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4.3 CONSUMO DE CICLO OTTO

4.3.2 Conversão para Gás Natural Veicular

Tabela 10 – Frota Modelo Proposto: Frota estimada Anfavea vs Frota calculada

As demais frotas tiveram como base o licenciamento real até abril de 2008 e a curva de sucateamento. Para o período de maio de 2008 a abril de 2009 foi utilizado, além da curva de sucateamento, o licenciamento estimado no item anterior. A participação no licenciamento neste período de cada modalidade de veículo foi calculada tendo como base o percentual de participação da soma dos meses de janeiro a abril de 2008, sendo assim veículos movidos a gasolina representam 8% do total de licenciamento, veículos a álcool 0% e veículos Flex 87,6% (diesel representa 4,4%, mas este não será utilizado). A tabela com o cálculo completo de cada modalidade se encontra no apêndice C.

4.3.2 Conversão para Gás Natural Veicular

Para a equação do número de carros convertidos a GNV (equação 4) foram considerados dados de base mensal, sendo o período de estimação de janeiro de 2004 a abril de 2008, e foi aceita a hipótese nula de que há raiz unitária em todas as variáveis. Além das dummies para

em mil Frota Anfavea Frota Calculada Calc-Anfavea Calc/Anfavea

2005 21,282 21,004 -278 -1.3%

2006 22,273 21,901 -372 -1.7%

2007 23,685 23,266 -419 -1.8%

sazonalidade, foram criadas dummies para representar algumas das crises de abastecimento de gás natural no Brasil e também o período de expansão.

As crises, onde o abastecimento de GNV foi altamente impactado, que foram consideradas significantes no modelo foram: 1) De 2005 (maio a julho) na Bolívia, onde foi promulgada uma lei que aumentou os royalties e impostos sobre a exploração e esta acarretou em problemas no abastecimento e na confiança das empresas estrangeiras; 2) De 2007/2008 (iniciada em novembro de 2007) que além da crise do gás boliviano (ou seja, descontinuidade no abastecimento para o Brasil) também houve no final de 2007 uma queda brusca no nível dos reservatórios das hidrelétricas.

O período de expansão no consumo de GNV ocorreu no ano de 2006, retirando o período de crise na Bolívia, quando foi anunciada a nacionalização dos campos de petróleo e gás natural e das refinarias pelo presidente da Bolívia Evo Morales.

CONVt = C + 1JANt + 2FEVt + 3MARt+ 4ABRt +5MAIt +6JUNt +7JULt +8AGOt +9SETt +10OUTt +11NOVt +12DCG1t +13DCG3t +14DBGt +15PARIDgnv/gasot-1 + t, onde: (4) CONVt = número de conversões para GNV mensal no período t. Fonte: Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP)

C = constante

JAN A NOVt = dummy mensal, onde esta é igual a 1 no mês em questão e 0 nos demais meses.

DCG1t = dummy crise gás natural Bolívia, onde esta é igual a 1 de maio a julho de 2005 e 0 nos demais meses.

DCG3t = dummy crise gás natural , onde esta é igual a 1 de novembro de 2007 a dezembro de 2008 e 0 nos demais meses.

DBGt = dummy expansão gnv , onde esta é igual a 1 de dezembro de 2004 a abril de 2005, de fevereiro a abril de 2006 e de julho a dezembro de 2006 e igual a 0 nos demais meses.

PARIDgnv/gasot-1 = Preço médio Brasil do GNV dividido pelo preço médio Brasil da gasolina no período t-1. Fonte: ANP

O teste de cointegração foi efetuado no resíduo da equação 4 e foi rejeitada a hipótese nula de que não há cointegração, conforme tabelas 11 e 12.

Augmented Dickey-Fuller test statistic -8,218621

Tabela 11 – Conversão GNV Modelo Proposto: Teste Cointegração ADF

Nível de Significância 1% 5% 10% Valor Crítico -3,9 -3,34 -3,04

Tabela 12 – Conversão GNV Modelo Proposto: v. críticos do teste de cointegração EG-ADF

O modelo de correção de erros (MCE) foi utilizado na equação 4, mas aquele não foi o escolhido porque não trouxe nenhum benefício adicional. O resultado da equação 4 pode ser visualizado na tabela 13 e o resultado da previsão está exibido na figura 5, em forma de gráfico, e na tabela 14.

Variável Coeficiente Erro Padrão Estatística-t Prob.

C 47508.53 7768.615 6.115444 0.0000 PARIDgnv/gaso(-1) -61044.4 15265.59 -3.99882 0.0003 JAN 855.2545 1143.672 0.747814 0.4594 FEV -2833.47 1144.342 -2.47607 0.0181 MAR 222.3973 1140.805 0.194948 0.8465 ABR 393.4698 1141.254 0.34477 0.7323 MAI 1306.81 1283.697 1.018005 0.3155 JUN -308.475 1291.479 -0.23885 0.8126 JUL 316.3391 1294.33 0.244404 0.8083 AGO 687.8074 1232.869 0.557892 0.5804 SET 1035.859 1236.913 0.837454 0.4079 OUT 1258.249 1243.219 1.01209 0.3182 NOV 919.8592 1198.174 0.767718 0.4477 DCG1 -4376.32 1203.853 -3.63526 0.0009 DCG3 -5212.48 1119.024 -4.65806 0.0000 DBG 6199.201 692.5542 8.951215 0.0000

R2 0.925998 Média var dependente 17266.48

R2 ajustado

0.895164 D.P. var dependente 5186.768

Erro Padrão da Regressão

1679.394 AIC 17.93791

Soma quadrática resid

1.02E+08 SIC 18.5383

Estat Durbin-Watson 2.298398 Estatística-F 30.03153

Prob(Estatística-F) 0.0000

Figura 5- Conversão GNV Modelo Proposto: gráfico previsão observado vs. estimado

Tabela 14 – Conversão GNV Modelo Proposto: Resultado previsão vs. observado

Como pode ser observado, as variáveis não sazonais são significantes e estão com o sinal esperado (exemplos: aumenta o preço do GNV em relação ao da gasolina, diminui o consumo; em época de crise diminui o consumo e no período de expansão aumenta o consumo) e o R2 ajustado está satisfatório. O erro quadrático médio de previsão de maio/08 a abril/09 foi de 5,1 mil. O resultado acumulado neste mesmo período indicou uma diferença de

-8000 -4000 0 4000 8000 12000 16000 2008M07 2008M10 2009M01 2009M04 LICENCIAMENTO_CONV_GNV Z1_FCAST_CONV Z1_FCAST_CONV+2*Z1_FCAST_CONV_SE Z1_FCAST_CONV-2*Z1_FCAST_CONV_SE

mês/ano Observado IBP Projeção Proj -Obs Erro2 Proj/Obs

mai-08 9.4 8.5 -0.9 0.9 -9.91% jun-08 5.1 6.0 1.0 0.9 19.03% jul-08 6.3 4.6 -1.6 2.6 -25.93% ago-08 5.3 3.8 -1.6 2.5 -29.39% set-08 5.2 3.2 -2.0 4.1 -38.91% out-08 4.7 3.3 -1.4 2.0 -30.05% nov-08 5.6 3.0 -2.6 6.7 -45.91% dez-08 5.3 1.6 -3.7 13.7 -70.38% jan-09 2.8 6.5 3.8 14.2 135.67% fev-09 2.3 1.5 -0.8 0.7 -36.62% mar-09 3.1 5.3 2.3 5.1 73.07% abr-09 3.0 5.9 2.8 8.1 93.62% Média 12m 4.8 4.4 -0.4 5.1 n/a

mai/08 a abr/09 Observado IBP Projeção Proj -Obs Proj/Obs 12 meses 58.1 53.2 -4.9 -8.40%

conversões em mil

-4,9 mil (-8,4%)entre o projetado e o observado. Como o consumo de GNV comparado com os demais combustíveis (gasolina e álcool) é relativamente pequeno, este resultado será o utilizado para a construção da frota de GNV.

A frota de carros que possuem GNV foi calculada com o mesmo método que foi utilizado para calcular a frota de veículos leves (item 4.3.1.2). Foi assumido que a frota de GNV está contida dentro da frota de gasolina, por considerar que a maioria dos veículos convertidos é movida a gasolina. A tabela com o cálculo completo da frota de GNV pode ser visualizada no apêndice D. Como referência, a frota de veículos convertidos para GNV calculada em outubro de 2008 foi de 1.509 mil e a frota divulgada pelo IBP através do GNVnews (outubro de 2008) foi de 1.577 mil, ou seja, a frota calculada foi próxima da divulgada.

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