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Considerações Internacionais sobre o uso da Taxonomia dos Diagnósticos de Enfermagem da NANDA-

No documento ARQUIVO BAIXADO DO SITE (páginas 188-192)

T. Heather Herdman, RN, PhD, FNI

Conforme observado anteriormente, a NANDA International iniciou como uma organização norte-americana, com os primeiros diagnósticos desenvolvidos, basicamente, por enfermeiros dos Estados Unidos e do Canadá. Nos últimos 20 anos, porém, ocorreu um envolvimento crescente de enfermeiros de todo o mundo, e a lista de membros da NANDA-I envolve hoje cerca de 40 países, com quase dois terços de seus afiliados com origem em países fora da América do Norte. São realizados trabalhos em todos os continentes com o uso dos diagnósticos de enfermagem da NANDA-I, em currículos, prática clínica, pesquisa e aplicativos eletrônicos. O desenvolvimento e aperfeiçoamento dos diagnósticos são processos contínuos em vários países. Como reflexo dessa crescente atividade, contribuição e uso internacionais, a North American Nursing Diagnosis Association tornou-se uma organização internacional, desde 2002, quando ocorreu a troca do nome para NANDA International, Inc. Assim, solicitamos que você não se

refira à organização como North American Nursing Diagnosis Association (ou como North American Nursing Diagnosis Association International), a não ser que se refira a algo ocorrido

antes de 2002 – simplesmente, tal nome não reflete nosso alcance internacional, não sendo também o nome legal da organização. Conservamos “NANDA” no nome devido ao status na profissão de enfermeiro; assim, pense nesse nome mais como uma marca do que um acrônimo, já que não mais responde pelo nome original.

Como a NANDA-I está sendo adotada cada vez mais no mundo inteiro, devem ser abordadas questões relativas a diferenças no alcance da prática da enfermagem, à diversidade dos modelos de prática da enfermagem, a leis e regulamentos divergentes, à competência dos enfermeiros e a diferenças educacionais. No Think Tank Meeting de 2009, que incluiu 86 pessoas representando 16 países, ocorreram discussões importantes sobre a melhor maneira de lidar com esses e outros assuntos. Enfermeiros de alguns países não conseguem utilizar diagnósticos de enfermagem de natureza mais fisiológica, porque estes estão em conflito com o atual alcance da prática desses profissionais. Em outros países, os enfermeiros têm regulamentos para garantir que tudo que seja feito na prática da enfermagem possa ser demonstrado com base em evidências. Assim, os profissionais da enfermagem enfrentam dificuldades com os diagnósticos de enfermagem mais antigos e/ou as intervenções associadas, que não encontram suporte em um nível sólido de pesquisas na literatura. Em consequência, houve debates com lideranças internacionais acerca do uso e da pesquisa de diagnósticos de enfermagem em busca de um rumo que atenda às necessidades da comunidade mundial.

Esses debates resultaram em uma decisão unânime de manter a taxonomia como um corpo de conhecimento intacto em todos os idiomas, de modo a permitir que enfermeiros no mundo todo vejam, discutam e levem em conta conceitos diagnósticos em uso por profissionais em seu país e fora dele, e que envolvam-se em debates, pesquisas e discussões sobre a adequação de todos os diagnósticos. O relato completo do Think Tank Summit pode ser encontrado na internet

(www.nanda.org). Queremos trazer aqui, no entanto, um enunciado crítico acordado no Summit, antes da apresentação dos próprios diagnósticos de enfermagem.

Nem todos os diagnósticos na taxonomia da NANDA-I são adequados a todos os enfermeiros em suas práticas – e nunca foi assim. Alguns são bastante específicos a especializações, não sendo, necessariamente, utilizados por todos os enfermeiros na prática clínica... Há diagnósticos na taxonomia que podem se situar fora do âmbito ou dos padrões de prática da enfermagem de determinada área geográfica na qual atuam os enfermeiros.

Esses diagnósticos não seriam apropriados à prática nessas situações, não devendo ser usados, quando situados fora do âmbito ou dos padrões de prática da enfermagem, em determinada região geográfica. No entanto, seria adequado que permanecessem visíveis na taxonomia, uma vez que ela representa os julgamentos clínicos feitos por enfermeiros em todo o mundo, e não apenas os feitos em determinada região ou país. Todos os profissionais devem conhecer os padrões e o alcance da prática e trabalhar em conformidade com eles, com a legislação ou os regulamentos adstritos à sua licença profissional. Mas importante também é que todos esses profissionais conheçam as áreas de prática da enfermagem existentes no mundo todo, já que esse conhecimento embasa discussões e pode, com o tempo, oferecer evidências de apoio à retirada de diagnósticos da taxonomia atual, algo que não ocorreria se eles não fossem traduzidos. Finalizando, os enfermeiros devem identificar os diagnósticos apropriados à sua área de atuação, situados no âmbito de sua prática ou em conformidade com os regulamentos legais, para os quais esses profissionais têm competência. Educadores, especialistas clínicos e administradores de enfermagem são fundamentais para garantir que os enfermeiros realmente conheçam os diagnósticos localizados fora do âmbito de sua prática, em determinada região geográfica. Há uma multiplicidade de livros de consulta, em vários idiomas, que incluem toda a taxonomia da NANDA-I; a retirada de diagnósticos pela NANDA-I, em cada país, sem dúvida causaria grande confusão mundial. A publicação da taxonomia não exige, de forma alguma, que um enfermeiro utilize todos os diagnósticos que a compõem; isso também não é justificativa para uma prática fora do alcance da licença ou dos regulamentos de prática de cada profissional da enfermagem.

Domínio 1

Domínio 1: Promoção da Saúde

Classe 1: Percepção da Saúde

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No documento ARQUIVO BAIXADO DO SITE (páginas 188-192)