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As correções do projeto vão se iniciar pelos elementos isolados e, caso a correção destes não apresente a melhora esperada no deslocamento na direção Y serão realizadas as intervenções nas seções mínimas estabelecidas para as vigas e pilares.

Para a correção dos elementos inicia-se pelo ponto mais alto da estrutura verificando os erros apontados pelo software para os elementos estruturais, buscando soluções para os mesmos.

O primeiro erro verificado foi no pilar P23, onde o limite de barras estabelecido pelo Eberick para pilares não permitiu o seu dimensionamento, sendo que seria necessário alterar a espessura para 22 cm para que o software pudesse dimensioná-lo, tornando esta opção inviável.

Figura 52 - Erro no dimensionamento do pilar P23

Fonte: Elaboração dos autores, 2017.

Para a solução do problema descrito acima foi optado pela alteração do pilar em “U” por 2 pilares em “δ” de 150x235x22x22cm e lançada uma viga fazendo a ligação entre estes pilares.

Figura 53 - Divisão do pilar P23 e lançamento da viga V38/V54

Fonte: Elaboração dos autores, 2017.

Esses 2 pilares em “δ” foram lançados do baldrame até a casa de máquinas, onde a partir deste nível foram lançados 4 pilares até o fundo do reservatório, para possibilitar o lançamento do reservatório, uma vez que os pilares em “δ” não possibilitavam, sendo necessário realizar a ligação dos pilares que estavam morrendo com os pilares que estavam nascendo através de barras rígidas, uma vez que sem o lançamento destas barras os pilares que estavam nascendo deslocavam horizontalmente por não existir travamento horizontal.

Figura 54 - Pórtico 3D da estrutura com as modificações no pilar P23 e reservatório

Com essas alterações foi realizado um novo processamento da estrutura e verificado que no nível tampa do reservatório as paredes e lajes do reservatório não apresentaram erros de dimensionamento.

O próximo nível verificado foi o fundo do reservatório onde os pilares apresentavam o “Erro D09 – Nenhuma bitola configurada para armadura longitudinal pode ser usada”, com isso foi verificado que a esbeltez destes pilares estava muito alta (99,15), pela sua altura de 4,03 m e a menor dimensão muito baixa (14 cm), por isso a menor dimensão destes elementos foi alterada para 19 cm. Além disso foi inserido um nível intermediário a 2,00 m onde foi realizado o travamento dos pilares do nível fundo do reservatório com o auxílio de vigas com seção de 19x40cm, o que além de reduzir a esbeltez maior destes pilares para 36,88 acabou por deixar o deslocamento horizontal no topo da edificação abaixo de 10 %.

Figura 55 - Deslocamentos no topo da edificação após inserção do nível intermediário no fundo do reservatório

Fonte: Elaboração dos autores, 2017.

No nível casa de máquinas também foram redimensionados os pilares por apresentarem o Erro D09.

Nos pavimentos tipo, ao invés de realizar a verificação dos elementos em cada pavimento, foram realizadas as mesmas correções do nível teto tipo 4 e teto pilotis, sendo as

dimensões replicadas para os pavimentos superiores, sendo ao final verificados os elementos em cada pavimento.

Primeiramente foram realizadas readequações no projeto para reduzir os deslocamentos nos encontros de vigas. Como as vigas V8 e V9 apresentam grande deslocamento foi dado continuidade nas mesmas.

Figura 56 - Continuidade nas vigas V8 e V9

Fonte: Elaboração dos autores, 2017.

Assim como na situação anterior foi dado continuidade nas vigas V17, V18, V39 e V42 e excluídas as vigas V37 e V43.

Figura 57 – Alteração nas vigas V17, V18, V37, V39, V42 e V43

Após estas alterações que impactavam diretamente no dimensionamento iniciou-se a verificação dos elementos estruturais pelas lajes do nível teto tipo 4, sendo que diversas lajes apresentaram o “Erro D31 – Erro no cálculo da armadura principal (direção X)”, portanto foram verificadas as demais lajes pré-estabelecidas, no entanto, somente algumas possibilitaram o dimensionamento com a laje h23 nervurada, para as demais lajes foram utilizadas lajes maciças. Ao calcular as vigas foi verificado que algumas vigas apresentaram o “Erro D11 – Esforço de torção TSd maior que TRd2” por isso foram alteradas as vinculações entre vigas para rótula para que as vigas não transfiram torção umas para as outras.

Figura 58 - Erro D11 - Esforço de torção TSd maior que TRd2

Fonte: Elaboração dos autores, 2017.

Figura 59 - Alteração da vinculação para rótula nas vigas apoiadas em vigas

Outro erro verificado foi “Erro D13 – Elevação não permitida. Posição entre vãos adjacentes não permitida para o dimensionamento. Separe a viga neste vínculo em 2 novas vigas” então foram separadas as vigas conforme orientação do programa.

Além dos erros acima o “Erro D15 – Erro na armadura positiva (vão 1). Nenhuma bitola configurada pode ser usada” e o erro “Erro D16 – Erro na armadura negativa (nó 2). Nenhuma bitola configurada pode ser usada” foram solucionados com a alteração da seção das vigas.

Figura 60 - Erro D15 - Erro na armadura positiva (vão 1). Nenhuma bitola configurada pode ser usada

Fonte: Elaboração dos autores, 2017.

Para a verificação das flechas iniciou-se pelas vigas, pois estas provocam deslocamento nas lajes.

Figura 61 - Deslocamentos nas vigas do nível teto tipo 4

Fonte: Elaboração dos autores, 2017.

Para amenizar os deslocamentos no entorno da viga V6 a mesma foi prolongada até os pilares P3 e P6.

Figura 62 - Alteração na viga V6

Fonte: Elaboração dos autores, 2017.

A figura 61 representa as vigas em forma de barras e apresenta em coloração amarela as vigas com deslocamento acima do limite configurado. Por isso estas vigas tiveram

incremento em sua seção a fim de reduzir os deslocamentos, sendo que estes incrementos variaram conforme necessidade de cada viga. Como o pilar P42 apresentou grande deslocamento foi verificado e redimensionada a viga de transição no nível teto pilotis, juntamente com os pilares de apoio e o próprio pilar P42 para evitar este deslocamento excessivo.

Tendo em vista que as algumas vigas apresentavam grande deslocamento, mesmo após as mudanças na seção, foram alteradas as suas vinculações para nós semirrígidos, para reduzir o momento positivo destes elementos.

Figura 63 - Nó semirrígido na viga V8 com a viga V39

Fonte: Elaboração dos autores, 2017.

Pelo motivo do software acumular os deslocamentos dos pilares para as vigas algumas vigas não passaram na verificação do deslocamento, no entanto, verificou-se que os deslocamentos não são nocivos, nem serão perceptíveis, uma vez que a maior parte do deslocamento não foi originada no próprio elemento e como são vigas de pequenos vãos não há como diminuir o deslocamento sem alterar outros elementos que já se encontram com grandes dimensões.

Ao analisar o deslocamento das lajes foi constatado que em alguns casos estavam superiores ao pré-estabelecido. Para resolver o deslocamento excessivo foram alteradas as alturas destas lajes, sendo que 5 lajes não passaram na verificação do deslocamento, no entanto, assim como nas vigas, verificou-se que os deslocamentos não são nocivos, nem serão perceptíveis, uma vez que a maior parte do deslocamento não foi originada no próprio elemento

e como são lajes de pequenos vãos não há como diminuir o deslocamento sem alterar outros elementos que já se encontram bem robustos.

Por fim, foram alteradas as cargas de parede, para descontar as novas dimensões das vigas e lajes.

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