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Para Fernando Pessoa “viver não é necessário; o que é necessário é criar”. Ele assim afirma: “Não conto gozar a minha vida; nem em gozá-la penso. Só quero torná-la grande, ainda que para isso tenha de ser o meu corpo e a minha alma a lenha desse fogo” (2015, p. 15-16). Não há dúvidas de que essas palavras podem ser entendidas como uma das chaves para abrir o caminho das possíveis e diversas leituras de sua múltipla e labiríntica produção, cujas singularidades intrínsecas a tornam ímpar dentro do cenário da poesia moderna portuguesa. Dessa maneira, pôde-se verificar que o poeta, pela vida afora, brincou de ser vários, atividade que, em sua vida adulta, passou a constituir um sistema de expressões estruturadas em três heterônimos. Vale destacar, ainda, que a ficção heteronímica de Fernando Pessoa é regida por um princípio de coesão interna e não apenas como máscaras independentes. Na visão de Carlos Felipe Moisés (2005, p. 182):

Pessoa criou os heterônimos como quem forja a sua family romance, fazendo que a família heteronímica fosse constituída de mestre e discípulos, influências e interinfluências, contrastes e semelhanças; expedientes comuns, críticas, elogios, explicações várias; todo um “sistema” literário, enfim. Em vez de assinalar sua filiação a determinados mestres (Shakespeare, Camões, Goethe), nosso poeta inventa o seu mestre Caeiro, de quem Pessoa Ele-mesmo e os demais são os discípulos, levando-nos a crer que ele é o seu próprio mestre, descende de si mesmo, não tem ascendentes.

Segundo Pessoa (2012, p. 136-137), todo poeta de gênio tem uma missão a cumprir e a sua seria, portanto, a de contribuir com uma corrente literária que agisse como uma descarga elétrica no psiquismo nacional e que assim, pudesse tirar Portugal da estagnação cultural e política em que se encontrava:

Porque a ideia patriótica, sempre mais ou menos presente nos meus propósitos, avulta agora em mim; e não penso em fazer arte que não medite fazê-lo para erguer alto o nome português através do que eu consiga realizar. É uma consequência de encarar a sério a arte e a vida. Outra atitude não pode ter para com a sua própria noção-do-dever quem olha religiosamente para o espetáculo triste e misterioso do Mundo.

Como abordamos no segundo capítulo, Fernando Pessoa alinha-se com o espírito inovador das vanguardas, mas sem fazer do passado tábula rasa, como anunciou Marinetti em seus manifestos. Como bem coloca Carlos Felipe Moisés (2005, p. 185), Pessoa levou a iconoclastia radical dos futuristas italianos a um grau nem mesmo sonhado por Marinetti, “é

que em Pessoa sobra o que em Marinetti e seguidores escasseia: a ironia transcendental. Isso o preservou de tomar ao pé da letra o propósito de ‘destruir o passado’”.

Dessa forma, o poeta português entendeu que, ao romper com todo o passado, e não só o da tradição lusitana, mas o passado de todos os tempos, ele correria o risco de existir em um vazio absoluto, enquanto, na verdade, precisava somente reconstruir a base fornecida por esse mesmo passado. Pessoa compreendeu, com isso, uma outra forma de enxergar o passado, ele o encara, critica, e aprende com ele, operando, assim, uma revisão.

A conclusão a que chegamos com relação à organização da poesia de Pessoa é a de que ela radica nesse movimento de olhar para trás, mas não se trata de um olhar inocente, mas sim sagaz e profundamente irônico. Ainda de acordo com Carlos Felipe Moisés (2005, p. 187):

Cada faceta ou máscara da poesia pessoana é etapa de um movimento espiralado que volta ao passado e retorna ao presente: recuar para avançar. Cada circunvolução refaz a anterior, mas os extremos não se tocam: a espiral gira e todas as linhas convergem para o centro, de onde o movimento é incessantemente retomado.

Certamente, o maior recuo em direção ao passado se configurou em Alberto Caeiro. Seu bucolismo é platônico, é de alma, é a representação do homem que tenta recuperar o contato com a Natureza, ou seja, com o tempo mítico. Para isso, Pessoa/Caeiro propõe o que Massaud Moisés (2009, p. 60) chamou de “deslogicização do pensamento, a des-significação da palavra, reduzindo-a uma res, coisa material”. Isso seria uma conquista mais que sonhada para o homem moderno, que carrega em si o peso gigantesco de séculos de imposições. Ao fazer esse gesto de volta ao tempo mítico, Pessoa tenta reorientar o passado em direção a um futuro diferente.

Já o passado que Ricardo Reis retoma é mais próximo, trata-se do passado da Roma Antiga e do advento do Cristianismo, portanto, quando o tempo histórico adentra o tempo mítico marcando o início da decadência progressiva da civilização. Dessa forma, seu olhar remete à mitologia, ao politeísmo pré-cristão por configurar o tempo sem as atrocidades praticadas em nome de Deus.

É na máscara de Álvaro de Campos, portanto, que Fernando Pessoa enfrenta o mundo moderno e as imposições da sociedade industrial e materialista, porém, o enfrentamento do presente do jeito que ele o faz, isto é, ironicamente, e sem o entusiasmo ingênuo futurista, também implica uma volta ao passado.

Desse modo, a leitura e análise do poema “Ode Triunfal”, bem como dos escritos em prosa de Pessoa, mostraram-nos dois aspectos fundamentais na poesia pessoana. O primeiro deles é o profundo conhecimento que o escritor demonstrou em relação à vanguarda futurista,

assim como a sua recusa por ela. Recusou o Futurismo de tal forma que usou das próprias técnicas estilísticas do movimento, mas sempre apoiado no recurso da ironia para criticar e, com isso, destruir cada referência da civilização da era das máquinas. Além disso, Pessoa valeu- se da sátira para zombar, em alguns momentos, do próprio Marinetti, como se fosse um ataque pessoal. De fato, Pessoa ficou tentado em contatar o futurista e tencionou lhe dedicar a Ode, como mostra um rascunho da seguinte carta:

Envio-lhe, por este correio, um número da revista portuguesa Orpheu, e esta carta leva até si uma tradução francesa, que acabo de fazer, da minha Ode Triumphal, publicada em Orpheu. Em Orpheu a minha ode não tem dedicatória. Peço-lhe permissão para lha dedicar, aquando da publicação do meu livro, em que estará inserida. Devo dizer-lhe, com toda a franqueza, que não sou de modo algum futurista; contudo, li, na sua atitude, (não na sua Obra) esse amor pelas coisas modernas que existia já em mim, e à qual procurei dar, na Ode Triumphal, a expressão puramente de engenheiro, puramente mecânica e técnica. Não admitindo qualquer relação entre a arte e a realidade, não admito, naturalmente, nem a vossa técnica nem os vossos processos. Para mim, as vossas palavras em liberdade não fazem sentido. Apenas admito as minhas sensações e, utilizando a vossa expressão, na arte apenas admito as sensações em liberdade (PESSOA apud PIZARRO, 2009, p. 81).

A carta, como se vê, possui a mesma marca irônica empregada no poema, pois Pessoa não foi um entusiasta pueril “pelas coisas modernas”, muito menos deu à expressão da Ode somente o tom mecânico e técnico, ou seja, sem emoções. O que realmente desejava Fernando Pessoa era que Marinetti soubesse que que ele usou o mesmo estilo, a técnica e os temas, mas para corroer, com um niilismo irônico “as mais imbecis produções” do Futurismo italiano (PESSOA, 1979, p. 66).

O segundo aspecto importante que se pôde destacar através da análise é que Campos representa a consciência do homem moderno, dilacerado na sua agonia de estar em um mundo em crise e em falência total. Logo, é preciso olhar novamente para o passado para reavaliá-lo, reconsiderando os seus fundamentos e trazendo até o presente aquilo que tenha sido mantido vivo, por exemplo, a alma dos homens, para que, assim, seja possível reconstituir a unidade espiritual do ser, direcionando-o para um futuro diferente, já que no mundo moderno o homem carece de sentido e de alma. Somente com base nesse novo olhar é que a civilização poderá considerar-se elevada. Essa, de fato, seria a poesia futurista.

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