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Construção de gráficos e explorações sobre a média (4ª Etapa)

Capítulo 5 FAMILIARIZAÇÃO COM O SOFTWARE TINKERPLOTS

5.4 Construção de gráficos e explorações sobre a média (4ª Etapa)

Os estudantes iniciaram a construção do gráfico de escala intervalar a partir da inserção dos atributos relativos à questão proposta.

A Figura 27 apresenta o gráfico com escala intervalar elaborada automaticamente pelo TinkerPlots, após os estudantes inserirem os atributos do cards para a área dos plots, clicando sobre eles com o mouse de modo a selecioná-los, e arrastando-os (conforme indica a seta na Figura 27).

Figura 27 - Gráfico de escala intervalar com atributo peso.

Na Figura 27, observamos que o atributo peso está selecionado e a escala gerada apresenta uma divisão intervalar que vai de 0-9,99 e de 10-20. Essa escala intervalar é construída de acordo com os valores quantitativos que aparecem no banco de dados. Assim, o intervalo dessa escala vai ser criado pelo software de acordo com a variação dos dados.

Dentro do contexto do software TinkerPlots, tem-se disponibilizado diversos tipos de gráficos como: barras verticais e horizontais, setores, pictográficos, dot plot entre outros. Nesse sentido, utilizamos como referência em nosso estudo o dot plot, que de acordo com Konold e Miller (2005) mostra como um atributo numérico é distribuído, mantendo cada caso explícito.

Para criarmos um dot plot no software TinkerPlots existem duas maneiras distintas. A primeira seria colocando um atributo no eixo vertical e clicarmos em um dos plots da distribuição e arrastá-lo para cima até observamos a formação de uma escala numérica (ver exemplo na Figura 28).

Figura 28 - Construção do dot plot no eixo vertical.

Como podemos observar na Figura 28, o estudante deveria clicar em qualquer atributo da distribuição e arrastá-lo de baixo para cima, seguindo a ordem da letra (A) na Figura 28 até a letra (D) (acompanhar seta). Nesse procedimento através da ação de arrastar o plot, intuitivamente o estudante estava gerando o gráfico de escala numérica e que neste caso é o dot plot. O mesmo procedimento era realizado para o gráfico no eixo horizontal como podemos observar na Figura 29.

Figura 29 - Construção do dot plot no eixo horizontal.

Para a construção do dot plot no eixo horizontal os estudantes clicavam em um plot e arrastavam da esquerda para a direita seguindo a ordem das setas da Figura 29 do (A) ao (D).

A segunda maneira de se construir um dot plot, era dando um clique duplo com o mouse na escala intervalar do gráfico, de imediato aparecia uma caixa com o título “Edit Axis”, ou seja, edite o eixo e os estudantes foram orientados pelo pesquisador a colocarem zero no valor que aparecia na caixa, para que assim a escala numérica fosse gerada a partir do valor zero. Na Figura 30 observamos com nitidez onde o estudante clicou para aparição da caixa de edição do eixo e na Figura 31 observamos todo o processo, onde o estudante coloca o valor zero na “Bin Width” e assim gera a escala numérica e o dot plot (acompanhar as setas e imagens do (A) ao (D) na Figura 31).

Figura 30 - Construção do dot plot no eixo horizontal.

Figura 31- Construção do dot plot no eixo horizontal.

Os estudantes acharam interessantes as duas maneiras de criação do dot plot e estavam livres para construí-lo do jeito que achassem mais conveniente. Dando continuidade ao trabalho com a média durante a familiarização, os estudantes sob a orientação do pesquisador, construíram o dot plot com os atributos nos dois eixos (vertical e horizontal) e foram indagados a localizarem a média no gráfico e a estimarem

um valor numérico para as mesmas, haja vista, que como estavam os gêneros masculino e feminino os estudantes estimaram uma média para cada um e localizaram no gráfico (ver Figura 32).

Figura 32 - Localização da média no dot plot no eixo horizontal.

É valido salientar que os plots estão circulados nas Figuras 32 e 33porque os estudantes realizaram essa operação de maneira intuitiva para demonstrar onde estaria localizada a média no gráfico. Observa-se nas figuras que na visão dos estudantes seria onde estivesse a maior concentração de plots na distribuição.

Em seguida os estudantes foram orientados pelo pesquisador a clicarem na ferramenta stack, que organiza os plots e a estimarem novamente um valor numérico ou se preferissem poderiam deixar o mesmo valor já estimado anteriormente. O mesmo aconteceu para a localização da média no gráfico, ao verem os plots agrupados os estudantes faziam novas localizações (ver Figura 33).

Depois do momento de localização e estimativa da média, os estudantes eram solicitados a clicarem na ferramenta média que apontava onde a mesma estava localizada e em seguida em seu valor numérico, para que assim os estudantes pudessem observar se a sua estimativa e localização da média estavam coerentes ou não de acordo com a média real gerada pelo software (ver setas e Figura 34).

Figura 34 - Localização da média no dot plot com ferramenta stack acionada.

Os estudantes ainda foram apresentados aos dados com a variável qualitativa selecionada, porque dessa maneira os discentes não poderiam utilizar a ferramenta gradiente (cores) para interpretar os gráficos. Por outro lado, os estudantes poderiam fazer a interpretação baseados na escala numérica e assim localizariam e estimariam um valor para a média aritmética e posteriormente a conclusão da interpretação (Figura 35).

Figura 35 - Localização da média no dot plot com ferramenta stack acionada.

Dessa forma, durante a familiarização a ferramenta média foi trabalhada com todas as suas possibilidades, assim como a localização e estimativa da mesma no gráfico, para que os estudantes pudessem utilizá-la no momento de interpretação.

É importante salientar que no processo de localização simbólica e numérica da média nessa etapa de familiarização, o pesquisador não disponibilizou orientações sobre como os estudantes deveriam localizar a média nos gráficos. Apenas foi solicitado que eles assim procedessem, mas ficaram livres para realizar suas estimativas. O ponto

central da familiarização consistiu em levar os estudantes a manusearem as ferramentas do TinkerPlots e em particular com a ferramenta média utilizá-la no sentido de realizar explorações associadas a interpretação de gráficos.

Dessa forma, a familiarização foi um momento em que o pesquisador procurou colocar os estudantes em contato com a interface do software TinkerPlots, mostrando as suas principais funções e especificando para o uso da média. Nessa etapa da pesquisa o pesquisador participou de forma ativa, esclarecendo dúvidas e levando os estudantes a realizarem os procedimentos básicos a serem utilizados na fase de interpretação.