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Consumo Regular de Drogas

0.47*

Consumo Regular de Álcool

0.36*

Variáveis Explicativas β R2 F (gl) p

Variáveis Contextuais 0.14 6.44 (3,7) .001 Avaliação do Contexto Comunitário

Qualidade do Grupo de Pares -0.40** Pertença a Gangs

Consumo de Substâncias 0.04 3.01 (2,106) .054 Consumo Regular de Drogas 0.47*

58

As Variáveis Contextuais, destacando-se a Qualidade do Grupo de Pares,

surgem também associadas ao uso de restrição física por parte dos JAS (14%). Também nesta variável, existe um poder explicativo significativo do Consumo Regular de

Substâncias (4%).

Tabela 8. Variáveis explicativas do nível de força física usado na vítima por parte dos JAS.

As regressões efetuadas revelaram que as Variáveis Contextuais (12%), destacando-se a Qualidade do Grupo de Pares, e o Consumo de Substâncias Regular (19%) previamente ao cometer do crime (5%) são explicativas no nível de força

empregue no ato do crime sexual por parte dos JAS (cf. Tabela 8). Observando a tabela 9, verificou-se que estas mesmas variáveis surgem como explicativas na humilhação perpetrada sobre a vítima por parte dos JAS (Variáveis Contextuais, 10%; Consumo de Substâncias Anteriormente ao Crime, 11%; Consumo Regular de Substâncias, 21%), contudo o consumo regular de álcool surgiu nesta variável como significativo,

contrariamente ao que sucedeu ao nível de força física, em que o consumo de Drogas é que se revelou significativo.

Variáveis Explicativas β Δ R2 F (gl) p

Variáveis Contextuais 0.12 5.18 (3,89) .002 Avaliação do Contexto Comunitário

Qualidade do Grupo de Pares -0.31* Pertença a Gangs

Consumo de Substâncias Anteriormente

ao Crime 0.05 4.00 (3,108) <.021

Consumo de Drogas nas horas precedentes ao crime

Consumo de Álcool nas horas precedentes ao crime

Consumo de Substâncias 0.19 12.38 (2,96) <.001 Consumo Regular de Drogas 0.46*

Tabela 9. Variáveis explicativas da humilhação perpetrada sobre a vítima por parte dos JAS.

Tabela 10. Variáveis explicativas da agressão física à vítima por parte dos JAS.

À semelhança das variáveis anteriores, também a agressão física à vítima surgiu, como se constatou na Tabela 10, explicada por Variáveis Contextuais (10%),

Variáveis Explicativas β Δ R2 F (gl) p

Variáveis Contextuais 0.10 4.44 (3,89) .006 Avaliação do Contexto Comunitário

Qualidade do Grupo de Pares -0.36*

Pertença a Gangs

Consumo de Substâncias Anteriormente

ao Crime 0.11 7.67 (2,110) <.001

Consumo de Drogas nas horas

precedentes ao crime 0.30*

Consumo de Álcool nas horas precedentes ao crime

Consumo de Substâncias 0.21 14.34 (2,96) <.001 Consumo Regular de Drogas

Consumo Regular de Álcool 0.51*

Variáveis Explicativas β Δ R2 F (gl) p

Variáveis Contextuais 0.10 5.68 (3,94) .001 Avaliação do Contexto Comunitário

Qualidade do Grupo de Pares 0.22*

Pertença a Gangs

Consumo de Substâncias Anteriormente

ao Crime 0.09 6.67 (2,114) .002

Consumo de Drogas nas horas precedentes ao crime

Consumo de Álcool nas horas precedentes ao crime

Consumo de Substâncias 0.20 14.01 (2,101) <.001

Consumo Regular de Drogas 0.53*

destacando-se a Qualidade do Grupo de Pares, e pelo Consumo de Substâncias,

previamente ao crime (9%), destacando-se, porém, o Consumo Regular de Substâncias (20%), em particular o consumo de Drogas.

Tabela 11. Variáveis explicativas do nível de empatia por parte dos JAS.

Por último, o nível de empatia surge, como se constatou na tabela 11, predito novamente pelo Consumo Regular de Substâncias (11%), nomeadamente o consumo de Drogas, e por Variáveis contextuais (20%), destacando-se a Qualidade do Grupo de Pares. Contudo, salienta-se o facto de aqui também as Competências pessoais explicarem 18% desta variável.

Variáveis Explicativas β Δ R2 F (gl) p

Variáveis Contextuais 0.20 9.50 (3,101) <.001 Avaliação do Contexto Comunitário

Qualidade do Grupo de Pares 0.48** Pertença a Gangs

Competências Pessoais 0.18 6.17 (5,114) <.001 Competências de Resolução de Problemas

Autocontrolo e Autorregulação Competências Interpessoais Básicas

Competências (estilo interpessoal) Tolerância à Frustração

Consumo de Substâncias 0.11 8.04 (2,109) .001 Consumo Regular de Drogas -0.43*

Discussão

Através da análise do conjunto de fatores relacionados com o “cometer o crime de abuso sexual” por parte de jovens, verificou-se que o Consumo Regular de Substâncias é a variável explicativa de todas elas. Destaca-se, assim, a preponderância que este consumo tem no facto de os JAS agredirem fisicamente as suas vítimas e humilharem- nas claramente. Na grande maioria dos fatores analisados, o consumo regular de drogas tem maior peso preditor do que o consumo regular de álcool, revelando este último maior peso preditor na Humilhação perpetrada na vítima. Também o consumo de

substâncias em momentos precedentes à concretização do crime se revelou uma variável explicativa da idade das vítimas, da agressão física às vítimas, no nível de força física aplicado nas vítimas, na humilhação perpetrada na vítima, apesar de em percentagens menos relevantes.

Segundo Manita (2005), é necessário debater a relação entre abuso sexual e alcoolismo ou toxicodependências. Alguns autores defendem que o abuso de álcool ou drogas é a causa do abuso sexual e há, de facto, em alguns casos, cruzamento ou associação entre alcoolismo, toxicodependência e abuso sexual de menores. Segundo Manita (2005) o consumo, embora possa atuar como desinibidor de certos

comportamentos violentos em alguns indivíduos, funciona essencialmente como estratégia para evitar a responsabilidade por esses comportamentos.

Quanto ao historial de violência, ao analisar os diferentes fatores, apenas na questão do número de vítimas dos JAS, o historial de violência cometida nesses Jovens se revelou uma variável explicativa, estando ausente entre todos os outros fatores. O conceito de reprodução intergeracional do abuso traduz, fundamentalmente, a ideia de que a violência gera violência, e, à semelhança do que acontece com os maus tratos, ou de forma mais destacada ainda, tende a valorizar-se a questão do abuso na infância como fator determinante para se tornar um abusador. Defende-se, assim, a ideia de que muitos agressores/abusadores o serão por terem tido experiências de vitimização/abuso na infância, ou que quem é vítima de abuso se tornará abusador no futuro. Quase como se existisse um limiar a partir do qual uma vítima se pode converter em abusador e agir como se nunca tivesse tido consciência do que é a vivência de quem é abusado.

Importa, no entanto, tal como Manita (2005) salientar aquilo que Garmzey (1974) designou já de “erro etiológico” de base. Ou seja, é natural que, se a maioria dos estudos realizados assenta em amostras de casos clínicos de abusadores que revelaram que na sua infância foram também eles abusados, se encontre, ao olhar

retrospetivamente para a história do abusador, o próprio abuso como antecedente incontornável. Porém, se olharmos prospetiva e não retrospetivamente, e se alargarmos os nossos estudos a uma amostra representativa, mais heterogénea, conclui-se que, mesmo a partir de um ponto comum – uma experiência de abuso na infância – as trajetórias desenvolvidas (ou possíveis) são múltiplas e variadas. Para além disso, muitos dos atuais abusadores nunca foram sexualmente abusados ou sequer maltratados na sua infância. Como foi possível verificar no conjunto diverso de fatores acima examinados, relacionados com o crime de abuso sexual cometido pelos jovens que participaram neste estudo, em nenhum a experiência anterior de abuso sexual, ou mesmo o abuso físico, se revelaram variáveis com peso preditor.

O consumo de pornografia, apenas se revelou variável explicativa do modo de cometer o crime (individualmente ou em grupo). Contudo, importa salientar que nas questões concernentes ao consumo de pornografia, se verificou uma ausência de respostas que poderá ser preponderante nos resultados obtidos, nomeadamente sobre o peso desta variável nas demais analisadas. Segundo Hunter (1999) a influência da pornografia como potencial de desenvolvimento para o agressor sexual é uma questão controversa. Um estudo de Linney & Ford, 1995 cit in Hunter, 1999) verificou que jovens que abusam sexualmente foram expostos a material pornográfico em idades, em média, mais jovens, do que jovens não agressores sexuais. O mesmo ocorreu num estudo de Burton, Leibowitz, e Howard (2010), contudo a exposição a conteúdos pornográficos não se correlacionou com a idade em que o seu comportamento sexual abusivo começou, ou ao número de vítimas ou a gravidade da ofensa sexual relatados.

De acordo com Ramião (2015), as variáveis de sexualidade não costumam ser frequentemente avaliadas nas diversas investigações, não se obtendo

características/associações no que diz respeito aos aspetos do desenvolvimento sexual, da exposição à violência sexual, e da exposição ao sexo e/ou pornografia, embora os estudos de Seto e Lalumière (2010) e de Ward e Beech (2006) apresentem estas possibilidades como fatores causais para a violência sexual juvenil.

Quanto àsvariáveis contextuais, nas diversas regressões lineares que foram efetuadas, percebeu-se que variáveis contextuais que englobam a “Avaliação do Contexto Comunitário”, “Qualidade do Grupo de Pares” e a “Pertença a Gangs” são explicativas de um conjunto de fatores associados ao ato criminal de abuso sexual por parte dos jovens, nomeadamente no número de vítimas, variando a sua percentagem explicativa de variância desses fatores entre 7% e 59%, destacando-se na idade com que

os JAS cometeram o crime e no nível de empatia dos JAS para com a vítima. A teoria etiológica mais comummente utilizada relativamente aos jovens agressores sexuaisé a formulada por Barbaree e Marshall (2006), que engloba as influências experimentais, sociais e ambientais anteriores. Segundo estes autores, assume-se que criminosos sexuais juvenis são muitas vezes criados em famílias abusivas. Esses autores sugerem que o abuso e/ou negligência por parte dos seus pais resulta numa perturbação de afeto. Como consequência, eles estarão predispostos a procurar a atenção dos outros de uma forma negativa. A fim de satisfazer as suas necessidades, muitas vezes eles vão envolver-se em comportamentos agressivos, violentos e manipuladores. Isso, então, poderá causar impacto nos seus esforços para iniciar contactos sociais e ações pró sociais com os pares. Como estes jovens não possuem as habilidades sociais necessárias para se envolver em relacionamentos íntimos aceitáveis, eles podem ser rejeitados, resultando em baixa autoestima. Esta síndrome da incapacidade social resulta muitas vezes numa forma de vida antissocial e/ou criminal. Por essa razão, agressor sexual é visto como um dos comportamentos negativos deste estilo de vida, geralmente como compensação por sentimentos de incompetência social.

Esta falta de competências de habilidades sociais acaba por também estar patente no peso da variável “Competências pessoais”, que agrega as “Competências de Resolução de Problemas”, “Autocontrolo e autorregulação”, “Competências Interpessoais Básicas” e “Estilo Interpessoal”, que tem no número de vítimas.

Conclui-se assim que as agressões sexuais são um problema multidimensional, sem uma causa ou processos determinadores claramente definidos, convindo, como referem alguns autores (Seto & Lalumiére, 2010), estudar melhor as diversas causas, dinâmicas e processos subjacentes a estes comportamentos e à sua evolução. Importa, portanto, segundo Barroso, Manita e Nobre (2011), conduzir estudos que contribuam para o conhecimento dos fatores psicológicos associados à violência sexual juvenil, para a compreensão das diferenças e semelhanças entre jovens que cometem crimes sexuais e não sexuais e das motivações subjacentes à prática destes atos criminais. As suas

conclusões poderão vir a ter um impacto importante, não só ao nível do aprofundamento do conhecimento científico deste fenómeno, como também da avaliação e da

intervenção psicológica com menores agressores sexuais e não sexuais.

No entanto, algumas limitações importam ser apontadas e discutidas. O primeiro ponto refere-se ao facto de existirem poucos estudos sobre esta temática a nível nacional, tal como já foi referido anteriormente, é um tema pouco desenvolvido que

ainda cria algum receio por parte dos participantes em colaborarem na investigação, embora fosse assegurada a total confidencialidade dos dados. Destaca-se ainda o facto da maioria dos estudos existentes tenderem a ser focados na população adulta.

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