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13. COBERTURAS VACINAIS E DOENÇAS IMUNOPREVENÍVEIS

13.2 ANÁLISE DA SITUAÇÃO DAS DOENÇAS IMUNOPREVENÍVEIS EM ALAGOAS

13.2.4 COQUELUCHE

Doença Infecciosa aguda, transmissível, de distribuição universal. Compromete especificamente o aparelho respiratório (traquéia e brônquios) e se caracteriza por paroxismos de tosse seca. Ocorre sob as formas endêmicas e epidêmicas. Em lactantes, pode resultar em número elevado de complicações e até a morte.

A coqueluche é uma doença de notificação compulsória em todo o território nacional e sua investigação laboratorial é obrigatória nos surtos e nos casos

2006 2007 2008 2009 2010 Região 1 7 17 11 14 6 Região 2 0 0 0 0 0 Região 3 0 2 0 0 0 Região 4 1 0 0 0 0 Região 5 0 0 0 0 0 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18

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atendidas nas unidades sentinelas, previamente determinadas, a fim de identificar a circulação da B. pertussis. As pessoas devem ser informadas quanto à importância da vacinação, como medida de prevenção e controle da coqueluche.

Observa-se na figura abaixo que no período de 2006 a 2008, a 1ª região foi a que notificou mais casos suspeitos de coqueluche, em 2009, a 2ª região com maior número de casos suspeitos registrados no SINAN e em 2010, a 5ª região, devido ao surto de coqueluche que ocorreu nesta região (figura 08).

Fonte: SINANNet/DIVEP/SESAU

Figura 08 - Distribuição dos Casos Notificados de Coqueluche segundo a Região Notificadora em Alagoas no período de 2006 a 2010.

Observa-se na figura abaixo que o grupo mais afetado pela coqueluche se concentra na faixa etária de menores de 1 ano, isto se deve, à gravidade do quadro clínico nesta faixa etária, o que, leva à maior procura dos serviços de saúde e maior número de casos diagnosticados. A letalidade da doença é mais elevada no grupo de crianças menores de um ano, particularmente naquelas com menos de seis meses de idade, que concentram quase todos os óbitos por coqueluche. No período compreendido de 2006 a 2010 ocorreu dois óbitos, um no ano de 2009 e o outro em

2006 2007 2008 2009 2010 Região 1 7 5 19 56 25 Região 2 1 4 0 82 5 Região 3 0 0 5 6 3 Região 4 2 4 5 33 6 Região 5 0 0 2 63 56 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90

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2010, o primeiro foi óbito por outras causas, o segundo foi óbito por coqueluche, em ambos foram crianças menores de 1 ano de idade (FIGURA 09).

Fonte: SINANNet/DIVEP/SESAU

Figura 09 - Distribuição dos Casos Confirmados de Coqueluche segundo Faixa Etária. Alagoas, 2006 a 2010.

13.2.5 DIFTERIA

Observa-se que os últimos casos confirmados por Difteria, ocorreram no ano de 2007. Nos anos de 2009 e 2010, foram notificados 03 casos, destes, 02 foram descartados e 01 continua inconclusivo (2009). Todos os casos suspeitos e confirmados por Difteria foram notificados pela Região de saúde 01, somando um total de 07 casos no período avaliado.

2006 2007 2008 2009 2010 < 1 ano 2 1 10 28 9 1 a 4 anos 3 0 2 16 10 5 a 9 anos 1 0 3 9 5 10 a 14 anos 1 0 1 12 2 15 a 19 anos 0 0 1 2 1 > 20 anos 0 0 1 1 0 0 5 10 15 20 25 30

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13.2.6 DOENÇAS EXANTEMÁTICAS

RUBÉOLA

É uma doença exantemática aguda, de etiologia viral, que apresenta alta contagiosidade, acometendo principalmente crianças. Doença de curso benigno, sua importância epidemiológica está relacionada ao risco de abortos, natimortos, e malformações congênitas, como cardiopatias, catarata e surdez. É denominada síndrome da rubéola congênita (SRC), quando a infecção ocorre durante a gestação.

A rubéola foi introduzida na lista de doenças de notificação compulsória no Brasil, na segunda metade da década de 90, tornando oportuna a detecção de casos e surtos e a efetivação adequada das medidas de controle. Grandes progressos foram alcançados no controle da Rubéola/Síndrome da Rubéola Congênita (SRC) em nosso meio, após a campanha da rubéola em 2008, ano em que ocorreu a maior campanha de vacinação contra rubéola no mundo. A meta da eliminação da rubéola e da Síndrome da Rubéola Congênita até 2010 foi um compromisso do Brasil e demais países da região das Américas, assumido em 2003, mesmo com a importante redução na incidência de casos de rubéola, fruto das ações de vigilância e imunização, permanece o risco de indivíduos suscetíveis contraírem o vírus da Rubéola, uma vez que este vírus permanece circulando em várias regiões do mundo, onde o controle desta doença ainda não foi estabelecido. Em relação à notificação de casos suspeitos segundo a faixa etária, os grupos mais acometidos foram os menores de 1 ano e crianças de 1-4 anos no período de 2006 a 2010,sendo que esta faixa etária compreende os grupos que devem estar imunizados. Após a Campanha de seguimento no segundo semestre de 2008 a notificação nesse grupo vem diminuindo, levando em consideração a eficácia da vacina (95%). Com a intensificação das estratégias de Vigilância, os casos suspeitos nestes grupos etários estão sendo cada vez mais identificados e notificados para a tomada de medidas de controle, com a constante preocupação com relação ao tempo oportuno das ações efetivas na resolução destes casos evitando o acometimento maior de indivíduos suscetíveis.

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Em relação à notificação de casos suspeitos segundo a faixa etária, os grupos mais acometidos foram os menores de 1 ano e crianças de 1-4 anos no período de 2006 a 2010,sendo que esta faixa etária compreende os grupos que devem estar imunizados. Após a Campanha de seguimento no segundo semestre de 2008 a notificação nesse grupo vem diminuindo, levando em consideração a eficácia da vacina (95%). Com a intensificação das estratégias de Vigilância, os casos suspeitos nestes grupos etários estão sendo cada vez mais identificados e notificados para a tomada de medidas de controle, com a constante preocupação com relação ao tempo oportuno das ações efetivas na resolução destes casos evitando o acometimento maior de indivíduos suscetíveis (Figura 10).

Fonte: SINANNET/DIVEP/SESAU

Figura 10 - Distribuição dos Casos suspeitos de Rubéola segundo faixa etária, Alagoas 2006 - 2010.

Observa – se um decréscimo de notificações após a mobilização vacinal em 2008, com apenas 01 caso confirmado em 2009. Em 2010 há registro de 08 casos confirmados de Rubéola em Alagoas, porém, diante da verificação de muitos casos pode – se averiguar constantes erros de digitação e má interpretação de resultados laboratoriais para encerramento, por muitas vezes erroneamente sendo confirmado e inserido no Banco de Dados SINAN, é preciso intensificar o monitoramento destes encerramentos, pois, compete à Vigilância Epidemiológica Estadual a supervisão destas ações, já que o encerramento de casos é realizado em âmbito Municipal,

<1 Ano 1 -4 anos 5 - 9 anos 10 - 14 anos 15-19 anos 20-34 anos 35-49 anos 50-64 anos 65-79 anos 80 e+ 2006 39 42 28 18 4 16 2 0 0 0 2007 111 120 89 60 38 124 31 7 1 1 2008 73 105 59 44 25 72 43 4 0 0 2009 70 50 41 19 9 25 5 0 0 0 2010 63 126 85 34 22 37 20 1 0 0 0 20 40 60 80 100 120 140

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lembrando que o Banco de Dados SINAN é um dos instrumentos essenciais para estudo do comportamento epidemiológico do Agravo (figura 11)

Fonte: SINANNETDIVEP/SESAU

Figura 11 - Distribuição dos Casos suspeitos de Rubéola segundo Classificação Final em Alagoas no período de 2006 – 2010.

Observa-se que o maior número de casos suspeitos por Rubéola foi encerrado pelo critério laboratorial. Isto se deve ao constante monitoramento da área técnica através do SINAN em orientar os Municípios quanto ao encerramento dos casos em tempo oportuno pelo critério laboratorial preconizado pelo indicador do agravo. Em 2010 houve um decréscimo do número de casos encerrados por critério laboratorial, menos de 50% dos casos, pois, o Laboratório Central de Alagoas (LACEN) ficou de setembro de 2009 a abril de 2010 sem Kit para sorologia de Sarampo e Rubéola (tabela 03).

Tabela 03 - Distribuição dos Casos suspeitos de Rubéola segundo Critério de Confirmação/ Descarte em Alagoas no período de 2006 a 2010. Fonte: SINANNet/DIVEP/SESAU 2006 2007 2008 2009 2010 CONFIRMADO 1 45 17 1 8 DESCARTADO 150 531 374 196 339 0 100 200 300 400 500 600 Critério de Confirmação/ Descarte 2006 (%) 2007 (%) 2008 (%) 2009 (%) 2010 (%) Ig/nBranco 5 (3,36) 29 (4,97) 37 (8,71) 28 (12,79) 50 (13,02) Laboratório 104 (69,80) 449 (77,02) 271 (63,76) 120 (54,79) 176 (45,83) Clinico - Epidemiológico 4 (2,68) 25 (4,29) 56 (13,18) 37 (16,89) 82 (21,35) Clínico 36 (24,16) 80 (13,72) 61 (14,35) 34 (15,53) 75 (18,53)

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Alagoas pactuou dois indicadores para a Vigilância das Doenças Exantemáticas (Rubéola, Sarampo e SRC), o primeiro indicador é Investigar Oportunamente os Casos Suspeitos de Doenças Exantemáticas, ou seja, investigar os casos suspeitos em até 48 horas após a notificação. Este indicador permite a análise e identificação de situações de insuficiência que possam necessitar de medidas de intervenção e contribui para a avaliação operacional e de impacto das ações de Vigilância nos níveis Municipais e Estadual.

O segundo indicador é Encerrar os Casos Suspeitos de Doenças Exantemáticas por critério Laboratorial, o que inclusive representa preceito essencial das ações de eliminação da doença, porém, existem outros critérios de confirmação/ descarte que podem ser utilizados para encerramento destes casos (clínico/ clínico epidemiológico/ data da última dose da vacina).

SARAMPO

O sarampo é uma doença infecciosa aguda, de natureza viral, grave, transmissível e extremamente contagiosa, muito comum na infância. A viremia, causada pela infecção, provoca uma vasculite generalizada, responsável pelo aparecimento das diversas manifestações clínicas, inclusive pelas perdas consideráveis de eletrólitos e proteínas, gerando o quadro espoliante característico da infecção. Além disso, as complicações infecciosas contribuem para a gravidade do sarampo, particularmente em crianças desnutridas e menores de 1 ano de idade.Apesar da ausência de casos autóctones de sarampo, o Brasil deve manter-se vigilante, pois enquanto a doença não for erradicada de forma universal, ainda há risco da reintrodução no país através de importações e bolsões de suscetíveis ainda existentes.

A circulação endêmica do Sarampo nas Américas foi interrompida em 2002, desde então, os casos da doença que ocorrem na região sempre foram identificados como importados ou relacionados à importação de países onde a doença continua endêmica. Alagoas se enquadra em um dos Estados receptores de massas turísticas, por este motivo medidas de contenção devem ser adotadas como, avaliação vacinal dos viajantes, divulgar quanto aos sintomas característicos da doença, indicando a busca de atendimento médico imediato. As ações

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desenvolvidas de forma plena geram indicadores de qualidade satisfatórios e comprovam a efetividade da Vigilância das Doenças Exantemáticas diante do aparecimento de casos suspeitos.

Ao analisar a distribuição de casos suspeitos notificados por faixa etária no período de 2006 á 2010, identificamos que pelo perfil epidemiológico do agravo que é prevalente na infância, os grupos mais acometidos são de < de 1 ano e de 1 – 4 anos, o número elevado de notificações nestas faixas etárias é inversamente proporcional á cobertura vacinal, nesse contexto é necessário iniciar oportunamente medidas de controle para interromper a cadeia de transmissão da doença. Em 2010 percebe – se uma modificação do comportamento do agravo, evidenciando uma distribuição entre as faixas menores de 15 anos, do agravo dentro do padrão da região (figura 12).

Fonte: SINANNet/DIVEP/SESAU

Figura 12 - Distribuição dos Casos suspeitos de Sarampo segundo faixa etária em Alagoas no período de 2006 – 2010.

A definição de caso confirmado de sarampo baseia-se em critérios adotados pelo Ministério da Saúde para orientar as ações de Vigilância Epidemiológica do

< 1 ano 1-4 anos 5-9 anos 10-14 anos 20-34 anos

2006 0 2 1 1 0 2007 6 9 3 0 0 2008 0 1 0 1 0 2009 4 1 0 0 1 2010 2 1 2 2 0 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

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Agravo em todo o País. A probabilidade de suspeita diagnóstica de sarampo tende a reduzir-se quando a incidência da doença é muito baixa, podendo resultar em subnotificação de casos. O Estado de Alagoas vem alcançando a meta de encerramento dos casos de Sarampo com técnicas laboratoriais, tendo registrado o último caso confirmado em 2000. Observa-se no gráfico que apenas nos anos de 2007 e 2010 casos foram encerrados por critério clínico, no restante do período há a plenitude de casos encerrados pelo critério laboratorial.

Fonte: SINANNet/DIVEP/SESAU

Figura 13 - Distribuição dos Casos suspeitos de Sarampo segundo Critério de Descarte em Alagoas no período de 2006 - 2010.

VARICELA

Observa-se que o maior número de casos notificados ocorreu em primeiro lugar no período de 2006 á 2010, as demais regiões também apresentaram altos números de casos notificados, esses valores refletem a alta contagiosidade do agravo. A varicela não é uma doença de notificação compulsória, embora os surtos devam ser notificados às secretarias municipais e estaduais de saúde, que solicitam a notificação de casos agregados de varicela (surtos) e a notificação e investigação de casos graves e óbitos, como objetivo de conhecer os padrões de ocorrência da

2006 2007 2008 2009 2010 Clínico 0 1 0 0 1 Laboratorial 4 17 1 3 6 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18

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doença (sazonalidade e distribuição por faixa etária) e detectar surtos em sua fase inicial e monitorar a intensidade da circulação viral e fatores associados à gravidade e óbito, que possam inclusive reorientar as recomendações de vacinação (figura 14).

Fonte: SINAN/SESAU/DIVEP

Figura 14 - Casos de Varicela notificados segundo Região de Saúde, Alagoas 2006-2010.

2006 2007 2008 2009 2010 Região 01 733 789 704 431 770 Região 02 297 171 252 136 117 Região 03 485 180 269 122 302 Região 04 256 425 313 162 227 Região 05 180 236 93 82 164 0 100 200 300 400 500 600 700 800 900

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