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EFD ICMS/IPI

9 Controle e Encerramento do Arquivo Digital

Bloco B* incluído para vigorar a partir do período de apuração de janeiro de 2019 - Apuração do ISS, exclusivo para contribuintes do Distrito Federal.

Dentro de cada bloco teremos os registros. Os registros são um nível menor de agregação de dados. Por exemplo: se mencionarmos o registro G990, saberemos que se trata de um registro do bloco “G”.

Exemplos de registro (não precisa decorar):

Registro Descrição

G001

Abertura do bloco G

G126

Outros créditos CIAP

G990

Encerramento do bloco G

São centenas de registros. A tarefa de decorar é impossível. Há questões que abordam os registros de forma transversal, de modo que podemos nos secorrer de alguns conhecimentos “genéricos” para facilitar sua resolução.

Por exemplo:

Saiba diferenciar um bloco do registro, isso já foi abordado em algumas questões de prova.

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A letra “sozinha” é um bloco. Exemplo: Bloco G.

A letra “acompanhada” de números é um registro. Exemplo: G140.

Note que a partir da nomenclatura do registro, é possível identificar o grupo. Exemplo: G140 é um registro do bloco G.

Um bloco inicia com o registro 001 e termina com o 990 (geralmente).

Todos os blocos devem ser preenchidos.

Nem todos os registros precisam ser preenchidos (pode haver informação “zerada”)

SEFAZ-SC-Auditor-Fiscal-2018

O arquivo digital EFD ICMS/IPI é constituído de blocos, cada qual com um registro de abertura, com registros de dados e com um registro de encerramento, referindo-se cada um deles a um agrupamento de documentos e de outras informações econômico-fiscais. O Bloco H tem por objetivo a reunião de informações relativas a

A. abertura do arquivo, identificação das entidades, contabilistas e participantes e outras referências.

B. divulgação do inventário físico do estabelecimento, nos casos e prazos previstos na legislação pertinente.

C. emissão ou recebimento de documentos fiscais que acobertam as prestações de serviços de comunicação, transporte intermunicipal e interestadual.

D. apuração do Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS) e do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI).

E. emissão ou recebimento de documentos fiscais referentes às entradas e saídas de mercadorias.

Resolução:

Conforme a tabela de designação dos blocos, o bloco H contempla o inventário físico.

Resposta: B

Estrutura

Não vamos aprender a executar o SPED-EFD, afinal, a EFD não passa de um software disponibilizado aos contribuintes no ambiente do Sistema Público de escrituração digital. Apesar de ser um “programinha de computador”, ele acaba seguindo a lógica da tributação, de modo que se visualizarmos a árvore de dados que são carregados na EFD, vamos conseguir capturar todo o conceito.

Veja que a escrituração começa com a inserção dos documentos de entrada e saída, isto é, as notas fiscais.

As notas fiscais trazem os dados do ICMS e do IPI, não é mesmo?

Assim, ao carregar esses dados de entrada e saída de notas fiscais, a escrituração se completa, grosso modo, sozinha.

Quero dizer que a base são as notas fiscais. Uma vez carregadas no programa, as apurações daí decorrentes são meras consequências.

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Os documentos fiscais possuem códigos que indicam se a operação é uma venda, um simples faturamento, uma remessa em consignação etc. A partir daí essas notas são utilizadas na apuração de forma condizente com a transação que representam.

Por exemplo: veja que, na árvore de entrada de dados do SPED (figura abaixo) temos um certo fluxo lógico da escrituração. Após a inserção das notas, temos a “apuração do ICMS”. Nessa apuração teremos apuração própria, substituição tributária etc. Tudo isso de acordo com as codificações da nota fiscal.

Não vale a pena mencionarmos cada um dos itens da “árvore”, exceto perceber essa ideia de que tudo começa pelas notas fiscais. A partir daí as apurações seriam, grosso modo, mera consequência (essa é a ideia. Na prática, contudo, os contadores têm muito trabalho para lidar com o SPED).

Sem precisar decorar qualquer dado dos citados abaixo, vejamos como são registrados as saídas e o conjunto de dados informados:

Tudo começa aqui. A inserção dos dados das notas fiscais de entrada e

saída. As apurações subsequentes acabam

sendo “automáticas”

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Observe que há a informação do CFOP, o valor do ICMS e valor do IPI.

Há duas informações interessantes aqui: primeiro, para que não fiquem dúvidas, visualizamos perfeitamente que a escrituração atende tanto o IPI quanto o ICMS, afinal, são as mesmas notas fiscais. Gosto de destacar esse aspecto porque pode parecer “estranho” ICMS e IPI num mesmo “pacote”. É estranho, mas é verdade. Note que se compatibilizam perfeitamente a escrituração do IPI e ICMS.

Segundo, o CFOP pode ser bastante útil para filtrar notas fiscais em um processo de auditoria. Por exemplo:

O CFOP 5102 significa que a operação é “Venda de mercadoria adquirida ou recebida de terceiros”. Assim, podemos isolar essas notas fiscais para, por exemplo, avaliar o débito do tributo nas saídas. A partir dos demais CFOPs, podemos filtrar outras notas fiscais do nosso interesse como: aquelas que geram crédito, as saídas sem débito, as emitidas por empresas de outro estado etc.

Continuando no fluxo...

Após a entrada dos dados das notas fiscais, teremos as apurações do ICMS e IPI. Não precisa decorar as figuras que seguem abaixo, mas uma imagem sempre ajuda na fixação. Os dados das notas fiscais são descarregados nas apurações do IPI e ICMS abaixo, que nada mais é do que um acumulador dos dados eu entraram na forma de nota fiscal:

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Como eu disse, não é para decorar! Mas, veja que os valores das NF são levados para as duas escriturações, de modo que a partir do registro das NF apura-se o ICMS e o IPI do período.

Guarda de documentação

O contribuinte deverá armazenar o arquivo digital da EFD-ICMS/IPI transmitido, observando os requisitos de segurança, autenticidade, integridade e validade jurídica, pelo mesmo prazo estabelecido pela legislação para a guarda dos documentos fiscais. A ideia é que se muda apenas a plataforma de apresentação da obrigação, mas persiste a lógica da “dinâmica tributária”. Sai o papel e entra o meio digital. É só isso que muda! As obrigações acessórias continuam sendo “as mesmas” obrigações acessórias. Um auditor fiscal continuará com o “poder” de verificar os livros fiscais do contribuinte, solicitar documentos etc. A única diferença é que o auditor não mais lidará com xerox e livros em papel, bastando que acesse o sistema SPED diretamente e “baixe” o arquivo digital.

Assim, o contribuinte deve guardar o arquivo eletrônico propriamente dito (um arquivo TXT) e outros documentos, inclusive físicos, se houver (como contratos etc.). O fato de ter transmitido com sucesso a EFD via internet não dispensa o contribuinte da guarda dos referidos documentos que deram origem às informações nele constantes, na forma e prazos estabelecidos pela legislação aplicável, tampouco de atender outras determinações do auditor fiscal.

Aproveitando o enunciado do tema, vamos falar do arquivo TXT: devemos ter cuidado pois, ao tratar dos documentos eletrônicos (NF-e, NFC-e, NFS-e etc.), repetimos bastante que são documentos que só existem eletronicamente no formato XML. Cuidado para confundir:

Documentos eletrônicos (NF-e, NFC-e etc.)→ formato XML EFD ICMS IPI→ formato TXT

Elaboração da EFD ICMS/IPI

O fluxo de elaboração da EFD já foi objeto de questionamento em provas. De forma resumida temos:

1- O contribuinte gera o “TXT”

2- O aquivo “TXT” passa pelo programa validador -PVA, para testar o leiaute.

3- Sendo validado o “TXT”, assina-se e trasmite.

Vejamos o esquema:

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Agora, vejamos tudo isso que ilustramos de forma simplória, na redação técnica do ajuste Sinief:

Cláusula décima O arquivo digital da EFD gerado pelo contribuinte deverá ser submetido à validação de consistência de leiaute efetuada pelo software denominado Programa de Validação e Assinatura da Escrituração Fiscal Digital - PVA-EFD que será disponibilizado na internet nos sítios das administrações tributárias das unidades federadas e da RFB.

§ 1º O PVA-EFD também deverá ser utilizado para a assinatura digital e o envio do arquivo por meio da internet.

§ 2º Considera-se validação de consistência de leiaute do arquivo:

I - a consonância da estrutura lógica do arquivo gerado pelo contribuinte com as orientações e especificações técnicas do leiaute do arquivo digital da EFD definidas em Ato COTEPE;

II - a consistência aritmética e lógica das informações prestadas.

§ 3º O procedimento de validação e assinatura deverá ser efetuado antes do envio do arquivo ao ambiente nacional do Sistema Público de Escrituração Digital - SPED.

§ 4º Fica vedada a geração e entrega do arquivo digital da EFD em meio ou forma diversa da prevista nesta cláusula.

Cláusula décima primeira O arquivo digital da EFD será enviado na forma prevista no § 1º da cláusula décima, e sua recepção será precedida no mínimo das seguintes verificações:

I - dos dados cadastrais do declarante;

II - da autoria, autenticidade e validade da assinatura digital;

III - da integridade do arquivo;

IV - da existência de arquivo já recepcionado para o mesmo período de referência;

V - da versão do PVA-EFD e tabelas utilizadas.

Até mesmo esse fluxo pode aparecer em provas:

FCC- SEGEP-MA-Técnico da Receita Estadual-2016

O Regulamento do ICMS – RICMS, aprovado pelo Decreto n° 19.714/2003, estabelece disciplina para a geração e envio do arquivo digital da EFD. Conforme esse Regulamento,

A. antes do envio do arquivo à Receita Estadual, o contribuinte pode contratar os serviços do Sistema Público de Escrituração Digital – SPED, para validação e assinatura do arquivo, ou pode contratar uma empresa privada, de sua preferência e por sua conta e risco, para fazer isto, em substituição ao PVA-EFD.

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B. o arquivo, ao ser recebido, será considerado regular, se estiver em ordem, e irregular, se os dados não puderem ser comprovados por documentos hábeis.

C. o arquivo digital da EFD, gerado pelo contribuinte, deverá ser submetido à validação de consistência de leiaute efetuada pelo software denominado Programa de Validação e Assinatura da Escrituração Fiscal Digital − PVA-EFD.

D. consideram-se escriturados os livros e os documentos contidos no arquivo digital, no momento em que o computador do emitente finalizar o envio.

E. o arquivo digital enviado, antes de ser recebido, passará pelas seguintes verificações: regularidade fiscal do autor, existência de débito inscrito em nome do autor, integridade do arquivo e existência de outro arquivo com o mesmo conteúdo.

Resolução:

A questão possui resposta padrão, independentemente de ter sido fundamentada no RICMS/MA. Para qualquer Fisco, a resposta seria a mesma.

1-A empresa gera os dados TXT.

2- Os dados passam pelo PVA para validar o leiaute.

3- Em seguida é transmitido para o SPED.

Resposta: C

Façamos algumas reflexões importantes:

A recepção do arquivo digital da EFD implicará no reconhecimento da veracidade e legitimidade das informações prestadas?

A recepção do arquivo digital da EFD implicará na homologação da apuração do imposto efetuada pelo contribuinte?

Evidente que não. A EFD é a mera prestação de informações necessárias no lançamento por homologação e poderá ser objeto de auditoria fiscal. Para que o lançamento esteja perfeito, dependeria de homologação do Fisco

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