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Estrutura de Gestão

2012 Risco de câmbio

e ouro 12% Risco de crédito 88% Risco de câmbio e ouro 10% Risco de crédito 90% 2011 11% 14% 89% 86% 2011 2012

Crédito por moeda

Relatório e Contas 2012

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Risco de Crédito

O Risco de Crédito pode ser definido como uma medida de incerteza relacionada com o recebimento de um valor exigível.

O Banco procede à classificação de risco (rating) interno, baseado na análise do cliente, operação e garantias, assim como a sua revisão mensal, em função do número de dias de atraso e, periodicamente, em função de uma nova análise do risco.

As políticas contabilísticas relativas a crédito encontram-se explicadas na Nota nº 2 às demonstrações financeiras.

O regulamento de crédito e de recuperação de crédito foram revistos mais uma vez, tendo em vista o seu aperfeiçoamento técnico.

O Banco dispõe de um modelo de definição do preço (pricing), que procura incluir todos os custos e encargos gerais. Estes incluem não só o custo do capital, mas também o custo da subscrição do crédito, os custos de gestão, bem como os prémios de risco de crédito. O modelo existente será sujeito a aperfeiçoamento uma vez que não é ainda suficiente para medir todos os componentes necessários.

A classificação e evolução do risco de crédito em 2012 são resumidas da seguinte forma:

Na análise da distribuição dos créditos por nível de risco, o nível C (Risco Reduzido) representa a maior parte do crédito, com 65,2% (2011: 74,7%), tendo no entanto diminuindo o seu peso em 9,5 pontos percentuais face a 2011.

A análise da distribuição da carteira de crédito por código da actividade sectorial (CAE), revela uma diminuição do peso do comércio de 30% (2011) para 17% (2012) e a diminuição do peso da actividade de serviços de 26% (2011) para 21% (2012). O crédito concedido à agricultura, pescas, indústria e construção mantiveram sensivelmente o mesmo peso relativamente ao ano anterior.

Risco de crédito (Níveis)

2011 2012 65,2% 0,0% 18,6% 0,1% 3,5% 1,4% 5,5% 0% 20% 40% 60% 80% 100% A (0%)B (1%) C (3%)D (10%)E (20%)F (50%)G (100%) Construção 9% Comércio 30% Transporte 2% Hotelaria e Turismo 8% Agricultura e Pescas 8% Indústria Extractiva 3% Serviços 26% Particulares 8% Outros 6% Indústrias Transformadoras 6% 2011 2012 Agricultura e Pescas 11% Transportes 2% Serviços 21% Construção 8% Particular 11% Desporto 8% Educação 2% Imobiliaria 7% Indústria Extractiva (Petróleos e Diamantes) 1% Indústria Transformadora 4% Comércio 17%

Relatório e Contas 2012

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Risco de Liquidez

O Risco de Liquidez ocorre quando as reservas e disponibilidades de uma instituição não são suficientes para honrar suas obrigações, ou seja, quando um desequilíbrio no fluxo de caixa provoca incapacidade momentânea de liquidar os compromissos.

O acompanhamento e análise do risco de liquidez são feitos pelo Comité de Gestão Diária da Liquidez. Este comité inclui os responsáveis pela banca comercial, crédito, operações e financeira, sendo este coordenado por um administrador. As reuniões têm uma duração limitada, a informação é pré-definida e distribuída antecipadamente, e as decisões são reflectidas numa acta que é distribuída a nível central pelos membros, principais colaboradores e administração.

Para suporte da tomada de decisões, é previamente distribuída informação pré-definida. A informação inclui, entre outros, um relatório diário contendo todas as operações, posições de liquidez actuais e projecções até cinco dias, o balanço e a demonstração dos resultados diária do Banco.

É política do Banco manter um rácio de transformação dos depósitos em crédito em níveis compatíveis com a estrutura dos depósitos, assim como aumentar a liquidez de longo prazo, medida pelo rácio entre os passivos com maturidade superior a 6 meses sobre o total dos passivos. Em 31 de Dezembro de 2012, este rácio de liquidez de longo prazo é de 1,5% (2011: 1%) para moeda nacional e 23% (2011: 4%) para moeda estrangeira. De forma a concretizar este objectivo, o Banco tem vindo a negociar linhas de financiamento a médio e longo prazo com instituições financeiras, essencialmente no exterior.

Liquidez em Moeda Nacional

Milhões de USD à vista mesesaté 3 meses3 a 6 6 meses a 1 ano 1 a 3 anos 3 a 5 anos mais de 5 anos

Activos Total 343.584 99.348 125.713 37.176 59.548 34.808 12.804

Disponibilidades 155.726

Aplicações de liquidez 180.798

Títulos e valores mobiliários 27.249 29.573 9.263 20.497 5

Créditos 7.060 72.099 96.140 27.913 39.050 34.803 12.804

Passivos Total 239.214 341.745 25.423 3.159 0 5.779 0

Depósitos 235.737 341.745 25.423 3.159

Captações para liquidez

Obrigações no sistema de pagamentos 3.477

Outras captações 5.779

Mismatch 104.370 -242.398 100.290 34.017 59.548 29.029 12.804

Mismatch Acumulado 104.370 -138.028 -37.738 -3.721 55.827 84.856 97.660

Liquidez em Moeda Estrangeira

Milhões de USD à vista mesesaté 3 meses3 a 6 6 meses a 1 ano 1 a 3 anos 3 a 5 anos mais de 5 anos

Activos Total 50.030 61.051 1.317 4.212 127 4.133 14.861

Disponibilidades 49.738

Aplicações de liquidez 0 50.721

Títulos e valores mobiliários 1.524

Créditos 292 10.330 1.317 2.688 127 4.133 14.861

Passivos Total 55.108 55.223 33.209 2.007 0 5.761 22.916

Depósitos 55.108 55.223 18.668 2.007

Captações para liquidez

Obrigações no sistema de pagamentos

Outras captações 14.541 5.761 22.916

Mismatch -5.078 5.829 -31.892 2.205 127 -1.628 -8.055

Relatório e Contas 2012

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Risco Operacional

O Risco operacional representa a possibilidade de perda resultante de processos internos, pessoas e sistemas inadequados ou falhas, ou de eventos externos.

No que diz respeito aos riscos de segurança dos activos tangíveis e das pessoas, são realizadas auditorias às unidades principais e implementadas acções preventivas e correctivas dos riscos identificados. Regularmente, é reavaliada a cobertura financeira dos riscos seguráveis.

Em 2012, o Banco foi especialmente afectado por uma fraude (assalto a um dos balcões) na área comercial. Em função desta, foram energeticamente reforçadas as medidas de controlo interno, desde a gestão dos recursos humanos até à abordagem da auditoria interna, tendo em vista a prevenção de futuras ocorrências.

A conformidade com as leis é assegurada através de um acompanhamento permanente, directamente por parte do conselho de administração e, sempre que necessário, com o apoio especializado externo, de todo o quadro legal a que o Banco deve obedecer.

Por outro lado, o Banco participa activamente na Associação Angolana de Bancos (ABANC). A presença do Banco neste grupo permite que as direcções do Banco estejam permanentemente informadas sobre as matérias em discussão, assim como antecipar a preparação da entrada em vigor das normas. Neste âmbito, são sempre feitos estudos sobre os impactos das alterações regulamentares no Banco.

No que diz respeito ao enquadramento regulamentar, destaca-se em 2012 a entrada em vigor, ou seja, a implementação efectiva, das novas políticas da reforma tributária (PERT).

A implementação do PERT foi um processo multidisciplinar com implicações internas e externas, envolvendo demonstrações financeiras, aspectos organizativos e operacionais, processos e sistemas para a recolha e gestão de informação.

Relatório e Contas 2012

93 Regulamentação relevante para o sector financeiro aprovada em 2012

Mês Dia Referência Assunto

Janeiro 12 Lei nº 01/12 Lei sobre a Designação e Execução de Actos Jurídicos Internacionais.

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