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Neste estudo buscou-se problematizar os trabalhos não remunerados realizados pelas mulheres no meio rural brasileiro. A partir da análise de microdados elaborados pela IBGE por meio da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – PNAD Contínua durante o ano de 2018. Dela extraiu-se as informações sobre as diferentes formas de trabalhos que as mulheres realizam, mas sem receber remuneração, a saber: o trabalho em ajuda a membro do domicílio ou parente, os afazeres domésticos e os cuidados de pessoas que neste estudo compõem o trabalho reprodutivo/doméstico e por fim o trabalho na produção para o próprio consumo.

Aportadas nas elaborações teóricas do feminismo materialista e da economia feminista, percorreu-se a trajetória dos principais debates em torno do trabalho das mulheres. Nele a consubstancialidade e coextensividade das relações sociais de sexo, raça, classe e a divisão sexual do trabalho ganham centralidade.

A abordagem sobre os trabalhos não remunerados das mulheres na produção e reprodução partiu da ideia de indissociabilidade destas duas esferas e do trabalho doméstico e de cuidados como forma particular do trabalho reprodutivo.

As análises empreendidas possibilitaram apontar algumas das principais características e dinâmicas desses trabalhos não remunerados, expressas na divisão sexual do trabalho (KERGOAT, 2009) e nas relações de sexagem pela ―apropriação do tempo‖ e do ―encargo físico dos membros inválidos... e dos membros válidos do sexo macho‖ (GUILLAUMIN, 2014, p. 34-35) das mulheres.

No meio rural o trabalho reprodutivo/doméstico permanece como uma atividade majoritariamente realizada pelas mulheres. Nos chamados afazeres domésticos e de cuidados de pessoas é onde encontram-se as diferenças mais abissais entre o grupo de mulheres em relação ao grupo dos homens.

O ciclo geracional aparentemente inquebrável do trabalho reprodutivo/doméstico e de cuidados. As análises a partir da variável grupo de idade permitiram inferir que no meio

rural o trabalho doméstico e de cuidados ainda atravessa as várias gerações de mulheres. Independente da idade são elas as maiores responsáveis por realizar esse tipo de trabalho em comparação aos homens dos mesmos grupos geracionais.

Acredita-se que a socialização diferenciada de meninas e meninos, baseada nas relações sociais de sexo e na divisão sexual do trabalho está na base desse processo. As meninas desde muito cedo são preparadas e responsabilizadas pelas tarefas domésticas e de

cuidados, enquanto os meninos geralmente são poupados. E assim, elas seguem pela vida adulta e a velhice.

Ainda que não seja possível aprofundar, este estudo levanta algumas questões a serem consideradas sobre esse ―ciclo‖ geracional do trabalho doméstico e de cuidados no meio rural. Uma delas está relacionada à maior migração das mulheres do campo para os centros urbanos, em contraste com a chamada ―masculinização‖ (ABRAMOVAY; CAMARANO, 1999) do meio rural, fenômeno observado desde os anos de 1990.

Alguns fatores respondem pelo aumento da migração das mulheres rurais, em especial, as mais jovens. Dentre eles destacam-se: a) maior oferta de trabalho no meio urbano, em particular, no setor de serviços, que como visto concentra um número maior de mulheres; b) o desejo de independência econômica enquanto forma de ―escapar‖ do trabalho duro enfrentado nesse espaço e; c) o maior acesso das mulheres à educação (ABRAMOVAY; CAMARANO, 1999).

Se por um lado, considera-se esse processo positivo para as mulheres, principalmente no que diz respeito à maior escolarização, por outro; há de se observar algumas contradições que ele encerra. Uma delas é o fato de que, a ―masculinização‖ do campo não significa que os homens tenham assumido mais as tarefas domésticas e de cuidados. Sendo assim, as mulheres que permanecem pouco conseguem romper com esse ―ciclo‖ ao anteriormente referindo. Além disso, as mulheres jovens que migram para os centros urbanos muitas vezes estão ocupadas nos serviços domésticos e de cuidados, trabalhando como babás, empregadas domésticas nas ―casas de famílias‖, geralmente mal remuneradas e não raro em troca de moradia e comida.

Vê-se então, uma reprodução do ―ciclo‖ geracional do trabalho doméstico e de cuidados que extrapola a vida das mulheres para além do meio rural, na medida em que este ainda se constitui, para muitas delas, um dos principais meios de sobrevivência nos centros urbanos.

A dimensão geracional aparece, portanto, como importante elemento perpassando a problemática do trabalho doméstico e de cuidados no meio rural brasileiro. Conclui-se que as mulheres rurais, qualquer que seja sua idade, com diferenças muito pequenas entre elas permanecem como as garantidoras desses trabalhos.

Afazeres domésticos sim, mas cuidados nem tanto. A partir das análises sobre a

repartição do trabalho doméstico e de cuidados percebeu-se que a participação dos homens obedece a uma diferenciação e hierarquia quanto ao tipo de atividade que realizam, ou seja, seguem os ―princípios organizadores da divisão sexual do trabalho‖ (KERGOAT, 2009).

Notadamente nas atividades de cuidados de pessoas é perceptível o ―distanciamento‖, ou melhor, uma ―preferência‖ dos homens em relação à determinadas tarefas. Logo, eles terminam por desenvolver aquelas mais circunscritas à esfera pública como ―deixar ou buscar as crianças na escola e participar de atividades lúdicas‖ (IBGE/PNAD CONTÍNUA, 2018).

Supõe-se que esse ―distanciamento‖ e ―preferência‖ no âmbito dos cuidados aconteçam, de um lado pela estreita relação deste trabalho com o afeto, visto que ―a dimensão afetiva constitui o cerne do trabalho de cuidado‖ (BANDEIRA; BATISTA, 2015, p. 60) e, de outro, pela liberdade convertida em privilégio, que os homens têm para escolher o tipo de tarefa que mais lhes convenham e agradem.

Considera-se que estes dois elementos, expressão de afeto e liberdade convertida em privilégio, assentam-se sobre o mesmo pilar, qual seja, o modelo dominante das relações patriarcais e de sexo que associa a dimensão afetiva e emocional às mulheres e ao mesmo tempo concede maior liberdade de escolha aos homens.

Para as mulheres rurais o trabalho doméstico que inclui as tarefas de cuidados não reconhecem fronteiras geográficas, pois diferente dos homens são destituídas deste privilégio de escolha e, via de regra, realizam todas as atividades necessárias à manutenção do conjunto da família não importando se estas acontecem em locais públicos, em suas próprias casas e/ou na de parentes.

O tempo dos trabalhos de mulheres e homens rurais. Este estudo ao evidenciar a

problemática do uso do tempo corrobora com outros achados de pesquisas que apontam para a desigual distribuição das horas dedicadas por mulheres e homens às tarefas domésticas e de cuidados.

Desta maneira, o trabalho de mulheres e homens caracteriza-se respectivamente pela

regularidade e eventualidade em que realizam essas atividades. A primeira diz do caráter

mais cotidiano, corriqueiro das tarefas e estão incorporadas à rotina diária das mulheres. Trata-se de uma responsabilidade quase que ―inescapável‖ (AVILA; FERREIRA, 2014). A segunda caracteriza a participação dos homens no trabalho doméstico e de cuidados, enquanto um evento, uma alternatividade.

O trabalho realizado pelas mulheres também se caracteriza pela diversidade, na medida em que tanto os afazeres domésticos quanto as atividades de cuidado englobam um conjunto de diferentes tarefas o que afeta diretamente o tempo que elas dispensam a esses trabalhos e a outras áreas da vida.

Enquanto os homens dedicaram 8,3 horas por semana ao trabalho doméstico (afazeres e cuidados) as mulheres ocuparam 22,6 horas semanais do seu tempo com essas tarefas. Com

o desmembramento dessas horas, tem-se que os homens trabalham em média 1 hora e meia por dia, durante 5 dias na semana e as mulheres, uma média de 4 horas e meia, por dia, na semana de 5 dias (IBGE/PNAD Contínua, 2018).

O estudo chama atenção para duas questões importantes e inter-relacionadas. A primeira é a probabilidade de inexatidão desses números em virtude da dificuldade ou mesmo a impossibilidade de captar, principalmente a partir de dados estatísticos, a totalidade da dinâmica dos trabalhos das mulheres. Conforme visto esses trabalhos envolvem um diverso e amplo conjunto de tarefas que muitas vezes nem mesmo as mulheres conseguem enumerá-las. A segunda questão é a existência de limites na metodologia adotada pelo IBGE, pois o número de horas desses trabalhos é computado em seu conjunto, ou seja, sem fazer distinção entre os afazeres domésticos e os cuidados de pessoas, pois essas atividades geralmente são ―realizadas de forma concomitante‖ (IBGE/PNAD CONTÍNUA, 2018, p. 9).

Entretanto, assim como outras pesquisas, desvelou-se que essa concomitância ou

simultaneidade é uma característica distintiva das práticas de trabalho entre mulheres e

homens, incluindo no meio rural, o que implica uma desigualdade no uso dos tempos. Diferente dos homens, as mulheres rurais em virtude das pressões do cotidiano, em geral, realizam diversas tarefas ao mesmo tempo. Enquanto preparam a alimentação da família, varrem o terreiro, colocam a roupa de molho, alimentam os animais, cuidam das crianças, das pessoas idosas e/ou com deficiência, lavam a louça, cuidam da horta, trabalham no roçado e assim, seguem em um ritmo quase sempre intenso de trabalho.

Contudo, como já pontuado em capítulos anteriores, trata-se de uma ―habilidade‖ totalmente aprendida e internalizada pelas mulheres em no processo de socialização e que passa a compor seu arsenal para corresponder às imposições e ritmos de uma modalidade de trabalho (doméstico não remunerado) enquanto atividade majoritariamente feminina.

Embora compreendam-se as dificuldades em apreender a dinâmica, diversidade e ritmos de trabalho doméstico das mulheres, considera-se que a metodologia (instrumentais) aplicada pelo IBGE desconsidera justamente a simultaneidade enquanto uma particularidade, uma marca distintiva e mais expressiva do trabalho das mulheres em relação aos homens. Assim, tendo em conta os dados da pesquisa, imaginar que uma mulher dedique ―apenas‖ 4 horas e meia por dia aos seus afazeres domésticos e de cuidado de pessoas é um desafio a investigação com maior profundidade e combinando diferentes instrumentos de pesquisa - quantitativos e qualitativos para uma aproximação o mais possível do real. Do contrário, esses levantamentos somente reforçarão a histórica invisibilidade do trabalho doméstico não remunerado das mulheres no meio rural.

Os dados analisados não permitiram comparar os resultados com anos anteriores e assim verificar em que medida os homens rurais avançaram ou não na repartição das tarefas domésticas e de cuidados, mas eles informam que há ainda uma distância considerável em comparação à participação das mulheres.

No tocante à questão racial um dos eixos estruturantes do estudo, observou-se que a maioria das pessoas que realiza o trabalho doméstico (afazeres e cuidados) não remunerado no meio rural, é negra (preta e parda). Convém lembrar que em seus levantamentos, o IBGE utiliza um sistema de classificação racial que comporta atualmente cinco categorias: branca, preta, parda, amarela e indígena e como método de identificação racial faz uso ao mesmo tempo da autoatribuição, quando a própria pessoa da classificação escolhe o grupo do qual se considera membro e heteroatribuição quando outra pessoa define o grupo racial ao qual o sujeito pertence (OSÓRIO, 2003, p. 7-8)49.

Existem, entretanto, diversas críticas50 ao modo como o IBGE emprega essa classificação racial principalmente quando este separar pretos e pardos. Neste estudo, optou- se por uma análise que considera a agregação destas duas categorias e sua denominação como negros que de acordo com Osório (2003) tem dupla justificativa. Do ponto de vista estatístico por possibilitar uma uniformização das características de ambos os grupos e; teórica, porque os dois grupos sofrem discriminações cuja natureza é a mesma (OSÓRIO, 2003).

A análise das categorias preta e parda de forma agregada compondo o conjunto negros/as também é justificável se consideradas as particularidades da questão racial na formação social brasileira que resultou no enraizamento do racismo com seus desdobramentos tanto nas condições objetivas quanto na subjetividade dos sujeitos negros/as.

Assim, a análise a partir desta perspectiva teórico-metodológica, desvelou como mencionado anteriormente um forte componente racial no trabalho doméstico não remunerado. E mais, quando combinadas as variáveis cor ou raça e sexo, o estudo demonstrou que tanto nos grupos de homens quanto no de mulheres que declarou realizar afazeres doméstico e cuidados de pessoas, a maioria se autodeclararam negros (pretos e pardos).

Observou-se também que nos afazeres domésticos tal qual nos cuidados o menor percentual se deu entre o grupo de homens que se autodeclarou branco o que nos leva a refletir sobre as vantagens que esse grupo, do ponto de vista do sexo e racial tem sobre os

49 Na definição de Osório (2003), a classificação racial é o conjunto de categorias em que os sujeitos da

classificação podem ser enquadrados e a identificação racial é a forma pela qual se define a pertença dos indivíduos aos grupos raciais a partir de categorias manifestas ou latentes.

50

Ver OSÓRIO, Rafael Guerreiro. O Sistema Classificatório de “Cor ou Raça” do IBGE. Texto para Discussão. IPEA, Brasília, 2003. O autor realiza uma síntese sobre as polêmicas que envolve este debate.

demais, mulheres brancas e mulheres e homens negros/as. Parece existir semelhante ao que nos explica Quijano (2005) uma divisão racial também no trabalho doméstico não remunerado, para além da divisão sexual (KERGOAT, 2009).

Essa divisão racial também foi observada no trabalho para o próprio consumo realizado na sua maioria por sujeitos autodeclarados negros/as. Já em relação ao sexo, confirmou-se a histórica participação majoritária das mulheres e ao mesmo tempo a tendência de crescimento dos homens nesse tipo de trabalho que contribui significativamente para compor a alimentação das famílias no campo, em particular, aquelas mais pobres (MELO; DI SABATTO, 2009).

Quando analisadas as atividades pelo sexo de quem as realiza, verificou-se que diferente daquilo observado no trabalho doméstico (afazeres e cuidados) não existe um ―distanciamento‖ das mulheres em relação a algumas atividades consideradas ―masculinas‖, ao contrário, no trabalho para o próprio consumo, há um processo de aproximação das mulheres destas atividades. Entretanto, essa constatação leva à suposição que esse processo aconteça por motivos diferentes. No trabalho doméstico esse ―distanciamento‖ dos homens tem relação com a liberdade convertida em privilégio que lhes dá a possibilidade de ―preferir e escolher‖ que tipo de atividade realizar, fruto da própria divisão sexual do trabalho e das relações patriarcais de sexo. Já no trabalho para o próprio consumo essa aproximação das mulheres independe justamente de sua ―preferência ou escolha‖, mas pela necessidade de prover alimento para a família.

Assim, considera-se a possibilidade de que as mulheres têm conseguido avançar cada vez mais as fronteiras impostas pela divisão sexual do trabalho do que os homens, estes ainda permanecendo, em certa medida, presos a essa estrutura.

Um importante aspecto do estudo refere-se à questão do tempo, mencionado anteriormente. Teve-se a preocupação em verificar o tempo que mulheres e homens dispensavam à realização de tarefas nas diversas modalidades de trabalho não remunerado: trabalho doméstico (afazeres e cuidados), trabalho para a produção do autoconsumo e ―trabalho produtivo‖. As horas trabalhadas foram consideradas separadamente em cada tipo de trabalho e simultaneamente em todas as formas de trabalho.

O resultado demonstrou que a simultaneidade ou concomitância, característica do trabalho doméstico realizado pelas mulheres, também se repete nas outras modalidades de trabalho analisadas. Excetuando o chamado ―trabalho em ajuda a membro do domicílio ou parente‖, ainda assim com uma leve diferença, em todas as outras modalidades as mulheres superam os homens nas dedicadas ao conjunto de todos os trabalhos não remunerados, com

uma média de 80 horas e 60 horas semanais, respectivamente o que significa um peso maior para as mulheres rurais.

Apreende-se mais uma vez, a força do patriarcado e da divisão sexual do trabalho operando sobre a dinâmica dos trabalhos de mulheres e homens. As mulheres rurais seguem sobrecarregadas, pressionadas por uma rotina de trabalho que envolve uma diversidade de tarefas com ―jornadas extensivas e trabalho simultâneo‖ (AVILA; FERREIRA, 2014) e sem remuneração.

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