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Mapeamento dos riscos nos ambientes de trabalho

1.2 Controle de perdas

Este é um programa que tem por objetivo minimizar as perdas, diminuir ou eliminar os riscos, mas para isso é necessário que haja a decisão por parte da empresa e da diretoria. A partir daí ocorrerão a avaliação e o reconhecimento das condições para se implantar esse tipo de programa, pois são situações que mexerão com todo o sistema atual realizado. Este controle de perdas traz o objetivo de implantar procedimentos que permitam a identificação, avaliação, classificação e tratamento dos riscos com vistas à eliminação de acordo com a exposição da empresa. Vale lembrar que os riscos são extremamente dinâmicos e ocasionais, portanto necessitam de acompanhamento constante, enquanto as rotinas de trabalho são estáticas, mas devem também ser constantemente atualizadas.

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condições, são elas:

• A direção e os funcionários da empresa precisam estar conscientes da necessidade deste programa e aptos a apoiar a política de controle de riscos e perdas, uma filosofia preventiva;

• Todos os requisitos do Programa de Controle de Riscos e Perdas, uma vez implantados, devem passar constantemente por reciclagens e discussões dos fatores humanos;

• Todas as dependências da empresa deverão receber adequações para que os sistemas de proteção sejam compatíveis às atividades da organização.

Devemos lembrar que nenhum evento começa grande. Na análise de grandes acidentes foi possível perceber que em alguns dos casos não estava disponível na rotina diária de trabalho da empresa um serviço de segurança apoiado e incentivado pela diretoria que fosse apropriado para atuar, corrigir e sugerir medidas de prevenção nas situações dos pequenos acidentes e incidentes que por vezes ocorriam.

Quando nos propomos a estudar a prevenção e controle de perdas, necessitamos conhecer as terminologias técnicas, para isso veremos abaixo quais os conceitos que devemos entender:

Segurança: é comum termos o significado de segurança como “isenção de riscos”, consideramos isso uma falácia, pois é praticamente impossível a eliminação completa de todos os riscos de um processo produtivo. Um significado mais assertivo é: uma condição ou conjunto de condições que objetivam prevenir contra um determinado risco.

Acidente: é um fato que ocasiona uma perda, oriundo de uma série sequencial de causas e efeitos que trazem danos aos recursos humanos e materiais ou uma descontinuidade operacional. O acidente pode ocasionar uma perda potencial ou uma perda real, essas perdas são caracterizadas pelas situações e condições de acordo com as circunstâncias não planejadas capazes de gerar as perdas. Estas circunstâncias podem ser os eventos não desejados e inesperados que resultam em danos às pessoas, à propriedade, com interrupção do processo produtivo e mesmo ao meio ambiente.

De fato, a Gerência de Riscos teve seu início na indústria moderna, logo após a Segunda Guerra Mundial, devido à rápida expansão das indústrias, com consequente crescimento da magnitude dos riscos incorporados.

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Incidente: um incidente pode ser caracterizado como sendo um acontecimento não desejado e não programado que venha a prejudicar ou diminuir a eficiência operacional da empresa. Nem todo incidente é acidente, entretanto, todos os acidentes são incidentes. Os incidentes, geralmente, acontecem quando há uma combinação de fatores e causas num mesmo tempo sob determinadas circunstâncias. São raros os casos onde é possível se ter apenas uma causa como origem do incidente, que é um evento prejudicial à segurança, à produção ou à qualidade.

Risco: é uma probabilidade de possíveis perdas dentro de um período específico de tempo ou número de ciclos operacionais. Existem formas de se medir o risco, que pode ser feito quando é necessário registrar as medidas adotadas que não conseguiram atingir sua finalidade. É realizada através de uma amostragem quantitativa multiplicando a probabilidade de ocorrência de um acidente pela medida do prejuízo causada por este acidente. Teríamos então esta representação: Risco=probabilidade X gravidade. Sendo assim, considera-se risco grave aquele que apresenta uma grande probabilidade de ocorrência imediata, com consequências que causem acidente ou doença ao trabalhador a qualquer momento.

Perigo: é uma exposição condicional ao risco, que favorece a sua concretização em dano. É compreendido pela capacidade de causar danos ou perdas humanas, ou de valores materiais.

Risco e Perigo: é uma situação em condição favorável para provocar danos em termos de lesão, doença, prejuízo à propriedade, dano ao meio ambiente, ou nas várias combinações destes.

Probabilidade: é a possibilidade de ocorrência de uma falha que venha a causar um determinado acidente. Esta falha pode ser de várias ordens, como: um equipamento ou componente do mesmo, ou pode ser ainda uma falha humana, ou pode ser também uma situação referente ao espaço físico.

Conforme o desembargador Sebastião Geraldo de Oliveira, que representou o Tribunal Superior do Trabalho (TST), a cada dia de 2011, em média, 50 trabalhadores saíram do mercado por morte ou invalidez permanente, vítimas de acidentes de trabalho em todos os setores produtivos.

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com os riscos a que estão expostos. Além de ser uma exigência legal prevista no art. 168 da CLT, está respaldada na Convenção 161 da Organização Internacional do Trabalho - OIT, respeitando princípios éticos, morais e técnicos.

Consequência/Dano: é a proporção que um acidente do trabalho (ou acidentes maiores) teve como resultado de acordo com os danos resultantes, também pode ser definido como sendo a gravidade das perdas ocorridas com o acidente, como: perda humana, material ou financeira, redução permanente ou temporária da capacidade de desempenho da função.

No documento Análise de Risco e Gerenciamento de Risco (páginas 53-56)