• Nenhum resultado encontrado

Considerações sobre as Metodologias Referenciais avaliadas

3. FORMULAÇÃO DO MODELO DE ANÁLISE

3.1. Considerações sobre as Metodologias Referenciais avaliadas

A partir da análise dos modelos apresentados, suas dimensões, componentes, variáveis, contexto de aplicação e características relevantes, foram tecidas considerações modelo a modelo com o objetivo de identificar e ressaltar as propriedades ou qualidades distintivas fundamentais de cada metodologia.

As considerações sobre as metodologias referenciais avaliadas em Tecnologias da Informação e Comunicação e de Gestão são apresentadas nas tabelas 3.1 e 3.2.

Tabela 3.1. Considerações sobre as Metodologias de TIC Modelo

analisado Dimensões Relevantes Contribuições / Considerações Fonte COBIT Informação (critérios)

Planejamento e Organização Entrega e Suporte Monitoramento

Define critérios sobre a qualidade e uso da informação (efetividade, eficiência, confiabilidade, integridade, disponibilidade e conformidade).

Define Planejamento de TIC e questões-chave para que a tecnologia contribua com os objetivos organizacionais. Estabelece linhas de controle e riscos na dimensão de entrega e suporte.

Estabelece o M&A para o acompanhamento intensivo de processos, requisitos mediante graus de conformidade. ITGI/OGC (2007); ITGI (2007); Nichols (2008).

Modelo

analisado Dimensões Relevantes Contribuições / Considerações Fonte Val IT Planejamento/Estratégia

Arquitetura de TIC TIC para os processos finalísticos Gestão da entrega /suporte de serviços e portfólio Gestão de valor e Avaliação de custos, riscos e resultados

Orienta as unidades de TIC a gerarem valor para o negócio.

Define a arquitetura de TIC favorável, contemplando os recursos técnicos, competências e habilidades

requeridas.

Gerencia a criação de valor das TIC à finalidade da organização.

A unidade de TIC faz investimentos nas atividades fins.

Gerencia a entrega em conformidade com os requisitos.

Mensura o retorno dos investimentos em TIC de forma objetiva e direta e avalia a extensão dos benefícios alcançados. ITGI (2008); ITGI/VAL-IT (2008). Harvard Kennedy School/Max well.S. Syracuse (área foco TI) Informação Sistemas informacionais no ambiente organizacional Arquitetura de TIC Integração e alinhamento das unidades de TIC (centrais e setoriais) Planejamento de TIC Capacitação e formação de equipes de TIC e de usuários Avaliação de benefícios das TIC Aquisição de TIC Comunicação e Serviços online aos cidadãos Websites

Direciona o fornecimento de

informações para as necessidades de gestores, partes interessadas e objetivos estratégicos.

Direciona a disponibilidade de sistemas/aplicativos para auxílio de gestores e objetivos estratégicos. Define a Arquitetura de TIC adequada à estratégia.

Define Planejamento de TIC global alinhado com os planos

setoriais/operacionais de TIC. Define capacitação de especialistas de TI e de usuários na aplicação e uso das TIC.

Justifica investimentos de TIC, avalia e acompanha os benefícios

alcançados e entregues pelas TIC. Comunica e provê serviços online aos servidores, cidadãos e partes

interessadas.

Define a usabilidade e adequabilidade das TIC, principalmente a respeito dos websites. (King, Zeckhauser et al. (2004); Ingraham (2000); Hou, Moynihan et al. (2001).

Modelo

analisado Dimensões Relevantes Contribuições / Considerações Fonte TAI – Technology Achievement Index Criação e adoção de novas tecnologias Infraestrutura de TIC (host de internet e conectividade) Competências e habilidades humanas

Cria, adota e difunde tecnologias. Infraestrutura TIC.

Define o desenvolvimento de habilidade humana para adoção e uso de

tecnologia. Cherchye, Moesen et al. (2007); Desai et al. (2002). DAI – Digital

Access Index Disponibilidade de Infraestrutura Conhecimento e habilidades de pessoal Qualidade dos serviços de TIC Uso da Internet

Determina o potencial de acesso às TIC. Avalia a disponibilidade e a qualidade de infraestrutura,

Mede o grau de escolaridade/instrução de usuários.

Mensura o quantitativo de usuários de internet e usuários com o uso de serviços públicos eletrônicos.

Mingers (2003). NRI – Networked Readiness Index

Prontidão para o uso das TIC (ambiente e agentes

intervenientes) Impactos obtidos pelo uso das TIC

Mensura a prontidão do ambiente (tecnológico/infraestrutura, político, regulatório, mercado) e dos agentes intervenientes (cidadãos, negócios e governos).

Avalia os níveis de impacto dos benefícios obtidos pelo uso das TIC (indivíduos, negócios e governo),

Dutta e Mia (2009).

ORBICOM –

Digital Divide Infraestrutura de TIC (equipamentos, redes etc.)

Intensidade do uso das TIC

Avalia a infraestrutura de TIC existente. Mensura o grau de intensidade do uso das TIC, Sciadas (2003). UNCTAD – ICT Development Indexes Acesso às TIC Uso das TIC Competências em TIC

Define os meios necessários e a disponibilidade para acesso às TIC. Verifica o uso das TIC.

Verifica o grau de competências para adotar as TIC.

ITU (2009a); ITU (2009b).

Modelo

analisado Dimensões Relevantes Contribuições / Considerações Fonte E- Government – Nações Unidas (ONU) Infraestrutura de TIC Serviços online Capital humano Define o quantitativo de equipamentos de infraestrutura de TIC necessários (PCs, capacidade de banda etc). Avalia os sites e sistemas online e seu grau de acesso

(acessibilidade). United Nations (2010). Perfil de Governança de TI – Tribunal de Contas da União (TCU) Liderança Estratégias e Planos Cidadãos e Sociedade Informações e Conhecimento Pessoas Processos de TIC

Define um comitê, os objetivos e indicadores dessa instância. Define a maturidade do planejamento estratégico da organização e o planejamento estratégico de TI.

Simplifica o atendimento ao cidadão e atendimento dos interesses da sociedade. Identifica sistemas críticos a serem informatizados.

Compõe a força de trabalho e maturidade dos processos de capacitação, de forma quantitativa e qualitativa. Gera processos de TIC (segurança da informação e política de segurança processos de gerenciamento de projetos, gestão de serviços, levantamento de necessidades em TIC e Fontes de informação etc).

TCU/Sefit (2010a); TCU/Sefit (2010b); MPOG/Gespública (2008). Experiência referencial de TIC do Município de São Paulo TIC prestação de serviços públicos TIC para modernização da gestão Coordenação e acompanhamento transversal (atuação integrada) Programas de inclusão digital e em áreas de educação, saúde, segurança pública etc.

Define e implementa a prestação de serviços públicos eletrônicos (e-Serviços), automação de processos internos (e- Administração Pública) e mecanismos de participação democrática (e-Democracia). Define a estratégia de prestação de serviços por meio de diversos canais de acesso e entrega de serviços.

Estabelece programas de

inclusão digital e de atendimentos

Prefeitura SP/SEPLAG (2006)

Tabela 3.2. Considerações sobre as Metodologias de Gestão

Modelo Dimensões

Relevantes Contribuições / Considerações Fonte Modelo de Excelência em Gestão Pública (MEGP) – GesPública Liderança Estratégias e Planos Cidadãos e Sociedade Informações e Conhecimento Pessoas Processos Resultados Avalia a governança e a governabilidade pela maneira como é exercida a liderança.

Formula e desdobra a estratégia.

Identifica e atende as demandas dos cidadãos, e a entrega de serviços/produtos à sociedade.

Define e avalia a obtenção, armazenagem, tratamento, disseminação/compartilhamento e análise das informações.

Avalia a capacitação e o desenvolvimento de pessoas para a melhoria dos sistemas de trabalho e processos.

Define o modelo de estruturação e gestão dos processos.

Analisa a tendência de desempenho da organização.

MPOG/GesPública   (2008)

Modelo Dimensões Relevantes Contribuições / Considerações Fonte Harvard Kennedy

School/Maxwell.S. Syracuse (área foco Gestão)

Gestão para resultados

Gestão financeira

Gestão de Recursos Humanos

Gestão de

Capital/Investimento

Define o Plano Estratégico global e o desdobra em planos

estratégicos das unidades vinculadas.

Define um conjunto de indicadores de desempenhos para mensurar o desempenho e os resultados alcançados.

Avalia o uso efetivo das medidas de desempenho e a comunicação dos resultados.

Define previsões de receitas e despesas, planejamento cíclicos, demonstrações financeiras (com auditoria), relatórios financeiros tempestivos.

Gerencia contratos de bens e serviços.

Aprova orçamentos, investimentos e gerencia a dívida de longo prazo.

Define a política de procedimentos de pessoal e o dimensionamento qualitativo e quantitativo da força de trabalho.

Promove o desenvolvimento de competências por meio de formação/capacitação.

Estabelece política de incentivos vinculada ao desempenho. Estabelece prioridades de investimento.

Acompanha os projetos de capital (elevado investimento). (King, Zeckhauser et al. (2004); Ingraham (2000); Hou, Moynihan et al. (2001). Gestão Matricial de Resultados (GMR) Agenda Estratégica Estrutura/Arquitetura implementadora Monitoramento e avaliação

Formula os propósitos, resultados e ações a serem implementadas. Alinha pessoas, processos, sistemas informacionais, recursos financeiros para execução da estratégia.

Acompanha e avalia o progresso e os resultados por meio do

Falcão- Martins e Marini (2010).

3.2. FRAMEWORK DE ANÁLISE: CONCEPÇÃO DO INSTRUMENTO E