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4.2 PESQUISA DE CAMPO

4.2.8 Cores

As cores claras são as preferidas entre os entrevistados, representando 60% dos respondentes, seguido de 36,7% que preferem tons escuros (figura 62). Ao definir uma única cor como preferida, as cores mais citadas foram branco, com 33.3%, bege e marrom com 23.3% da preferência e preto com 13.3% das respostas.

Figura 62: Preferência em cores

Fonte: A autora

4.3 REQUISITOS DE PROJETO

Após o fechamento das análises de mercado e da pesquisa de campo, fez-se um fechamento contendo o estudo dos mesmos e a partir disto um levantamento de requisitos de projeto, relacionando assim, qual a melhor escolha de materiais, cores entre outros pontos que devem ser levados em consideração em relação aos resultados das pesquisas.

4.3.1 Análise de pesquisa

Em relação a análise de mercado alguns pontos já puderam ser levantados. Em relação aos materiais observou-se a completa utilização de madeira, tanto madeira maciça quanto chapas de MDF e MDP. Outro ponto foi que a utilização de multifuncionalidades em um mobiliário é hoje um diferencial muito importante, assim como a grande necessidade de espaço para arquivamento tratando-se de mobiliário para trabalho. Outros fatores observados foram o uso de cores claras e também a simplicidade dos móveis, em relação ao uso e também a estrutura e montagem.

Foi então realizada uma pesquisa de campo, descrita no item 4.2 onde outros dados importantes podem ser analisados. Em relação ao ambiente de trabalho, percebe-se que há uma conscientização em relação a necessidade de uma ambiente mais descontraído, tendo em vista que isto reflete no rendimento do trabalhador e também da empresa, sendo que a maior parte dos entrevistados responderam passar 8 horas ou mais na realização de suas atividades.

Após isto observou-se que entre os respondentes, a grande maioria tem contato direto com mobiliários em suas atividades, na sua grande maioria com mesas o que era previsto levando em consideração a grande importância desse móvel no ambiente de trabalho. Quanto as características mais importantes em um mobiliário, percebeu-se que os pontos mais

importantes são o conforto e a multifuncionalidade, assim também como a necessidade por compartimentos de arquivamento. Em relação aos materiais, há uma grande preferência pela utilização da madeira havendo assim um ponto em comum com a análise de mercado, bem como a preferência por cores claras demonstradas também na pesquisa de campo.

Como o conforto é um dos pontos chaves no mobiliário a ser desenvolvido, tanto por observação dos resultados das análises de mercado e pesquisa de campo também pela importância de estar presente no ambiente de trabalho, há a necessidade de se realizar uma análise ergonômica, pois a utilização correta da ergonomia no mobiliário resultará em uma melhor utilização do mesmo, estando ligada diretamente ao conforto.

4.3.2 Análise Ergonômica

A análise ergonômica definirá as medidas ideais para mobiliário desenvolvido, através do estudo analisado no item 2.3. Através da tabela de medidas de antropometria estática relacionada por Iida (2003) relacionada com as medidas críticas para a realização de um posto de trabalho, levando em consideração mesa e assento. Essas medidas servirão de base para a construção do mobiliário, para que desta forma ele esteja adequado para um ambiente de trabalho.

Assim como já explicado anteriormente, as medidas críticas descritas pelo autor tratam da medida lombar, altura poplítea, altura do cotovelo, altura da coxa e altura dos olhos, onde a altura lombar que resultará na altura ideal para o encosto da cadeira, a altura poplítea que resultará na altura ideal do assento, a altura do cotovelo de onde sairá a medida ideal para a altura da mesa, a altura da coxa que servirá para encontrar o espaço mais adequado entre o assento e a mesa e a altura dos olhos para um melhor posicionamento do monitor de um computador.

Através da relação entre a altura poplítea e altura do cotovelo, podemos obter como resultado a altura ideal da mesa sendo de 74cm (figura 63), sua largura está relacionada com a altura de alcance podendo ter em média 61,6cm e seu comprimento entre 100 e 160cm (figura 64). (IIDA, 2003).

Figura 63: Alturas Mesa e Cadeira

Iida (2003)

Figura 64: Alcances

Fonte: Iida (2003)

A figura 65 representa a relação de medidas para uma cadeira segundo Iida (2003), tanto em posição ereta (PE) quanto em posição relaxada (PR).

Figura 65: Medidas Assento

4.3.3 Classificação de Requisitos

A tabela 14 demonstra os requisitos levantados através das análises, assim como a sua classificação em opcional, desejável e indispensável.

Tabela 14: Classificação de Requisitos

Classificação

Característica Requisito Opcional Desejável Indispensável

Acabamento Fórmica x

BP x

Verniz x

Materiais Madeira maciça x

Compensado x MDF x MDP x Funcionalidade Multifuncionalidade x Espaço de arquivamento x Estrutura Simplicidade x Fácil montagem x Fácil utilização x

Estética Cores claras x

Textura madeira x

Conforto Medidas antropométricas x

Estofados x

Fonte: A autora.

Através dos requisitos levantados na tabela 14 foram criados painéis semânticos em relação a cores e formas trazendo conceitos e inspirações para o projeto final. O painel semântico 1 (figura 66) traz referências quanto a formas e o painel semântico 2 (figura 67) traz inspirações no uso de cores, utilizando a tendência New Clarity e a escolha de cores de duas paletas da Pantone, Verdure e Discretion, que trazem cores pertencentes a essa tendência.

Figura 66: Painel Semântico 1

Fonte: A autora

Figura 67: Painel Semântico 2

4.4 GERAÇÃO DE ALTERNATIVAS

Após o levantamento dos requisitos de projeto e da elaboração dos painéis semânticos para uso como referência, foram desenvolvidas 4 alternativas. A alternativa A (figuras 68) foi elaborada com a ideia de uma mesa de escritório que também pode ser usada como poltrona, com formas simples, contendo 4 partes principais, laterais, assento e encosto que também são tampos e parte frontal da mesa onde, através de um dispositivo de corrediças e travas, o tampo muda de posição para que a mesa possa ser usada para trabalho e também como poltrona.

Figura 68: Alternativa A

Fonte: A autora

Já alternativa B (figura 69) apresenta as laterais expandidas para que essas sirvam como compartimento para armazenagem de documentos e outras necessidades. O sistema de corrediças e travas permanece o mesmo, permitindo sua multifuncionalidade.

Figura 69: Alternativa B

Fonte: A autora

A alternativa C (figura 70) traz uma modelagem totalmente diferente, com predominância das curvas e sua utilização não requer nenhum sistema de ferragens, podendo ser produzida completamente de um mesmo material sem perder a sua multifuncionalidade. Para uma maior facilidade de uso preferiu-se utilizar gaveteiro móvel.

Figura 70: Alternativa C

Fonte: A autora

Seguindo a ideia das formas curvas, alternativa D (figura 71) traz o conceito da evolução do ambiente de trabalho com a união de ângulos retos que se transformam em formas mais orgânicas, representando desta forma a busca pelos ambientes cada vez mais descontraídos e menos hierarquizados. Há também nesta alternativa a inserção do estofado no assento para que desta maneira seja mais confortável na sua utilização como poltrona.

O gaveteiro desta vez deu lugar ao gabinete que apresenta duas portas de correr trazendo mais facilidade e aproveitamento de espaço e também surge como uma extensão da mesa. Este também ganhou uma multifuncionalidade, pois o mesmo pode ser usado como mesa de centro ou aparador.

Figura 71: Alternativa D

Fonte: A autora

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