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Estrutura de Gestão

CONTROLO DOS RISCOS

A Organização da Gestão do Risco

Acreditamos que os pilares de sustentabilidade da Banca Angolana são a solidez, dinamismo e a confiança, construídos por meio da transparência e coerência na condução dos nossos negócios e transmitidas aos parceiros actuais e potenciais.

É assim que em 2012 apostamos no desenvolvimento e adopção de um Novo Modelo de Gestão de Risco, apoiado num dos dois principais factores críticos de sucesso de um Banco, a Prudência e Equilibro na Gestão de Riscos, criando uma unidade orgânica de gestão de riscos separada e independente de toda área comercial e/ou de negócios, permitindo por um lado:

• Agressividade comercial; e por outro

• Prudência na gestão do Balanço e na solidez do Banco.

Objectivos estes, alcançados com a autonomia das unidades geradoras de risco no exercício das suas actividades e a supervisão do Gabinete de Gestão de Risco, dotado de poder deliberatório, que consiste na definição de tectos operacionais e de exposição aos vários riscos.

A nova abordagem na gestão de riscos é suportada por:

• Uma Política Global de Risco, que define as linhas gerais de actuação nessa matéria, tais como Risk Governance, Apetite pelo Risco, Cultura de Risco, Processo de Decisão, etc.; • Políticas individuais de Risco tais como: Política de Compliance, Risco Operacional, Risco de

Mercado, Liquidez, Taxas de Juro e de Câmbio, etc., estruturadas com a definição do Risco Principal, sub-riscos, identificação dos Risk Drivers, medidas de controlo e monitorização, respostas aos riscos;

• Modelos quantitativos de avaliação da exposição aos riscos, numa óptica de probabilidade de ocorrência e seus impactos, permitindo uma transição suave entre os Modelos de Risco tradicionais para uma Gestão de Risco Global.

Os modelos de risco têm duas grandes contribuições: 1 – Medição dos Riscos e 2 – Relação dessas medidas com os controlos de gestão sobre os riscos. A nova visão na gestão dos riscos endereça ambas as questões incorporando as especificidades de cada um dos grandes riscos enfrentados pelo Banco, Risco de Crédito, Risco de Estratégia, Risco de Liquidez, Risco de Mercado (Risco de Taxa de Juro, Risco de Taxa de Câmbio), Risco Operacional (Risco de Compliance, Risco de Sistemas de Informação) e Risco de Reputação, etc. como consequência directa, resulta num largo espectro de modelos de risco, diferenciados entre si e dentro de cada um dos principais riscos, partilhando dos conceitos de Risk-Based Capital e Value at Risk, como conceitos fundamentais na nova visão de Modelos de Risco controlos e regulamentação subjacentes aos riscos em geral.

Com essa filosofia operacional, o conjunto de modelos e instrumentos que fazem a ligação entre as questões de gestão de risco de negócios com a visão financeira sobre os riscos e rentabilidade, juntos providenciam os necessários inputs de melhoria do processo de risco para finalmente fechar o gap entre os Modelos de Riscos e a Gestão dos Processos.

O âmbito de gestão dos riscos da Instituição alcança uma visão ampla, permitindo que os riscos inerentes à actividade sejam devidamente identificados, mensurados (através de modelos matemáticos e estatísticos, baseados nas melhores práticas bancárias internacionais), mitigados e controlados, visando suportar o desenvolvimento sustentado das actividades da Instituição como um todo.

O novo modelo é caracterizado ainda pela existência de Três linhas de defesa efectivas, na Gestão e Controlo dos Riscos, o que ajuda a promover uma melhoria significativa na comunicação e controlo e gestão de riscos, clarificando regras e responsabilidades essenciais nesse intuito e garantir um acompanhamento contínuo das iniciativas de gestão de risco.

Relatório e Contas 2012

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1ª Linha – Controlos de Gestão e Medidas de Controlo Interno;

2ª Linha – Controlo Financeiro, Segurança, Gestão de Risco, Gabinete de Qualidade e Processos e Gabinete de Compliance;

3ª Linha – Auditoria Interna.

Progressos alcançados em 2012 Prioridades para 2013

Abordagem conservadora e prudente no que toca ao apetite ao risco e controlos implementados para definição do perfil de risco para todos os novos negócios, alinhado à visão estratégica.

Foco contínuo na condução da nossa agenda de desenvolvimento e aprimoramento da visão sobre a Gestão de Riscos, culminando com o desenvolvimento do Novo Modelo, de forma a garantir o alcance dos melhores resultados para os nossos clientes, alinhando ao Plano Estratégico da Instituição.

Definição de medidas de controlo e mitigação do risco Operacional — (Pessoas e Fraudes), tendo conseguido com as mesmas, uma redução de cerca de 45% dos custos e um aumento no número de ocorrências e/ou detecção de fraudes.

Executar a nossa missão de apoiar o crescimento sustentável da instituição através de:

Recursos Humanos: Atrair, reter e desenvolver

quadros de alta qualidade e performance;

Estratégia: Suportar a implementação do Plano

Estratégico do banco dentro do nível de apetite ao risco;

Infra-estrutura de Risco: Investimento contínuo

no desenvolvimento do nosso sistema de gestão de riscos;

Cultura de Risco: Construir e alavancar

a nossa cultura de risco, como factor estratégico diferenciador.

Concluir os nossos modelos quantitativos de: Modelos Scoring de Aceitação e Comportamental; Modelos de Stress Test;

Elaboração dos modelos Internos de Rating das Carteiras de Crédito (Empresas e Particulares).

Adequação de capitais

Os Fundos Próprios Regulamentares (FPR) são constituídos por fundos próprios de base (maior qualidade) e complementares (menor qualidade), deduzidos de elementos negativos dos mesmos. As bases de cálculo encontram-se explicadas no enquadramento regulamentar, no quadro dos principais limites e rácios prudenciais em vigor em 31 de Dezembro de 2012.

Rácio de Solvabilidade Regulamentar

2011 2012

Milhões USD, excepto % Total de activos APR Total de activos APR Activos Ponderados pelo Risco

Com factor 0% 242,4 0,0 275,6 0,0 Com factor 20% 37,3 7,5 173,2 34,6 Com factor 30% 26,5 8,0 76,6 23,0 Com factor 50% 8,4 4,2 9,5 4,8 Com factor 60% 1,3 0,8 1,5 0,9 Com factor 100% 327,1 327,1 298,9 298,9 Com factor 130% 77,3 100,5 60,3 78,4 Risco de crédito 720,3 448,0 895,5 440,6

Risco de câmbio e ouro 49,8 62,9

Fundos Próprios Regulamentares

Base 70,4 80,5 Complementares 0,0 20,0 70,4 100,5 Rácio de solvabilidade Nível I c/ (a+b) 14,1% 15,9% Nível II d/ (a+b) 0,0% 4,1% Rácio de solvabilidade 14,2% 20,0%

Relatório e Contas 2012

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Em Dezembro de 2012, o valor dos FPR foi de USD 100,5 milhões, representando um aumento de USD 30,1 milhões, devido a:

i. Emissão de Obrigações no valor de USD 20 milhões;

ii. Aumento dos Fundos Próprios de USD 11 milhões, influenciado pelo aumento do Resultado líquido do exercício e Reservas.

Repartição dos riscos do RSR (denominador)

Riscos de Mercado

O Risco de Mercado está associado à probabilidade de ocorrência de impactos negativos nos resultados ou no capital, devido a movimentos desfavoráveis no preço de mercado dos instrumentos da carteira de negociação. Esses riscos são gerados por instrumentos de taxa de juro, acções, obrigações, câmbios, commodities.

O risco da taxa de juro é acompanhado mensalmente com base em informação estatística. O risco cambial é acompanhado diariamente, com base num relatório contendo as exposições, assim como os limites regulamentares. O balanço por moeda é apresentado na nota nº 32 às demonstrações financeiras.

Relativamente ao risco cambial, e à semelhança do ano anterior, parte da carteira de crédito em moeda estrangeira foi convertida para moeda nacional, após concluídas negociações com os clientes, tendo em vista cumprimento dos limites de exposição cambial (ver limites no capítulo do Enquadramento regulamentar).

O Banco aplica uma metodologia de testes de resistência (stress tests) para os riscos de câmbio e de taxa de juro. São estabelecidas as tendências e probabilidade de ocorrência dos cenários de alteração destas variáveis. Sobre o caso base, são desenvolvidos três cenários para cada variável. O impacto das alterações é medido sobre a exposição cambial, fundos próprios regulamentares, margem financeira, resultados em operações cambiais e resultados antes de impostos.

2012

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