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Demonstra-se que, o objetivo deste TCC foi alcançado, qual seja: “Analisar o uso de algumas Tecnologias da Informação e Comunicação da Defesa Civil do Estado de Santa Catarina na gestão de riscos e desastres”.

Afinal, com a fundamentação teórica desenvolvida, pode-se alinhar o entendimento básico sobre a gestão de riscos e desastres, suas definições e fases, que compõem desde a concepção preventiva, correspondente ao pré-desastre, em que ações como elaboração do plano de contingência pelo município bem como execução de simulações junto à população, tendem a diminuir a vulnerabilidade da população, com informação e construção de conhecimento para aumentar a resiliência de comunidades que, mesmo por vezes atingida por inundações, por exemplo, não têm conhecimento dos agentes a serem consultados em uma situação de emergência e de desastre eminente, abrigos ou rotas de fuga, a fase de resposta e ainda, a fase de recuperação.

Sendo assim, é evidente a importância da atuação da Defesa Civil, seja ela no âmbito estadual ou municipal, e, neste trabalho, buscou-se analisar como algumas Tecnologias da Informação e Comunicação estão sendo utilizadas pela Defesa Civil do Estado de Santa Catarina, ferramentas e recursos que podem apoiar o trabalho deste órgão.

Para alcance do objetivo desta dissertação, esse entendimento do uso das TICs pela DC, foi fundamental a oportunidade de realização da entrevista pessoal, na sede da DC do Estado de Santa Catarina, que proporcionou a elaboração da análise SWOT, identificando as forças, fraquezas, oportunidades e ameaças da Defesa Civil do Estado.

Desta forma, identificou-se que a Defesa Civil faz o uso de TICs para comunicação interna, com sua e externa, com a população catarinense via sistemas de monitoramento (não especificados pelos entrevistados), sistemas de alerta com destaque para o SMS, que monitoram todo o território catarinense e alertam a população quanto a eventos que possam se converter em inundações, ciclones, tempestades, por exemplo.

Outra TIC identificada foram as frequentes publicações nas redes sociais da Defesa Civil, no Facebook e Instagram; porém o principal meio de comunicação é o SMS, alcançando – segundo os entrevistados – um maior número de usuários, devido a não dependência de acesso à internet ou ainda, mesmo sem sinal de celular, assim que os cidadãos entram em área coberta por sua operadora, recebem a mensagem.

Outro meio de comunicação identificado é a TV aberta, a qual tem grande alcance e assim, pode ser usada também, como meio de divulgação dos alertas; contudo, por exemplo, a

DC do Estado de Santa Catarina tem uma assessoria de imprensa especializada em divulgar boletins e dar entrevistas coletivas para a imprensa, justamente para se ter o cuidado com a informação a ser divulgada e ainda, parte de seu trabalho está em combater as fake news. Identificou-se também, que a centralização da informação em um único data center facilitaria a busca de informações por outros órgãos do governo e CIGERDs, (Centros Integrados de Gerenciamento de Riscos e desastres de Santa Catarina).

Apresentou-se como agentes, que atuam como parceiros na comunicação, o GRAC (Grupo de Ações Coordenadas), tendo comunicação rápida com este grupo via WhatsApp. Há parcerias com empresas para desenvolvimento de software, obtendo exclusividade nos sistemas desenvolvidos. E por fim, parcerias com grupos de pesquisa, para trabalhar na elaboração de projetos para que pesquisadores submetam propostas de estudo, contribuindo com as ações da Defesa Civil.

Os pontos que devem ser melhorados em relação ao uso das TICs é utilizar meios de comunicação como a TV aberta, devido a ameaça identificada de analfabetismo tecnológico e falta de interesse dos indivíduos para busca de informações de prevenção quanto às questões climáticas e de prevenção para uma comunidade. Também se percebe a necessidade de criação de um novo site da Defesa Civil do Estado de Santa Catarina, mais intuitivo e com melhor usabilidade para disposição das informações. E ainda, trabalhar para a inserção do WhatsApp como meio de comunicação com a população.

Em suas parcerias ficou presente a necessidade da Defesa Civil de Santa Catarina, ampliar sua rede de parcerias com Instituições de Ensino e Pesquisa para assim, projetar cenários e modelos em gestão de riscos e desastres, com a elaboração e divulgação de planos de contingência de desastres.

Dessa forma, para condução desta pesquisa, os objetivos específicos foram alcançados, identificou-se os agentes-chave que atuam na DC do Estado de Santa Catarina, tendo sido feita entrevista com estes, bem como verificou-se os meios de comunicação utilizados pela DC; tendo sido identificadas algumas TICs na gestão de Riscos e Desastres. Outro objetivo específico atingido foi a elaboração da análise SWOT, apresentando-se os seus resultados.

No investimento financeiro, seria importante criar um setor de desenvolvimento tecnológico, diminuindo – de forma gradativa – a dependência a empresas terceirizadas; maior investimento na gestão das redes sociais e da base de dados – melhorando a transparência e facilitando o acesso aos dados, reduzindo a burocracia para acesso a informações entre os órgãos do governo.

Enfim, a Defesa Civil do Estado de Santa Catarina demonstra utilizar algumas TICs em seu dia a dia, com uma gama de pontos fortes, mas com muitas oportunidades a serem conduzidas, a exemplo do que o desenvolvimento de aplicativos pode fornecer, com o uso de tecnologias mobile, que facilitem o trabalho em campo e acesso às informações de forma mais rápida e integrada, com os atores que compõem este cenário, tanto os agentes/técnicos da defesa civil, voluntários, como comunidade em geral!

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Apêndice A – ENTREVISTA SEMI ESTRUTURADA

A.

Gestão de Riscos e Plano de Gerenciamento

1. Existe algum modelo de gestão de Riscos Utilizado pela DC, na gestão de riscos e

desastres? Qual?

2. Existe alguma situação histórica, que se identifique na prática, a grande importância das

TICs (p.e. ocorrência de algum desastre natural em que houvesse uso TICs ou melhor gestão do uso das TICs este mesmo desastre poderia ter sido evitado ou minimizado)

3. Existe um plano de ação previsto pela Defesa Civil do nosso Estado, caso se identifique

um evento meteorológico que apresenta grandes riscos de gerar um possível desastre? E como as TICs estão inseridas neste plano?

4. Quais os agentes que atuam junto com a DC, no processo de Comunicação? E de que

forma eles atuam junto com a mesma?

5. Qual o papel das TICs no plano de gerenciamento de riscos da Defesa Civil do Estado

de Santa Catarina?

6. Quem são os stakeholders envolvidos em cada setor responsável pelo gerenciamento

das TICs e quais seus respectivos cargos?

B.

O Uso das Redes Sociais

1. Quais as Redes sociais utilizadas pela DC para comunicação de campanhas, alertas monitoramento, orientações em geral?

2. Sabendo-se que a Defesa Civil do Estado de Santa Catarina emite boletins e alertas também por suas redes sociais (Facebook, Instagram, outras?), existe investimento da mesma para o impulsionamento de tais publicações informativas?

C. As Tecnologias da Informação e Comunicação

Investimento Financeiro

1. Levando em conta um gráfico de importância de 1 a 5 (onde cinco é o máximo e o um o mínimo) em que nível a Defesa Civil do Estado de Santa Catarina trata as TICs? 2. Em questões de porcentagem o quanto a Defesa Civil do Estado de Santa Catarina

investe no setor das TICs?

Comunicação e dados

1. Com relação ao datacenter, as informações contidas nele, outras cigerds regionais têm

acesso a esta data centrou eles precisam passar por uma parte burocrática para poder acessa-lo?

3. Existe alguma limitação que não permita uma maior presença da Defesa Civil do Estado de Santa Catarina nos meios de comunicação rádio e TV aberta? Caso não exista porquê?

4. Existe alguma previsão da inserção de novas TICs? (p.e BPM, aplicativos de celulares, etc.)

5. No ponto de vista prático, qual a efetividade (quanto ela traz de resposta) (pessoas) no uso das TICs?

6. Quais TICs são utilizadas pela defesa civil para gestão de riscos? De que forma estão sendo direcionada a população? Dentre essas citadas qual consegue atingir um número maior de pessoas?

7. Qual a maior dificuldade em relação às TICs para a divulgação de informação?

8. Você considera as TICs citadas anteriormente nesta entrevista como uma das espinhas dorsais do plano de gerenciamento de riscos?

Apêndice B – ENTREVISTA – Respostas

Referência: De Lima Carlos Eduardo, e Rudorff Frederico. Cargos respectivos ligado à

DC_SC. [10 de setembro de 2019]. Florianópolis, Entrevista concedida a Artur Bendo Gonçalves e Jonas Becker Vieira

Entrevistado: De Lima Carlos Eduardo, e Rudorff Frederico. Órgão: Secretária de Defesa Civil do Estado de Santa Catarina

Cargo/Função: Gerente de Tecnologia da Informação e Comunicação e Governança eletrônica

– GETIN / Gerente de Alerta - GAELE

Data: 10 de setembro de 2019, às 14:00h

A. Gestão de Riscos e Plano de Gerenciamento

Resposta referente às questões: 1, 3 ,4. da sessão A(APÊNDICE A) Frederico: sim, na fase de pré-desastre nós temos 3 etapas: prevenção mitigação e preparação; prevenção e mitigação são bem parecidas (semelhantes)mas, na prevenção, você procura evitar o desastre, e na mitigação você minimiza os efeitos do desastre, uma medida de prevenção, por exemplo, seria você realocar uma comunidade de uma área de risco para uma área segura, a mitigação seria, por exemplo, construção de barragens, melhorias no sistema de drenagem, implementar um sistema de alerta que você pode minimizar o impacto do desastre ou seja são medidas estruturais ou não estruturais que você atua na elaboração de plano de contingencia então, por exemplo, no sistema de monitoramento e alerta ele já entra em uma interface que é de preparação que eu acho que é a parte que vocês querem focar mais, que é o pré desastre, o objetivo principal do sistema de monitoramento e alerta é minimizar danos e prejuízos e evitar mortes então, quanto mais antecipada e com qualidade essa informação for, e as pessoas souberem o que fazer com essa informação você consegue fazer essa minimização dos danos e prejuízos, então existem vários casos que a gente pode acompanhar, por exemplo, se a gente pega o desastre do furacão Catarina que teve toda uma mobilização no pré desastre, o pessoal se preparou teve o GRAC as forças do exército, aeronáutica, marinha, corpo de bombeiros, policia, CELESC1, CASAN2, todos já em uma fase de

pré impacto, foram mobilizados e conduzidos, foram distribuídas cartilhas para a população com o que fazer antes durante e depois do furacão, coisas que não se tinha material e que foram baixados da FEMA3, que é uma agência dos estados unidos, esse material foi traduzido e divulgado para as pessoas, já que naquela época ainda não existia as redes sociais, então esse material foi bastante divulgado para as rádios, então

1 Centrais Elétricas de Santa Catarina

2 Companhia Catarinense de Águas e Saneamento

claro o impacto do furacão a gente não pode evitar, por exemplo, que uma casa desabe mas a gente consegue evitar que um família morra e que ela busque um local mais seguro, mais “abrigado”, então a gente conseguiu orientar pessoas que morassem em casas mais vulneráveis, se deslocassem para casas de vizinhos ou, se até fosse possível, se deslocassem para uma outra região mais segura, como casas de parentes ,por exemplo, então não foi feita uma ordem de evacuação compulsória mas sim voluntaria. Outro caso em 2008 onde fomos pego mais de surpresa, principalmente pela intensidade e severidade do evento, e também pelo tipo de evento, na região do vale o Itajaí, litoral estávamos mais acostumados com inundações mas aquele evento foi muita enxurrada e fluxo de detritos, deslizamentos então, ele mudou bastante a lógica que tínhamos em como atuar em uma situação de emergência e também na prevenção, então a partir de 2008 o estado se reestruturou e enxergou a importância de investir nesta área de prevenção justamente, então foi criado o grupo Reação para reconstruir o estado envolvendo praticamente todas as estruturas do estado, desde a secretaria da fazenda até a FAPESC1, por exemplo, foi criado o grupo técnico científico que ai sim envolveu

bastante a FAPESC1 de incentivar pesquisa na parte de prevenção e, depois a defesa

civil foi cada mais se estruturando, em 2011, passou do status de departamento dentro de uma secretária de segurança pública e passou a ser uma secretária do estado, e isso se permaneceu até 2019, e agora a defesa civil é um órgão vinculado diretamente ao gabinete do estado do governador mas, o chefe da defasa civil continua mantendo o status de secretário de estado (intervenção do Carlos de lima: seria uma espécie de chefe de estado mas não nessa nomenclatura propriamente dita) e ele continua com autonomia financeira e administrativa, e isso acabou, fez com que acabacemos até ganhando pois, agora, ela pode atuar até em um nível de coordenação porque o que a gente vê em um desastre é realmente um sistema integrado, que envolve várias agências, várias instituições, então precisa mesmo ter esse caráter de coordenação, então voltando, em 2011, teve a primeira grande enchente que afetou o vale do Itajaí depois da defesa civil ter se tornado uma secretaria, então pegando o município de Itajaí, eles sofreram bastante em 2008, investiram em sistemas de monitoramento, sistemas de alertas,

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