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É sabido que o turismo pode ser uma grande alavanca econômica, pode atrair investimentos e alterar profundamente as características de um município. Sobretudo em municípios litorâneos que têm as praias por si só como atrativos naturais.

O município de Rio das Ostras, como detalhado neste trabalho, possui plenas condições de desenvolver projetos e ações que incentivem a atividade turística como uma das principais atividades econômicas do local. Para tanto é preciso inicialmente fornecer as bases políticas e jurídicas necessárias para o planejamento.

É visível que o processo de desenvolvimento do turismo em Rio das Ostras vem ocorrendo sem nenhum tipo de ordenamento por parte do poder público. E apesar de estar por diversas vezes contemplado em documentos a necessidade de criação de leis, planos e bases jurídicas para a atividade, até o ano de 2012 nada foi feito.

A motivação para a realização deste trabalho foi o movimento verificado para a criação de um conselho municipal de turismo no ano de 2008. Esperava-se encontrar um maior desenvolvimento no setor turístico pós-formação do conselho. No entanto, foi descoberto que, provavelmente por motivos políticos, o conselho jamais teve sua formação totalmente composta. De acordo com informações concedidas pela Secretaria de Turismo, Indústria e Comércio o fato do conselho ter sido criado com caráter deliberativo impediu que o prefeito à época nomeasse os representantes oriundos do poder público. Segundo o Diretor do departamento de turismo, a possibilidade de haver um conselho que deliberasse sem o conhecimento prévio sobre assuntos ligados ao turismo, incentivou o prefeito que assumiu o mandato no ano seguinte, a deixar o conselho literalmente “na gaveta”.

O fato de um conselho ser deliberativo dá a ele capacidade de propor investimentos e gastos do orçamento público o que, segundo o Diretor, nenhum prefeito iria permitir. O que acontece, na verdade, é que, infelizmente, os municípios brasileiros como um todo passam por situações como essa em que as decisões são tomadas não por um coletivo visando o bem de todos, mas por decisões centralizadas que visam priorizar e manter os interesses do grupo hegemônico que está no poder.

A criação de um conselho municipal de turismo em Rio das Ostras não iria sanar todos os problemas do município, mas definitivamente contribuiria para uma participação maior da sociedade e permitiria que questionamentos e sugestões fossem aceitas pelo poder público.

Após a descoberta do não funcionamento do conselho desde o ano de sua criação, em 2008, foi preciso pesquisar o que havia sido feito desde então como políticas públicas de turismo no município. Conforme as informações obtidas na Secretaria, houve uma estagnação praticamente total dos investimentos em planejamento da atividade turística. Segundo o Diretor, o que havia de programas, ações e políticas antes do ano de 2009 se repetiu até o final do ano de 2012. Nada foi feito para desenvolver o setor no município.

Durante entrevista, foi dito que a principal ação de investimento para o município que abrange o turismo, no período abordado, foi o investimento em infraestrutura. A construção de redes de esgoto, de água, de asfaltamento de ruas foi a prioridade do governo municipal. Investimentos como esses são de extrema importância, não apenas para os moradores, mas também para os turistas e visitantes que necessitam de uma estrutura básica para a estadia e para que o lugar seja agradável a eles. Municípios litorâneos, principalmente, têm grande demanda por estruturação de serviços básicos, visto que em períodos de alta temporada o número de pessoas na cidade é elevado e o uso da infraestrutura cresce proporcionalmente ao número de pessoas.

Outro importante investimento destacado com ênfase pela Secretaria de Turismo, Indústria e Comércio é o investimento em eventos. Em Rio das Ostras, particularmente, em grandes eventos. O município conta com pelo menos quatro grande eventos anuais que fazem parte do seu calendário extra oficial, visto que não existe até o momento o calendário oficial do município. Eventos esses que chegam a ocupar toda a oferta de hospedagem disponível e que alteram completamente o ritmo da cidade.

A criação de um evento como alternativa para o problema da sazonalidade é louvável, sobretudo se ele é bem executado, tem boa repercussão e consegue atingir o público alvo desejado. Mas a criação de vários eventos ao longo do ano para suprir uma necessidade que é latente não é a solução para o município, é apenas uma medida paliativa.

Ao que parece, a parcela do poder público, destinada a cuidar das questões do turismo hoje em Rio das Ostras preocupa-se muito com a questão dos eventos e sua realização e esquece-se de que até mesmo para o bom desenvolvimento dos eventos é preciso um processo de planejamento estratégico para o setor como um todo. Pelas informações obtidas na Secretaria, que conta em seu quadro de pessoal com diversos profissionais com formação adequada ao planejamento turístico, o problema do “descaso” com o aspecto jurídico e formal da criação de um plano de desenvolvimento se dá muito mais por problemas de ordem política e eleitoreira do que por falta de conhecimento e competência dos profissionais.

A burocratização excessiva dentro do ambiente da prefeitura impede que planejamentos simples e que deveriam integrar diversos setores aconteçam, da mesma forma impossibilitam ações isoladas das secretarias. Por outro lado, a falta de ordenamento para a elaboração de projetos faz com que as decisões tomadas e o planejamento sejam feitos sem nenhum tipo de critério.

De acordo com o que foi observado, entende-se ser necessária a criação de um plano diretor de turismo que estabeleça as normas, as bases e as diretrizes para um planejamento e um desenvolvimento sustentável do turismo no município. É preciso que a Prefeitura, instância maior de governo do município, dê a possibilidade para que a atividade turística em Rio das Ostras se torne muito mais do que eventos distribuídos ao longo do ano.

Após a definição de políticas bem estruturadas, com base nas diretrizes fornecidas pelo atual Programa de Regionalização do Governo Federal, instituir o Conselho Municipal de Turismo e desenvolver um plano estratégico para o setor turístico local, estabelecido e implementado a partir de um processo participativo abrangente e articulado seria o caminho mais natural a se seguir.

A sugestão, portanto, para um desenvolvimento turístico adequado ao município é apenas seguir o que sugere a Lei Orgânica municipal, o Plano Diretor do município e o Plano Plurianual. Cumpridas as indicações daqueles instrumentos legais, o município deve passar a aplicar estudos e pesquisas frequentes para manter o setor turístico local em bom funcionamento e “atualizado”. Essas seriam medidas consideradas naturais para a manutenção da atividade turística estruturada no município.

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APÊNDICE A - ENTREVISTA

Gravação realizada em 20/12/2012 Horário: 14h 30

Secretaria de Turismo, Indústria e Comércio do município de Rio das Ostras Entrevistado: Paulo Roberto Sepulveda Vieira

Cargo: Diretor do Departamento de Turismo

Entrevistadora: 1 Entrevistado: 2

1-Se incomoda se eu gravar? 2-Não

1-Pra depois eu não perder nada

2-A voz já é ruim, no gravador vai ficar pior ainda 1-Não. É só para eu não perder nada.

1-Na verdade, algumas coisas que eu não perguntei, é só como é que é a estrutura administrativa aqui da secretaria no todo e do departamento. Como é que funciona.

2-Tá. na secretaria nós temos o secretário, o subsecretário. Vamos separar assim: o gabinete que é o secretário, o subsecretário e a secretaria executiva. Aí temos: o departamento de turismo, o departamento administrativo e o departamento de indústria e comércio. Já que nossa secretaria é secretaria de turismo, indústria e comércio. O departamento em si, o departamento de turismo tem uma divisão, que é divisão de eventos, tem um diretor do departamento, tem o chefe do setor, da divisão de eventos, temos agora aqui quatro turismólogos, temos quatro técnicos de turismo e um agente administrativo. Nesse concurso que foi feito agora e que vai começar, foi homologado agora, abriu mais 6 vagas, mais 5 vagas de turismólogo, mais quatro de técnicos e nove monitores de turismo. Esses monitores são para trabalhar nos pontos turísticos. No museu arqueológico, no Parque dos Pássaros, no Parque Municipal, pra eles trabalharem em grupo. E aí nós vamos ter servidor do turismo trabalhando sábado, domingo, feriado, dia santo, todos os dias de segunda a segunda. Só fechamos dia primeiro de janeiro, porque aí também, primeiro de

janeiro ninguém vai.. quem tinha que chegar na cidade já chegou, quem tinha que sair só vai sair mais tarde, então, a gente fecha dia primeiro.

1-E os novos monitores eles também vão ser turismólogos ou técnicos ou não?

2-Não. Eles são.. não precisa de formação superior nem técnica. Ele tem que ter um curso de monitor, que normalmente quem não tem de monitor aproveita o de guia de turismo. Quem tem o guia.. o curso de guia aí acabou fazendo também. Mas não é.. aí assim eles vão ser treinados por nós pra poder dar informações, nós vamos usar o treinamento básico, aquele né?!, e cada, né?1 o museu dá o treinamento do museu, o parque dos pássaros dá o treinamento do parque dos pássaros, depois a gente tem quatro ou cinco meses trabalhando alí a gente inverte pra poder eles aprenderem a fazer, a dar informações de todos , todos os pontos turísticos.

1-Aí eu volto então pra aquela parte das políticas públicas. Seriam as ações. Eu me detive ao período de 2009-2012, que foi o último mandato até né?! Aí quais seriam as ações da prefeitura e as políticas públicas? Eu dividi porque a ação não necessariamente tem a ver direto com a política né?!

2-Certo. Ô Marina, é o seguinte: nossa, esse último mandato, nós já.. é.. pressionados por esse negócio de, essa lei de vai dividir os royalties, os royalties vão ser divididos e vai acabar, vai diminuir, vai não sei o quê, o que é que nós preferimos fazer: fazer a estrutura, a infra estrutura básica do município. Abastecimento de água, tratamento de esgoto, a estrutura em si da cidade. Ficou faltando ainda uma coisa porque nós não conseguimos fazer que eram os portais. Já tinha o projeto e tudo, mas nós não conseguimos fazer esses portais. Provavelmente agora logo no início do mandato do novo prefeito ele deve fazer os portais que... é.. é.. o portal tem turismo e guarda municipal. Então se você fecha a cidade nas três principais, nas três únicas entradas... que tem entrada e saída da cidade a pessoa que vai chegar aqui vai ver... po.. o negócio aqui tá ... se eu fizer alguma coisa errada aí eu não tenho pra onde sair, comunicô fechô...a cidade. Então isso aumenta a segurança... Então isso tudo foram feitos.. tentamos fazer todos mas não deu. Fazer a infra estrutura, essas foram as ações públicas que é pra cidade e voltada pro turismo. Porque.. é..é.. primeiro que se eu não tiver a população não querendo o turismo, não gostando do turismo, não gostando da cidade não adianta

nada. Isso é alguma coisa. Segunda, o turista... nosso seguimento é sol e praia.. então se ele vai na praia e a praia está imprópria por esgoto jogado na praia...isso é a pior coisa que pode acontecer numa cidade turística de sol e praia...todas essas açoes foram feitas para.. é .. é... estruturar a cidade. As políticas públicas, nós ficamos praticamente estagnados, ou seja, o que nós tínhamos, nós tínhamos, o que não tínhamos nós não fizemos mais nada. Ou seja, os eventos, né?! Um dos eventos, que é o festivla de Jazz, que é o maior da américa latina, ele já é uma política pública, ele em si, o evento em si. Nós temos, os eventos são políticas públicas, só que independente disso o Jazz já passou a ser uma política exclusiva, dentro dos eventos ele é uma política, porque ele lota a cidade, ele lota o entorno todo, é.. traz gente que interessa pra cidade né?! O admirador de jazz não é o mesmo admirador de funk, de, né?! Então quer dizer.. é um público diferenciado.. Então a política ficou nos eventos e participação nas principais feiras de divulgação. Como a ABAV, o Salão de Turismo, a BRITE, então essas foram nossas ações. Isso não quer dizer que por exemplo eu não ter um.. que não tivéssemos feito outras, mesmo pra divulgação. Eu fui passear e aproveitei levei material e acabei visitando agências e divulgando município, quer dizer, automaticamente a gente já faz políticas mesmo, políticas públicas. Então as políticas e ações foram essas.

1-Com relação aos eventos, a gente daquela vez conversou né?! como é o procedimento pra realização de cada evento agora que principalmente que tá incluindo mais eventos no calendário da cidade. Como que é o procedimento desde a preparação até a ocorrência mesmo do evento?

2-A execução. Tá.. é... Marina, nós temos então nossa divisão aqui dentro, essa divisão ela.. a gente faz uma reunião, por exemplo o reveillon, foi feita, já a segunda foi feita agora segunda feira, fizemos a primeira envolvendo só a secretaria pra ver o que que nós podíamos fazer e a segunda agora já foi com o comando da polícia militar, o corpo de bombeiros, outras secretarias pra divulgação, por exemplo da comunicação, meio ambiente.. já que é o evento que envolve também quase todas as secretarias.. porque o meio ambiente, quando chega dia primeiro já tá replantando bromélias, já tá ajeitando as praças, porque eles arrebentam tudo. A população, que nós hoje temos cento, oficialmente, cento e doze mil habitantes chega a duzentos e cinquenta mil. Então quer dizer.. é..é... isso é um impacto muito grande na cidade. Então a.. nós fazemos reuniões pra traçar o evento, depois

fazemos então a segunda reunião com os envolvidos na história, em março tem o encontro dos motociclistas então tem dois motoclubes de Rio das Ostras são os principais articuladores do evento junto com a gente, então eles participam da reunião e assim a gente vai fazendo as reuniões. Aí a divisão de eventos executa, estrutura, legalização, toda a documentação necessária, tudo, a gente faz as plantas pra poder ver o que acomoda, toda a preparação mesmo. E a secretaria então chega no evento e trabalha firme alí até o fechar da cortina.

1-Eu não tinha nem pensado nisso, mas com relação aos eventos, eu vi que pelo menos nos eventos que se repetem ha muitos anos, isso eu digo assim, eventos que já são do calendário oficial da cidade podem ser considerados três que são o evento de motociclismo, o de jazz e o festival de frutos do mar né?!

2-É.. tem o de dança também. E o festival de teatro. 1-Eles ocorrem há mais de..

2-Sim bastante tempo. Há mais de dez anos. Inclusive em todos os quatro o de teatro, o de dança, o de motociclista, o ostra cycle, o jazz e o de frutos do mar fazem parte do calendário estadual também.Não é só o municpal não. Eles já fazem parte do calendário oficial do estado do Rio de Janeiro.

1-E com relação às ações de marketing. Pra divulgação, como é que é feito o planejamento, a divulgação?

2-Quando a gente faz a reunião de estruturação do iníio da preparação do evento, nós determinamos o que nós precisamos. Então nós precisamos de frontlight, propaganda em rádio, propaganda em televisão, e tal e jornais, revistas, Então a gente traça o que a secretaria quer. Aí a secretaria de comunicação social, a gente passa isso pra ela, pra eles.. e eles então colocam em prática. Claro que às vezes colocam até mais do que a gente precisa, do que a gente idealizou. Porque, Marina, um problema muito grande nas cidades balneárias, cidades que vivem do turismo, é a capacidade de carga. Então nós não podemos fazer uma divulgação estupenda, de arrebentar, porque depois chega na hora não tem como acomodar

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