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Perguntas básicas sobre a NANDA-I O que é a NANDA International?

No documento ARQUIVO BAIXADO DO SITE (páginas 161-165)

Implementar diagnósticos de enfermagem incrementa qualquer aspecto da prática da enfermagem, desde conquistar respeito profissional até garantir documentação consistente que represente o julgamento clínico profissional dos enfermeiros e a documentação correta para possibilitar o reembolso. A NANDA-I existe para desenvolver, aperfeiçoar e promover terminologia que reflita, com precisão, julgamentos clínicos de enfermeiros.

O que é taxonomia?

Taxonomia é a prática e a ciência da categorização e classificação. A taxonomia da NANDA-I apresenta 234 diagnósticos de enfermagem, agrupados (classificados) em 13 domínios (categorias) da prática da enfermagem: Promoção da Saúde, Nutrição, Eliminação e Troca, Atividade/Repouso, Percepção/Cognição, Autopercepção, Papéis e Relacionamentos, Sexualidade, Enfrentamento/Tolerância ao Estresse, Princípios da Vida, Proteção/Segurança, Conforto, Crescimento/Desenvolvimento.

Por que a NANDA-I cobra uma taxa para acesso a seus diagnósticos de enfermagem?

Em qualquer área, o desenvolvimento e a manutenção de um corpo de trabalho baseado em pesquisas exige um investimento de tempo e especialização, e a disseminação desse trabalho constitui uma despesa a mais. Como uma organização de voluntários, patrocinamos reuniões de comitês que revisam, analiticamente, os diagnósticos enviados para análise, para termos certeza de que atendem ao nível dos critérios de evidências. Também oferecemos cursos educativos e ofertas em inglês, espanhol e português em razão da alta demanda para esse conteúdo. Temos membros em comitês de todo o mundo e realizamos videoconferências e reuniões ao vivo ocasionais que constituem despesas – da mesma forma que as conferências e os eventos educativos. Nossas taxas dão apoio a esse trabalho de forma equilibrada e são bastante modestas na comparação com as cobradas para uma licença de acesso aos diagnósticos médicos do ICD- 10.

Se comprar um livro e datilografar os conteúdos em software, ainda assim tenho que pagar?

A NANDA International, Inc. depende dos fundos recebidos da venda de nossos livros e licença eletrônica para manter e melhorar o estado da ciência em nossa terminologia. A terminologia da NANDA-I tem direitos assegurados de copyright, assim, parte alguma da publicação dos Diagnósticos de enfermagem da NANDA-I: definições e classificação pode ser reproduzida,

armazenada em sistema de recuperação ou transmitida por qualquer meio, eletrônico, mecânico, fotocópia, gravação ou outro, sem permissão prévia do editor. O que inclui blogs on-

line, páginas na Internet, etc.

Isso vale independentemente da linguagem em que você pretende usar o trabalho. Para uso diferente da leitura ou consulta ao livro, é exigida uma licença da Blackwell Publishing Ltd. (uma empresa da John Wiley & Sons Inc.) ou do editor do livro aprovado em qualquer outro idioma.

Os direitos de tradução oficial para nosso trabalho em outros idiomas que não o inglês podem ser encontrados em www.nanda.org/nanda-international-taxonomy-translation-licensees.html. O uso desse conteúdo exige que seja feita uma solicitação para permissão e o recebimento desta de parte do editor para a reprodução de nosso trabalho em qualquer formato. Mais informações estão disponíveis em www.nanda.org, ou você pode contatar Wiley-Blackwell em wiley@nanda. org, ou, ainda, visitar a página www.wiley.com/wiley-blackwell.

A estrutura da Taxonomia II deve ser usada como recurso de levantamento de dados de enfermagem?

A taxonomia pretende oferecer organização aos termos (diagnósticos) na NANDA-I. Jamais quis servir de estrutura para coleta de dados. Consulte, por favor, nossa Declaração de Posição sobre o uso da taxonomia da NANDA-I como estrutura para coleta de dados de enfermagem.

O que é o PES, como foi desenvolvido e quais suas origens? A NANDA-I exige o formato/esquema PES?

“PES” é acrônimo para Problema, Etiologia (fatores relacionados) e Sinais/Sintomas (características definidoras). O formato PES foi publicado, pela primeira vez, pela Dra. Marjory Gordon, uma das fundadoras e ex-presidente da NANDA-I. As partes que compõem os diagnósticos da NANDA-I são chamadas de fatores relacionados e características definidoras, sendo que a expressão “formato PES” não é utilizada nas edições atuais da NANDA-I. Ainda é empregado em vários países e muitas publicações. Formular diagnósticos precisos conta com a identificação e a documentação de fatores relacionados e características definidoras, e o formato PES dá suporte a isso, o que é essencial à acurácia nos diagnósticos de enfermagem, foco esse que a NANDA-I apoia com veemência.

A NANDA-I, porém, não exige esse formato ou qualquer outro específico para a documentação de diagnósticos de enfermagem. Estamos cientes da ampla variedade de sistemas eletrônicos de documentação em uso e seu desenvolvimento no mundo todo. Há tantas formas de providenciar documentação de enfermagem quantos forem os sistemas existentes. Muitos sistemas eletrônicos não permitem o uso do modelo “relacionado a... evidenciado por”. É importante, no entanto, que os enfermeiros possam comunicar os dados coletados que apoiam o diagnóstico feito, para que outros que cuidam do paciente saibam por que um diagnóstico foi selecionado. Por favor, consulte a Declaração de Posição da NANDA-I sobre a estrutura do enunciado dos diagnósticos de enfermagem, quando faz parte do plano de cuidados.

O formato PES ainda é um método sólido para ensino do raciocínio clínico e apoio a estudantes e enfermeiros que aprendem a habilidade de diagnosticar. Como os pacientes costumam ter mais de um fator relacionado e/ou característica definidora, muitos locais substituem a expressão “manifestado/evidenciado por” e “relacionado a” por uma lista de características definidoras e fatores relacionados, após o enunciado do diagnóstico. Essa lista se baseia na situação de cada paciente e pode usar termos padronizados da NANDA-I. Códigos de informática estão disponíveis para todos os indicadores diagnósticos na terminologia da NANDA- I na Internet.

Independentemente das exigências para a documentação, é importante lembrar que, para um atendimento seguro ao paciente nas áreas clínicas, é essencial uma coleta/identificação ou pesquisa de características definidoras (manifestações do diagnóstico) e fatores relacionados (ou

causas) dos diagnósticos de enfermagem. A escolha de intervenções eficientes baseia-se em fatores relacionados e características definidoras.

Como redijo o enunciado diagnóstico para diagnósticos de risco, com foco no problema e de promoção da saúde?

Os sistemas de documentação diferem conforme a organização; assim, em alguns casos, talvez você possa escrever (ou escolher numa lista de computador) o título diagnóstico que corresponda à resposta humana que você diagnosticou. Os dados coletados podem ser encontrados em seção diferente (ou “tela”) do sistema de informática, e você escolhe seus fatores relacionados e características definidoras, ou seus fatores de risco, naquele lugar. A seguir, são apresentados alguns exemplos de registro PES.

Diagnóstico com foco no problema

Para usar o formato PES, começar com o diagnóstico em si, seguido dos fatores etiológicos (fatores relacionados em um diagnóstico com foco no problema). Após, identificar os principais sinais/sintomas (características definidoras).

Ansiedade relacionada a crises situacionais e estresse (fatores relacionados) evidenciado

por inquietação, insônia, angústia e anorexia (características definidoras). Diagnóstico de risco

Para diagnósticos de risco não há fatores relacionados (fatores etiológicos), uma vez que você está identificando uma vulnerabilidade em um paciente para um potencial problema; ele ainda não está presente. Especialistas de diferentes áreas recomendam o uso de expressões diferentes (alguns usam “relacionado a”, outros usam “evidenciado por” para diagnósticos de risco). Como a expressão “relacionado a” é usada para sugerir uma etiologia, no caso do diagnóstico com foco no problema, e pelo fato de haver apenas uma vulnerabilidade para um problema, quando usado um diagnóstico de risco, a NANDA-I decidiu recomendar o uso da expressão “evidenciado por” em referência à evidência do risco existente, quando usado o formato PES.

Risco de infecção evidenciado por vacinação inadequada e imunossupressão (fatores de risco).

Diagnóstico de promoção da saúde

Pelo fato de os diagnósticos de promoção da saúde não exigirem um fator relacionado, não há “relacionado a” na redação desses diagnósticos. Em seu lugar, são dadas as características definidoras como evidência do desejo do paciente de melhorar seu estado de saúde atual.

Disposição para autocuidado melhorado evidenciado por desejo expresso de melhorar o autocuidado.

A NANDA-I oferece uma lista de seus diagnósticos?

Não existe um uso real para o simples oferecimento de uma lista de termos – isso acabaria com o propósito de uma linguagem padronizada de enfermagem (SNL). A não ser que seja conhecida a definição, as características definidoras, os fatores relacionados/de risco, o título por si só não tem sentido. Assim, não acreditamos que seja interessante à segurança do paciente a produção de listas simples de termos que possam ser mal compreendidos ou usados de forma inadequada num contexto clínico.

É fundamental termos a definição do diagnóstico e, mais importante, os indicadores diagnósticos (dados da coleta/história do paciente) necessários para a elaboração do diagnóstico; por exemplo, os sinais/sintomas identificados por meio da coleta de dados (“características definidoras”) e a causa do diagnóstico (“fatores relacionados”), ou itens que colocam o paciente em alto risco de um diagnóstico (“fatores de risco”). Ao coletar dados de um paciente, você conta com seu conhecimento clínico e “conhecimentos bibliográficos” para enxergar padrões nos dados, indicadores diagnósticos que se agrupam e que podem ter relação com um diagnóstico. As perguntas a serem feitas para a identificação e validação do diagnóstico correto incluem:

1. A maior parte das características definidoras/fatores de risco está presente no paciente? 2. Há fatores etiológicos evidentes (“fatores relacionados”) para o diagnóstico no paciente? 3. Você validou o diagnóstico com o paciente/a família ou com outro colega de enfermagem

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