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Para compreender nosso objeto de estudo, foi feita uma pesquisa na literatura sobre a Educação de Jovens e Adultos e o método Paulo Freire de círculos de cultura, definição de mapa mental, os princípios para sua construção, suas variações e a utilização como estratégia na aprendizagem. Também foi importante trazermos o debate sobre os princípios gráfico- visuais e sua aplicação na construção de mapas mentais.

A primeira etapa da pesquisa constituiu-se na aplicação do Círculo de Cultura Epistemológico para entendermos as especificidades dos participantes. Assim, identificamos que a turma se constitui prioritariamente por sujeitos com faixa etária mista, entre 18 e 45 anos e que, em sua maioria, possuem um espaço intermediário entre o término do ensino fundamental e a continuidade dos estudos do ensino médio através da EJA. Todos possuem dificuldades e motivações para prosseguir as atividades escolares.

Na segunda etapa do projeto, fizemos um levantamento sobre os principais elementos e princípios gráficos para a construção visual, bem como os princípios da construção de mapas mentais. Este levantamento possibilitou o desenvolvimento da apresentação multimídia em slides, que desempenhou o papel de capacitar os sujeitos sobre a construção e utilização dos mapas mentais através da oficina. Esta apresentação se mostrou um recurso de instrução eficaz para o sujeito no experimento.

Na última etapa aplicamos a construção dos mapas mentais como estratégia de aprendizagem em uma temática específica. Com os resultados, conseguimos analisar a utilização dos mapas e concluímos que a estratégia pode ser um recurso eficaz como auxílio na aprendizagem.

A contribuição oferecida pela utilização de mapas mentais nem sempre corresponde à obtenção de resultados melhores da avaliação de conhecimentos do aluno do que os obtidos por meio de outras estratégias, como por exemplo, aula expositiva. Contudo, é importante destacar que os mapas mentais como ferramenta para o estudo, organização e assimilação do conhecimento são mais uma alternativa disponível para os alunos com o perfil da EJA, que muitas das vezes, em função de seu contexto cognitivo e social não se adequam às estratégias convencionais utilizadas pelos professores.

Ressaltamos, por fim, a necessidade de inovar as estratégias de ensino e aprendizagem, no sentido de favorecer a construção do conhecimento e estimular a continuidade da busca pelo conhecimento, sobretudo na modalidade Educação de Jovens e Adultos, cuja taxa de evasão infelizmente ainda é muito alta.

REFERÊNCIAS

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XMIND. Xmind: mind mapping. Disponível em: https://www.xmind.net/. Acesso em: 10 out. 2019.

APÊNDICES

APÊNDICE A – INSTRUMENTO DE PESQUISA: CÍRCULO DE LEITURA

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INSTRUMENTO DE PESQUISA – CÍRCULO DE CULTURA

Este material servirá como instrumento de pesquisa, sendo ele utilizado no círculo de cultura oferecido aos alunos.

A Coordenadora (ou animadora) fará uma breve apresentação sobre ela mesma, sobre a pesquisa e sobre o cronograma do primeiro dia da pesquisa. Após isso, terá uma rodada com o nome dos participantes

PERGUNTAS GERAIS

1. Idade dos alunos – Pedir para levantar a mão a idade correspondente a) entre 17 e 25 anos

b) entre 25 e 30 anos c) entre 30 e 45 anos d) entre 45 e 60 anos e) mais de 60 anos 2. Quem possui filhos? 3. Onde os alunos moram? 4. Todo mundo trabalha?

5. Vocês passaram muito tempo fora de sala de aula? 5. Por que voltaram a estudar?

6. O que mais gostam na escola de modo geral?

7. Quais são as atividades do dia-a-dia que podem dificultar a ida para a escola? PERGUNTAS SOBRE APRENDIZAGEM

1. Pedir para levantar a mão nas atividades que eles gostam de fazer em sala de aula: a) Leitura

b) Debate c) Seminário

d) Aula Expositiva (com apresentação de slides) e) Aula mais prática

f) outros

Obs: Debater quais são os que eles mais gostam e menos gostam e perguntar o porquê. 2. Para você, qual é o melhor momento das aulas? Por quê?

3. Para você, qual é o pior momento das aulas? Por quê?

4. Quais são as disciplinas que você sente mais facilidade? Por que? 5. Quais são as disciplinas que você menos sente dificuldade? Por que?

6. Vocês dedicam algum tempo para estudar em casa ou só estuda na escola? Por quê? 7. Vocês têm dificuldade de aprender o conteúdo das aulas? Que tipo de dificuldade? 8. Como você faz para estudar para uma prova?

9. Como você faz para resolver exercícios em casa? 10. Vocês já ouviram falar em Mapas Mentais?

- Se sim, vcs já utilizaram em alguma situação? Gostaram? | se não, o que vcs acham que é? • Mostrar Slides de exemplos de mapas mentais e mostrar brevemente como podemos cria-los

APÊNDICE B – MATERIAIS DE APOIO ETAPA 2 (MÉTODOS E TÉCNICAS): OFICINA DE CONSTRUÇÃO DE MAPAS MENTAIS

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OFICINA DE CONSTRUÇÃO DE MAPAS MENTAIS – MATERIAL DE APOIO TEMA 1: FESTA JUNINA

Celebradas no Brasil desde pelo menos o século XVII, as Festa Juninas constituem a segunda maior comemoração realizada pelos brasileiros, ficando atrás apenas do Carnaval. De acordo com os historiadores, a festa tem origem no culto aos deuses pagãos, mas sofreu influências do catolicismo e hoje há forte associação com os santos católicos, como Santo Antônio, São João e São Pedro.

Saiba mais: origem da Festa Junina

Com a chegada dos portugueses, as festas, que já eram típicas na Europa, também desembarcaram no Brasil e aos poucos foram se misturando com elementos próprios do interior do país e das tradições sertanejas. Comidas típicas, danças e enfeites utilizados nas festas de hoje são uma junção de partes da cultura africana, europeia e indígena.

Atualmente, há uma grande valorização das festas juninas na região Nordeste. Em Campina Grande, na Paraíba, por exemplo, acontece o maior festejo do país, com queima de fogos, fogueira gigante, concurso de quadrilhas e diversas barracas típicas com jogos e comidas. Comidas

Com a popularização das festas juninas no Brasil, a difusão dos elementos ligados à festa tornou-se cada vez mais comum. As comidas típicas da Festa Junina são um exemplo disso. Em todas as regiões, o produto utilizado para preparar as guloseimas da festa é basicamente o mesmo: o milho. Pipoca, canjica, pamonha, bolo de milho e curau são algumas das iguarias servidas.

Há também outras comidas com nomes bem peculiares, como mané pelado, pé de moleque, maçã do amor e cachorro-quente. Nesse universo, destaca-se também o quentão, uma espécie de chá feito com gengibre, canela e pinga.

A decoração de Festa Junina feita com bandeirolas e balões, a fogueira e os fogos de artifício são itens que caracterizam o ambiente da festa junina. Existem ainda algumas brincadeiras e práticas às quais os convidados são submetidos: pau-de-sebo, lavagem dos santos, correio elegante, casamento caipira e outros.

Nesse período de festas, alguns supersticiosos aproveitam para realizar simpatias de Festa Junina. Existem rituais para pedir namorado, para afastar a inveja e até para se livrar de verrugas.

Além do Brasil, as celebrações da festa junina são notáveis em diversos países. Reino Unido, França, Itália, Portugal, Espanha, Noruega, Estados Unidos, Porto Rico, Canadá e Austrália são alguns exemplos de lugares que celebram essas tradições.

Fonte: https://brasilescola.uol.com.br/detalhes-festa-junina/. Acesso em 01/09/2019

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OFICINA DE CONSTRUÇÃO DE MAPAS MENTAIS – MATERIAL DE APOIO TEMA 2: CARNAVAL

O Carnaval é um período de festas populares realizadas durante o dia e à noite. As comemorações ocorrem todos os anos, nos meses de fevereiro ou março, começando no sábado e estendendo-se até a Terça-feira de Carnaval.

As celebrações carnavalescas terminam na Quarta-feira de Cinzas, dia que marca o início da Quaresma — período de 40 dias que segue até a Sexta-feira Santa, dois dias antes da Páscoa. As festas de Carnaval são adaptadas de acordo com a história e a cultura local. Em geral, as pessoas dançam, comem e bebem alegremente em festas, bailes de máscaras, bailes de fantasias, desfiles de blocos, escolas de samba, trios elétricos e até na própria rua. O Carnaval do Brasil é a maior festa popular do país, fazendo parte da sua identidade

nacional. Também é o Carnaval mais famoso do mundo, chegando a atrair milhares de turistas de vários países.

Escolas de samba, clubes, locais de eventos, hotéis, entre outros lugares, costumam trabalhar durante grande parte do ano para organizarem as festas de Carnaval. Isso significa que as comemorações tornaram-se fontes de negócio e lucro.

Arraigado à cultura brasileira, o Carnaval mexe com as pessoas, que se preparam fisicamente para aguentar a maratona de festas. Parte da população investe em roupas, acessórios,

fantasias etc. Há algumas pessoas que, inclusive, apresentam-se sem roupa alguma, apenas com tapa-sexos e maquiagens com muito glitter.

Rio de Janeiro : A partir da década de 60, o Carnaval carioca com o samba tornou-se uma importante atividade comercial. A prefeitura do Rio de Janeiro passou a colocar

arquibancadas na avenida Rio Branco e a cobrar ingresso para ver o desfile. Depois foi projetada a Passarela do Samba ou o Sambódromo.

O Carnaval na Região Nordeste do Brasil surgiu na Bahia, no final do século XIX, com o objetivo de relembrar as tradições culturais africanas. Nesse mesmo período, em Pernambuco, a dança frevo foi popularizada na capital Recife, e o maracatu, em Olinda. Os bonecos

O chamado “trio elétrico” começou a desfilar em 1950 nas ruas de Salvador. Era um caminhão em cuja caçamba havia instrumentos musicais e alto-falantes.

Fonte: https://brasilescola.uol.com.br/carnaval/. Acesso em 01/09/2019

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OFICINA DE CONSTRUÇÃO DE MAPAS MENTAIS – MATERIAL DE APOIO TEMA 3: NATAL

No dia 25 de dezembro é celebrado, nos países que seguem a tradição cristã, o Natal. Essa data leva esse nome porque se refere à natividade (ou nascimento) de Jesus Cristo, tido como o Filho de Deus e Salvador da humanidade pelos cristãos. Não há, contudo, nenhuma referência histórica explícita de que Cristo tenha nascido nesse dia (25 de dezembro).

A escolha do 25 de dezembro como o dia propício para se comemorar o nascimento de Cristo ocorreu na transição da Idade Antiga para a Idade Média, durante o processo de cristianização dos antigos domínios do Império Romano. No dia 25 de dezembro, comemorava-se, no Império Romano, o Dia do Sol Invencível, dedicado ao deus Mitra. À medida em que o cristianismo foi se assentando entre os romanos, esse dia foi paulatinamente associado à figura de Cristo, em especial ao seu nascimento.

A principal cerimônia que é realizada na época do Natal, especificamente na noite de véspera, no dia 24 de dezembro, é a Missa do Galo, celebrada pelo Papa católico. Além disso, é costume já secular de, também na noite de véspera do Natal, as famílias reunirem-se para a Ceia e para a troca de presentes, prática essa que também tem uma história particular, que pode ser consultada neste texto: Presentes de Natal.

Essas cerimônias acompanham uma ampla gama de símbolos, que são vistos na composição de espaços públicos e privados durante o mês de dezembro. É o caso do presépio, que foi desenvolvido na Idade Média por São Francisco de Assis e que consiste em uma maquete que encena o momento do nascimento de Cristo em Belém, na Judeia. Há ainda os casos da árvore de Natal, símbolo pagão incorporado ao cristianismo por São Bonifácio, também na Idade Média, e do Papai Noel, que é uma derivação da figura de outro santo, São Nicolau, que, na véspera do Natal, doava presentes para crianças.

Todos esses símbolos e histórias referentes ao Natal acabam estimulando um clima de harmonia e solidariedade no fim de cada ano, o que desperta sentimentos de afabilidade, além de representar também a virtude da Esperança, cara ao cristianismo. Entretanto, é necessário dizer

que a época do Natal acabou por ser absorvida também por grandes corporações comerciais, como marcas de brinquedos, doces, refrigerantes e outros tipos de bebida. Tal absorção subverte o Natal de seu sentido mais nobre e pode vir a empobrecer os significados mais profundos dessa data.

Fonte: https://brasilescola.uol.com.br/natal/. Acesso em 01/09/2019

APÊNDICE C – MATERIAIS DE APOIO ETAPA 3 (MÉTODOS E TÉCNICAS): MAPAS MENTAIS COMO AUXÍLIO DE APRENDIZAGEM NO CONTEÚDO DE

HISTÓRIA

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MAPAS MENTAIS COMO ESTRATÉGIA DE APRENDIZAGEM – MATERIAL DE APOIO

DISCIPLINA: HISTÓRIA ANTIGA PROFESSOR: ALBERTO FILGUEIRA

ANTIGUIDADE ORIENTAL E CLÁSSICA EGITO

Os povos que habitavam o Oriente Médio pertencem a várias origens, dentre os quais arianos ou indo-europeus e os semitas.

Arianos: iraquianos, indianos. Semitas: assírios, israelitas. I - NATUREZA

O desenvolvimento dessa civilização tornou-se possível graças à presença do Rio Nilo que possui cerca de 6670 km de comprimento, enquanto o Egito possui 1000 km. Na região das suas nascentes, caem abundantes chuvas no período de julho a setembro, provocando enchentes que alagam todo vale percorrido pelo rio. Voltando ao leio normal, a partir de novembro, as águas deixam a terra irrigada de um limo extremamente fértil. Esse material é trazido de longínquas regiões.

Os egípcios consideravam o Nilo como um verdadeiro deus; dirigiam-lhe preces e cânticos solenes. O Nilo divide o Egito em duas partes: o alto e o baixo Egito. O historiador grego Heródoto afirmou: “O Egito é uma dádiva do Nilo”.

O HOMEM: A população do antigo Egito não teve uma única origem. Havia uma mistura de povos diferentes, mas seu elemento dominante foi o povo hamítico, mais tarde juntaram-se a outros povos de origem semita.

Provavelmente o mais antigo documento da história egípcia a ser decifrado tenha sido a Pedra de Rosetta, encontrada em 1789 por um oficial de Napoleão. Uma das características importantes da civilização egípcia foi seu isolamento, cercado por desertos.

LIMITES:

Ao norte: Mar Mediterrâneo

Ao sul: Cataratas do Nilo (pântanos do Suldão) Ao leste: Deserto Arábico

Ao oeste: Deserto do Saara. II - EVOLUÇÃO POLÍTICA

A partir do IV milênio a.C, os povos que viviam às margens do Nilo evoluíram, formando pequenas unidades políticas, chamadas de nomos (havia 42 nomos).

a) Período Pré-dinástico: (5 mil a.C _ 3.200 a.C). Caracterizado pela unificação dos reinos pelo faraó Menés (reino do norte – coroa vermelha e, reino do sul – coroa branca).

b) Antigo Período: (3.200 a.C _ 2.300 a.C). O Egito era um Estado Teocrático, governado por um faraó considerado divino. Para os egípcios a continuação da vida após a morte era um princípio religioso fundamental. Tanto os reis como os cortesãos mandavam construir luxuosas sepulturas para assegurar-se que no além, iriam continuar a desfrutar de sua posição. Esse desejo de imortalidade incentivou o faro Quéfren a erigir diante da pirâmide que levava o seu nome e viria a ser sua tumba, a enigmática esfinge que mede trinta metros de comprimento por vinte de altura, sendo igual ou mais reverenciada que as pirâmides. Paz interna e prosperidade econômica foram as características deste período; percebe isto através das construções das pirâmides. Foi a era das grandes construções em Gizé, onde os faraós eram enterrados. Expandiu seus horizontes com expedientes comerciais para Núbia, Sinai e Líbia.

c) Médio Império: (2000 a.C _ 1580 a.C). Monarcas sem autoridade governam o país, que entre 1800 a.C e 1700 a.C foram invadidos por tribos asiáticas chamadas hicsos, os quais dominaram o país, o êxito destes foi devido em grande parte ao uso de cavalos e dos carros de guerra que os egípcios desconheciam. Os hicsos dominaram o Egito por 170 anos. A dominação dos hicsos uniu os egípcios, despertando um forte sentimento militarista, que a partir de Tebas e sob a liderança de Amósis I conseguiram expulsa-los em 1580 a.C. Após a expulsão, os hebreus também invasores de origem asiática foram dominados e escravizados. Perto de 1250, conseguiram deixar a região sob o comando de Moisés, no acontecimento conhecido como êxodo. A força do novo império tratou de ampliar as fronteiras destacando-se os faraós Tutmes III, bem como o reformador religioso Amenófis IV.

d) Novo Império: (1580 a.C _ 525 a.C). O acontecimento mais importante foi o êxodo de Israel.

O Nilo era a força que movimentava a economia. Alimentava as milhares de pessoas que viviam às suas margens, numa área de aproximadamente 1000 km de comprimento por 15 km de largura. Porém, o grande rio precisava ser disciplinado pelo trabalho do homem, com a construção de diques, reservatórios. Tais empreendimentos exigiam uma administração centralizada. Desta forma o Egito antigo pode ser visto mais como um país agrícola do que como mercantil.

a) PRODUÇÃO AGRÍCOLA: Graças ao apoio do poder central, auxiliado pelos

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