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CAPITULO II – PRÁTICA DE ENSINO SUPERVISIONADA EM CONTEXTO ESCOLAR

2. Supervisão da prática pedagógica

2.2. Caracterização das Turmas

2.2.2. Turma do 8ºF

Esta foi uma experiência diferente, dado que só o facto do número de alunos que a compunham, 27 no total, já a diferenciava da experiência com a turma anterior. Era constituída por 25 alunos no total, onde destes 25 alunos, 12 eram do sexo feminino e 15 do sexo masculino, sendo que a média de idades se encontrava entre os 14 e 15 anos. Ao nível das retenções, 4 destes alunos sofreram retenções nos anos transatos, sendo que três destes foram retidos no 7ºano de escolaridade e o outro sofreu uma retenção no 1ºCiclo, mas foi integrado nesta turma. Logo no início do ano letivo, derivado ao facto deste nunca ter comparecido na escola, efetuou-se uma sinalização à Comissão de Proteção e Menores que, posteriormente, verificou que este aluno já se

encontrava noutro estabelecimento de ensino noutro País, pelo que se procedeu à anulação da matrícula deste aluno13.

Segundo a caraterização de Turma do 8ºF, um dos alunos que sofreu retenção no 7ºano de escolaridade, integrou-se na turma em Dezembro do corrente ano letivo, tendo sido transferida de uma escola do concelho de Almada para Braga para uma instituição, apresentando várias retenções no seu percurso escolar. Esta aluna apenas frequentou três semanas da disciplina de TIC, dado que se encontrava numa situação intermitente de voltar à sua origem, pois encontrava-se contrariada na cidade de Braga e nas aulas chegava muitas vezes a desabafar que se encontrava ali contrariada, pelo que se notava que era revoltada e desinteressada pela escola.

Várias vezes tentamos estabelecer um diálogo com a aluna de forma a dar-lhe motivação e estimulá-la para as atividades escolares, dado que o feedback que era dado por esta era simplesmente que estava só à espera de atingir a maioria de idade para poder voltar para a sua cidade e família, da qual teria sido retirada. Dada a situação, não tinha estabilidade psicológica para se envolver com a escola, pelo que, achamos que nestas situações deve-se tentar uma aproximação mais específica com o aluno de modo a que este não se sinta demasiado revoltado com a comunidade escolar.

Uma das alunas desta turma já não comparecia na escola desde o mês de Janeiro do corrente ano letivo. A encarregada de educação tendo sido informada da situação e não a tendo resolvido, no 2ºperiodo foi efetuada uma sinalização à Comissão de Proteção de Crianças e menores pela diretora de turma. Derivado do facto da aluna ter completado a maioria de idade no mês de Abril, julgamos que esta terá abandonado os estudos. Nunca participou nas aulas de TIC, dado ter abandonado a escola antes da sua lecionação.

O nível de conhecimentos dos alunos no que se referia à disciplina de Tecnologias de informação e comunicação, foi analisado através da aplicação de uma ficha de diagnóstico por nós distribuído, no início da lecionação da disciplina. A maioria situava-se no nível médio, 3, como é visível no gráfico 4. Isso mostra um nível de conhecimentos inicial médio. Embora não tivéssemos nesta turma um nível de conhecimentos inicial tão negativo quanto a primeira lecionada, esta apresentava grande número de alunos e uma elevada falta de concentração, o que de início nos deixou na expetativa sobre como os alunos iriam desenvolver a aprendizagem.

13 In Caracterização de Turma 8ºF

Gráfico 4 – Nível de Conhecimentos Iniciais do 8ºF

No fim da lecionação da disciplina os alunos conseguiram atingir níveis acima dos iniciais, tendo superado a nossa expetativa. Foi enriquecedor, para nós, ver que o nosso empenho e dedicação com estes alunos tiveram resultados positivos, como se pode ver no gráfico 5.

Gráfico 5 - Nível de Conhecimentos Finais do 8ºF

A maior parte dos educandos desta turma se encontrava atribuída à mãe, sendo que dois alunos eram os seus tutores, dado que um deles como já foi dito anteriormente se encontra numa instituição.

Quanto ao agregado familiar, a maioria dos alunos têm apenas um irmão, sendo que 8 têm dois ou três alunos e apenas 5 são filhos únicos. Embora a maioria pertença a um agregado não muito numeroso, insere-se num agregado familiar que é mais comum atualmente, que são pais com dois filhos no máximo, na sua maioria13.

Ainda em relação aos agregados familiares, como se pode ver no gráfico 6, a maioria dos pais apresentam habilitações ao nível do 3ºciclo, sendo que os pais com habilitações ao nível do ensino superior são reduzidos. Em relação à turma anterior, este nível de habilitações é superior, embora não tenhámos percebido um acompanhamento escolar fora da escola superior à turma anterior.

0 5 10 15

Nível 1 Nível 2 Nível 3 Nível 4 Nível 5 0 10 14 1 0 0 5 10 15 1 2 3 4 5 0 0 8 13 2

Gráfico 6 - Habilitações dos Pais do 8ºF

Por fim, podemos dizer que ao nível da necessidade de atenção especial em relação aos alunos, esta turma não revelou uma necessidade de atenção tão especial individual tanto como na turma anterior. Sendo que não se encontrava integrado nenhum aluno com necessidades de educação especial, mas existiam alguns alunos que necessitavam de uma atenção mais individualizada, dado que apresentavam algum défice de atenção e de concentração nas atividades na sala de aula.

Em suma, para iniciarmos uma prática letiva é essencial perceber o contexto em que se encontram os aprendizes, pois, por vezes, é nas vivências dos alunos que se encontra a explicação para algumas dificuldades levantados a quando da prática letiva.

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