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CONSIDERAÇÕES FINAIS

O objetivo principal desta pesquisa consistiu em avaliar o impacto da norma social antirracismo sobre a expressão das atitudes raciais das crianças. Para tanto, considerou-se que a ênfase nos princípios de igualdade e justiça tem suprimido formas explícitas de expressão do racismo e que a norma social pode exercer influência distinta sobre as crianças a depender do estágio de desenvolvimento sócio-cognitivo em que se encontram. O estudo foi conduzido com crianças brancas, de ambos os sexos e que estavam na faixa etária dos 6 aos 12 anos, abrangendo-se três etapas distintas do processo de desenvolvimento moral (Piaget, 1932/1977).

A pesquisa identificou os parâmetros normativos que as crianças observam para interagir com os grupos raciais branco e negro e, por meio de três diferentes procedimentos, verificou formas de expressão das atitudes raciais em crianças. Desse modo, este estudo encontra-se vinculado à corrente de pesquisas que analisa o fenômeno do racismo a partir de fatores sócio-normativos, cuja compreensão permite verificar como ele tem apresentado novas formas de expressão, as quais, aparentemente, não violam as normas de igualdade (Gaertner & Dovidio, 1986; Katz & Hass, 1988; Kinders & Sears, 1981; Pettigrew & Meertens, 1995).

Consideramos que a opção metodológica foi adequada e eficaz para a amostra estudada. A representação dos grupos raciais por meio de fotografias de crianças permitiu que os três grupos etários estudados (6-7 anos/ 8- 10 anos/ 11-12 anos) reconhecessem as categorias branco e negro e, por conseguinte, não revelassem dificuldade para responder aos instrumentos adotados.

Conforme já evidenciado pela literatura do desenvolvimento cognitivo (Aboud, 1988; Doyle & Aboud, 1995), acreditávamos que as crianças com idades entre 6 e 7 anos apresentariam maiores níveis de preconceito racial explícito e não revelariam inibição para discriminar o negro, ainda que a norma social antirracismo estivesse saliente pela presença da entrevistadora. As respostas das crianças que se encontravam neste período de desenvolvimento vieram a confirmar a expectativas. Contudo, chamou- nos atenção o fato deste grupo de crianças, embora de forma menos evidente que as crianças mais velhas, terem como parâmetro normativo gostar de pessoas negras e, ao mesmo tempo, verificar esse padrão de conduta nos adultos e seus amigos.

Esses resultados apontam para a possibilidade de que, entre os 6 e 7 anos de idade as crianças percebam a norma antirracismo. É provável que as respostas destes participantes sejam um reflexo da ênfase que é dada à norma antirracismo na sociedade atual. Todavia, a presença dessa norma não foi suficiente para que as crianças inibissem suas atitudes preconceituosas contra os negros em contextos nos quais sua conduta é alvo de observação, tal como ocorreu na pesquisa. Conforme destacado, as respostas das crianças entre 6 e 7 anos de idade não sofrem interferência da norma antirracismo, posto que, em função de seu estágio de desenvolvimento cognitivo, não conseguem avaliar as implicações dos parâmetros normativos sobre as relações sociais ainda que percebam a presença da norma (Abrams, Rutland & Cameron, 2003).

De maneira geral, os resultados indicaram que a categoria-alvo teve papel importante nas respostas das crianças. Os dados apresentados reforçam que a criança adota a raça como uma categoria que orienta suas percepções e avaliações sociais, ao mesmo tempo em que apontam o grupo negro como alvo de preconceito e discriminação. As questões utilizadas para verificar preconceito racial a nível explícito identificaram assimetria entre as atitudes diante de brancos e negros. A criança negra foi

associada a atributos negativos na versão adaptada da MRA, foi alvo de rejeição na medida de distância social e de discriminação no procedimento experimental. Esta pesquisa, portanto, integra-se ao campo de estudos que aborda as relações raciais como aspecto pertinente ao estudo da socialização de crianças (Aboud, 1988; França, 2013; Files, Casey & Oleson; 2010; Nesdale, 2004; Shutts, Banaji & Spelke, 2010).

Tal como nas pesquisas já realizadas por Aboud (1988), é mais provável que o preconceito e a discriminação racial ocorram em sociedades heterogêneas, onde existem grandes diferenças de status entre os grupos. De tal maneira, essa pesquisa apresentou resultados importantes, pois alerta para a permanência do racismo ainda que, no contexto atual, seja enfatizada a norma antirracista e que exista a crença de que o Brasil é um país de cultura miscigenada onde não há segregação ou conflitos abertos entre os grupos raciais (Fernandes, 1972/2007).

As expressões do racismo das crianças, identificadas a partir da versão adaptada da escala MRA, da medida de distância social e do procedimento experimental indicaram diferenças significativas na manifestação das atitudes raciais em função de mudanças que ocorrem ao longo do desenvolvimento infantil. Os estudos realizados pela abordagem sócio-cognitiva (Aboud, 1988; Doyle & Aboud, 1995) atribuíam essas mudanças à aquisição de habilidades como a flexibilidade e a conservação, entretanto pesquisas mais atuais demonstram que, a partir dos 8 anos de idade, as crianças permanecem expressando racismo a nível implícito (Baron & Banaji, 2006; Rutland et al., 2005) ou em contextos em que a norma antirracismo está pouco saliente (Fitzroy & Rutland, 2010; França & Monteiro, 2013). Desse modo, a adesão a atitudes e comportamentos coerentes com a norma social está vinculada ao gradativo desenvolvimento da Teoria da Mente (Abrams, Rutland, Cameron & Ferrel, 2007; Flavell, 2004), a qual permite que a criança faça inferências acerca das expectativas dos

demais acerca das condutas que são mais apropriadas aos diferentes contextos normativos.

Os resultados confirmaram as expectativas delineadas pelo modelo sócio- normativo da expressão do racismo em crianças (Fitzroy & Rutland, 2010; França & Monteiro, 2013; Rutland, Cameron, Milne & McGeorge, 2005). O desenvolvimento das habilidades cognitivas nas crianças com mais de 7 anos não as impede de manifestar o racismo. Ao contrário, elas aprendem a suprimir o preconceito racial explícito, o qual é proibido pelas normas sociais prevalentes na sociedade. Por conseguinte, seu preconceito é expresso de forma sutil. Após esta idade, as crianças evitam associar o negro a um estereótipo negativo, entretanto permanecem avaliando os brancos com mais atributos positivos que negativos.

As diferenças nas expressões de atitudes raciais das crianças foram mais expressiva ao se comparar as crianças mais novas (6-7 anos de idade) com as crianças mais velhas (11-12 anos). As primeiras manifestaram maiores níveis de preconceito explícito e de preferência pelo branco. Em contrapartida, as crianças entre 11 e 12 anos de idade apresentaram maior sensibilidade à norma antirracismo, posto que revelaram favoritismo pelo alvo negro na medida de distância social e no procedimento experimental. A distinção entre esses dois grupos etários corrobora as pesquisas sobre os estágios de desenvolvimento da moralidade na criança (Piaget, 1932/1977). Compreendemos, assim, que o estudo da moralidade tende a contribuir para a construção de um modelo sócio-normativo das atitudes raciais na infância.

A pesquisa sobre desenvolvimento moral indica que as crianças desenvolvem de forma gradativa critérios de justiça e igualdade e avaliam as regras e convenções que permeiam suas relações com os demais (Killen & Rutland, 2011). O ato de excluir ou discriminar alguém pode ser entendido como uma tarefa complexa na qual a criança

deve ponderar entre princípios morais e o contexto em que o ato de excluir ocorre. A depender das normas sociais que se fazem salientes, a exclusão pode ser percebida como um ato justo e legítimo ou como uma prática discriminatória condenável.

Nesse sentido, a manifestação de uma atitude preconceituosa envolve a criança num conflito entre sua expressão e o imperativo moral de que excluir é injusto ou errado. Dado que a interferência das normas sociais sobre as atitudes e comportamentos da criança está associada tanto ao desenvolvimento da Teoria da Mente como do raciocínio moral, pesquisas futuras poderiam avaliar não só as atitudes das crianças, mas também as justificativas que apresentam para as mesmas, pois estas revelariam os julgamentos e critérios que as crianças adotam ao manifestar ou inibir uma conduta racista.

Embora as diferenças que ocorrem na expressão do racismo ao longo na infância possam ser associadas ao desenvolvimento da Teoria da Mente e do raciocínio moral, estas habilidades não são suficientes para explicar a supressão do racismo em contextos públicos. Para que isso ocorra, é necessário que a norma antirracismo seja percebida e apoiada pelo contexto social da criança. Essa explicação é sustentada por pesquisas voltadas para o estudo das atitudes nacionais (Fitzroy & Rutland, 2010; Rutland, 1999), as quais demonstraram que, diferentemente com o que ocorre com as atitudes raciais, as atitudes nacionais das crianças são caracterizadas por maior viés endogrupal no contexto em que suas respostas seriam percebidas por demais membros do grupo. Desse modo, a expressão de atitudes intergrupais na infância varia, não apenas em função do desenvolvimento sócio-cognitivo, mas em decorrência das normas sociais existentes. Estudos realizados em diferentes contextos intergrupais, por conseguinte, poderiam favorecer para o entendimento da relação existente entre normas sociais e atitudes.

Tal como foi ressaltado do capítulo 1, as normas possuem aspectos descritivos e prescritivos sobre o comportamento, entretanto, é possível que a questão que avaliava os parâmetros normativos das crianças por utilizar um termo abrangente como “gostar” para inferir as normas que as crianças reconhecem, não tenha ressaltado os aspectos prescritivos da norma antirracismo. Desse modo, seria importante que estudos posteriores utilizassem instrumentos em que o aspecto prescritivo da norma ficasse mais saliente para as crianças, a exemplo do procedimento adotado por Fitzroy e Rutland (2010) no qual é descrito para o participante um contexto racial ambíguo e, em seguida, ele é solicitado a avaliar como membros de seu grupo reagiriam diante de uma assertiva preconceituosa. Procedimentos desse tipo são importantes, pois não só evidenciam o nível de desenvolvimento da Teoria da Mente, mas também revelam até que ponto a criança percebe o racismo como uma conduta condenada em seu meio social.

Outro aspecto importante a ser analisado em pesquisas posteriores é a motivação das crianças para aderir a uma norma social antirracismo. Há evidências de que quanto maior a identificação com um grupo de referência, maior será a motivação para aderir às normas sociais deste grupo (Abrams et al., 2003; Nesdale, 2004; Rimal & Real, 2003). De tal forma, a criança será mais propensa a regular suas ações e atitudes preconceituosas caso o grupo de referência com quem se identifica tenha como norma rejeitar a discriminação e o preconceito contra grupos minoritários. Nesse sentido, as pesquisas poderiam analisar a identificação da criança com grupos de referência importantes em sua socialização, a exemplo dos pares, professores, pais e familiares ou com grupos sociais específicos, tais como o gênero, a raça, religião, nacionalidade, entre outros, a fim de verificar o impacto da identidade sobre a motivação para aderir à norma social.

Para concluir, destacamos que esta pesquisa colabora para o desenvolvimento das teorias sócio-normativas sobre as formas contemporâneas da expressão do racismo. Os resultados corroboram trabalhos anteriores os quais demonstraram que as crianças regulam a expressão de atitudes intergrupais diante da saliência da norma antirracismo e que a inibição de formas explícitas de preconceito e discriminação racial, verificada nos adultos, começa a emergir na média infância. Acreditamos que as pesquisas que consideram o papel das normas sociais e as características do desenvolvimento sócio- cognitivo das crianças podem contribuir não só para a compreensão do racismo na infância, mas para o planejamento de intervenções futuras.

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