.

______. Meaning making in the dual process model of coping with bereavement. In: NEIMEYER, R. (Org.). Meaning reconstruction and the experience of loss. Washington DC: American Psychological Association, 2001, p. 55-73.

STROEBE, M. et al. Bereavement research: contemporary perspectives. In: STROEBE, M. et al. (Orgs.). Handbook of bereavement research and practice: advances in theory and

intervention. Washington: American Psychological Association, 2008, p. 3-24.

STROEBE, M.; SCHUT, H.; BOERNER, K. Continuing bonds in adaptation to bereavement: toward theoretical integration. Clinical Psychology Review, v. 30, p. 259–268, 2010.

SZYMANSKY, H. Entrevista reflexiva: um olhar psicológico sobre a entrevista em pesquisa. In: SZYMANSKY, H. (Org.). A entrevista na pesquisa em educação: a prática reflexiva. Brasília: Liber Livro Editora, 2010, p. 9-61.

TELÖKEN, C.; BADALOTTI, M. Simpósio sobre Ética: Bioética e reprodução assistida.

Revista AMRIGS, Porto Alegre, v. 46, n. 3-4, p. 100-104, jul/dez. 2002.

The Ethics Committee of the American Society for Reproductive Medicine. Posthumous reproduction. Fertility and Sterility, v. 82, Suppl. 1, p. 260-262, Sep. 2004.

UEDA, N.; KUSHI, N.; NAKATSUKA, M; et al. Study of Views on Posthumous Reproduction, Focusing on Its Relation with Views on Family and Religion in Modern Japan.

Acta Med., Okayama, v. 62, n. 5, p. 285-296, 2008.

VAITSMAN, J. Flexíveis e Plurais: Identidade, casamento e família em circunstâncias pós-

VEIT, M. T.; CARVALHO, V. A. Psico-oncologia: definições e área de atuação. In: CARVALHO, V. et al. (Orgs.). Temas em psico-oncologia. São Paulo: Summus, 2008, p.13- 20.

WALSH, F. Fortalecendo a resiliência familiar. Tradução Magda França Lopes. São Paulo: Roca, 2005.

WALSH, F.; MCGOLDRICK, M. Morte na família: sobrevivendo às perdas. Cap. 2, Porto Alegre: ArtMed, 1998, Cap. 2, p. 2-73.

WEBER, B.; KODAMA, R.; JARVI, K. Postmortem Sperm Retrieval: The Canadian Perspective. Journal of Andrology, v.30, n.4, p. 407-409, jul./aug. 2009.

ANEXO1

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA

No documento Marta Nascimento Moreira.pdf (páginas 144-155)