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Este capítulo se propõe a tecer algumas considerações finais sobre o trabalho aqui apresentado. Trata-se, portanto, de delinear algumas hipóteses levantadas ao longo do texto que merecem um tratamento mais claro, repassando as análises efetuadas anteriormente e levantando questões em aberto.

Uma importante questão que motivou as investigações da trajetória arquitetônica de Vilanova Artigas neste recorte do período compreendido entre os anos 1967 e 1977, foi a indagação surgida na relação entre a Arquitetura e desenvolvimento nacional, em função da nova conjuntura político-econômica aberta pelo Golpe Militar de 1964. Ainda que o objetivo desta pesquisa não tenha sido o de focar suas atenções nos detalhes desta nova conjuntura, vimos de maneira sumária que neste período houve uma desmobilização da relação que foi estabelecida a partir do Estado Novo e que perdurou até o Governo de João Goulart, a qual implicava uma articulação entre o projeto da Arquitetura Moderna e a construção de uma nação moderna. A obra arquitetônica de Artigas, vista num âmbito mais geral, inseria-se e pactuava-se com esta articulação.

No entanto, o incentivo que era dado pelo Estado Brasileiro, à Arquitetura e à Arte Modernas para assimilarem a tarefa de contribuir com a construção da identidade nacional, cumprindo assim um papel estratégico para o processo de modernização do Estado-nação brasileiro, teve seu sentido modificado, mas não interrompido, após 1964, como imaginou inicialmente Vilanova Artigas. Como vimos, a partir deste momento o interesse do Estado militar, não era o de criar a identidade nacional, pelo menos não nos mesmos moldes. Não se tratava de criar um país, posto que este já estava criado, mas de “modernizá-lo”, “avançá-lo”, ainda que a modernização que ocorreu tenha sido a do tipo conservadora. Eram estas as questões que permearam a ideologia propagada pelo governo e por seus apoiadores.

Tal modernização encabeçada pelo governo militar implicava no incremento do aparato estatal, através da criação de várias autarquias, fundos de financiamentos e órgãos de administração direta, cujo objetivo era atuar em diversas áreas para promover o desenvolvimento, atendendo, em última instância, ao que se conheceu como política do “Milagre Econômico”. Artigas foi um personagem que participou ativamente, com suas obras, deste desenvolvimento, atuando junto ao Estado em diversas ocasiões.

Diante deste quadro, o que a obra de Artigas é capaz de nos revelar?

Primeiramente, a análise da produção de Artigas é reveladora das possibilidades de atuação profissional em tal contexto, bem como dos temas que nortearam as ações de planejamento e o desenho arquitetônico. Sob um contexto de crise e revisão do projeto desenvolvimentista que vigorou anteriormente ao Golpe, que para Artigas e toda uma

geração possuía uma dimensão progressista e uma possibilidade de inserção social para a Arquitetura, o sentido da própria produção arquitetônica foi colocado em questão, em momentos como na casa Elza Berquó, ou mesmo na presença em suas residências da coexistência de elementos arcaicos e modernos.

Desta forma, através da produção de Artigas foi possível perceber um reflexo desta realidade histórica de questionamento dos rumos do país e as contradições da atuação profissional dali em diante. A Casa Elza Berquó, de 1967, representa a manifestação arquitetônica que melhor sintetizou a situação de dúvida por ocasião da implantação da Ditadura Militar e foi seguida por uma produção residencial que assimilou elementos estéticos que simbolizavam as contradições existentes no período. Desta forma, a partir da análise de algumas obras é possível verificar que Artigas tirava partido, em seu desenho, dos problemas enfrentados no dia-dia da produção arquitetônica, caracterizada pela convivência do “atrasado” ou dos “arcaísmos” com tecnologia de ponta, o “moderno”. Ao mesmo tempo, no mesmo ano de 1967, ao realizar o primeiro de uma série de conjuntos habitacionais de grande porte no Estado de São Paulo, através da CECAP, acreditamos que Artigas reafirmou a aposta na possibilidade de desenvolvimento mesmo sob a Ditadura Militar, sugerindo de fato uma definição com relação aos questionamentos surgidos durante o projeto da residência. Conforme vimos, era uma postura bastante coerente com a visão do PCB e à esquerda que a ele se vinculava, o que não quer dizer que, dentro de uma visão mais ampla das posições da esquerda brasileira, esta era a opção que se mostrava mais acertada. Era um momento de profundas contradições insolúveis, no qual Artigas apenas escolheu um caminho.

De todo o modo, tais contradições alimentavam o debate arquitetônico: foram elas que distinguiram vários caminhos políticos e estéticos. Era em parte o que alimentava as diferenças entre Sérgio Ferro, Rodrigo Lefèvre e Flávio Império e Vilanova Artigas, conforme se verificou nos debates do Fórum de 1968, na FAU-USP. De outra parte, havia questões que transcendiam o contexto específico da Ditadura Militar. Para tais discípulos de Artigas, seja sob a forma do populismo, seja sob a forma de uma ditadura de cunho militar, o fato é que o desenho arquitetônico por mais progressista que fosse, não dava conta de enfrentar as contradições da produção civil que eram, antes de tudo, contradições do próprio capitalismo. No caso de Artigas, a sua atuação se deu de forma a tentar apostar em algumas possibilidades positivas do desenho arquitetônico com relação ao desenvolvimento nacional e o avanço das forças produtivas, aspecto que parece não ter mudado depois do Golpe Militar. O tema da industrialização continuou presente em sua obra e se desenvolveu ainda mais, entre os anos de 1960 e 70, pois os projetos mostram a constante busca de um desenho que a incentivasse e a crença na sua efetivação.

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Neste sentido, Artigas acreditou na possibilidade do desenvolvimento nacional, através de uma busca de atuação diferenciada, crítica. É verdade que seu universo de preocupações era um tanto distinto do de alguns de seus discípulos e talvez não tenha se proposto a alcançar a mesma radicalidade que estes (ou talvez não trilhar os mesmos caminhos), o que não representa por si só um demérito. Artigas se entregou à atividade de projeto intensamente. Entre os ataques sofridos pelos inquéritos policial-militares e o reconhecimento profissional crescente, inclusive em âmbito internacional, Artigas atuou de formas distintas: desde projetos residenciais a projetos com grandes grupos de técnicos, em autarquias. Sabemos que seu escritório progrediu, que estabeleceu novas parcerias e dirigiu seções de projetos na CECAP. Seu metier, dentro dos órgãos de planejamento era direcionado a uma busca de excelência técnica e, sempre que possível artística. Fora deles, geralmente em projetos de residência de alto padrão, atuava de forma semelhante a períodos anteriores, continuando a desenvolver exercícios táteis nos projetos, experimentando novos desenhos e tecnologias e preservando e desenvolvendo o repertório adquirido ao longo de sua carreira.

Na CECAP Artigas pôde perceber, com maior precisão, as limitações da implementação da pré-fabricação na construção, como vimos um dos temas relevantes à época, que culminaram com trabalhos acadêmicos e estudos distintos sobre o assunto, como o de Paulo Bruna ou mesmo de Sérgio Ferro. A julgar por esta questão, o crescente volume de projetos que o Milagre Econômico gerava não era acompanhado por um crescente incremento de qualidade dos processos de produção da construção civil brasileira. A convivência entre arcaico e moderno, conforme discutido por Schwarz, longe de ser um problema do governo militar, ou de alguns empresários, construtores e empreiteiros “retrógrados”, era sim um problema do capitalismo brasileiro.

O que consideramos interessante ao observar o desenho de Artigas, portador de uma série de intenções, é que ele procurava englobar também uma proposta de avanço para a construção civil, dando a sua contribuição nesta direção, pois procurava assimilar a pré- fabricação e a industrialização como manifestações que tendiam a superar os “atrasos”. Diante disto, sem querer aqui atribuir sentidos estéticos e políticos demasiadamente enviesados à proposta arquitetônica de Artigas, esta não poderia ser lida também como uma espécie de resistência aos arcaísmos que se perpetuavam na construção civil do período?

Quanto à visão de Artigas sobre a cidade, sobre o meio ambiente urbano (environement, como ele certa vez se referiu), sua prática arquitetônica, ainda que restrita ao desenho urbano e a seus edifícios, bem como seus textos, defenderam, na medida do possível, concepções artísticas que acreditava representar uma resistência ao tecnicismo característico das políticas de planejamento do Governo Militar. Apostava e acreditava na importância da utopia e na necessidade de rever a inserção e a integração das concepções dos planejamentos

“menores” (os urbanos) nos planejamentos “maiores” (da sociedade, do sistema político- econômico).

Vimos também que Artigas enfrentou a questão do mutirão no projeto da CECAP em Jaú. Esta experiência tem semelhanças de propostas (e não formais) com as trabalhadas por Sérgio Ferro e Rodrigo Lefèvre, como a execução da cobertura visando à facilitação e à valorização do trabalho de construção. Serviu, assim, para aproximar minimamente o trabalho do canteiro e o trabalho da prancheta, ainda que não exatamente sob a forma de um “canteiro-escola” ou “canteiro-ateliê” como concebida por Rodrigo Lefèvre, que almejava restituir plenamente não só uma relação positiva e artisticamente produtiva entre arquitetos e operários, como também restituir ao trabalhador sua competência e saber perdidos. Neste projeto, Artigas realiza algo distinto do que havia afirmado no Fórum de 1968 e vinha realizando em sua arquitetura até então. Acabou por aceitar realizar um projeto que tinha como eixo a produção por meio de mutirão, que até então negava fazer. Levantamos ainda uma hipótese a respeito desta decisão: esta seria a oportunidade de Artigas mostrar que o mutirão era algo que também poderia ser englobado no desenvolvimento, no projeto da modernização brasileira. Uma manifestação cuja intenção era a de expor a amplitude de sua visão e a “superioridade” de sua opção desenvolvimentista que poderia abarcar propostas como a de Ferro e Lefèvre, talvez consideradas, nesta ocasião, pejorativamente como desvios ou “opções menores”, uma vez que assimilavam valores distintos daqueles contidos na visão desenvolvimentista tais como o alto padrão técnico/tecnológico e a produção industrializada.

Chegamos assim, no âmbito modesto deste trabalho, à constatação de que a produção de Artigas aqui analisada é reveladora de uma continuidade de seu pensamento no tocante ao desenvolvimento nacional e a contribuição da arquitetura a ele, desde 1967. A linguagem arquitetônica de Artigas no período analisado é em grande medida um desenvolvimento de suas idéias anteriores, de uma visão de modernidade bastante atrelada ao racionalismo arquitetônico e ao desenvolvimento técnico. A racionalidade (arquitetônica), o progresso científico e tecnológico continuou a ser, para Artigas, algo visto e trabalhado como instrumento de novas sociabilidades, de novas relações entre os homens.

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VILANOVA ARTIGAS. Depoimento. Porto Alegre, 1981. Depoimento organizado pelo IAB/Departamento do Rio Grande do Sul. Provavelmente o depoimento foi gravado enquanto Artigas percorria os painéis com uma pequena mostra de suas obras.

VILANOVA ARTIGAS. Depoimento. São Paulo, 11 de outubro de 1968. Depoimento realizado na FAUUSP, resultante da participação de Artigas como convidado na Unidade de

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ensino básica 5º ano, sob orientação dos professores Júlio Roberto Katinsky, Gabriel Bolaffi e Hélio Penteado. Como debatedores nessa ocasião foram também convidados os professores Flávio Motta, Juarez Soares Brandão Lopez e Rodrigo Lefévre, Paulo Mendes da Rocha e Fábio Penteado.

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APÊNDICE

A seguir serão apresentados alguns gráficos que mostram algumas características da produção de Artigas ao longo de sua carreira. Apresentamos apenas aqueles gráficos que acreditamos serem de relevância para a pesquisa, pois não é nossa intenção apresentar uma análise estatística completa e detalhada.

Gráfico 1:

Fonte: Acervo digitalizado da Fundação Vilanova Artigas

O Gráfico 1 mostra o total aproximado de projetos realizados por Artigas, em toda a sua carreira, separados percentualmente em algumas categorias que foram criadas nesta pesquisa. Note-se que nesta amostragem a quantidade de residências unifamiliares responde por mais de um terço de sua produção.

Obs: A categoria “outros” inclui edifícios que não se enquadraram em nenhuma categoria criada, que foram de difícil definição nas categorias ou mesmo que apresentam problemas com a referência na base de dados.

Total de Projetos por Categoria

Residências Unifamiliares 42% Outros 10% Comerciais 9% Urbanização 7% Escolas 5% Sindicatos 5% Esporte 5% Indústrias 1% Hospitais 3% Conjuntos Hab. 2% Lazer 3% Saúde 3% Institucional 4% Religioso 1%

Gráfico 2:

Fonte: Acervo digitalizado da Fundação Vilanova Artigas

O Gráfico 2 mostra a distribuição da obra total catalogada de Vilanova Artigas por décadas. Como se pode perceber há dois momentos de pico de sua produção arquitetônica, um nos anos de 1940 e o outro nos anos de 1970.

Gráfico 3:

Fonte: Acervo digitalizado da Fundação Vilanova Artigas

O Gráfico 3 mostra uma comparação, por décadas, entre o total da obra catalogada de Vilanova Artigas e as residências produzidas, neste total. Como se pode perceber a produção residencial de Artigas foi muito expressiva em toda a sua carreira, porém a maior taxa foi realizada na década de 1940 (~83% do total da década).

Obs: As duas pontas do gráfico (décadas de 1930 e 1980) não têm 10 anos completos, porque correspondem respectivamente ao início (1937) e ao fim (1985) da produção de Artigas.

Distribuição dos projetos por data

0 20 40 60 80 100 120 140 1930 1940 1950 1960 1970 1980 sem data Décadas

Quantidade de Residencias Unifamiliares no total de projetos

0 20 40 60 80 100 120 140 30 40 50 60 70 80 sem data Décadas Total Residências Nº. de Projetos Nº. de Projetos

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Gráfico 4:

Fonte: Acervo digitalizado da Fundação Vilanova Artigas

O gráfico 4, por sua vez compara, por décadas, a quantidade de Escolas no total da produção de obras. A produção é maior nos anos de 1970.

Gráfico 5:

Fonte: Acervo digitalizado da Fundação Vilanova Artigas

O Gráfico 5 compara, por décadas, a quantidade de edifícios para sindicatos produzidos por Artigas. Há um maior número produzido nos anos de 1960.

quantidade de Ed. p/ Sindicatos do total de projetos

0 20 40 60 80 100 120 140 30 40 50 60 70 80 sem data Décadas Projetos sindicatos

Quantidade de Escolas do total de projetos

0 20 40 60 80 100 120 140 30 40 50 60 70 80 sem data Décadas Total Escolares Nº. de Projetos Nº. de Projetos

Gráfico 6:

Projetos para o Estado

0 0 3 8 61 3 2 0 10 20 30 40 50 60 70 1930 1940 1950 1960 1970 1980 Sem data

Fonte: Acervo digitalizado da Fundação Vilanova Artigas