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As considerações finais são compreendidas como possibilidade de reforçar os principais resultados e apontamentos desta pesquisa, sem a pretensão de que as reflexões e questões suscitadas ao longo da investigação tenham se esgotado com este trabalho. Nesse sentido, acredito que esse processo possibilitou pensar e repensar o objeto de análise, indicando que o caminho investigativo não se finaliza, mas sim se coloca como um campo aberto para outros e novos empreendimentos de investigação e reflexão.

Do ponto de vista das escolhas metodológicas, considero que por meio da observação participante, foi possível estabelecer e construir uma aproximação com os jovens, que se constituiu em relações de confiança, apesar de não desconsiderar que se apoiavam em uma plataforma frágil, tendo em vista o contexto de privação de liberdade e as dinâmicas sociais nas quais os jovens estavam inseridos e devido às quais não se permitiam confiar muito nas outras pessoas, por muito tempo.

No entanto, considero que, por meio da observação participante, foi possível me conectar com esses jovens, me distanciando do papel ocupado tanto pela equipe técnica, quanto pela equipe de segurança da Casa de Semiliberdade. E assim, consegui prosseguir com a fase das entrevistas, instrumento metodológico que se revelou em um potente espaço de interação (BOURDIEU, 1997), pelo qual os jovens compartilharam suas histórias, seus contextos familiares, suas experiências como jovens em privação de liberdade e suas perspectivas de vida e de futuro. Riquíssimos relatos que se fizeram elementos essenciais para o percursoteórico-metodológico e analítico aqui empreendido. Nesse sentido, é fundamental ressaltar que tive a consciência de que não seria possível capturar a totalidade dos relatos apresentados pelos jovens, tendo em vista as limitações de uma dissertação de mestrado, bem como a compreensão de que não é possível dar conta da totalidade das experiências do outro, retomando o diálogo realizado com Larossa (2002).

Dediquei-me a me aproximar e compreender a condição juvenil dos jovens inseridos na medida socioeducativa de semiliberdade, na Casa de Semiliberdade de Governador Valadares-MG. Para tanto, inicialmente investi na construção de um perfil geral dos jovens pesquisados, a partir da análise de documentos registrados pela própria instituição, intercruzados com os registros das observações e com os dados coletados nas entrevistas. Nesse perfil geral, foi possível compreender tanto os aspectos voltados para a faixa etária, escolaridade, raça, renda familiar, ocupação e escolaridade dos pais e responsáveis, quanto aspectos que compuseram a vivência da condição juvenil desses jovens, permitindo

compreender o lugar social duro das camadas populares ocupado por esses sujeitos. Sendo assim, através das falas dos jovens, pude me aproximar um pouco mais das suas histórias de vida, conhecendo e compreendendo os aspectos que marcaram e constituíram as experiências anteriores à inserção na medida de semiliberdade.

Na busca por compreender a condição juvenil desses jovens, identifiquei algumas dimensões que se fizeram mais latentes nas análises realizadas, tais como família, escola, trabalho, sociabilidade e território. Essas dimensões retrataram com força os contextos socioculturais precários vividos por esses jovens, marcados por relações de exclusão, opressão, violência e vulnerabilidade social. Ao final da pesquisa, é possível reafirmar que esses jovens, desde que nasceram, vivenciaram processos de desumanização, que estruturaram a sua posição e de suas famílias, na estratificação social. Além de ditarem os limites das suas relações sociais, inserção e mobilidade social. Assim, foi possível compreender que esses jovens são produzidos socialmente como “marginais”, no sentido daqueles que estão à margem, o que exige pesquisas que desvelem esses processos que atingem parcela considerável das crianças e adolescentes das famílias populares no Brasil.

Era objetivo deste trabalho também conhecer e compreender a medida socioeducativa de semiliberdade e o trabalho desenvolvido na Casa de Semiliberdade de Governador Valadares-MG, suas concepções, objetivos e ações. Através da pesquisa exploratória, da análise de documentos em diálogo com os referenciais teóricos e normativos sobre os direitos da criança e do adolescente, juntamente com a observação e relatos dos jovens, foi possível compreender que havia uma proposta de atendimento socioeducativo, com base em alguns princípios considerados básicos para o atendimento aos jovens.

No entanto, ficou nítida também a dificuldade de traduzir de maneira concreta tais princípios no cotidiano da Unidade pesquisada. As análises revelaram os desafios enfrentados para não se deixar imergir nos discursos e abordagens parciais que veem suas atividades como voltadas para a reintegração, reinserção e/ou ressocialização dos jovens. Essas perspectivas terminam por limitar o potencial dos educadores e instituições de se constituírem como suportes concretos na vida deles. Uma das questões apontadas se referiu ao eixo da educação profissional, o qual pouco se fez realidade nas experiências dos jovens durante o cumprimento da medida socioeducativa.

Outro objetivo central desta pesquisa foi a compreensão dos sentidos que os jovens atribuíam à experiência da medida de semiliberdade. Mais uma vez, cabe ressaltar que a compreensão de tal questão exigiria um olhar sobre outros aspectos e dimensões que

constituem as trajetórias individuais e sociais dos jovens, considerando suas experiências em diferentes contextos sociais como família, escola, trabalho, território e outros. Embora eu tenha buscado interlocuções com tais dimensões, reconheço os limites de uma dissertação de mestrado e me concentrei sobre as narrativas juvenis sobre as experiências na Casa de Semiliberdade.

Assim sendo, para além das observações, investi nesse tema durante os diálogos empreendidos nos momentos de entrevista. Através dos depoimentos dos jovens, pude perceber e compreender as experiências vividas e, a partir dos olhares deles sobre tais experiências, identificar e tecer análises sobre os sentidos atribuídos por eles. O processo investigativo revelou a forte e significativa presença das ambiguidades na vivência dessa experiência de privação. Continuamente os jovens precisavam fazer escolhas ambíguas entre o tempo da medida socioeducativa e o tempo fora da medida, as vivências e sociabilidade vividas dentro e fora, as lógicas do território da “semi” e as lógicas dos territórios das “quebradas” e dos “fechamentos”. A ambiguidade estava presente também nas relações familiares e na elaboração de expectativas e perspectivas de futuro. Os jovens pesquisados precisavam lidar com a necessidade de administrar a constante situação limítrofe, com as diferentes circunstâncias em que eram colocados à prova, o que se configurava como situações trágicas.

Busquei ainda compreender os projetos de futuro dos jovens e a sua relação com a medida socioeducativa de semiliberdade. Com relação a essa pretensão inicial, também reconheço as limitações da pesquisa no sentido de que compreender os diferentes projetos de futuro dos jovens exigiria um mergulho maior nas trajetórias e experiências de cada um em suas várias dimensões, tendo em vista que os projetos de futuro são elaborados a partir de uma determinada configuração social. Assumo que nos limites desta dissertação, apesar das tentativas em aproximar de outros contextos como da família e da escola, não foi possível concretizar o investimento necessário neste trabalho, embora estivesse no horizonte do projeto inicial. Sendo assim, permaneço com a busca por esse objetivo, concentrando nas narrativas dos jovens sobre tal tema. O que percebemos no processo de investigação foi que a relação com a dimensão do projeto de futuro era estabelecida pelos jovens de maneira muito distante, prevalecendo uma adesão ao tempo presente. Diante da situação trágica que eles vivenciavam, na qual os horizontes eram tão curtos, as suas perspectivas eram fortemente colocadas no horizonte imediato. A investigação reforçou a relevância e a necessidade do desenvolvimento de novos estudos voltados para a reflexão acerca da relação entre as medidas socioeducativas

e os projetos de futuro juvenis. Nesse sentido, assumo os limites desta investigação e deixo a questão em aberto para outras pesquisas e para que outros pesquisadores possam desdobrá-la.

Outra lacuna que esta pesquisa apresentou se referiu à complexa e potente dimensão da relação familiar vivida por esses jovens. Acredito que esse aspecto demanda mais investimentos teórico-metodológicos que possibilitem aprofundar mais a análise e, desse modo, compreender com mais amplitude a vivência da condição juvenil desses jovens. Assim, trata-se de mais uma possibilidade de pesquisa que se abre.

A pesquisa permitiu compreender a importância de compreender os sentidos atribuídos pelos jovens às suas experiências como sujeitos, que agem no mundo e se fazem humanos em meio a processos duros que insistem em desumanizá-los. E desse modo, foi e continua sendo relevante para este trabalho a complexa dimensão da produção social da marginalidade. Questão que se abre, conjuntamente com esta pesquisa, para novas e necessárias investigações que contribuam para o redirecionamento do nosso olhar, da nossa postura e ação política e educadora e da produção do conhecimento sobre os sujeitos jovens em situação de conflito com a lei, que vivenciam constantes situações marcadas intensamente por ambiguidades, na sua condição trágica de viver sempre no limite, no fio da navalha.

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