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Contexto Social e Educativo da Escola Cooperante

CAPITULO II – PRÁTICA DE ENSINO SUPERVISIONADA EM CONTEXTO ESCOLAR

1. Contexto Social e Educativo da Escola Cooperante

É muito importante perceber em que contexto social e educativo a escola se insere. O contexto social da região de escola, bem como condições que influenciam a aprendizagem dos alunos e o trabalho do professor. Muitos fatores podem dar-nos sinais sobre algumas situações que presenciamos e, estando atentos a estes, poderá ser mais fácil perceber as dificuldades e preocupações dos alunos e da própria escola.

Por exemplo, o posicionamento geográfico de uma escola serve de resposta à pergunta “A que é que estes alunos terão acesso?”, “Que vivências terão?” e “Que acessos terão fora do contexto escolar?”. Claro que não responde por completo, mas ajuda a responder em boa parte. Por exemplo, uma escola que se situa numa ilha pequena, embora com toda a globalização que existe hoje em dia, não terá o mesmo acesso à cultura e a outras atividades que uma escola situada num grande meio urbano. E quando falamos em acesso à cultura, pode-se pensar que não fará grande diferença, mas uma escola em que os alunos tenham acesso a bibliotecas de grande dimensão e com acesso diário à sétima arte, por exemplo, fará diferença certamente. Serão alunos com certas competências mais desenvolvidas.

1.1. Enquadramento Geográfico e Caracterização Demográfica

A escola onde foi realizado o estágio, Escola Básica 2,3 André Soares localiza-se na freguesia São Lázaro no concelho e capital de distrito de Braga região noroeste de Portugal continental. O concelho de Braga é constituído por 62 freguesias ocupando no total 184 Km2 de área, estando rodeado pelos concelhos de Vila Verde, Amares, Póvoa de Lanhoso, Guimarães, Vila Nova de Famalicão e Barcelos10.

Este concelho, ao contrário do resto do país, tem vindo a ver aumentada a sua população, apresentando-se em 2006 com 173946 indivíduos. Sofrendo um aumento comparativo a 2001 de 5,9 % que apresentava-se com 164193 indivíduos10.

1.2. Caracterização Sócio – Económica

Conforme o projeto educativo do Agrupamento da Escola André Soares, pode-se afirmar que o sector terciário é o sector que mais emprego gera no concelho. Em 2001, representava 60% dos indivíduos ativos, a maior parte residente na área central e urbana, principalmente nas freguesias de São Vítor, São Lázaro, São Vicente e Maximinos, seguindo-se o sector secundário que representava 40% dos ativos, mais significativos nas freguesias localizada a Sul e a Oeste. Por ultimo, o sector primário representando apenas 1% da população ativa, onde a maioria destes se encontra nas freguesias de Adaúfe, Pedralva, Palmeira e São Vítor. Estes números devem-se, no sector primário, a um abandono progressivo ao longo dos anos da atividade agrícola e no sector secundário a um deslocamento da industrialização para os concelhos em redor do concelho de Braga, fruto do desenvolvimento e crescimento da cidade de Braga em fatores económicos, sociais e urbanos10.

Este concelho, tem vindo a ver crescer o seu número de desempregados, onde a maior parcela destes pertence aos indivíduos à procura de novo emprego seguindo-se aqueles que estão à procura do primeiro emprego, associados à população mais jovem do concelho que tem vindo a aumentar. De acordo com o projeto educativo do agrupamento 2009-2013, o concelho de Braga apresenta 6,9% da população ativa no desemprego, sendo a taxa de desemprego feminina superior à taxa de desemprego masculina. As freguesias situadas na área central da cidade de Braga são as que representam uma maior taxa de desemprego, nomeadamente as freguesias de São Vítor e de São Lázaro. O nível de escolaridade da maioria dos desempregados é o 1ºciclo do Ensino Básico. Segundo este documento, os pais e encarregados de educação pertencem a vários estratos sociais, sendo o setor de serviços o predominante.

Com estes elementos, podemos concluir que os alunos da escola tem um fraco acompanhamento dos pais em casa ao nível escolar, dada as baixas habilitações destes, sendo este um indicador que o acompanhamento escolar em sala de aula deverá ser maior.

1.3. Caracterização das Infraestruturas e Recursos da Escola

O Agrupamento de Escolas André Soares está inserido em pleno centro da Cidade de Braga. O agrupamento é constituído por 5 escolas sendo elas: E.B. 2/3 André Soares, EB Carandá, EB/JI de S. Lázaro, EB/JI do Fujacal e EB/JI de Ponte Pedrinha.

A E.B. 2/3 André Soares funciona como sede do agrupamento, tendo sido inaugurada no ano letivo de 1971/197210. Atualmente encontra-se em obras. É uma escola que se centra no modelo das salas antigas, que se tornam pouco funcionais ao professor e aos alunos, principalmente na sala de informática, dada a disposição dos computadores dos alunos na sala.

A escola E.B. 2/3 André Soares possui alguns serviços online como a requisição de material, bem como serviços de reprografia.

A estrutura orgânica do Agrupamento André Soares é composta por um concelho geral; por uma direção; por um concelho pedagógico; concelho administrativo e pelos departamentos curriculares.

Os departamentos curriculares encontram-se divididos em departamento de línguas coordenado por uma professora de inglês do 3ºciclo; departamento do pré- escolar coordenado por uma educadora; departamento do 1ºciclo coordenado por uma professora do 1ºCiclo, departamento de expressões coordenado por uma professora da disciplina de educação visual e tecnológica; departamento de ciências sociais coordenado pela professora de geografia e por último pelo departamento de matemática e ciências experimentais coordenado pelo professor de ciências naturais do 3ºciclo11.

O conselho geral é responsável pelas atividades definidas e realizadas pelo Agrupamento, sendo o órgão representativo da comunidade educativa. Este é representado por pessoal docente, em que se destaca o presidente do conselho geral, por pessoal não docente e por representantes dos encarregados de educação.

A direção é o órgão de administração e gestão do Agrupamento, nas áreas pedagógicas, cultural, administrativa bem como na área financeira.

O concelho Pedagógico é o pilar de uma escola no que diz respeito à orientação educativa da escola, nos domínios pedagógico-didáticos. O conselho pedagógico é representado pela diretora do agrupamento, pelo coordenador do Departamento de Ensino Especial, por um representante dos Pais do 1ºciclo, pelo coordenador de departamento do 1ºCiclo; pelo coordenador do departamento de Matemática e Ciências Experimentais; coordenadora do 1ºciclo; coordenadora do Pré-escolar; coordenadora dos diretores de turma; coordenadora do departamento de línguas; coordenadora do departamento de expressões; coordenadora do departamento de ciências sociais;

11 In http://www.eb23andresoares.com/test3

coordenadora da biblioteca e por fim pelo coordenador dos cursos de educação e formação11.

O concelho administrativo sendo um órgão deliberativo em termos de administração e finanças do agrupamento é constituído por três docentes do agrupamento.

1.4. A Sala de Aula do Ensino Supervisionado

A sala de aula era constituída por 27 computadores, um videoprojector e um quadro móvel de giz. Dos 27 computadores um destinava-se ao professor.

As turmas lecionadas eram constituídas por 17 e 26 alunos respetivamente, havendo um computador para cada aluno, o que permitiu a realização de trabalhos práticos individuais, além dos trabalhos em grupo. O acesso à Internet era estável, não havendo problemas de maior no acesso a esta, o que permitiu a realização de pesquisas e outros trabalhos com suporte da internet em sala de aula por parte dos alunos.

Mesmo tendo computadores necessários e o acesso à internet, meios básicos necessários à lecionação da disciplina, as condições da sala não era as desejáveis para uma prática de ensino de uma disciplina. A sala apresentava-se pequena para a quantidade de computadores que esta tinha no seu interior, dificultando a passagem do professor entre os alunos. Na nossa opinião, um quadro interativo ajudaria a dinamizar a prática educativa na sala de aula.

Um bom ambiente de trabalho numa sala é um fator importante para que o aluno se sinta confortável, para ter motivação na aprendizagem, pelo que é essencial apostar- se na ergonomia e disposição das salas de acordo com os alunos.

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