Conforme apresentado na seção 2.5, os trabalhos empíricos identificaram alguns fatores que, de acordo com a metodologia aplicada em cada pesquisa, comprovaram-se ser determinantes da estrutura de capital da estrutura de capital das empresas analisadas. No Quadro 1 será apresentado o referencial teórico utilizado na elaboração das hipóteses da pesquisa.
Autores/Ano Variáveis Testadas Principais Resultados
Nakamura (1992) Ativos Tangíveis
Porte
Rentabilidade
Setor de Atividade
- A variável ativos tangíveis apresentou uma relação positiva e com significância estatística com a variável endividamento. Os resultados confirmaram a teoria de agency e as abordagens sobre os custos de falência.
- A variável porte apresentou uma relação positiva e com significância estatística com a variável endividamento. Os resultados confirmaram a Teoria de Agency e as abordagens sobre os Custos de Falência.
- A variável rentabilidade apresentou uma relação negativa e com significância estatística com a variável endividamento. Os resultados confirmaram a teoria Pecking Order.
- O setor de atividade da empresa foi apontado como fator de diferenciação de endividamento entre as empresas.
Famá e Kayo (1997) Crescimento
Rentabilidade
Porte
- A variável crescimento apresentou uma relação negativa e com significância estatística com a variável endividamento. Os resultados confirmaram as Teorias de Agency, Pecking
Order e as abordagens sobre os Custos de
Cont. - A variável rentabilidade apresentou uma relação negativa e com significância estatística com a variável endividamento. Os resultados confirmaram a Teoria Pecking Order.
- A variável porte apresentou uma relação negativa e com significância com a variável endividamento. Os resultados negaram a Teoria de Agency e as abordagens sobre os Custos de Falência.
Pereira (2000) Crescimento
Tipo de controle da empresa
- A variável crescimento apresentou uma relação positiva e com significância estatística com a variável endividamento. Os resultados negaram as Teorias de Agency, Pecking Order e as abordagens sobre os Custos de Falência
- A variável tipo de controle da empresa não foi apontada como determinante da estrutura de capital das empresas.
Moreira e Puga (2001) Lucratividade
Porte
Crescimento
- A variável lucratividade apresentou uma relação negativa e com significância estatística com a variável endividamento. Os resultados confirmaram a Teoria Pecking Order.
- A variável porte apresentou uma relação negativa e com significância estatística com a variável endividamento. Os resultados negaram a Teoria de Agency e as abordagens sobre os Custos de Falência.
- A variável crescimento apresentou uma relação negativa e com significância estatística com a variável endividamento. Os resultados confirmaram as Teorias de Agency, Pecking
Order e as abordagens sobre os Custos de
Falência
Gomes e Leal (2001) Rentabilidade - A variável rentabilidade apresentou uma relação negativa e com significância estatística com a variável endividamento. Os resultados
Cont. Risco
Composição dos Ativos
Porte Crescimento
Setor
confirmaram a teoria Pecking Order.
- A variável risco apresentou uma relação positiva e com significância estatística com a variável endividamento. Os resultados negaram as Teorias de agency e as abordagens dos Custos de Falências.
- A variável composição dos ativos apresentou uma relação positiva e com significância estatística com a variável endividamento. Os resultados confirmaram a Teoria de Agency e as abordagens dos Custos de Falência.
- A variável porte apresentou uma relação negativa e com significância estatística com a variável endividamento. Os resultados negaram a Teoria de Agency e as abordagens sobre os Custos de Falência.
- A variável crescimento apresentou uma relação negativa e com significância estatística com a variável endividamento. Os resultados confirmaram as Teorias de Agency, Pecking
Order e as abordagens sobre os Custos de
Falência
- A variável setor não apresentou significância estatística com a variável endividamento. Famá e Perobelli (2001) Porte
Crescimento
Rentabilidade
- A variável porte apresentou uma relação negativa e com significância estatística com a variável endividamento de curto prazo. Os resultados negaram as Teorias de Agency,
Pecking Order e as abordagens sobre os Custos
de Falência
- A variável crescimento apresentou uma relação negativa e com significância estatística com a variável endividamento de curto prazo. Os resultados confirmaram as Teorias de
Cont. os Custos de Falência.
- A variável rentabilidade apresentou uma relação negativa e com significância estatística com a variável endividamento geral.
Machado, Temoche e Machado (2004) Porte Crescimento Rentabilidade Risco
Composição dos Ativos Liquidez
- A variável porte apresentou uma relação negativa e com significância estatística com a variável endividamento.
- A variável crescimento apresentou uma relação negativa e sem significância estatística com a variável endividamento. Os resultados confirmaram as Teorias de Agency, Pecking
Order e as abordagens sobre os Custos de
Falência
- A variável rentabilidade apresentou uma relação negativa e sem significância estatística com a variável endividamento. Os resultados confirmaram a teoria Pecking Order.
- A variável risco apresentou uma relação negativa e com significância estatística com a variável endividamento. Os resultados confirmaram as Teorias de Agency e as abordagens dos Custos de Falência.
- A variável composição dos ativos apresentou uma relação negativa e com significância estatística com a variável endividamento. Os resultados negaram a Teoria de Agency e as abordagens dos Custos de Falência.
- A variável liquidez apresentou uma relação negativa e com significância estatística com a variável endividamento. Os resultados confirmaram a teoria Pecking Order.
Quadro 1: Variável e resultados dos trabalhos empíricos sobre estrutura de capital
Conclui-se através do Quadro 1 que as variáveis crescimento, composição dos ativos, rentabilidade e porte foram testadas na maior parte dos trabalhos empíricos sobre estrutura de capital das empresas brasileiras.